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Palestra enfoca ferramentas para mitigação da emissão de metano na pecuária

Ferramentas que podem mitigar a emissão de gases de efeito estufa (GEE) na pecuária foi o tema da palestra que a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul Cristina Genro proferiu no último dia 10 na 110ª edição da Expofeira de Bagé. A pesquisadora falou sobre estratégias para o desenvolvimento de uma pecuária mais sustentável e com menos impacto nas mudanças climáticas. Segundo a pesquisadora a agropecuária atual busca maior sustentabilidade nos sistemas de produção, com desafios sociais, econômicos e ambientais. Em relação às questões ambientais, a emissão de gases de efeito estufa é um problema que preocupa os pecuaristas, uma vez que a atividade é colocada como uma das responsáveis pelas mudanças climáticas. “A emissão de GEE, em especial do metano entérico, é parte de um processo natural do sistema de digestão dos ruminantes”. Porém, de acordo com Cristina Genro, é possível mitigar a emissão de metano na pecuária brasileira, tanto pelo manejo nas propriedades como pela adoção de sistemas de produção mais sustentáveis. “Pesquisas mostraram que com um manejo correto das pastagens e dos animais é possível alcançar um balanço positivo do carbono. Ou seja, a atividade consegue capturar mais carbono e estocar no solo em maior quantidade do que emite na natureza”. Segundo ela, medidas até simples como o controle da altura das pastagens contribuem para alcançar esse objetivo. Para a grande maioria de espécies de forrageiras utilizadas na Região Sul a Embrapa tem estudos que indicam a altura ideal para a entrada e saída de animais nas pastagens. “Pastagens bem manejadas podem ser um grande sumidouro de carbono”. A adoção de outras tecnologias também pode contribuir para uma produção mais sustentável na pecuária em relação às mudanças climáticas. Entre elas a pesquisadora destacou a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), um sistema que proporciona maior sustentabilidade utilizando em um mesmo espaço culturas agrícolas, animais e componentes arbóreos. Além disso, a pesquisadora apontou também que o uso de leguminosas nas pastagens pode contribuir no processo de mitigação, uma vez que essas plantas deixam no solo nitrogênio, possibilitando a diminuição do uso de fertilizantes químicos, que é um dos emissores de GEE. Nesse sentido, Genro salientou o programa de melhoramento de forrageiras da Embrapa, que já disponibilizou para os produtores diferentes cultivares, principalmente de leguminosas, mas também de gramíneas, que possibilitam um planejamento forrageiro e maior eficiência nos sistemas de produção. Outra ação apontada pela pesquisadora é o uso de suplementos alimentares, utilizando produtos presentes na região, como os restos dos processos de produção da vitivinicultura e da olivicultura. “Na Embrapa estamos iniciando estudos para recomendar formulações utilizando esses produtos, garantindo uma nutrição de qualidade para os animais e com custos mais reduzidos”.

Ferramentas que podem mitigar a emissão de gases de efeito estufa (GEE) na pecuária foi o tema da palestra que a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul Cristina Genro proferiu no último dia 10 na 110ª edição da Expofeira de Bagé. A pesquisadora falou sobre estratégias para o desenvolvimento de uma pecuária mais sustentável e com menos impacto nas mudanças climáticas.

Segundo a pesquisadora a agropecuária atual busca maior sustentabilidade nos sistemas de produção, com desafios sociais, econômicos e ambientais. Em relação às questões ambientais, a emissão de gases de efeito estufa é um problema que preocupa os pecuaristas, uma vez que a atividade é colocada como uma das responsáveis pelas mudanças climáticas. “A emissão de GEE, em especial do metano entérico, é parte de um processo natural do sistema de digestão dos ruminantes”.

Porém, de acordo com Cristina Genro, é possível mitigar a emissão de metano na pecuária brasileira, tanto pelo manejo nas propriedades como pela adoção de sistemas de produção mais sustentáveis. “Pesquisas mostraram que com um manejo correto das pastagens e dos animais é possível alcançar um balanço positivo do carbono. Ou seja, a atividade consegue capturar mais carbono e estocar no solo em maior quantidade do que emite na natureza”. Segundo ela, medidas até simples como o controle da altura das pastagens contribuem para alcançar esse objetivo. Para a grande maioria de espécies de forrageiras utilizadas na Região Sul a Embrapa tem estudos que indicam a altura ideal para a entrada e saída de animais nas pastagens. “Pastagens bem manejadas podem ser um grande sumidouro de carbono”.

A adoção de outras tecnologias também pode contribuir para uma produção mais sustentável na pecuária em relação às mudanças climáticas. Entre elas a pesquisadora destacou a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), um sistema que proporciona maior sustentabilidade utilizando em um mesmo espaço culturas agrícolas, animais e componentes arbóreos.

Além disso, a pesquisadora apontou também que o uso de leguminosas nas pastagens pode contribuir no processo de mitigação, uma vez que essas plantas deixam no solo nitrogênio, possibilitando a diminuição do uso de fertilizantes químicos, que é um dos emissores de GEE. Nesse sentido, Genro salientou o programa de melhoramento de forrageiras da Embrapa, que já disponibilizou para os produtores diferentes cultivares, principalmente de leguminosas, mas também de gramíneas, que possibilitam um planejamento forrageiro e maior eficiência nos sistemas de produção. Outra ação apontada pela pesquisadora é o uso de suplementos alimentares, utilizando produtos presentes na região, como os restos dos processos de produção da vitivinicultura e da olivicultura. “Na Embrapa estamos iniciando estudos para recomendar formulações utilizando esses produtos, garantindo uma nutrição de qualidade para os animais e com custos mais reduzidos”.

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