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Debate sobre sustentabilidade abre comemorações dos 50 anos da Embrapa

O seminário “O futuro da sustentabilidade do agro brasileiro”, realizado no dia 17/11, inaugurou as comemorações alusivas ao 50º aniversário da Embrapa, a ser celebrado em abril de 2023. O evento técnico foi o primeiro de uma série de oito que representam as megatendências apontadas na plataforma Visão do Agro Brasileiro. Coordenado em conjunto pelas Superintendências de Estratégia (Suest) e de Comunicação (Sucom), contou com a participação de cerca de 300 pessoas de forma presencial e remota, no canal da Embrapa no YouTube. Paralelamente, o evento marcou a reinauguração do auditório José Irineu Cabral. Segundo o presidente, Celso Moretti, o tema sustentabilidade foi bastante oportuno, especialmente considerando a data do evento, que culminou com a segunda semana da COP27. Moretti afirmou que a sustentabilidade do agro brasileiro vem sendo um tema constante nas agendas que ele participa no Brasil e no exterior. “O Brasil tem 66,3% de seu território preservado, ao mesmo tempo em que é responsável por uma agricultura altamente competitiva. Isso só reforça a importância da integração entre as agendas agropecuária e ambiental em prol do desenvolvimento do País”, enfatizou. Para Marcos Pena Júnior, analista em gestão estratégica de PD&I, “a Embrapa vem incrementando seus esforços para ouvir cada vez mais o setor produtivo e a sociedade. Esse primeiro seminário, em comemoração aos 50 anos, foi mais uma prova disso, uma vez que contou apenas com a participação de parceiros externos, do moderador do debate aos expositores, trazendo suas leituras acerca da temática. Foi possível sentir o pulso do setor produtivo e de reguladores a respeito dos caminhos futuros do agro e da sustentabilidade”. O presidente do Consad, Guilherme Bastos (foto à direita), enfatizou a importância do seminário como espaço de troca de experiências e conhecimentos acerca do tema sustentabilidade, especialmente no que se refere à segurança alimentar. De acordo com Bastos, a pesquisa agropecuária brasileira vem mantendo essa trajetória de crescimento baseada na conservação e uso sustentável, especialmente pelo incremento tecnológico propiciado pelas instituições de pesquisa e ensino. “Em 40 anos, registramos um incremento de 385% na produção, com apenas 32% de aumento na área plantada. Esse dado endossa o viés sustentável da agropecuária nacional, fortemente embasado no Código Florestal”, pontuou. O presidente do Consad salientou também que o País deve continuar investindo em instrumentos financeiros capazes de fortalecer políticas de baixo carbono, como os planos ABC e ABC+. “Somente a inovação é capaz de integrar a sustentabilidade à segurança alimentar”, acrescentou. Um dos pontos mais relevantes na agenda agropecuária sustentável brasileira é a política de pagamento de serviços ambientais. “O produtor precisa ser recompensado pelo seu papel determinante na preservação ambiental. Para isso, é fundamental que aprimoremos as métricas de mensuração, reporte e verificação”, reforçou Bastos. O Brasil tem hoje uma agenda sustentável que consolida programas, planos e projetos de política agrícola e direciona essas ações em um planejamento a longo prazo alinhado com o compromisso do Brasil com a NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada). “Essa é a essência do projeto iniciado em 2022 entre a Embrapa e o Mapa denominado “Módulo IS_Agro- Indicadores Agro-Socioambientais do Brasil: Inteligência Estratégica para a Sustentabilidade da Agropecuária Nacional”, explicou o presidente do Conselho. Essa iniciativa prevê integração entre as diferentes unidades de pesquisa da Embrapa. Bastos ressaltou ainda que a tecnologia desenvolvida pela Embrapa e parceiros é a base da economia sustentável calcada em sistemas integrados de produção adaptados a mudanças climáticas. Código florestal: debate fortalece o elo entre produção e sustentabilidade Da esquerda para direita: Alcides “Scot” Torres, Enio Junior, Claudia Mendes e José Nilton de Souza Vieira. Remotamente, participaram Vanessa Prezotto e Sergio De Zen. A importância do Código Florestal como elemento agregador entre os produtores brasileiros e o conceito de sustentabilidade foi o ponto forte do debate que reuniu a assessora-técnica da coordenação de sustentabilidade da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Claudia Mendes; o produtor rural e consultor das Comissões Nacionais de Cana-de-açúcar e Grãos da CNA, Enio Jaime Fernandes Junior; o Coordenador de Financiamento da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, José Nilton de Souza Vieira; a Chefe da Assessoria Especial de Assuntos Socioambientais do Mapa, Vanessa Prezotto e o Diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas da Conab, Sergio De Zen, em um debate sobre o futuro da competitividade do agro brasileiro é a produção sustentável. O debate foi mediado pelo CEO da Scot Consultoria, Alcides “Scot” Torres, e teve como objetivo compartilhar expertises relacionadas à sustentabilidade como uma premissa da produção das mais diversas cadeias produtivas em seus diferentes elos. Para isso, os debatedores enfatizaram os aspectos dessa temática que impactarão o agro nacional nas décadas vindouras, considerando como tópicos: o aumento da pressão pelo uso e conservação dos recursos naturais: solo e água; aumento da pressão pelo uso e conservação da biodiversidade, dos recursos florestais madeireiros e não madeireiros; sistemas agrícolas mais sustentáveis; crescimento dos mercados orgânicos e de produção agroecológica; valoração dos serviços agroambientais; bioeconomia em progresso: economia circular; bioeconomia em progresso: resíduos da agroindústria; economia verde; ampliação de investimento atrelados à agenda ESG; bem-estar animal; e redução de perdas e desperdícios de alimentos, entre outros. Vanessa Prezotto ressaltou a relevância da comissão criada pelo Mapa, que conta com o apoio da Embrapa, entre outras instituições, e consiste em fortalecer os mecanismos para pagamento por serviços ambientais aos produtores rurais. “O Código Florestal aproximou o produtor rural do conceito de sustentabilidade, agora é fundamental investir em mecanismos que o recompensem por ser parte imprescindível do processo conservacionista”, destacou. Segundo ela, é premente reforçar mecanismos que apoiem o produtor no que se refere à preservação ambiental, considerando: redução da emissão de carbono, preservação de biomassa, água e terra, entre outros. Para Enio Junior, o Brasil é um caso de sucesso no que se refere à sustentabilidade na agricultura, especialmente quanto ao uso de bioinsumos, agricultura digital, sistema de plantio direto (SPD) e sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Cláudia Mendes destacou a importância do agro para o País, lembrando que representa mais de 25% do PIB. Para ela, os desafios atuais mais prementes são a adaptação dos modelos de produção agrícola aos mercados consumidores e às regras internacionais, ambos cada vez mais rígidos. Já José Nilton Vieira destacou a necessidade de investir em ações de rastreabilidade no que se refere ao mercado de serviços ambientais. Segundo ele, é preciso precificar as ações de PD&I em prol do agro brasileiro, além de modernizar a legislação de financiamento em prol dessas ações.

Foto: Fernanda Diniz

Fernanda Diniz - Celso Moretti reforçou a importância de representantes do setor produtivo no debate

Celso Moretti reforçou a importância de representantes do setor produtivo no debate

O seminário “O futuro da sustentabilidade do agro brasileiro”, realizado no dia 17/11, inaugurou as comemorações alusivas ao 50º aniversário da Embrapa, a ser celebrado em abril de 2023. O evento técnico foi o primeiro de uma série de oito que representam as megatendências apontadas na plataforma Visão do Agro Brasileiro. Coordenado em conjunto pelas Superintendências de Estratégia (Suest) e de Comunicação (Sucom), contou com a participação de cerca de 300 pessoas de forma presencial e remota, no canal da Embrapa no YouTube.  Paralelamente, o evento marcou a reinauguração do auditório José Irineu Cabral.

Segundo o presidente, Celso Moretti, o tema sustentabilidade foi bastante oportuno, especialmente considerando a data do evento, que culminou com a segunda semana da COP27. Moretti afirmou que a sustentabilidade do agro brasileiro vem sendo um tema constante nas agendas que ele participa no Brasil e no exterior. “O Brasil tem 66,3% de seu território preservado, ao mesmo tempo em que é responsável por uma agricultura altamente competitiva. Isso só reforça a importância da integração entre as agendas agropecuária e ambiental em prol do desenvolvimento do País”, enfatizou.

Para Marcos Pena Júnior, analista em gestão estratégica de PD&I, “a Embrapa vem incrementando seus esforços para ouvir cada vez mais o setor produtivo e a sociedade. Esse primeiro seminário, em comemoração aos 50 anos, foi mais uma prova disso, uma vez que contou apenas com a participação de parceiros externos, do moderador do debate aos expositores, trazendo suas leituras acerca da temática. Foi possível sentir o pulso do setor produtivo e de reguladores a respeito dos caminhos futuros do agro e da sustentabilidade”.

O presidente do Consad, Guilherme Bastos (foto à direita), enfatizou a importância do seminário como espaço de troca de experiências e conhecimentos acerca do tema sustentabilidade, especialmente no que se refere à segurança alimentar. De acordo com Bastos, a pesquisa agropecuária brasileira vem mantendo essa trajetória de crescimento baseada na conservação e uso sustentável, especialmente pelo incremento tecnológico propiciado pelas instituições de pesquisa e ensino. “Em 40 anos, registramos um incremento de 385% na produção, com apenas 32% de aumento na área plantada. Esse dado endossa o viés sustentável da agropecuária nacional, fortemente embasado no Código Florestal”, pontuou.

O presidente do Consad salientou também que o País deve continuar investindo em instrumentos financeiros capazes de fortalecer políticas de baixo carbono, como os planos ABC e ABC+. “Somente a inovação é capaz de integrar a sustentabilidade à segurança alimentar”, acrescentou.

Um dos pontos mais relevantes na agenda agropecuária sustentável brasileira é a política de pagamento de serviços ambientais. “O produtor precisa ser recompensado pelo seu papel determinante na preservação ambiental. Para isso, é fundamental que aprimoremos as métricas de mensuração, reporte e verificação”, reforçou Bastos.

O Brasil tem hoje uma agenda sustentável que consolida programas, planos e projetos de política agrícola e direciona essas ações em um planejamento a longo prazo alinhado com o compromisso do Brasil com a NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada). 

“Essa é a essência do projeto iniciado em 2022 entre a Embrapa e o Mapa denominado “Módulo IS_Agro- Indicadores Agro-Socioambientais do Brasil: Inteligência Estratégica para a Sustentabilidade da Agropecuária Nacional”, explicou o presidente do Conselho. Essa iniciativa prevê integração entre as diferentes unidades de pesquisa da Embrapa. 

Bastos ressaltou ainda que a tecnologia desenvolvida pela Embrapa e parceiros é a base da economia sustentável calcada em sistemas integrados de produção adaptados a mudanças climáticas.

Código florestal: debate fortalece o elo entre produção e sustentabilidade

Da esquerda para direita: Alcides “Scot” Torres, Enio Junior, Claudia Mendes e José Nilton de Souza Vieira. Remotamente, participaram Vanessa Prezotto e Sergio De Zen.

A importância do Código Florestal como elemento agregador entre os produtores brasileiros e o conceito de sustentabilidade foi o ponto forte do debate que reuniu a assessora-técnica da coordenação de sustentabilidade da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Claudia Mendes; o produtor rural e consultor das Comissões Nacionais de Cana-de-açúcar e Grãos da CNA, Enio Jaime Fernandes Junior; o Coordenador de Financiamento da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, José Nilton de Souza Vieira; a Chefe da Assessoria Especial de Assuntos Socioambientais do Mapa, Vanessa Prezotto  e o Diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas da Conab, Sergio De Zen, em um debate sobre o futuro da competitividade do agro brasileiro é a produção sustentável.

O debate foi mediado pelo CEO da Scot Consultoria, Alcides “Scot” Torres, e teve como objetivo compartilhar expertises relacionadas à sustentabilidade como uma premissa da produção das mais diversas cadeias produtivas em seus diferentes elos. Para isso, os debatedores enfatizaram os aspectos dessa temática que impactarão o agro nacional nas décadas vindouras, considerando como tópicos: o aumento da pressão pelo uso e conservação dos recursos naturais: solo e água; aumento da pressão pelo uso e conservação da biodiversidade, dos recursos florestais madeireiros e não madeireiros; sistemas agrícolas mais sustentáveis; crescimento dos mercados orgânicos e de produção agroecológica; valoração dos serviços agroambientais; bioeconomia em progresso: economia circular; bioeconomia em progresso: resíduos da agroindústria; economia verde; ampliação de investimento atrelados à agenda ESG; bem-estar animal; e redução de perdas e desperdícios de alimentos, entre outros.

Vanessa Prezotto ressaltou a relevância da comissão criada pelo Mapa, que conta com o apoio da Embrapa, entre outras instituições, e consiste em fortalecer os mecanismos para pagamento por serviços ambientais aos produtores rurais. “O Código Florestal aproximou o produtor rural do conceito de sustentabilidade, agora é fundamental investir em mecanismos que o recompensem por ser parte imprescindível do processo conservacionista”, destacou. Segundo ela, é premente reforçar mecanismos que apoiem o produtor no que se refere à preservação ambiental, considerando: redução da emissão de carbono, preservação de biomassa, água e terra, entre outros. 

Para Enio Junior, o Brasil é um caso de sucesso no que se refere à sustentabilidade na agricultura, especialmente quanto ao uso de bioinsumos, agricultura digital, sistema de plantio direto (SPD) e sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

Cláudia Mendes destacou a importância do agro para o País, lembrando que representa mais de 25% do PIB. Para ela, os desafios atuais mais prementes são a adaptação dos modelos de produção agrícola aos mercados consumidores e às regras internacionais, ambos cada vez mais rígidos.

Já José Nilton Vieira destacou a necessidade de investir em ações de rastreabilidade no que se refere ao mercado de serviços ambientais. Segundo ele, é preciso precificar as ações de PD&I em prol do agro brasileiro, além de modernizar a legislação de financiamento em prol dessas ações. 

Fernanda Diniz (MtB/DF 4685/89)
Superintendência de Comunicação (Sucom)

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Telefone: (61) 3448-4364

Mais informações sobre o tema
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