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Unidade participa de Dia de Campo sobre agricultura regenerativa em Goiás

A Fazenda San Martin Paineiras, do produtor Giberto Yuki, de Ipameri (GO), realizou em 14 de janeiro um Dia de Campo com a participação da Embrapa Cerrados e da Embrapa Arroz e Feijão (GO), reunindo mais de 60 produtores, técnicos, consultores e agentes financeiros que atuam na região. A propriedade tem se destacado pelo sucesso na aplicação e resultados com as técnicas da agricultura regenerativa em diversas culturas, como o uso de remineralizadores de solo, bioinsumos, tecnologias para descompactação do solo, entre outras. No evento, foram apresentadas trincheiras em áreas com a nova cultivar de arroz BRS A502, soja e abacate, o que proporcionou discussões sobre os processos e manejos inseridos nas culturas trabalhadas pela fazenda para a obtenção de elevadas produtividades, como o uso da palha de arroz no sistema de produção e a rotação com culturas como hortaliças. Pela Embrapa Cerrados, participaram o chefe-geral Sebastião Pedro, os pesquisadores Eder Martins e Rui Veloso e o técnico Nilton Almeida. O diretor técnico da Fundação Cerrados, Ilson Afonso, também esteve presente. Eles falaram sobre o uso dos remineralizadores de solo associado a bioinsumos, o cenário da sojicultura no Brasil e o manejo das culturas agrícolas sob a ótica da agricultura regenerativa. Um dos desafios destacados por eles no Dia de Campo foi a busca por sistemas de cultivo com menor custo de produção, frente à elevação dos preços dos insumos agrícolas. “O Dia de Campo foi muito proveitoso porque permitiu aos participantes ver in loco uma fazenda que há mais de 10 anos pratica a agricultura regenerativa. Vimos resultados de altas produtividades de soja e de arroz irrigado, em sistemas rotacionados há produções de soja, de hortifrutigranjeiros e o arroz entrando no sistema de produção agora. A fazenda conta, ainda, com diversificação em fruticultura, que também está usando remineralizadores e bioinsumos como práticas regenerativas”, afirma Sebastião Pedro. A Embrapa Arroz e Feijão foi representada pelos pesquisadores Adriano Castro, Giovani de Brito, Luís Fernando Stone, Márcia Thais Carvalho e pelo analista Rodrigo Silva. “É uma fazenda com grande diversificação de culturas. Numa área em ponto de colheita, a cultivar de arroz BRS A502, de altíssima qualidade agronômica e de grãos que atende à indústria, está com um potencial colher entre 130 e 150 sc/ha”, comenta Silva, destacando também a pujança do sistema radicular observado nas trincheiras e o elevado volume da palhada deixada sobre o solo. Também foram abordados aspectos sobre a irrigação da cultura, o balanço de carbono no solo e manejo da adubação. Adriano Castro salienta a discussão sobre a cultura do arroz como uma nova opção para a rotação de culturas como hortaliças, soja, trigo e algodão, que traz benefícios para o sistema de produção, mais sustentabilidade e eficiência de produção para os produtores. “Observamos que o arroz tem tido, nas últimas safras, incremento de área de produção no Cerrado, principalmente por conta dos benefícios diretos, como a própria rentabilidade para o produtor e produções muito altas e uma qualidade de grãos muito grande das novas cultivares lançadas, além dos benefícios indiretos trazidos ao sistema de produção. Esses benefícios foram relatados pelo produtor, que incorporou o arroz no sistema de produção há duas ou três safras, e pelos produtores vizinhos que também estão produzindo na região”, afirma. Sebastião Pedro lembra que a Embrapa Cerrados desenvolve diversos trabalhos em parceria com a Embrapa Arroz e Feijão, como o desenvolvimento de bovinos de raças zebuínas com alta eficiência, a participação em ensaios de valor de cultivo e uso (VCU) em feijão em Planaltina (DF) e o uso de bioinsumos. “Tivemos a oportunidade de encontrar os colegas da Embrapa Arroz e Feijão e discutir futuras possibilidades de pesquisas conjuntas e complementares, buscando desenvolver parcerias institucionais benéficas ao setor produtivo agrícola do Bioma Cerrado”, completa. Uso do arroz de terras altas nos sistemas de integração Em 2013, a Embrapa iniciou uma reestruturação do programa de melhoramento genético de arroz, focando na integração do arroz com outros sistemas de cultivo, como a rotação com soja. A estratégia, segundo o pesquisador Adriano Castro, foi especialmente importante em Goiás, onde o arroz pode de terras altas ser plantado após a soja, aproveitando melhor os recursos hídricos e o solo. A cultivar BRS A502, desenvolvida a partir dessa abordagem, se destacou pelo alto potencial produtivo e pela excelente qualidade de grãos. De acordo com o pesquisador, os benefícios do arroz de terras altas, além da adaptabilidade a diferentes sistemas de produção, incluem a ruptura do ciclo de pragas e doenças, a produção de densa palhada que incrementa o carbono e a matéria orgânica do solo e o controle eficaz de plantas invasoras. E ao contrário do sistema tradicional de arroz irrigado, que consome grandes volumes de água, o arroz de terras altas utiliza apenas 500 litros de água para produzir um quilo de arroz, tornando-se uma alternativa mais sustentável e viável economicamente. Os avanços no melhoramento genético e o uso mais eficiente da água posicionam o arroz de terras altas como uma alternativa estratégica não apenas para a sustentabilidade da produção nacional, mas também para a inserção do Brasil no mercado global. “Em um cenário de mudanças climáticas e escassez hídrica, o arroz de terras altas oferece uma opção viável para os produtores, garantindo maior rentabilidade, sustentabilidade e eficiência no uso dos recursos naturais. Com isso, o Brasil se prepara para se tornar um líder global na produção de arroz de baixo impacto ambiental, destacando-se como referência em práticas agrícolas sustentáveis e inovadoras”, afirmou, durante recente visita à Embrapa Cerrados.

A Fazenda San Martin Paineiras, do produtor Giberto Yuki, de Ipameri (GO), realizou em 14 de janeiro um Dia de Campo com a participação da Embrapa Cerrados e da Embrapa Arroz e Feijão (GO), reunindo mais de 60 produtores, técnicos, consultores e agentes financeiros que atuam na região. A propriedade tem se destacado pelo sucesso na aplicação e resultados com as técnicas da agricultura regenerativa em diversas culturas, como o uso de remineralizadores de solo, bioinsumos, tecnologias para descompactação do solo, entre outras.

No evento, foram apresentadas trincheiras em áreas com a nova cultivar de arroz BRS A502, soja e abacate, o que proporcionou discussões sobre os processos e manejos inseridos nas culturas trabalhadas pela fazenda para a obtenção de elevadas produtividades, como o uso da palha de arroz no sistema de produção e a rotação com culturas como hortaliças.

Pela Embrapa Cerrados, participaram o chefe-geral Sebastião Pedro, os pesquisadores Eder Martins e Rui Veloso e o técnico Nilton Almeida. O diretor técnico da Fundação Cerrados, Ilson Afonso, também esteve presente. Eles falaram sobre o uso dos remineralizadores de solo associado a bioinsumos, o cenário da sojicultura no Brasil e o manejo das culturas agrícolas sob a ótica da agricultura regenerativa. Um dos desafios destacados por eles no Dia de Campo foi a busca por sistemas de cultivo com menor custo de produção, frente à elevação dos preços dos insumos agrícolas.

“O Dia de Campo foi muito proveitoso porque permitiu aos participantes ver in loco uma fazenda que há mais de 10 anos pratica a agricultura regenerativa. Vimos resultados de altas produtividades de soja e de arroz irrigado, em sistemas rotacionados há produções de soja, de hortifrutigranjeiros e o arroz entrando no sistema de produção agora. A fazenda conta, ainda, com diversificação em fruticultura, que também está usando remineralizadores e bioinsumos como práticas regenerativas”, afirma Sebastião Pedro.

A Embrapa Arroz e Feijão foi representada pelos pesquisadores Adriano Castro, Giovani de Brito, Luís Fernando Stone, Márcia Thais Carvalho e pelo analista Rodrigo Silva. “É uma fazenda com grande diversificação de culturas. Numa área em ponto de colheita, a cultivar de arroz BRS A502, de altíssima qualidade agronômica e de grãos que atende à indústria, está com um potencial colher entre 130 e 150 sc/ha”, comenta Silva, destacando também a pujança do sistema radicular observado nas trincheiras e o elevado volume da palhada deixada sobre o solo. Também foram abordados aspectos sobre a irrigação da cultura, o balanço de carbono no solo e manejo da adubação.

Adriano Castro salienta a discussão sobre a cultura do arroz como uma nova opção para a rotação de culturas como hortaliças, soja, trigo e algodão, que traz benefícios para o sistema de produção, mais sustentabilidade e eficiência de produção para os produtores. “Observamos que o arroz tem tido, nas últimas safras, incremento de área de produção no Cerrado, principalmente por conta dos benefícios diretos, como a própria rentabilidade para o produtor e produções muito altas e uma qualidade de grãos muito grande das novas cultivares lançadas, além dos benefícios indiretos trazidos ao sistema de produção. Esses benefícios foram relatados pelo produtor, que incorporou o arroz no sistema de produção há duas ou três safras, e pelos produtores vizinhos que também estão produzindo na região”, afirma.

Sebastião Pedro lembra que a Embrapa Cerrados desenvolve diversos trabalhos em parceria com a Embrapa Arroz e Feijão, como o desenvolvimento de bovinos de raças zebuínas com alta eficiência, a participação em ensaios de valor de cultivo e uso (VCU) em feijão em Planaltina (DF) e o uso de bioinsumos. “Tivemos a oportunidade de encontrar os colegas da Embrapa Arroz e Feijão e discutir futuras possibilidades de pesquisas conjuntas e complementares, buscando desenvolver parcerias institucionais benéficas ao setor produtivo agrícola do Bioma Cerrado”, completa. 

Uso do arroz de terras altas nos sistemas de integração

Em 2013, a Embrapa iniciou uma reestruturação do programa de melhoramento genético de arroz, focando na integração do arroz com outros sistemas de cultivo, como a rotação com soja. A estratégia, segundo o pesquisador Adriano Castro, foi especialmente importante em Goiás, onde o arroz pode de terras altas ser plantado após a soja, aproveitando melhor os recursos hídricos e o solo. A cultivar BRS A502, desenvolvida a partir dessa abordagem, se destacou pelo alto potencial produtivo e pela excelente qualidade de grãos.

De acordo com o pesquisador, os benefícios do arroz de terras altas, além da adaptabilidade a diferentes sistemas de produção, incluem a ruptura do ciclo de pragas e doenças, a produção de densa palhada que incrementa o carbono e a matéria orgânica do solo e o controle eficaz de plantas invasoras. E ao contrário do sistema tradicional de arroz irrigado, que consome grandes volumes de água, o arroz de terras altas utiliza apenas 500 litros de água para produzir um quilo de arroz, tornando-se uma alternativa mais sustentável e viável economicamente.

Os avanços no melhoramento genético e o uso mais eficiente da água posicionam o arroz de terras altas como uma alternativa estratégica não apenas para a sustentabilidade da produção nacional, mas também para a inserção do Brasil no mercado global. “Em um cenário de mudanças climáticas e escassez hídrica, o arroz de terras altas oferece uma opção viável para os produtores, garantindo maior rentabilidade, sustentabilidade e eficiência no uso dos recursos naturais. Com isso, o Brasil se prepara para se tornar um líder global na produção de arroz de baixo impacto ambiental, destacando-se como referência em práticas agrícolas sustentáveis e inovadoras”, afirmou, durante recente visita à Embrapa Cerrados.

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