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Sul de Minas é destaque na produção de mandioquinha-salsa

As lavouras brasileiras de mandioquinha-salsa ocupam uma área equivalente a 15 mil hectares e movimentam cerca de R$ 2 bilhões anuais, sendo que as regiões Sul e Sudeste respondem por quase a totalidade da produção. Minas Gerais lidera o ranking de estados produtores, com uma produção estimada em mais de 67 mil toneladas, somente no ano passado, em uma área que totaliza mais de 4 mil hectares.

O desempenho da mandioquinha-salsa no Sul de Minas é destaque: os munícipios de Ipuiuna e Espírito Santo do Dourado, nas regiões de Guaxupé e Pouso Alegre, respectivamente, são os principais produtores de todo o estado. Esses locais, com altitudes superiores a 1.000 metros, reúnem as condições ideais para o cultivo e o desenvolvimento da hortaliça: tem clima ameno o ano inteiro, como ocorre na região andina, centro de origem da mandioquinha.

Também conhecida por batata-baroa, batata-salsa ou batata-aipo, a mandioquinha-salsa foi introduzida no Brasil no início do século XX e ganhou espaço nas regiões serranas do Sul e do Sudeste. Mais recentemente, a cultura também tem sido produzida no Planalto Central, em locais com altitude superior a 1.000 metros. A espécie também assume importância econômica na Colômbia – onde é chamada de arracacha – que divide com o Brasil o status de maior produtor mundial.

Região recebe evento latino-americano

Devido ao desempenho do sul de Minas Gerais na produção de mandioquinha-salsa, a região foi escolhida como sede do I Encontro Latino Americano de Arracacha e do IX Encontro Nacional de Mandioquinha-Salsa, eventos realizados pela Embrapa Hortaliças em parceria com a Emater-MG. O objetivo é difundir tecnologias, promover a sustentabilidade no cultivo e debater os desafios encontrados na produção e na comercialização da mandioquinha-salsa.

O IX Encontro Nacional acontece nos próximos dias 08 e 09 de maio, com previsão de 400 participantes. O primeiro dia de evento será em Pouso Alegre, com palestras e exposição em estandes. “Vamos tratar de questões relacionadas aos principais problemas que depreciam a produtividade das lavouras, sistemas de preparo de mudas e de plantio, manejo e tratos culturais, cultivares tradicionais e melhoradas, além de debater acerca dos canais de comercialização”, detalha o pesquisador Nuno Madeira, da Embrapa Hortaliças.

No segundo dia, os participantes vão participar de um dia de campo na região produtora do município de Senador Amaral, com visita prevista em um campo de produção de mudas e em um lavador. Nessa ocasião, será possível verificar o desempenho das variedades de mandioquinha-salsa e as boas práticas agrícolas. O almoço será com pratos à base de mandioquinha-salsa.

No dia 10 de maio, em Pouso Alegre, será realizado o I Encontro Latino-Americano de Arracacha (mandioquinha, em espanhol), momento em que especialistas do Brasil, Colômbia, Venezuela, Peru, Equador, Bolívia e Porto Rico terão a oportunidade de falar sobre o panorama da pesquisa e da produção de seus países. “Nossa expectativa é promover o intercâmbio de conhecimentos entre profissionais que estudam a mandioquinha-salsa nesses países e estabelecer uma rede de pesquisa em torno da cultura, tendo como subsídio as demandas dos produtores”, comenta Madeira.

As inscrições para os eventos são gratuitas e podem ser realizadas no endereço: https://www.embrapa.br/hortalicas/encontro-mandioquinha-salsa.

Novas variedades de mandioquinha

No segundo dia de evento, os técnicos e produtores terão a oportunidade de observar no campo o desempenho das duas novas variedades de mandioquinha-salsa da Embrapa Hortaliças: as cultivares BRS Rúbia 41 e BRS Catarina 64, que se destacam por apresentar produtividade até 80% maior que a variedade Amarela de Senador Amaral, lançada há duas décadas também pela Embrapa, e que hoje domina 95% da área nacional plantada com essa raiz.

Além de melhorar o desempenho da produção, os pesquisadores pretendem diversificar geneticamente as lavouras, hoje com hegemonia de uma única variedade. “A expectativa é que, em três anos, as variedades Rúbia e Catarina atinjam 50% da área cultivada hoje na região,” prevê Juary Moreira, responsável técnico pelo escritório local da Emater-MG, em Munhoz, no Sul de Minas. As duas variedades apresentam características desejadas, como formato cilíndrico, coloração amarela intensa, aroma e sabor característicos. Além do alto potencial produtivo, elas têm maior produção de mudas por plantas.

Sistema de produção de mudas certificadas

O pesquisador Nuno Madeira ressalta a importância das mudas certificadas para garantir a qualidade. “As novas variedades que estão sendo disponibilizadas têm a garantia de boa procedência e de que foram produzidas de acordo com manejo proposto para mudas, que difere do manejo para produção de raízes”, esclarece.

Por meio de edital de oferta pública, a empresa Eagle Flores, Frutas & Hortaliças Ltda está à frente do processo de produção e comercialização de mudas certificadas de mandioquinha-salsa no Brasil, pela primeira vez em escala comercial. A previsão é que de abril até agosto deste ano sejam comercializadas cerca de quatro milhões de mudas das duas novas variedades. 

As lavouras brasileiras de mandioquinha-salsa ocupam uma área equivalente a 15 mil hectares e movimentam cerca de R$ 2 bilhões anuais, sendo que as regiões Sul e Sudeste respondem por quase a totalidade da produção. Minas Gerais lidera o ranking de estados produtores, com uma produção estimada em mais de 67 mil toneladas, somente no ano passado, em uma área que totaliza mais de 4 mil hectares.

O desempenho da mandioquinha-salsa no Sul de Minas é destaque: os munícipios de Ipuiuna e Espírito Santo do Dourado, nas regiões de Guaxupé e Pouso Alegre, respectivamente, são os principais produtores de todo o estado. Esses locais, com altitudes superiores a 1.000 metros, reúnem as condições ideais para o cultivo e o desenvolvimento da hortaliça: tem clima ameno o ano inteiro, como ocorre na região andina, centro de origem da mandioquinha.

Também conhecida por batata-baroa, batata-salsa ou batata-aipo, a mandioquinha-salsa foi introduzida no Brasil no início do século XX e ganhou espaço nas regiões serranas do Sul e do Sudeste. Mais recentemente, a cultura também tem sido produzida no Planalto Central, em locais com altitude superior a 1.000 metros. A espécie também assume importância econômica na Colômbia – onde é chamada de arracacha – que divide com o Brasil o status de maior produtor mundial.

Região recebe evento latino-americano

Devido ao desempenho do sul de Minas Gerais na produção de mandioquinha-salsa, a região foi escolhida como sede do I Encontro Latino Americano de Arracacha e do IX Encontro Nacional de Mandioquinha-Salsa, eventos realizados pela Embrapa Hortaliças em parceria com a Emater-MG. O objetivo é difundir tecnologias, promover a sustentabilidade no cultivo e debater os desafios encontrados na produção e na comercialização da mandioquinha-salsa.

O IX Encontro Nacional acontece nos próximos dias 08 e 09 de maio, com previsão de 400 participantes. O primeiro dia de evento será em Pouso Alegre, com palestras e exposição em estandes. “Vamos tratar de questões relacionadas aos principais problemas que depreciam a produtividade das lavouras, sistemas de preparo de mudas e de plantio, manejo e tratos culturais, cultivares tradicionais e melhoradas, além de debater acerca dos canais de comercialização”, detalha o pesquisador Nuno Madeira, da Embrapa Hortaliças.

No segundo dia, os participantes vão participar de um dia de campo na região produtora do município de Senador Amaral, com visita prevista em um campo de produção de mudas e em um lavador. Nessa ocasião, será possível verificar o desempenho das variedades de mandioquinha-salsa e as boas práticas agrícolas. O almoço será com pratos à base de mandioquinha-salsa.

No dia 10 de maio, em Pouso Alegre, será realizado o I Encontro Latino-Americano de Arracacha (mandioquinha, em espanhol), momento em que especialistas do Brasil, Colômbia, Venezuela, Peru, Equador, Bolívia e Porto Rico terão a oportunidade de falar sobre o panorama da pesquisa e da produção de seus países. “Nossa expectativa é promover o intercâmbio de conhecimentos entre profissionais que estudam a mandioquinha-salsa nesses países e estabelecer uma rede de pesquisa em torno da cultura, tendo como subsídio as demandas dos produtores”, comenta Madeira.

As inscrições para os eventos são gratuitas e podem ser realizadas no endereço: https://www.embrapa.br/hortalicas/encontro-mandioquinha-salsa.

Novas variedades de mandioquinha

No segundo dia de evento, os técnicos e produtores terão a oportunidade de observar no campo o desempenho das duas novas variedades de mandioquinha-salsa da Embrapa Hortaliças: as cultivares BRS Rúbia 41 e BRS Catarina 64, que se destacam por apresentar produtividade até 80% maior que a variedade Amarela de Senador Amaral, lançada há duas décadas também pela Embrapa, e que hoje domina 95% da área nacional plantada com essa raiz.

Além de melhorar o desempenho da produção, os pesquisadores pretendem diversificar geneticamente as lavouras, hoje com hegemonia de uma única variedade. “A expectativa é que, em três anos, as variedades Rúbia e Catarina atinjam 50% da área cultivada hoje na região,” prevê Juary Moreira, responsável técnico pelo escritório local da Emater-MG, em Munhoz, no Sul de Minas. As duas variedades apresentam características desejadas, como formato cilíndrico, coloração amarela intensa, aroma e sabor característicos. Além do alto potencial produtivo, elas têm maior produção de mudas por plantas.

Sistema de produção de mudas certificadas

O pesquisador Nuno Madeira ressalta a importância das mudas certificadas para garantir a qualidade. “As novas variedades que estão sendo disponibilizadas têm a garantia de boa procedência e de que foram produzidas de acordo com manejo proposto para mudas, que difere do manejo para produção de raízes”, esclarece.

Por meio de edital de oferta pública, a empresa Eagle Flores, Frutas & Hortaliças Ltda está à frente do processo de produção e comercialização de mudas certificadas de mandioquinha-salsa no Brasil, pela primeira vez em escala comercial. A previsão é que de abril até agosto deste ano sejam comercializadas cerca de quatro milhões de mudas das duas novas variedades. 

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