A Floresta Amazônica deve ser compreendida como controladora do regime climático das regiões mais densamente povoadas do Brasil. Sem a floresta, praticamente todo o país teria um clima semiárido, com chuvas escassas, raramente mais intensas, porém associadas à temporais. Tal cenário certamente seria prejudicial para um grande contingente populacional e para o meio ambiente como um todo, com graves problemas socioambientais e econômicos, principalmente.
Os pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) Marco Gomes e Lauro Pereira destacam a importância dos Rios Voadores – expressão conhecida no Brasil a partir de 2006 e mais amplamente divulgada em 2007 por meio do “Projeto Rios Voadores”. Tal evento possui ação direta nas condições de clima, na vida humana e nos recursos hídricos. “Dada a sua alta relevância por abordar os deslocamentos de massas úmidas da região amazônica para a região centro-sul do país – daí a denominação de Rios Voadores, influencia no regime de chuvas de boa parte do território nacional”, explica Gomes.
A região amazônica é peculiar em relação à recepção das massas de ar provenientes do Oceano Atlântico. Uma vez sobre a floresta, essas massas se condensam e formam as chuvas torrenciais, típicas da região. Com a evapotranspiração intensa da floresta, incrementada pela temperatura elevada, são formadas massas úmidas em grandes quantidades que se deslocam na orientação norte-sul da Cordilheira dos Andes, que funciona como anteparo, até chegar aos estados da região centro-sul. Parte dessas massas também é exportada para o Caribe e o Oceano Pacífico, o que coloca a Floresta Amazônica em condição de grande importância mundial quanto à sua influência no regime de chuvas sobre uma grande extensão territorial da América Latina.
Periodicamente os fenômenos El Niño e La Ninã têm interferido nesse regime, porém, como são cíclicos, não se pode responsabilizá-los exclusivamente pelos desequilíbrios climáticos no Brasil.
“Devemos pois, olhar para a Floresta Amazônica e ver a sua cobertura vegetal densa e uniforme como um mecanismo que funciona, de fato, como uma bomba d’água, ou seja, absorve e também libera muita água”, continua Gomes.
Estudos recentes têm mostrado também que a floresta, dada a sua alta densidade de cobertura e grande extensão territorial, bloqueia a formação de ventos fortes, evitando surgimento de grandes tempestades em forma de furacões.
Consulta: http://riosvoadores.com.br/o-projeto/fenomeno-dos-rios-voadores/
A Floresta Amazônica deve ser compreendida como controladora do regime climático das regiões mais densamente povoadas do Brasil. Sem a floresta, praticamente todo o país teria um clima semiárido, com chuvas escassas, raramente mais intensas, porém associadas à temporais. Tal cenário certamente seria prejudicial para um grande contingente populacional e para o meio ambiente como um todo, com graves problemas socioambientais e econômicos, principalmente.
Os pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) Marco Gomes e Lauro Pereira destacam a importância dos Rios Voadores – expressão conhecida no Brasil a partir de 2006 e mais amplamente divulgada em 2007 por meio do “Projeto Rios Voadores”. Tal evento possui ação direta nas condições de clima, na vida humana e nos recursos hídricos. “Dada a sua alta relevância por abordar os deslocamentos de massas úmidas da região amazônica para a região centro-sul do país – daí a denominação de Rios Voadores, influencia no regime de chuvas de boa parte do território nacional”, explica Gomes.
A região amazônica é peculiar em relação à recepção das massas de ar provenientes do Oceano Atlântico. Uma vez sobre a floresta, essas massas se condensam e formam as chuvas torrenciais, típicas da região. Com a evapotranspiração intensa da floresta, incrementada pela temperatura elevada, são formadas massas úmidas em grandes quantidades que se deslocam na orientação norte-sul da Cordilheira dos Andes, que funciona como anteparo, até chegar aos estados da região centro-sul. Parte dessas massas também é exportada para o Caribe e o Oceano Pacífico, o que coloca a Floresta Amazônica em condição de grande importância mundial quanto à sua influência no regime de chuvas sobre uma grande extensão territorial da América Latina.
Periodicamente os fenômenos El Niño e La Ninã têm interferido nesse regime, porém, como são cíclicos, não se pode responsabilizá-los exclusivamente pelos desequilíbrios climáticos no Brasil.
“Devemos pois, olhar para a Floresta Amazônica e ver a sua cobertura vegetal densa e uniforme como um mecanismo que funciona, de fato, como uma bomba d’água, ou seja, absorve e também libera muita água”, continua Gomes.
Estudos recentes têm mostrado também que a floresta, dada a sua alta densidade de cobertura e grande extensão territorial, bloqueia a formação de ventos fortes, evitando surgimento de grandes tempestades em forma de furacões.
Consulta: http://riosvoadores.com.br/o-projeto/fenomeno-dos-rios-voadores/