A vida germina até na adversidade e as Sementes Crioulas, no Piauí também conhecidas como Sementes da Fartura, são exemplos seculares de adaptação e evolução, recheadas de riqueza genética e cultural colhidas em roçados do Semiárido piauiense. As sementes nativas têm diferentes nomes de acordo com a região que habitam e possuem as características de cada ecossistema correspondente à área onde se desenvolvem. No Piauí, as mesmas receberam estes nomes por possibilitarem que famílias agricultoras obtenham independência alimentar e o empoderamento financeiro, pela comercialização do excedente. Estas famílias guardiãs, tão resistentes quanto as sementes nativas e que atravessam gerações, são responsáveis por preservarem e multiplicarem estas sementes. As Sementes Crioulas são preservadas em casas de guardiões que participam de programas de preservação e multiplicação de sementes, casas e bancos de sementes. Manter as sementes é garantir produção alimentar contínua e de qualidade, pois os agricultores selecionam as melhores sementes nas entressafras para continuarem o ciclo de plantio e colheita, gerando renda e alimento aos produtores e suas comunidades, como é o caso da família do Graciano Viana de Andrade. O agricultor participou do Projeto Inova Social – Projeto Agrobiodiversidade do Semiárido, iniciado em 2019, fruto da parceria entre a Embrapa Meio-Norte, o Centro Regional de Assessoria e Capacitação (CERAC), a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e outras entidades do estado. “Fomos agraciados por esse projeto aqui na comunidade. A gente chamava de Campo de Multiplicação, onde o objetivo era produzir num pequeno espaço de terra com uma grande produção de qualidade. Hoje posso dizer que esse projeto me trouxe grandes aprendizados”, comentou Graciano Viana. Dentre diversas técnicas aprendidas de multiplicação, as plantações separadas foram as que mais agradaram o produtor, pois aumenta a qualidade da safra com muita eficiência, de acordo com o mesmo. Além disso, o projeto foi realizado em uma área 25×25 e a família de Graciano Viana recebeu uma base, uma caixa d’água e um kit de irrigação para as atividades agroecológicas. O lavrador também citou que a equipe técnica orientou que os plantios selecionados não poderiam ter transgênicos. “Eu agradeço muito porque onde era o campo de sementes, hoje é uma pequena horta muito rica para o meu quintal e para minha família. Trabalhamos ainda com a rotatividade de plantações e irrigamos a horta com a base que foi deixada e hoje eu trago boa parte da produção para a minha mesa, para minha família”, disse o produtor rural. Os guardiões aprenderam receitas naturais de repelentes para o controle de pragas e pestes nas plantações, sem a presença de químicos. Graciano Viana comentou que aprimorar técnicas de produção foi um divisor de águas na vida de sua família. “Eu tenho muito a agradecer à Embrapa, que é uma entidade que eu vejo como um órgão importante, que luta pelo aprimoramento da semente pura”, citou o mesmo. O agricultor ressaltou que as sementes crioulas estão correndo risco de extinção e a Embrapa e o CERAC têm grande impacto na preservação de sementes puras, boas e sem transgênicos, deixando claro que o projeto foi um sucesso desde a germinação até a colheita. De acordo com Rosângela Araújo, assistente técnica do CERAC, o projeto viabiliza que famílias tenham acesso digno à alimentação e as sementes guardam a história regional do Piauí. A técnica compartilhou que as atividades mensais nas comunidades eram desenvolvidas pelas equipes gestoras em conjunto às famílias guardiãs das Sementes Crioulas. Além disso, a valorização das guardiãs no processo de preservação e cultivo das sementes deve ser trabalhada, pois a invisibilidade das mesmas durante o reconhecimento de sucesso destes projetos ainda é uma constante. A assistente técnica comentou que a presença destas mulheres é de grande impacto na produção de agricultura familiar. As atividades desenvolvidas nas casas de sementes tiveram a intenção de fortalecer os bancos genéticos de Sementes Crioulas e estas ações foram realizadas nos territórios de Cocais e Carnaubais. A técnica também pontuou que a colaboração do CERAC com a Embrapa Meio-Norte engrandeceu o projeto e transformou as vidas das comunidades. Para Francisco Oliveira (Kim), analista da Embrapa Meio-Norte e responsável pelas ações do projeto no Piauí estas sementes constituem, prioritariamente, a base genética dos sistemas agroecológicos, por serem adaptadas aos ecossistemas locais. “As Sementes Crioulas são mais resistentes, por exemplo, a fatores de estresse como seca e falta de nutrientes, contribuindo para viabilizar sistemas de produção com menor dependência de insumos externos e para a produção de alimentos mais saudáveis e seguros, garantindo segurança alimentar e renda para as famílias rurais”, concluiu o agrônomo.
A vida germina até na adversidade e as Sementes Crioulas, no Piauí também conhecidas como Sementes da Fartura, são exemplos seculares de adaptação e evolução, recheadas de riqueza genética e cultural colhidas em roçados do Semiárido piauiense.
As sementes nativas têm diferentes nomes de acordo com a região que habitam e possuem as características de cada ecossistema correspondente à área onde se desenvolvem. No Piauí, as mesmas receberam estes nomes por possibilitarem que famílias agricultoras obtenham independência alimentar e o empoderamento financeiro, pela comercialização do excedente.
Estas famílias guardiãs, tão resistentes quanto as sementes nativas e que atravessam gerações, são responsáveis por preservarem e multiplicarem estas sementes. As Sementes Crioulas são preservadas em casas de guardiões que participam de programas de preservação e multiplicação de sementes, casas e bancos de sementes.
Manter as sementes é garantir produção alimentar contínua e de qualidade, pois os agricultores selecionam as melhores sementes nas entressafras para continuarem o ciclo de plantio e colheita, gerando renda e alimento aos produtores e suas comunidades, como é o caso da família do Graciano Viana de Andrade.
O agricultor participou do Projeto Inova Social – Projeto Agrobiodiversidade do Semiárido, iniciado em 2019, fruto da parceria entre a Embrapa Meio-Norte, o Centro Regional de Assessoria e Capacitação (CERAC), a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e outras entidades do estado.
“Fomos agraciados por esse projeto aqui na comunidade. A gente chamava de Campo de Multiplicação, onde o objetivo era produzir num pequeno espaço de terra com uma grande produção de qualidade. Hoje posso dizer que esse projeto me trouxe grandes aprendizados”, comentou Graciano Viana.
Dentre diversas técnicas aprendidas de multiplicação, as plantações separadas foram as que mais agradaram o produtor, pois aumenta a qualidade da safra com muita eficiência, de acordo com o mesmo.
Além disso, o projeto foi realizado em uma área 25×25 e a família de Graciano Viana recebeu uma base, uma caixa d’água e um kit de irrigação para as atividades agroecológicas. O lavrador também citou que a equipe técnica orientou que os plantios selecionados não poderiam ter transgênicos. “Eu agradeço muito porque onde era o campo de sementes, hoje é uma pequena horta muito rica para o meu quintal e para minha família. Trabalhamos ainda com a rotatividade de plantações e irrigamos a horta com a base que foi deixada e hoje eu trago boa parte da produção para a minha mesa, para minha família”, disse o produtor rural.
Os guardiões aprenderam receitas naturais de repelentes para o controle de pragas e pestes nas plantações, sem a presença de químicos. Graciano Viana comentou que aprimorar técnicas de produção foi um divisor de águas na vida de sua família. “Eu tenho muito a agradecer à Embrapa, que é uma entidade que eu vejo como um órgão importante, que luta pelo aprimoramento da semente pura”, citou o mesmo.
O agricultor ressaltou que as sementes crioulas estão correndo risco de extinção e a Embrapa e o CERAC têm grande impacto na preservação de sementes puras, boas e sem transgênicos, deixando claro que o projeto foi um sucesso desde a germinação até a colheita.
De acordo com Rosângela Araújo, assistente técnica do CERAC, o projeto viabiliza que famílias tenham acesso digno à alimentação e as sementes guardam a história regional do Piauí. A técnica compartilhou que as atividades mensais nas comunidades eram desenvolvidas pelas equipes gestoras em conjunto às famílias guardiãs das Sementes Crioulas.
Além disso, a valorização das guardiãs no processo de preservação e cultivo das sementes deve ser trabalhada, pois a invisibilidade das mesmas durante o reconhecimento de sucesso destes projetos ainda é uma constante. A assistente técnica comentou que a presença destas mulheres é de grande impacto na produção de agricultura familiar.
As atividades desenvolvidas nas casas de sementes tiveram a intenção de fortalecer os bancos genéticos de Sementes Crioulas e estas ações foram realizadas nos territórios de Cocais e Carnaubais. A técnica também pontuou que a colaboração do CERAC com a Embrapa Meio-Norte engrandeceu o projeto e transformou as vidas das comunidades.
Para Francisco Oliveira (Kim), analista da Embrapa Meio-Norte e responsável pelas ações do projeto no Piauí estas sementes constituem, prioritariamente, a base genética dos sistemas agroecológicos, por serem adaptadas aos ecossistemas locais.
“As Sementes Crioulas são mais resistentes, por exemplo, a fatores de estresse como seca e falta de nutrientes, contribuindo para viabilizar sistemas de produção com menor dependência de insumos externos e para a produção de alimentos mais saudáveis e seguros, garantindo segurança alimentar e renda para as famílias rurais”, concluiu o agrônomo.