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Pesquisador recebe título de cidadão de Nazaré (BA)

Neste sábado, 9 de novembro, às 19h30, o pesquisador Joselito Motta, da Embrapa Mandioca e Fruticultura – Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, recebe o Título de Cidadania Nazarena no Salão Nobre da Câmara Municipal de Nazaré (BA).

A concessão da honraria foi proposta pela vereadora Ydma Torres, diante da dedicação do pesquisador à cultura da mandioca e ao relacionamento com o município, famoso nacionalmente pela qualidade da farinha denominada de copioba. Tenho acompanhado o trabalho de Joselito Motta desde 2013. E percebemos como ele é motivado e como deseja que os produtores de mandioca cresçam. Por meio do contato com ele, um produtor nosso já foi até para a Itália. As suas palestras para os agricultores são muito importantes, pois muitos não sabem a importância da cultura e aprenderam bastante sobre a questão da higiene. Pelo empenho dele, também indiquei para o município o 19 de abril como Dia da Mandioca”, conta a vereadora.

Indicação Geográfica

A Embrapa e a Universidade Federal da Bahia (Ufba) estão colaborando com os produtores da região na solicitação da Indicação Geográfica (IG) ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e Joselito é um dos pesquisadores envolvidos.

A Indicação Geográfica (IG) é usada para identificar a origem de produtos ou serviços quando o local tenha se tornado conhecido ou quando determinada característica ou qualidade do produto ou serviço se deve à sua origem. No Vale do Copioba, localizado entre os municípios de Maragogipe, Nazaré e São Felipe, no Recôncavo baiano, a farinha produzida artesanalmente tem coloração, sabor e crocância peculiares, que resultam num produto diferenciado e mais caro. “O maior diferencial da farinha de mandioca do tipo copioba é o seu aspecto crocante, decorrente da baixa umidade, entre 1 a 2%, enquanto a farinha comum chega a 12% de umidade”, explica Joselito Motta, que já tem dois títulos de cidadão: Cruz das Almas (2005) e Vitória da Conquista (2010). “Fico muito feliz, principalmente pela identificação do meu trabalho com Nazaré, que foi, no passado, o grande escoador de farinha para Salvador. Nossa aproximação cresceu recentemente com o apoio à Indicação Geográfica, uma vez que a farinha de copioba é um grande patrimônio da região”, salienta.

Em palestras Brasil afora, Motta tem abordado o uso da mandioca no contexto da alimentação no Brasil, inclusive pelos povos indígenas e quilombolas, a classificação da mandioca (mesa, farinhas e uso industrial), a agregação de valor na mandioca de mesa (chips, palito, pré-cozida, congelada, resfriada e a vácuo) e a produção de derivados (fécula, polvilho doce e azedo). O pesquisador integra a rede “Intelectuais da Terra” do Slow Food e um dos personagens principais do documentário “Mandioca – Raiz do Brasil”, produzido pela TV Educativa da Bahia, que mostra a cadeia produtiva da mandioca em vários municípios baianos.

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