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Estudos de balanço hídrico são essenciais em regiões serranas, diz estudo

Estudo feito por pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Embrapa, na região da bacia hidrográfica do Rio Bonfim, localizada no município de Petrópolis, região serrana do estado do RJ, destacou a importância da preservação das florestas na regulação do ciclo hidrológico e sugere considerações importantes ao planejar programas de mudanças de uso da terra e conservação dos recursos naturais em bacias hidrográficas. De acordo com Ana Claudia Mello Nascimento, mestranda da UERJ, conhecer os volumes de água nos componentes do balanço hídrico dessa bacia hidrográfica pode auxiliar nas decisões quanto à organização dos sistemas de uso e cobertura do solo em bacias semelhantes do bioma Mata Atlântica. A alteração do uso do solo e dos sistemas de cobertura altera os volumes de água percolada ou evapotranspirada, além de potencialmente alterar a taxas de infiltração e escorrimento superficial. O balanço hídrico mostrou que nas áreas de pastagens mais de 80% do volume precipitado percola, isso é, penetra no solo, sendo 16% evapotranspirado. Já nas áreas de floresta, cerca de 43% do volume precipitado percola, e 57% é evapotranspirado. Esse estudo, feito com uma série histórica de 19 anos de dados meteorológicos, mostrou também a alteração significativa desses percentuais de evapotranspiração entre os períodos secos e chuvosos. Esse trabalho observou uma grande variação do volume de água precipitado no município entre as estações e durante o ano. Na área foco de estudo, a bacia do Rio Bonfim, um tributário do Rio Piabanha, foi estimado um volume anual de chuvas de 1462 mm e uma evapotranspiração potencial de 1026 mm. Para Wenceslau Teixeira, pesquisador da Embrapa Solos, estudos de balanço hídrico em regiões serranas devem ser cada vez mais recorrentes, frente às mudanças climáticas, uma vez que essas regiões possuem elevadas precipitações. “Neste trabalho, colaboramos para o entendimento dos componentes dos fluxos do balanço hídrico e das consequências de alterações do uso da terra, como o desmatamento para formação de pastagens, numa das classes de solos mais frequentes na região Serrana do Rio de Janeiro. Destacamos a importância de que as alterações que intervêm no balanço hídrico devem ser consideradas ao planejar programas de mudanças de uso da terra e conservação dos recursos naturais, em bacias hidrográficas e fornecemos as estimativas dos principais componentes do balanço hídrico nos solos Cambissolo Háplico, sob floresta e pastagens”, explica Teixeira. Para estimar a dinâmica da água nos diferentes sistemas de uso de solo, pode-se usar modelo matemáticos como foi feito nesse estudo. “Esses modelos permitem integrar a interação da água entre o solo-planta-atmosfera, e estimar os impactos das mudanças nos fluxos dos componentes do balanço hídrico com alteração da cobertura vegetal nos diferentes solos da região”, destaca Alexandre Ortega, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente. O estudo completo, de Ana Claudia de Mello Nascimento, e Alfredo Akira Ohnuma Junior da UERJ, Wenceslau Geraldes Teixeira, da Embrapa Solos, Alexandra Ortega, da Embrapa Meio Ambiente, está disponível aqui.

Estudo feito por pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Embrapa, na região da bacia hidrográfica do Rio Bonfim, localizada no município de Petrópolis, região serrana do estado do RJ, destacou a importância da preservação das florestas na regulação do ciclo hidrológico e sugere considerações importantes ao planejar programas de mudanças de uso da terra e conservação dos recursos naturais em bacias hidrográficas.

De acordo com Ana Claudia Mello Nascimento, mestranda da UERJ, conhecer os volumes de água nos componentes do balanço hídrico dessa bacia hidrográfica pode auxiliar nas decisões quanto à organização dos sistemas de uso e cobertura do solo em bacias semelhantes do bioma Mata Atlântica. A alteração do uso do solo e dos sistemas de cobertura altera os volumes de água percolada ou evapotranspirada, além de potencialmente alterar a taxas de infiltração e escorrimento superficial.

O balanço hídrico mostrou que nas áreas de pastagens mais de 80% do volume precipitado percola, isso é, penetra no solo, sendo 16% evapotranspirado.  Já nas áreas de floresta, cerca de 43% do volume precipitado percola, e 57% é evapotranspirado.  Esse estudo, feito com uma série histórica de 19 anos de dados meteorológicos, mostrou também a alteração significativa desses percentuais de evapotranspiração entre os períodos secos e chuvosos.

Esse trabalho observou uma grande variação do volume de água precipitado no município entre as estações e durante o ano. Na área foco de estudo, a bacia do Rio Bonfim, um tributário do Rio Piabanha, foi estimado um volume anual de chuvas de 1462 mm e uma evapotranspiração potencial de 1026 mm.

Para Wenceslau Teixeira, pesquisador da Embrapa Solos, estudos de balanço hídrico em regiões serranas devem ser cada vez mais recorrentes, frente às mudanças climáticas, uma vez que essas regiões possuem elevadas precipitações. 

“Neste trabalho, colaboramos para o entendimento dos componentes dos fluxos do balanço hídrico e das consequências de alterações do uso da terra, como o desmatamento para formação de pastagens, numa das classes de solos mais frequentes na região Serrana do Rio de Janeiro. Destacamos a importância de que as alterações que intervêm no balanço hídrico devem ser consideradas ao planejar programas de mudanças de uso da terra e conservação dos recursos naturais, em bacias hidrográficas e fornecemos as estimativas dos principais componentes do balanço hídrico nos solos Cambissolo Háplico, sob floresta e pastagens”, explica Teixeira.

Para estimar a dinâmica da água nos diferentes sistemas de uso de solo, pode-se usar modelo matemáticos como foi feito nesse estudo. “Esses modelos permitem integrar a interação da água entre o solo-planta-atmosfera, e estimar os impactos das mudanças nos fluxos dos componentes do balanço hídrico com alteração da cobertura vegetal nos diferentes solos da região”, destaca Alexandre Ortega, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente.

O estudo completo, de Ana Claudia de Mello Nascimento, e Alfredo Akira Ohnuma Junior da UERJ, Wenceslau Geraldes Teixeira, da Embrapa Solos, Alexandra Ortega, da Embrapa Meio Ambiente, está disponível aqui.

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