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I Encontro de Sementes Crioulas do Leste Paulista indica caminhos para ampliar a agrobiodiversidade regional

A Rede de Agroecologia do Leste Paulista promoveu em 1 de junho o I Encontro Regional de Sementes Crioulas, no sítio Topo do Morro, em Nazaré Paulista, SP. Contou com 72 participantes, dentre agricultoras/es e representantes de entidades de ensino superior, extensão rural e pesquisa agropecuária. A comissão organizadora foi composta por instituições tais como a Agência Paulista de Tecnologias do Agronegócio – Apta, Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – Cati, Embrapa, Instituto de Pesquisas Ambientais/Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo – IPA/Sima e Universidade Estadual de Campina – Unicamp, além de voluntárias/os ambientalistas. Contou também com o apoio da Prefeitura Municipal de Nazaré Paulista. São consideradas sementes crioulas as partes reprodutivas das plantas (sementes, ramas, tubérculos e mudas), adaptadas às condições de clima e solo locais. As/os guardiãs/ões de sementes crioulas cultivam, distribuem e conservam esses materiais propagativos, a partir de seleções genéticas realizadas por uma ou mais gerações das comunidades rurais. O encontro teve início com a palestra de Pedro Jovchelevich, gestor da Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica, no tema “Desafios da rede de sementes crioulas do estado de São Paulo”. Na sequência foram formados grupos para debater os principais problemas e respectivas soluções no sentido de promover o fortalecimento da conservação e do uso adequado de sementes crioulas no Leste Paulista. Na apresentação dos resultados dos trabalhos em grupos, foram destacadas as seguintes propostas: promover ações de incentivo à produção, armazenamento, distribuição, uso e multiplicação de sementes crioulas na região; cadastramento e divulgação de contatos com guardiãs/ões e das variedades de sementes crioulas disponíveis na região; formação de grupo de coletoras/es e de casas de sementes crioulas; alternativas de geração de renda associadas a essa temática. Essas informações também serão utilizadas como subsídio ao Plano de Agroecologia e Produção Orgânica do Estado de São Paulo. Na terceira etapa da programação foi disponibilizado um espaço para que as/os participantes pudessem expor e realizar trocas de sementes crioulas. A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) compartilhou diversos materiais crioulos que são cultivados, multiplicados e avaliados em sua área experimental agroecológica, em Jaguariúna. Outro destaque na feira de trocas de sementes foi a participação do Engenheiro Agrônomo Fernando Alves Nunes, assistente da Cati, que apresentou diversos materiais produzidos pela Cati Sementes e Mudas, expostos, doados e comercializados durante o evento. De acordo com Joel Queiroga, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e membro da comissão organizadora do evento, “novos encontros semelhantes a esse devem ser realizados em outras microrregiões do Leste Paulista, em continuidade ao desenvolvimento desse tema na Rede de Agroecologia”. Ao final do encontro houve manifestações das/os participantes, com a confirmação da importância do evento como elemento motivador para promover a agroecologia no Leste Paulista. “A importância da preservação das sementes pra mim é uma questão de sobrevivência, de respeito pelo trabalho da Mãe Terra, por nossos antepassados e um legado às gerações futuras. Uma missão para a qual me sinto honrado em colaborar. Para a feira de troca, levei araruta, cúrcuma, gengibre, zedoária, capim limão, milho roxo, erva doce, feijão de porco, cenoura, hibisco. Não conhecia o Tupinambo “, destaca o agricultor Dercílio Pupin. “A importância desses eventos é incrível, principalmente na forma presencial”, disse Leandro Biral, extensionista rural da Casa da Agricultura de São Pedro, Cati. “Hoje pudemos realizar inúmeras trocas de conhecimentos, e o planejamento é de continuidade das atividades. Dentro dessa ideia, a Cati Regional de Bragança Paulista está se estruturando para reativar o Banco de Sementes Crioulas que já existiu no município de Piracaia, dentro da Casa da Agricultura,” enfatiza Marcelo Baptista, Diretor do Escritório de Desenvolvimento Regional de Bragança Paulista, Cati. De acordo com o analista da Embrapa Meio Ambiente Francisco Corrales, a premissa básica da agroecologia é fortalecer processos que promovam a biodiversidade dos sistemas de produção de alimentos e a autonomia da agricultura familiar. Dessa forma é que se justifica a importância de atividades que tratem da conservação e uso das sementes crioulas, como forma de contribuir na ampliação da biodiversidade dos agroecossistemas, para a soberania alimentar e na geração de renda da agricultura familiar. A articulação interinstitucional que compõe a Rede de Agroecologia do Leste Paulista, que tem abrangência de 95 municípios, desenvolve ações de prospecção de demandas, pesquisas e capacitações que contribuem para o fortalecimento da transição agroecológica na região. Um dos seus grupos temáticos tem por enfoque as sementes crioulas. Esse coletivo organizou o encontro de 1 de junho e continuará suas atividades, agora com os subsídios trazidos nesse evento, para que as sementes crioulas possam ser cada vez mais conhecidas e adequadamente utilizadas no Leste Paulista.

A Rede de Agroecologia do Leste Paulista promoveu em 1 de junho o I Encontro Regional de Sementes Crioulas, no sítio Topo do Morro, em Nazaré Paulista, SP. Contou com 72 participantes, dentre agricultoras/es e representantes de entidades de ensino superior, extensão rural e pesquisa agropecuária. A comissão organizadora foi composta por instituições tais como a Agência Paulista de Tecnologias do Agronegócio – Apta, Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – Cati, Embrapa, Instituto de Pesquisas Ambientais/Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo – IPA/Sima e Universidade Estadual de Campina – Unicamp, além de voluntárias/os ambientalistas. Contou também com o apoio da Prefeitura Municipal de Nazaré Paulista.  

São consideradas sementes crioulas as partes reprodutivas das plantas (sementes, ramas, tubérculos e mudas), adaptadas às condições de clima e solo locais. As/os guardiãs/ões de sementes crioulas cultivam, distribuem e conservam esses materiais propagativos, a partir de seleções genéticas realizadas por uma ou mais gerações das comunidades rurais. 

O encontro teve início com a palestra de Pedro Jovchelevich, gestor da Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica, no tema “Desafios da rede de sementes crioulas do estado de São Paulo”. Na sequência foram formados grupos para debater os principais problemas e respectivas soluções no sentido de promover o fortalecimento da conservação e do uso adequado de sementes crioulas no Leste Paulista. Na apresentação dos resultados dos trabalhos em grupos, foram destacadas as seguintes propostas: promover ações de incentivo à produção, armazenamento,  distribuição, uso e multiplicação de sementes crioulas na região; cadastramento e divulgação de contatos com guardiãs/ões e das variedades de sementes crioulas disponíveis na região; formação de grupo de coletoras/es e de casas de sementes crioulas; alternativas de geração de renda associadas a essa temática. Essas informações também serão utilizadas como subsídio ao Plano de Agroecologia e Produção Orgânica do Estado de São Paulo.

Na terceira etapa da programação foi disponibilizado um espaço para que as/os participantes pudessem expor e realizar trocas de sementes crioulas. A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) compartilhou diversos materiais crioulos que são cultivados, multiplicados e avaliados em sua área experimental agroecológica, em Jaguariúna. Outro destaque na feira de trocas de sementes foi a participação do Engenheiro Agrônomo Fernando Alves Nunes, assistente da Cati, que apresentou  diversos materiais produzidos pela Cati Sementes e Mudas, expostos, doados e comercializados durante o evento. De acordo com Joel Queiroga, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e membro da comissão organizadora do evento, “novos encontros semelhantes a esse devem ser realizados em outras microrregiões do Leste Paulista, em continuidade ao desenvolvimento desse tema na Rede de Agroecologia”.

Ao final do encontro houve manifestações das/os participantes, com a confirmação da importância do evento como elemento motivador para promover a agroecologia no Leste Paulista.

“A importância da preservação das sementes pra mim é uma questão de sobrevivência, de respeito pelo trabalho da Mãe Terra, por nossos antepassados e um legado às gerações futuras. Uma missão para a qual me sinto honrado em colaborar. Para a feira de troca, levei araruta, cúrcuma, gengibre, zedoária, capim limão, milho roxo, erva doce, feijão de porco, cenoura, hibisco. Não conhecia o Tupinambo “, destaca o agricultor Dercílio Pupin.

“A importância desses eventos é incrível, principalmente na forma presencial”, disse Leandro Biral, extensionista rural da Casa da Agricultura de São Pedro, Cati.

“Hoje pudemos realizar inúmeras trocas de conhecimentos, e o planejamento é de continuidade das atividades. Dentro dessa ideia, a Cati Regional de Bragança Paulista está se estruturando para reativar o Banco de Sementes Crioulas que já existiu no município de Piracaia, dentro da Casa da Agricultura,” enfatiza Marcelo Baptista, Diretor do Escritório de Desenvolvimento Regional de Bragança Paulista, Cati.

De acordo com o analista da Embrapa Meio Ambiente Francisco Corrales, a premissa básica da agroecologia é fortalecer processos que promovam a biodiversidade dos sistemas de produção de alimentos e a autonomia da agricultura familiar. Dessa forma é que se justifica a importância de atividades que tratem da conservação e uso das sementes crioulas, como forma de contribuir na ampliação da biodiversidade dos agroecossistemas, para a soberania alimentar e na geração de renda da agricultura familiar. 

A articulação interinstitucional que compõe a Rede de Agroecologia do Leste Paulista, que tem abrangência de 95 municípios, desenvolve ações de prospecção de demandas, pesquisas e capacitações que contribuem para o fortalecimento da transição agroecológica na região. Um dos seus grupos temáticos tem por enfoque as sementes crioulas. Esse coletivo organizou o encontro de 1 de junho e continuará suas atividades, agora com os subsídios trazidos nesse evento, para que as sementes crioulas possam ser cada vez mais conhecidas e adequadamente utilizadas no Leste Paulista.  

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