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A produção sustentável de alimentos é debatida em Seminário no IPEA

O Brasil tem condições de assegurar alimentos para uma população quatro vezes maior que a sua própria, considerando a sua produção global de grãos. Foi o que demonstrou o diretor-executivo de Inovação e Tecnologia, Cleber Soares, durante apresentação no seminário sobre Responsabilidade do Setor Agropecuário em Face da Mudança do Clima, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), no dia 26 de março, em Brasília.

Aumentar a produtividade é uma das alternativas para o incremento da oferta mundial de alimentos, e segundo Soares isso é possível no Brasil sem desmatamento. “Não tenho dúvida que o futuro da agricultura se dará em áreas de pastagens, não sendo necessário avançar sobre áreas nativas”, afirmou o Diretor, explicando que para isso é preciso que se consolide a diversificação e a intensificação da base produtiva.

“O Brasil também tem contribuído de forma significativa e em bases sólidas, como muitos poucos países, para a produção de proteína animal de alta qualidade, segura e de forma sustentável”, disse. Ele explicou que o país alcançou a liderança no mercado mundial de carne a partir de 2007, após um surto de vaca louca nos Estados Unidos e nos últimos dez anos tem participado entre 28 e 34% do comércio global do produto. “Atualmente exportamos para cerca de 150 países”, informou.

De acordo com Cleber Soares, a produção de carne brasileira é uma das poucas no mundo que se dá essencialmente em pastagens cultivadas, próximo de 93% do total.  O Diretor apresentou dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) que mostram que em 2015 existiam 167.4 mi ha de pastagens, contra 187 mi ha em 1995, um decréscimo de 20 mi ha na área de pastagem, mas praticamente dobrando a produção que pulou de 5.2 para 9.5 milhões de toneladas (equivalente carcaça).

Para Soares, o aumento da produtividade passa inevitavelmente pela incorporação de conhecimento e tecnologia pelo setor produtivo, com destaque para o melhoramento da genética animal, como da raça nelore, amplamente utilizada no país, a nutrição animal e a sanidade animal, na prevenção e combate a pragas e doenças. Ele mostrou algumas soluções inovadoras para a produção de carne e leite a pasto desenvolvidas pela Embrapa e parceiros como o Sistema Automático de Pesagem em Campo com Envio Remoto de Dados, o BalPass.

Ele lembrou ainda que sistemas de bonificação associados às boas práticas agropecuárias, como é o caso das Boas Práticas Agropecuárias para a Bovinocultura de Corte (BPA), busca orientar o produtor rural em elementos mínimos de produção, associados à gestão da propriedade rural, à gestão ambiental, instalações rurais passando por rastreabilidade e certificação animal, dentre outros fatores técnicos e produtivos, a exemplo do controle sanitário e manejo de rebanho.

Em relação à intensificação produtiva, Soares falou sobre a Integração Lavoura-Pecuária-Flores (ILPF), cujas diferentes combinações cobrem cerca de 14 milhões de ha no País. Ele explicou que a ILPF faz parte das ações voluntárias do País descritas no Plano ABC – Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, que é um plano setorial do governo brasileiro para o alcance dos compromissos assumidos na 15ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-15). Com a adoção da ILPF na criação de bovinos de corte foi possível estabelecer o conceito Carne Carbono Neutro (CCN), que leva em consideração a compensação das emissões de metano entérico pelos animais, um gás de efeito estufa, e o conforto animal.

Soares adiantou sobre o lançamento da Plataforma ABC, no próximo dia 28, que irá operar por meio de uma estratégia denominada Sistema Integrado de Monitoramento de Emissões de Gases de Efeito Estufa com três vertentes: monitoramento da adoção do Programa ABC, sob a responsabilidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); monitoramento da eficiência econômica, sob a responsabilidade do Mapa e do sistema bancário e; monitoramento da redução das emissões e aumento dos estoques de carbono na vegetação nos diferentes sistemas de produção.

Também participaram do seminário, em diferentes momentos, o secretário de Inteligência e Relações Estratégicas da Embrapa, Renato Rodrigues que falou sobre a ILPF como estratégia de mitigação de emissões de gases de efeito estufa e adaptação à mudança do clima; e o chefe-adjunto de P&D da Embrapa Solos, Vinícius de Melo Benites, que mostrou como a pesquisa sobre manejo dos solos com fertilidade construída tem contribuído para amenizar os impactos da agricultura no Cerrado, buscando o equilíbrio entre a produtividade e a sustentabilidade do setor.

O Brasil tem condições de assegurar alimentos para uma população quatro vezes maior que a sua própria, considerando a sua produção global de grãos. Foi o que demonstrou o diretor-executivo de Inovação e Tecnologia, Cleber Soares, durante apresentação no seminário sobre Responsabilidade do Setor Agropecuário em Face da Mudança do Clima, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), no dia 26 de março, em Brasília.

Aumentar a produtividade é uma das alternativas para o incremento da oferta mundial de alimentos, e segundo Soares isso é possível no Brasil sem desmatamento. “Não tenho dúvida que o futuro da agricultura se dará em áreas de pastagens, não sendo necessário avançar sobre áreas nativas”, afirmou o Diretor, explicando que para isso é preciso que se consolide a diversificação e a intensificação da base produtiva.

“O Brasil também tem contribuído de forma significativa e em bases sólidas, como muitos poucos países, para a produção de proteína animal de alta qualidade, segura e de forma sustentável”, disse. Ele explicou que o país alcançou a liderança no mercado mundial de carne a partir de 2007, após um surto de vaca louca nos Estados Unidos e nos últimos dez anos tem participado entre 28 e 34% do comércio global do produto. “Atualmente exportamos para cerca de 150 países”, informou.

De acordo com Cleber Soares, a produção de carne brasileira é uma das poucas no mundo que se dá essencialmente em pastagens cultivadas, próximo de 93% do total.  O Diretor apresentou dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) que mostram que em 2015 existiam 167.4 mi ha de pastagens, contra 187 mi ha em 1995, um decréscimo de 20 mi ha na área de pastagem, mas praticamente dobrando a produção que pulou de 5.2 para 9.5 milhões de toneladas (equivalente carcaça).

Para Soares, o aumento da produtividade passa inevitavelmente pela incorporação de conhecimento e tecnologia pelo setor produtivo, com destaque para o melhoramento da genética animal, como da raça nelore, amplamente utilizada no país, a nutrição animal e a sanidade animal, na prevenção e combate a pragas e doenças. Ele mostrou algumas soluções inovadoras para a produção de carne e leite a pasto desenvolvidas pela Embrapa e parceiros como o Sistema Automático de Pesagem em Campo com Envio Remoto de Dados, o BalPass.

Ele lembrou ainda que sistemas de bonificação associados às boas práticas agropecuárias, como é o caso das Boas Práticas Agropecuárias para a Bovinocultura de Corte (BPA), busca orientar o produtor rural em elementos mínimos de produção, associados à gestão da propriedade rural, à gestão ambiental, instalações rurais passando por rastreabilidade e certificação animal, dentre outros fatores técnicos e produtivos, a exemplo do controle sanitário e manejo de rebanho.

Em relação à intensificação produtiva, Soares falou sobre a Integração Lavoura-Pecuária-Flores (ILPF), cujas diferentes combinações cobrem cerca de 14 milhões de ha no País. Ele explicou que a ILPF faz parte das ações voluntárias do País descritas no Plano ABC – Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, que é um plano setorial do governo brasileiro para o alcance dos compromissos assumidos na 15ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-15). Com a adoção da ILPF na criação de bovinos de corte foi possível estabelecer o conceito Carne Carbono Neutro (CCN), que leva em consideração a compensação das emissões de metano entérico pelos animais, um gás de efeito estufa, e o conforto animal.

Soares adiantou sobre o lançamento da Plataforma ABC, no próximo dia 28, que irá operar por meio de uma estratégia denominada Sistema Integrado de Monitoramento de Emissões de Gases de Efeito Estufa com três vertentes: monitoramento da adoção do Programa ABC, sob a responsabilidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); monitoramento da eficiência econômica, sob a responsabilidade do Mapa e do sistema bancário e; monitoramento da redução das emissões e aumento dos estoques de carbono na vegetação nos diferentes sistemas de produção.

Também participaram do seminário, em diferentes momentos, o secretário de Inteligência e Relações Estratégicas da Embrapa, Renato Rodrigues que falou sobre a ILPF como estratégia de mitigação de emissões de gases de efeito estufa e adaptação à mudança do clima; e o chefe-adjunto de P&D da Embrapa Solos, Vinícius de Melo Benites, que mostrou como a pesquisa sobre manejo dos solos com fertilidade construída tem contribuído para amenizar os impactos da agricultura no Cerrado, buscando o equilíbrio entre a produtividade e a sustentabilidade do setor.

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