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Embrapa assina seis acordos estratégicos nos seus 51 anos

Seis acordos de cooperação serão assinados na próxima quinta-feira, dia 25 de abril, na solenidade de comemoração do 51º aniversário da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que será realizada na sede da empresa, em Brasília-DF. Dois dos acordos têm abrangência internacional: um com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e outro com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica). Os outros quatro selam novas parcerias com o Ministério da Fazenda, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste). A parceria com o Bird e com a Corporação Financeira Internacional (IFC) – juntos ambos formam o Grupo Banco Mundial (GBM) – será oficializada por meio de um memorando de entendimento com vigência de cinco anos. Terá como principal objetivo o desenvolvimento de projetos para um setor agroalimentar mais verde, resiliente e inclusivo no Brasil e em outros países em desenvolvimento, especialmente africanos . “A ideia é identificar e explorar oportunidades de investimentos entre o Banco, a IFC e a Embrapa no agronegócio e de novos modelos de empreendedorismo rural, compartilhar conhecimentos e experiências, promover workshops, conferências, seminários de treinamento e, claro, buscar colaboração técnica e financeira em outros países onde o Grupo Banco Mundial tenha presença, incluindo a possibilidade de intercâmbios de cientistas”, detalha Silvia Massruhá, presidente da Embrapa. Ela explica que serão aprovados nestes cinco anos de parceria, de forma conjunta, planos anuais especificando as temáticas e áreas de colaboração e cooperação. Com a Jica a Embrapa assinará um acordo de cooperação técnica para viabilizar, durante três anos, as ações do projeto Desenvolvimento colaborativo da agricultura de precisão e digital para o fortalecimento dos ecossistemas de inovação e a sustentabilidade do agro brasileiro. A empresa mantém acordos de cooperação com a agência japonesa desde 1979. O projeto terá um custo estimado de US$ 10,6 milhões, dos quais US$ 5 milhões terá contribuição financeira de fontes externas. Por meio do Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC), o Brasil tem procurado produzir mais alimentos e fibras de forma sustentável, utilizando tecnologias inovadoras como insumos biológicos, a Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), tratamento de dejetos animais, recuperação de pastagens degradadas e Sistema de Plantio Direto. O projeto terá como o objetivo maior aumentar a transparência, a confiabilidade e a eficiência do processo produtivo brasileiro, estimulando uma gestão com base em dados, ampliando a inovação e o uso da agricultura de precisão e digital, tendo como referência a expertise técnica japonesa no domínio de ferramentas, dispositivos, sistemas, aplicativos, dados, Internet das Coisas, big data, entre outras tendências da área da Tecnologia da Informação e Comunicação aplicadas ao agro. “Aumentar e, ou, trazer a eficiência nas áreas já ocupadas ou até degradadas, por meio das tecnologias digitais é uma importante oportunidade para contribuir com o esforço global para a sustentabilidade. Por isso, é fundamental a promoção de um ambiente de inovação propício à inserção dos produtores na era da agricultura digital, bem como desburocratizar processos que atrapalham a adoção de novas tecnologias na agropecuária”, reforça Masshurá. Três objetivos específicos também foram definidos: estruturar um ambiente de integração digital em uma plataforma tecnológica para viabilizar atuações colaborativas das agritechs brasileiras e japonesas; estruturar os dados utilizados em Agricultura de Precisão (AP) e Agricultura Digital (AD) para comprovar a aplicação dos processos sustentáveis na produção agrícola brasileira e permitir ao Brasil entregas de respostas rápidas de forma transparente; e ampliar o uso de AP e AD em sistemas agroflorestais – predominantemente pequenos e médios produtores da região Amazônica -, em lavouras de grãos e em áreas de produção da pecuária por dois meios que aumentam o potencial de adoção (a transferência e o desenvolvimento de tecnologias de fácil uso). IBGE e Ministério da Fazenda Com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) será assinado um protocolo de intenções com dois objetivos: buscar alternativas de integração de dados e informações sobre a agropecuária brasileira, por meio de um centro de inteligência a ser criado; e gerar e disponibilizar informações estratégicas para a sociedade a partir da inteligência e da ciência de dados. O acordo terá duração de 60 meses. Já a parceria com o Ministério da Fazenda terá como foco o desenvolvimento da Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB) para o agro, trabalho inédito que vai subsidiar o Plano de Transformação Ecológica, estruturado em seis eixos. Para o eixo de Finanças Sustentáveis (conjunto de transformações financeiras que contribuem para investimentos em atividades econômicas sustentáveis e inclusivas, reduzindo riscos ambientais e climáticos) estão previstas entregas expressivas como a regulação do mercado de carbono, os títulos soberanos sustentáveis e a Taxonomia Sustentável Brasileira. Um grupo de trabalho interministerial criado para desenvolver a TSB conta com o apoio da agência alemã de cooperação internacional GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit) para fornecer subsídios técnicos. Além do Ministério da Fazenda e da Embrapa, estão envolvidos o Ministério da Agricultura e Pecuária, Ministério da Pesca e Aquicultura, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Ministério do Meio Ambiente, Ministério das Relações Exteriores e Banco Central. Das instituições externas, está participando também o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). A assinatura do acordo geral de cooperação com o Ministério da Fazenda é o primeiro passo na formalização da parceria. “Trata-se de uma excelente oportunidade para a Embrapa embasar, com critérios técnicos, a concessão de incentivos, como crédito para produtores que estejam produzindo dentro dos critérios estabelecidos para os sistemas modelos de sustentabilidade”, exemplifica Clenio Pillon, diretor de Pesquisa e Inovação da Empresa. MCTI e Consórcio Nordeste Com o MCTI a Embrapa assinará no dia 25 um acordo de cooperação técnica visando a melhoria contínua do Inventário Nacional de Gases de Efeito Estufa para o setor agropecuário, com foco na adequada caracterização das emissões e remoções incorridas nos sistemas produtivos agrícolas brasileiros e suas peculiaridades típicas de ambientes tropicais – o Ministério é o responsável pela coordenação técnico-científica do agro no Inventário Nacional de Gases de Efeito Estufa. O acordo terá vigência de cinco anos. Caberá às duas partes celebrar acordos específicos que contemplem o aporte de recursos financeiros para a operacionalização de atividades, que incluem levantamento de dados de atividade e fatores de emissão e o desenvolvimento de novos modelos compatíveis com as caraterísticas específicas dos sistemas produtivos brasileiros. Já o protocolo de intenções que será assinado com o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste) vai oficializar a parceria técnica e científica entre as duas partes, por meio da articulação dos nove centros de pesquisa que ela mantém na Região. O Consórcio foi criado em 2019 para ser o instrumento jurídico, político e econômico de integração dos estados da região, atrair investimentos e alavancar projetos de forma articulada. “A aproximação com os governos estaduais traz vantagens claras para a Embrapa na região, pois eles são atores importantes no financiamento e direcionamento de ações de pesquisa, transferência de tecnologia e inovação”, finaliza a presidente da estatal.

Seis acordos de cooperação serão assinados na próxima quinta-feira, dia 25 de abril, na solenidade de comemoração do 51º aniversário da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que será realizada na sede da empresa, em Brasília-DF. Dois dos acordos têm abrangência internacional: um com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e outro com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica). Os outros quatro selam novas parcerias com o Ministério da Fazenda, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste).

A parceria com o Bird e com a Corporação Financeira Internacional (IFC) – juntos ambos formam o Grupo Banco Mundial (GBM) – será oficializada por meio de um memorando de entendimento com vigência de cinco anos. Terá como principal objetivo o desenvolvimento de projetos para um setor agroalimentar mais verde, resiliente e inclusivo no Brasil e em outros países em desenvolvimento, especialmente africanos .

“A ideia é identificar e explorar oportunidades de investimentos entre o Banco, a IFC e a Embrapa no agronegócio e de novos modelos de empreendedorismo rural, compartilhar conhecimentos e experiências, promover workshops, conferências, seminários de treinamento e, claro, buscar colaboração técnica e financeira em outros países onde o Grupo Banco Mundial tenha presença, incluindo a possibilidade de intercâmbios de cientistas”, detalha Silvia Massruhá, presidente da Embrapa. Ela explica que serão aprovados nestes cinco anos de parceria, de forma conjunta, planos anuais especificando as temáticas e áreas de colaboração e cooperação.  

Com a Jica a Embrapa assinará um acordo de cooperação técnica para viabilizar, durante três anos, as ações do projeto Desenvolvimento colaborativo da agricultura de precisão e digital para o fortalecimento dos ecossistemas de inovação e a sustentabilidade do agro brasileiro. A empresa mantém acordos de cooperação com a agência japonesa desde 1979. O projeto terá um custo estimado de US$ 10,6 milhões, dos quais US$ 5 milhões terá contribuição financeira de fontes externas. 

Por meio do Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC), o Brasil tem procurado produzir mais alimentos e fibras de forma sustentável, utilizando tecnologias inovadoras como insumos biológicos, a Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), tratamento de dejetos animais, recuperação de pastagens degradadas e Sistema de Plantio Direto. 

O projeto terá como o objetivo maior aumentar a transparência, a confiabilidade e a eficiência do processo produtivo brasileiro, estimulando uma gestão com base em dados, ampliando a inovação e o uso da agricultura de precisão e digital, tendo como referência a expertise técnica japonesa no domínio de ferramentas, dispositivos, sistemas, aplicativos, dados, Internet das Coisas, big data, entre outras tendências da área da Tecnologia da Informação e Comunicação aplicadas ao agro. “Aumentar e, ou, trazer a eficiência nas áreas já ocupadas ou até degradadas, por meio das tecnologias digitais é uma importante oportunidade para contribuir com o esforço global para a sustentabilidade. Por isso, é fundamental a promoção de um ambiente de inovação propício à inserção dos produtores na era da agricultura digital, bem como desburocratizar processos que atrapalham a adoção de novas tecnologias na agropecuária”, reforça Masshurá.

Três objetivos específicos também foram definidos:  estruturar um ambiente de integração digital em uma plataforma tecnológica para viabilizar atuações colaborativas das agritechs brasileiras e japonesas; estruturar os dados utilizados em Agricultura de Precisão (AP) e Agricultura Digital (AD) para comprovar a aplicação dos processos sustentáveis na produção agrícola brasileira e permitir ao Brasil entregas de respostas rápidas de forma transparente; e ampliar o uso de AP e AD em sistemas agroflorestais – predominantemente pequenos e médios produtores da região Amazônica -, em lavouras de grãos e em áreas de produção da pecuária por dois meios que aumentam o potencial de adoção (a transferência e o desenvolvimento de tecnologias de fácil uso).

IBGE e Ministério da Fazenda

Com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) será assinado um protocolo de intenções com dois objetivos: buscar alternativas de integração de dados e informações sobre a agropecuária brasileira, por meio de um centro de inteligência a ser criado; e gerar e disponibilizar informações estratégicas para a sociedade a partir da inteligência e da ciência de dados. O acordo terá duração de 60 meses.

Já a parceria com o Ministério da Fazenda terá como foco o desenvolvimento da Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB) para o agro, trabalho inédito que vai subsidiar o Plano de Transformação Ecológica, estruturado em seis eixos. Para o eixo de Finanças Sustentáveis (conjunto de transformações financeiras que contribuem para investimentos em atividades econômicas sustentáveis e inclusivas, reduzindo riscos ambientais e climáticos) estão previstas entregas expressivas como a regulação do mercado de carbono, os títulos soberanos sustentáveis e a Taxonomia Sustentável Brasileira.

Um grupo de trabalho interministerial criado para desenvolver a TSB conta com o apoio da agência alemã de cooperação internacional GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit) para fornecer subsídios técnicos. Além do Ministério da Fazenda e da Embrapa, estão envolvidos o Ministério da Agricultura e Pecuária, Ministério da Pesca e Aquicultura, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Ministério do Meio Ambiente, Ministério das Relações Exteriores e Banco Central. Das instituições externas, está participando também o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). 

A assinatura do acordo geral de cooperação com o Ministério da Fazenda é o primeiro passo na formalização da parceria. “Trata-se de uma excelente oportunidade para a Embrapa embasar, com critérios técnicos, a concessão de incentivos, como crédito para produtores que estejam produzindo dentro dos critérios estabelecidos para os sistemas modelos de sustentabilidade”, exemplifica Clenio Pillon, diretor de Pesquisa e Inovação da Empresa.

MCTI e Consórcio Nordeste

Com o MCTI a Embrapa assinará no dia 25 um acordo de cooperação técnica visando a melhoria contínua do Inventário Nacional de Gases de Efeito Estufa para o setor agropecuário, com foco na adequada caracterização das emissões e remoções incorridas nos sistemas produtivos agrícolas brasileiros e suas peculiaridades típicas de ambientes tropicais – o Ministério é o responsável pela coordenação técnico-científica do agro no Inventário Nacional de Gases de Efeito Estufa. O acordo terá vigência de cinco anos.

Caberá às duas partes celebrar acordos específicos que contemplem o aporte de recursos financeiros para a operacionalização de atividades, que incluem levantamento de dados de atividade e fatores de emissão e o desenvolvimento de novos modelos compatíveis com as caraterísticas específicas dos sistemas produtivos brasileiros. 

Já o protocolo de intenções que será assinado com o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste) vai oficializar a parceria técnica e científica entre as duas partes, por meio da articulação dos nove centros de pesquisa que ela mantém na Região. O Consórcio foi criado em 2019 para ser o instrumento jurídico, político e econômico de integração dos estados da região, atrair investimentos e alavancar projetos de forma articulada. 

“A aproximação com os governos estaduais traz vantagens claras para a Embrapa na região, pois eles são atores importantes no financiamento e direcionamento de ações de pesquisa, transferência de tecnologia e inovação”, finaliza a presidente da estatal.

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