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Sistema da macrologística multiplica demandas na Embrapa Territorial

Mais de 25 mil acessos ao site e quase 30 pedidos de visita à Embrapa Territorial (Campinas, SP). Esse foi o saldo dos primeiros 15 dias após o lançamento do Sistema de Inteligência Territorial Estratégica da Macrologística Agropecuária Brasileira, disponível no Portal Embrapa. O evento para apresentação pública do produto aconteceu no dia 7 de março, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília.

A equipe responsável pelo projeto já se reuniu com representantes dos governos estaduais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Uma comitiva fluminense liderada pelo subsecretário de Transportes, Delmo Manoel Pinho, esteve na Embrapa Territorial, no dia 14, para discutir a infraestrutura logística necessária para colocar o Porto do Açu na rota de exportações do agronegócio.

Pinho, explica que, atualmente, esse porto trabalha basicamente com a cadeia da mineração e recebe as cargas de exportação por dutos. No ano passado, saíram do País por esse terminal marítimo 16 milhões de toneladas de minério de ferro. Há previsão de forte crescimento do embarque de minérios no porto, mas a estrutura dutoviária não será mais suficiente. A solução pode ser o investimento em ferrovias, que poderiam também transportar produtos da agropecuária. Segundo Pinho, o mais viável seria implantação de um trecho da ferrovia EF-354 para integrar áreas de mineração ao porto e, posteriormente, a extensão dela até a Ferrovia Norte Sul, abrindo um corredor para o agronegócio.

O Superintendente de Logística, André Aguiar, afirma que os dados do Sistema e dos estudos logísticos realizados pela Embrapa estão sendo utilizados em análises complementares ao Plano Estratégico de Logística e Cargas do Estado do Rio de Janeiro. “Surpreendente a infraestrutura e demonstração de capacidade técnica da equipe (da Embrapa Territorial), além de ter acesso a recursos tecnológicos para desenvolver estudos de execução complexa. O Sistema de Inteligência Territorial Estratégica da Macrologística Agropecuária, demonstrado pelos técnicos da Embrapa, vem a preencher uma lacuna de disponibilização de informações que antes só seria possível em longo prazo ou com contratação de consultorias”, avalia.

A gerente de projetos Célia Daumas, da empresa que administra o porto, a Prumo Logística, também participou das discussões durante o encontro, e avalia a possibilidade de uso da atual infraestrutura rodoviária que conecta as áreas agrícolas do Centro Oeste e Minas Gerais ao Porto do Açú.

No dia seguinte à recepção da comitiva do Rio de Janeiro, o chefe-geral da Unidade, Evaristo de Miranda, reuniu-se com o secretário estadual de Mineração e Energia de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles. “É interessante aprofundar a relação logística entre mineração e agropecuária”, comenta Miranda. Ele lembra que o transporte de minérios, com fluxo mais contínuo ao longo do ano, viabiliza as ferrovias que atendem também o agronegócio. Hoje, 57% do açúcar e 47% da soja e do milho destinados à exportação chegam aos portos de trem.

Seminário em maio

Para atender aos vários pedidos de interação que estão chegando das empresas, a Embrapa Territorial irá promover um seminário, em maio. Esse será o segundo evento para debater o tema e receber críticas e sugestões. O primeiro aconteceu no dia do lançamento no Mapa. Participaram cerca de 40 pessoas, principalmente agentes do Governo Federal e entidades representativas dos produtores rurais.

Presente no evento, a vice-presidente executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram), Elizabeth Chagas, disse: “Esse trabalho é de um detalhamento precioso quanto à localização de nossa produção, das necessidades de cargas e seus destinos finais e intermediários”. Para ela, as informações contribuem para o desenvolvimento do agronegócio e do País. “O agronegócio brasileiro é muito eficiente da porteira para dentro, mas, na parte externa, sofre com estradas precárias, falta de locais para armazenamento dos produtos e portos atolados de congestionamento de navios”, lembra Elizabeth, que tem vasta experiência no segmento logístico.

Mário Borba, vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa-PB), também opina sobre a plataforma: “(Ela) vai mostrar os caminhos e a viabilidade dos corredores de escoamento e das linhas de exportações, não só em rodovias, mas também em ferrovias e hidrovias até chegar aos portos”. Ele concorda com a executiva da Asbram sobre o desafio da logística para o agronegócio e aponta a conclusão de obras para o transporte como prioridade.

Já o diretor-geral das Associações Nacionais dos Exportadores de Cereais e dos Exportadores de Algodão (Anec/Anea), Sérgio Castanho Teixeira Mendes, considera a logística o ponto mais fraco do agronegócio. Em correspondência encaminhada à Embrapa Territorial, ele qualifica como “brilhante” o sistema da macrologística e diz que a equipe de pessoas responsáveis pelo desenvolvimento “são o que podemos denominar de transformadores, isto é, de verdadeiros alquimistas do conhecimento”. “Seu brilhante estudo, que tem a modéstia de ser definido por vocês como ‘plano para ajudar a definir a logística nacional’, é o documento mais completo e minucioso que já tivemos a oportunidade de contemplar, até hoje”, afirmou.

À frente do trabalho, o analista Gustavo Spadotti conta que já havia procura pelo sistema, mas o lançamento foi um gatilho para novas solicitações, que superaram as expectativas. “Esse produto já era demandado pelo setor e chegou no momento em que o custo logístico da cadeia de grãos está achatando os rendimentos do produtor”, avalia.

Agências reguladoras e ministérios cujos dados públicos foram utilizados na plataforma ofereceram parceria para ampliar o volume de informações disponíveis. No próprio seminário em Brasília e depois dele, surgiram solicitações de inclusão de rotas e cadeias produtivas, bem como realização de estudos com novos cruzamentos de dados. Spadotti ainda destaca as sugestões de parceria de outras Unidades, com colegas dispostos a colaborar nos próximos trabalhos. A equipe já está trabalhando em atualizações, que devem ser apresentadas no seminário de maio.

Mais de 25 mil acessos ao site e quase 30 pedidos de visita à Embrapa Territorial (Campinas, SP). Esse foi o saldo dos primeiros 15 dias após o lançamento do Sistema de Inteligência Territorial Estratégica da Macrologística Agropecuária Brasileira, disponível no Portal Embrapa. O evento para apresentação pública do produto aconteceu no dia 7 de março, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília.

A equipe responsável pelo projeto já se reuniu com representantes dos governos estaduais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Uma comitiva fluminense liderada pelo subsecretário de Transportes, Delmo Manoel Pinho, esteve na Embrapa Territorial, no dia 14, para discutir a infraestrutura logística necessária para colocar o Porto do Açu na rota de exportações do agronegócio.

Pinho, explica que, atualmente, esse porto trabalha basicamente com a cadeia da mineração e recebe as cargas de exportação por dutos. No ano passado, saíram do País por esse terminal marítimo 16 milhões de toneladas de minério de ferro. Há previsão de forte crescimento do embarque de minérios no porto, mas a estrutura dutoviária não será mais suficiente. A solução pode ser o investimento em ferrovias, que poderiam também transportar produtos da agropecuária. Segundo Pinho, o mais viável seria implantação de um trecho da ferrovia EF-354 para integrar áreas de mineração ao porto e, posteriormente, a extensão dela até a Ferrovia Norte Sul, abrindo um corredor para o agronegócio.

O Superintendente de Logística, André Aguiar, afirma que os dados do Sistema e dos estudos logísticos realizados pela Embrapa estão sendo utilizados em análises complementares ao Plano Estratégico de Logística e Cargas do Estado do Rio de Janeiro. “Surpreendente a infraestrutura e demonstração de capacidade técnica da equipe (da Embrapa Territorial), além de ter acesso a recursos tecnológicos para desenvolver estudos de execução complexa. O Sistema de Inteligência Territorial Estratégica da Macrologística Agropecuária, demonstrado pelos técnicos da Embrapa, vem a preencher uma lacuna de disponibilização de informações que antes só seria possível em longo prazo ou com contratação de consultorias”, avalia.

A gerente de projetos Célia Daumas, da empresa que administra o porto, a Prumo Logística, também participou das discussões durante o encontro, e avalia a possibilidade de uso da atual infraestrutura rodoviária que conecta as áreas agrícolas do Centro Oeste e Minas Gerais ao Porto do Açú.

No dia seguinte à recepção da comitiva do Rio de Janeiro, o chefe-geral da Unidade, Evaristo de Miranda, reuniu-se com o secretário estadual de Mineração e Energia de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles. “É interessante aprofundar a relação logística entre mineração e agropecuária”, comenta Miranda. Ele lembra que o transporte de minérios, com fluxo mais contínuo ao longo do ano, viabiliza as ferrovias que atendem também o agronegócio. Hoje, 57% do açúcar e 47% da soja e do milho destinados à exportação chegam aos portos de trem.

Seminário em maio

Para atender aos vários pedidos de interação que estão chegando das empresas, a Embrapa Territorial irá promover um seminário, em maio. Esse será o segundo evento para debater o tema e receber críticas e sugestões. O primeiro aconteceu no dia do lançamento no Mapa. Participaram cerca de 40 pessoas, principalmente agentes do Governo Federal e entidades representativas dos produtores rurais.

Presente no evento, a vice-presidente executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram), Elizabeth Chagas, disse: “Esse trabalho é de um detalhamento precioso quanto à localização de nossa produção, das necessidades de cargas e seus destinos finais e intermediários”. Para ela, as informações contribuem para o desenvolvimento do agronegócio e do País. “O agronegócio brasileiro é muito eficiente da porteira para dentro, mas, na parte externa, sofre com estradas precárias, falta de locais para armazenamento dos produtos e portos atolados de congestionamento de navios”, lembra Elizabeth, que tem vasta experiência no segmento logístico.

Mário Borba, vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa-PB), também opina sobre a plataforma: “(Ela) vai mostrar os caminhos e a viabilidade dos corredores de escoamento e das linhas de exportações, não só em rodovias, mas também em ferrovias e hidrovias até chegar aos portos”. Ele concorda com a executiva da Asbram sobre o desafio da logística para o agronegócio e aponta a conclusão de obras para o transporte como prioridade.

Já o diretor-geral das Associações Nacionais dos Exportadores de Cereais e dos Exportadores de Algodão (Anec/Anea), Sérgio Castanho Teixeira Mendes, considera a logística o ponto mais fraco do agronegócio. Em correspondência encaminhada à Embrapa Territorial, ele qualifica como “brilhante” o sistema da macrologística e diz que a equipe de pessoas responsáveis pelo desenvolvimento “são o que podemos denominar de transformadores, isto é, de verdadeiros alquimistas do conhecimento”. “Seu brilhante estudo, que tem a modéstia de ser definido por vocês como ‘plano para ajudar a definir a logística nacional’, é o documento mais completo e minucioso que já tivemos a oportunidade de contemplar, até hoje”, afirmou.

À frente do trabalho, o analista Gustavo Spadotti conta que já havia procura pelo sistema, mas o lançamento foi um gatilho para novas solicitações, que superaram as expectativas. “Esse produto já era demandado pelo setor e chegou no momento em que o custo logístico da cadeia de grãos está achatando os rendimentos do produtor”, avalia.

Agências reguladoras e ministérios cujos dados públicos foram utilizados na plataforma ofereceram parceria para ampliar o volume de informações disponíveis. No próprio seminário em Brasília e depois dele, surgiram solicitações de inclusão de rotas e cadeias produtivas, bem como realização de estudos com novos cruzamentos de dados. Spadotti ainda destaca as sugestões de parceria de outras Unidades, com colegas dispostos a colaborar nos próximos trabalhos. A equipe já está trabalhando em atualizações, que devem ser apresentadas no seminário de maio.

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