Os produtores de morango de Atibaia iniciaram em 2024 o cultivo de uma nova variedade da tradicional fruta que move a economia da cidade, o morango Fênix, lançado após um trabalho de mais de dez anos desenvolvido pela Embrapa em todo o país. A pesquisadora Fagoni Calegario, da Embrapa Meio Ambiente, faz parte da equipe do projeto de melhoramento coordenado pela Embrapa Clima Temperado, importante não só para a cultura do morango, mas para a Produção Integrada de Morango – PIMo, que exige que sejam utilizadas as melhores mudas, adaptadas para as condições brasileiras, como é o caso da variedade Fênix. Ela colabora no projeto coordenado por Sandro Bonow, pesquisador da Embrapa Clima Temperado, com a avaliação de novos materiais genéticos na região de Atibaia e Jarinu, SP. De acordo com a pesquisadora, a PIMo objetiva difundir tecnologias de Boas Práticas Agrícolas (BPA), rastreabilidade e critérios higiênico-sanitários na manipulação dos produtos, apoiar os processos de adoção e certificação da Produção Integrada, além de promover o “Selo Brasil Certificado”. “Estamos testando várias seleções avançadas em algumas das Unidades Demonstrativas da Produção Integrada com produtores que já estão no programa há um bom tempo. Acompanhar a performance dos novos materiais genéticos em diferentes regiões é importante para validar, nas áreas de produtores comerciais, as seleções com potencial de serem lançadas futuramente como variedades”, explica Fagoni. Em 2023, a variedade Fênix foi lançada e o viveiro de mudas da Prefeitura de Atibaia recebeu matrizes para produzir mudas, e mesmo com diversas intercorrências que causaram falta de água, conseguiram distribuir para os produtores que compareceram com suas famílias e fizeram o arranquio dessas plantas, que irão resultar a primeira safra de Fênix na região. De acordo com a técnica agrícola Talita Martins, da Secretaria de Agricultura da Prefeitura de Atibaia, a entrega de quase 50 mil mudas de Fênix foi feita para cerca de 20 produtores, que arrancaram as próprias mudas, depois de receber orientações. “Como nossos canteiros são de areia, além das mudas serem mais fáceis de sair, é mais fácil esterilizar depois para um novo plantio. Além disso, alguns produtores são orgânicos, e por isso usamos apenas bioinsumos. Por ser na areia, nosso cuidado é mais na questão de nutrição e de água. Esse ano tivemos problemas com a bomba de água em um dos viveiros e de roubo de fiação elétrica no outro. Por isso, não conseguimos ter a produção de mudas que esperávamos”, explicou Talita. “Os produtores elogiaram muito as mudas, com raízes bonitas e aspecto saudável. E destacaram que estão esperançosos com o plantio desse ano”, destacou Martins. Para Sandro Bonow, a distribuição de mudas de morangueiro pela Prefeitura de Atibaia fomentando os produtores é uma ação muito interessante que estimula o cultivo da fruta. Aliado a isso, incentiva o desenvolvimento e a divulgação da Fênix, desenvolvida pela Embrapa, com sucesso principalmente na região Sudeste, e em Atibaia, Capital Nacional do Morango. “É importante destacar que além dessa variedade estar sendo cultivada amplamente, a partir da safra 2024, ela faz um link importante com outras ações da Embrapa, como por exemplo, produtores certificados pela PIMo, que receberam mudas e vão cultivá-las seguindo orientações desse programa, fazendo com que se tenha uma produção mais racional. Essa ação é de extrema importância para a cadeia produtiva, com boas práticas por parte dos produtores”. Segundo os pesquisadores, a variedade Fênix é mais resistente a pragas, dura mais após a colheita e é mais doce; tudo graças ao desenvolvimento genético das mudas. Após anos de pesquisa, a Embrapa entregou as mudas prontas para produtores de vários estados. O plantio e o crescimento foram monitorados de perto. Em Atibaia, os resultados agradaram e agora a cidade será referência na produção dessa variedade. Para Osvaldo Maziero, presidente da Associação dos Produtores de Morango de Atibaia e Jarinu, ter uma variedade nacional ajuda a reduzir os custos da plantação, isso porque a maioria das mudas plantadas atualmente são importadas de países como Chile, Argentina, Espanha, entre outros. Morango Fênix Se destaca pela precocidade do início da produção dos frutos, o que permite intervalo menor entre plantio e início da colheita, aumentando a janela de produção por até sete meses – de junho a dezembro – e estendendo a oferta de frutas de qualidade. Segundo a Embrapa, o morango também se destaca pelo equilíbrio entre açúcar e acidez, o que resulta em frutas de sabor mais doce, atendendo à preferência nacional. Além do sabor adocicado, a fruta apresenta boa firmeza, com maior resistência ao transporte e ótima durabilidade pós-colheita, garantindo mais tempo de prateleira. Os morangos da espécie são grandes, com peso médio de 23 gramas, e de cor vermelha intensa, com predominância do formato cônico, típico do morango. A nova variedade é destinada ao consumo in natura, mas também pode ser utilizada na indústria de frutas congeladas. É recomendada para as regiões Sul e Sudeste do Brasil, sendo adequada aos sistemas de produção convencional, integrado e orgânico.
Os produtores de morango de Atibaia iniciaram em 2024 o cultivo de uma nova variedade da tradicional fruta que move a economia da cidade, o morango Fênix, lançado após um trabalho de mais de dez anos desenvolvido pela Embrapa em todo o país.
A pesquisadora Fagoni Calegario, da Embrapa Meio Ambiente, faz parte da equipe do projeto de melhoramento coordenado pela Embrapa Clima Temperado, importante não só para a cultura do morango, mas para a Produção Integrada de Morango – PIMo, que exige que sejam utilizadas as melhores mudas, adaptadas para as condições brasileiras, como é o caso da variedade Fênix. Ela colabora no projeto coordenado por Sandro Bonow, pesquisador da Embrapa Clima Temperado, com a avaliação de novos materiais genéticos na região de Atibaia e Jarinu, SP.
De acordo com a pesquisadora, a PIMo objetiva difundir tecnologias de Boas Práticas Agrícolas (BPA), rastreabilidade e critérios higiênico-sanitários na manipulação dos produtos, apoiar os processos de adoção e certificação da Produção Integrada, além de promover o “Selo Brasil Certificado”.
“Estamos testando várias seleções avançadas em algumas das Unidades Demonstrativas da Produção Integrada com produtores que já estão no programa há um bom tempo. Acompanhar a performance dos novos materiais genéticos em diferentes regiões é importante para validar, nas áreas de produtores comerciais, as seleções com potencial de serem lançadas futuramente como variedades”, explica Fagoni.
Em 2023, a variedade Fênix foi lançada e o viveiro de mudas da Prefeitura de Atibaia recebeu matrizes para produzir mudas, e mesmo com diversas intercorrências que causaram falta de água, conseguiram distribuir para os produtores que compareceram com suas famílias e fizeram o arranquio dessas plantas, que irão resultar a primeira safra de Fênix na região.
De acordo com a técnica agrícola Talita Martins, da Secretaria de Agricultura da Prefeitura de Atibaia, a entrega de quase 50 mil mudas de Fênix foi feita para cerca de 20 produtores, que arrancaram as próprias mudas, depois de receber orientações. “Como nossos canteiros são de areia, além das mudas serem mais fáceis de sair, é mais fácil esterilizar depois para um novo plantio. Além disso, alguns produtores são orgânicos, e por isso usamos apenas bioinsumos. Por ser na areia, nosso cuidado é mais na questão de nutrição e de água. Esse ano tivemos problemas com a bomba de água em um dos viveiros e de roubo de fiação elétrica no outro. Por isso, não conseguimos ter a produção de mudas que esperávamos”, explicou Talita.
“Os produtores elogiaram muito as mudas, com raízes bonitas e aspecto saudável. E destacaram que estão esperançosos com o plantio desse ano”, destacou Martins.
Para Sandro Bonow, a distribuição de mudas de morangueiro pela Prefeitura de Atibaia fomentando os produtores é uma ação muito interessante que estimula o cultivo da fruta. Aliado a isso, incentiva o desenvolvimento e a divulgação da Fênix, desenvolvida pela Embrapa, com sucesso principalmente na região Sudeste, e em Atibaia, Capital Nacional do Morango. “É importante destacar que além dessa variedade estar sendo cultivada amplamente, a partir da safra 2024, ela faz um link importante com outras ações da Embrapa, como por exemplo, produtores certificados pela PIMo, que receberam mudas e vão cultivá-las seguindo orientações desse programa, fazendo com que se tenha uma produção mais racional. Essa ação é de extrema importância para a cadeia produtiva, com boas práticas por parte dos produtores”.
Segundo os pesquisadores, a variedade Fênix é mais resistente a pragas, dura mais após a colheita e é mais doce; tudo graças ao desenvolvimento genético das mudas. Após anos de pesquisa, a Embrapa entregou as mudas prontas para produtores de vários estados. O plantio e o crescimento foram monitorados de perto.
Em Atibaia, os resultados agradaram e agora a cidade será referência na produção dessa variedade. Para Osvaldo Maziero, presidente da Associação dos Produtores de Morango de Atibaia e Jarinu, ter uma variedade nacional ajuda a reduzir os custos da plantação, isso porque a maioria das mudas plantadas atualmente são importadas de países como Chile, Argentina, Espanha, entre outros.
Morango Fênix
Se destaca pela precocidade do início da produção dos frutos, o que permite intervalo menor entre plantio e início da colheita, aumentando a janela de produção por até sete meses – de junho a dezembro – e estendendo a oferta de frutas de qualidade.
Segundo a Embrapa, o morango também se destaca pelo equilíbrio entre açúcar e acidez, o que resulta em frutas de sabor mais doce, atendendo à preferência nacional. Além do sabor adocicado, a fruta apresenta boa firmeza, com maior resistência ao transporte e ótima durabilidade pós-colheita, garantindo mais tempo de prateleira. Os morangos da espécie são grandes, com peso médio de 23 gramas, e de cor vermelha intensa, com predominância do formato cônico, típico do morango.
A nova variedade é destinada ao consumo in natura, mas também pode ser utilizada na indústria de frutas congeladas. É recomendada para as regiões Sul e Sudeste do Brasil, sendo adequada aos sistemas de produção convencional, integrado e orgânico.