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Sustentabilidade na cadeia produtiva de hortaliças e flores reuniu produtores e técnicos em SP

Com mais de 150 participantes, entre produtores, agrônomos, pesquisadores e estudantes, reunidos no auditório da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) em 5 de dezembro, o seminário sobre sustentabilidade na cadeia de produção de hortaliças e flores analisou e debateu temas inovadores e relevantes para essas cadeias produtivas tão importante para o agronegócio brasileiro. O presidente da Associação Brasileira de Insumos para Agricultura Sustentável (INPAS), Walter Silva disse que a ideia desse encontro foi promover o compromisso com a qualidade. “Esse segmento evoluiu demais nesses últimos 15 anos e não devemos nada a nenhum outro país. É preciso agilizar para que as informações cheguem aos produtores, nosso público-alvo. A informação tecnológica é imprescindível para o sucesso”, disse. O Chefe Geral da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Morandi, agradeceu a presença de todos. “O Fórum de Adequação Fitossanitária surgiu em 2005 para criar espaços de discussão em diferentes cadeias, trazendo elementos novos para adequação e melhorias”, disse Morandi. O uso do conhecimento microbiano para manejar doenças de plantas e diminuir o uso de agrotóxicos foi o tema de abertura do seminário. Rodrigo Mendes, chefe de P&D da Embrapa Meio Ambiente, falou sobre esse assunto e explicou que os microrganismos do solo contribuem para a saúde e crescimento das plantas, sendo que as plantas são colonizadas por um imenso número de microrganismos que ultrapassa em muitas vezes o número de células do próprio hospedeiro. O potencial de se utilizar este conhecimento é enorme para o controle de fitopatógenos habitantes do solo, normalmente os mais difíceis de serem controlados. Conforme o coordenador do seminário Wagner Bettiol, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, esse conhecimento será um salto na indução da supressividade do solo aos fitopatógenos causadores de doenças em hortaliças e flores, bem como nas grandes culturas. A palestra do professor Carlos Alberto Silva do Departamento de Ciência do Solo, da Universidade Federal de Lavras (MG), abordou o valor agronômico dos adubos organominerais. De acordo com ele, no Brasil, há várias cadeias produtivas que produzem resíduos orgânicos que são utilizados na síntese de fertilizantes orgânicos e organominerais. Além disso, os adubos organominerais podem proporcionar condições mais adequadas para o desenvolvimento de microrganismos benéficos do solo. Também foram debatidos os efeitos do manejo nutricional no combate às pragas e doenças de plantas, com Camilo Medina da Conplant, que acredita que é importante conhecer os mecanismos naturais de defesa da planta e é fundamental entender como funcionam as relações entre herbívoros e os vegetais, além do processo de patogenicidade. O produtor de flores e frutas Ronaldo Aluisio Kievitsbosch, de Holambra, disse que todos os temas abordados fazem parte do dia-a-dia dele. “A parte da manhã foi mais ligada a pesquisa e depois do almoço focou-se no produtor, e isso foi muito bom”. Para o também produtor de flores de Holambra, Victor Villa Nova, todo o contexto do seminário foi válido. “Acrescentou muitas informações na parte de fisiologia e foi muito interessante o tema sobre microbiota”. A maneira de se produzir de lírios sem agrotóxicos, desde o uso da água, sistemas de fertirrigação, biofertilizantes e agentes de controle biológico para o manejo controle fitossanitário foi apresentada pelo produtor de Holambra, Jan de Witt, que trabalha nesse sistema desde 1996. Logo após, Cesar Almeida, da Sakata Seed Sudamerica falou sobre o manejo de pragas e doenças do tomateiro em cultivos protegidos. “Às vezes, o que parece não é exatamente aquilo. Por isso, é preciso conhecer todas as doenças, pragas e vírus da cultura para que possamos tomar as melhores decisões” O encontro foi finalizado com o tema manejo de doenças na cultura de morango, com Hélcio Costa da Incaper – ES. O palestrante demonstrou a importância para o manejo com início em mudas sadias até o processamento em pós-colheita para evitar perdas e reduzir o uso de agrotóxicos na cultura. O engenheiro agrônomo Marcos Albertini, da Prefeitura de Atibaia (SP), disse que o tema é interessante e tem muito a ver com o trabalho de extensão rural que faz na cidade. “É uma área que precisa sempre estar atualizada. O mais importante foi a troca de experiências”, destacou. “Esse encontro foi necessário ao debate sobre a utilização adequada dos insumos agrícolas, seja fertilizante, agrotóxico ou agentes de biocontrole, explica Bettiol. “Essas cadeias utilizam intensivamente esses insumos. Assim, é fundamental que a Embrapa Meio Ambiente estimule e participe intensamente nestas discussões, sendo também este um dos objetivos do Fórum de Adequação Fitossanitária da Embrapa Meio Ambiente”. O Grupo Viola Harmônica fez o encerramento com apresentação de músicas caipiras raiz de fato e regionais. O evento foi uma parceria entre a Embrapa Meio Ambiente, a Associação Brasileira de Insumos para Agricultura Sustentável (INPAS), o Fórum de Adequação Fitossanitária e a Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag). Sobre o Fórum de Adequação Fitossanitária Organiza discussões sobre o desenvolvimento, regularização e legislação de agrotóxicos, busca a racionalização do uso desses produtos, aumenta as linhas de pesquisas e projetos em adequação fitossanitária tanto para a agricultura convencional como para a de base ecológica, além de gerar subsídios para a formulação de políticas públicas para o setor. De acordo com Bettiol, “a resistência dos organismos aos agrotóxicos; o desequilíbrio ambiental; as doenças iatrogênicas, que surgem devido ao uso de agrotóxicos; a eliminação do controle biológico natural e a menor resistência das plantas a pragas e doenças têm levado ao aumento do uso de agrotóxicos, apesar da evolução destes produtos”, explica. A missão da Embrapa Meio Ambiente é viabilizar soluções para o desenvolvimento sustentável do espaço rural mediante geração, adaptação e transferência de tecnologias e conhecimentos em manejo e gestão ambiental e contribuir para a formulação de políticas agroambientais. Desse modo, diz Bettiol, sua participação não se restringe apenas ao desenvolvimento e à divulgação de pesquisas, mas também em subsídios e na promoção de políticas públicas relacionadas à adequação fitossanitária. Grupo Viola Harmônica O grupo amador sem fins profissionais foi criado a partir da roda de viola do Sesc Campinas. “Nós nos conhecemos lá há uns 2 anos e criamos o Grupo Viola Harmônica”, diz Ivan Lauandos. Os integrantes são Regina Cardoso, Rose Mary de Souza, Cosme dos Santos, Ivan Lauandos e Andrei Santos− 4 violeiros e 1 violonista. Conforme Ivan, o objetivo maior é resgatar as músicas caipiras raiz de fato e as regionais. “Queremos que as novas gerações conheçam um pouco das músicas caipiras de fato. Todos são apaixonados pela música rural”.

Com mais de 150 participantes, entre produtores, agrônomos, pesquisadores e estudantes, reunidos no auditório da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) em 5 de dezembro, o seminário sobre sustentabilidade na cadeia de produção de hortaliças e flores analisou e debateu temas inovadores e relevantes para essas cadeias produtivas tão importante para o agronegócio brasileiro.

O presidente da Associação Brasileira de Insumos para Agricultura Sustentável (INPAS), Walter Silva disse que a ideia desse encontro foi promover o compromisso com a qualidade. “Esse segmento evoluiu demais nesses últimos 15 anos e não devemos nada a nenhum outro país. É preciso agilizar para que as informações cheguem aos produtores, nosso público-alvo. A informação tecnológica é imprescindível para o sucesso”, disse.

O Chefe Geral da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Morandi, agradeceu a presença de todos. “O Fórum de Adequação Fitossanitária surgiu em 2005 para criar espaços de discussão em diferentes cadeias, trazendo elementos novos para adequação e melhorias”, disse Morandi.

O uso do conhecimento microbiano para manejar doenças de plantas e diminuir o uso de agrotóxicos foi o tema de abertura do seminário. Rodrigo Mendes, chefe de P&D da Embrapa Meio Ambiente, falou sobre esse assunto e explicou que os microrganismos do solo contribuem para a saúde e crescimento das plantas, sendo que as plantas são colonizadas por um imenso número de microrganismos que ultrapassa em muitas vezes o número de células do próprio hospedeiro. O potencial de se utilizar este conhecimento é enorme para o controle de fitopatógenos habitantes do solo, normalmente os mais difíceis de serem controlados.

Conforme o coordenador do seminário Wagner Bettiol, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, esse conhecimento será um salto na indução da supressividade do solo aos fitopatógenos causadores de doenças em hortaliças e flores, bem como nas grandes culturas.

A palestra do professor Carlos Alberto Silva do Departamento de Ciência do Solo, da Universidade Federal de Lavras (MG), abordou o valor agronômico dos adubos organominerais. De acordo com ele, no Brasil, há várias cadeias produtivas que produzem resíduos orgânicos que são utilizados na síntese de fertilizantes orgânicos e organominerais. Além disso, os adubos organominerais podem proporcionar condições mais adequadas para o desenvolvimento de microrganismos benéficos do solo.

Também foram debatidos os efeitos do manejo nutricional no combate às pragas e doenças de plantas, com Camilo Medina da Conplant, que acredita que é importante conhecer os mecanismos naturais de defesa da planta e é fundamental entender como funcionam as relações entre herbívoros e os vegetais, além do processo de patogenicidade.
O produtor de flores e frutas Ronaldo Aluisio Kievitsbosch, de Holambra, disse que todos os temas abordados fazem parte do dia-a-dia dele. “A parte da manhã foi mais ligada a pesquisa e depois do almoço focou-se no produtor, e isso foi muito bom”.

Para o também produtor de flores de Holambra, Victor Villa Nova, todo o contexto do seminário foi válido. “Acrescentou muitas informações na parte de fisiologia e foi muito interessante o tema sobre microbiota”. A maneira de se produzir de lírios sem agrotóxicos, desde o uso da água, sistemas de fertirrigação, biofertilizantes e agentes de controle biológico para o manejo controle fitossanitário foi apresentada pelo produtor de Holambra, Jan de Witt, que trabalha nesse sistema desde 1996.

Logo após, Cesar Almeida, da Sakata Seed Sudamerica falou sobre o manejo de pragas e doenças do tomateiro em cultivos protegidos. “Às vezes, o que parece não é exatamente aquilo. Por isso, é preciso conhecer todas as doenças, pragas e vírus da cultura para que possamos tomar as melhores decisões”

O encontro foi finalizado com o tema manejo de doenças na cultura de morango, com Hélcio Costa da Incaper – ES. O palestrante demonstrou a importância para o manejo com início em mudas sadias até o processamento em pós-colheita para evitar perdas e reduzir o uso de agrotóxicos na cultura.

O engenheiro agrônomo Marcos Albertini, da Prefeitura de Atibaia (SP), disse que o tema é interessante e tem muito a ver com o trabalho de extensão rural que faz na cidade. “É uma área que precisa sempre estar atualizada. O mais importante foi a troca de experiências”, destacou.

“Esse encontro foi necessário ao debate sobre a utilização adequada dos insumos agrícolas, seja fertilizante, agrotóxico ou agentes de biocontrole, explica Bettiol. “Essas cadeias utilizam intensivamente esses insumos. Assim, é fundamental que a Embrapa Meio Ambiente estimule e participe intensamente nestas discussões, sendo também este um dos objetivos do Fórum de Adequação Fitossanitária da Embrapa Meio Ambiente”.

O Grupo Viola Harmônica fez o encerramento com apresentação de músicas caipiras raiz de fato e regionais.
O evento foi uma parceria entre a Embrapa Meio Ambiente, a Associação Brasileira de Insumos para Agricultura Sustentável (INPAS), o Fórum de Adequação Fitossanitária e a Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag).

Sobre o Fórum de Adequação Fitossanitária

Organiza discussões sobre o desenvolvimento, regularização e legislação de agrotóxicos, busca a racionalização do uso desses produtos, aumenta as linhas de pesquisas e projetos em adequação fitossanitária tanto para a agricultura convencional como para a de base ecológica, além de gerar subsídios para a formulação de políticas públicas para o setor.
De acordo com Bettiol, “a resistência dos organismos aos agrotóxicos; o desequilíbrio ambiental; as doenças iatrogênicas, que surgem devido ao uso de agrotóxicos; a eliminação do controle biológico natural e a menor resistência das plantas a pragas e doenças têm levado ao aumento do uso de agrotóxicos, apesar da evolução destes produtos”, explica.

A missão da Embrapa Meio Ambiente é viabilizar soluções para o desenvolvimento sustentável do espaço rural mediante geração, adaptação e transferência de tecnologias e conhecimentos em manejo e gestão ambiental e contribuir para a formulação de políticas agroambientais. Desse modo, diz Bettiol, sua participação não se restringe apenas ao desenvolvimento e à divulgação de pesquisas, mas também em subsídios e na promoção de políticas públicas relacionadas à adequação fitossanitária.

Grupo Viola Harmônica
 O grupo amador sem fins profissionais foi criado a partir da roda de viola do Sesc Campinas. “Nós nos conhecemos lá há uns 2 anos e criamos o Grupo Viola Harmônica”, diz Ivan Lauandos. Os integrantes são Regina Cardoso, Rose Mary de Souza, Cosme dos Santos, Ivan Lauandos e Andrei Santos− 4 violeiros e 1 violonista.
Conforme Ivan, o objetivo maior é resgatar as músicas caipiras raiz de fato e as regionais. “Queremos que as novas gerações conheçam um pouco das músicas caipiras de fato. Todos são apaixonados pela música rural”.

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