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Uso do trigo para produção de etanol é tema de capacitação com cooperativas do Brasil

A Embrapa Agroenergia recebeu no dia 3/12, terça-feira, um grupo de 25 técnicos de ligados à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), parte do encerramento da capacitação “Embrapa e Sistema OCB em trigo tropical”, promovida pela Embrapa Trigo (Passo Fundo-RS) em 2024. Em Brasília, a equipe participou de um encontro que discutiu a possibilidade de utilizar o trigo para a produção de etanol, no contexto da transição energética, que incluiu a visita à Unidade. O grupo foi recebido pelo chefe-geral, Alexandre Alonso, que falou sobre o crescimento do movimento de utilização de grãos e cereais como matérias-primas para a produção de biocombustíveis. “Embora tenha se iniciado há poucos anos, o movimento de produção de etanol a partir de cereais já alcança uma relevância significativa. Esse crescimento abre a oportunidade de conectar a expansão da produção de trigo com as agendas de segurança alimentar e energética, criando novas possibilidades de negócios para produtores e cooperativas”, ressaltou Alonso. Para o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento, Bruno Laviola, o encontro foi um momento importante para a Unidade debater com os técnicos cooperados sobre as oportunidades e desafios para o trigo tropical no contexto bioenergia. “O uso do trigo para a produção de etanol tem despertado interesse de usinas no Brasil. Durante nossa apresentação, destacamos o contexto da transição energética e as oportunidades para a agricultura brasileira. Vale ressaltar que a transição energética é um desafio global e urgente, demandando a substituição de fontes fósseis por alternativas renováveis. Esse movimento é fundamental para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar os impactos das mudanças climáticas”, explicou. Bruno apresentou um panorama geral sobre o assunto, destacando o potencial da agricultura para ser a força motriz na transição energética a partir da produção sustentável de biomassas para a bioenergia e biocombustíveis. O chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Trigo Giovani Faé contou que o treinamento com as cooperativas é realizado há dez anos e este é o primeiro ano com foco no trigo tropical. Em 2024, foram nove cooperativas participando do curso. “Estamos encerrando o treinamento na Embrapa Agroenergia porque o trigo tem uma cadeia bem diversa. Recentemente, está surgindo um mercado de etanol amiláceo de trigo e trazer esse grupo das cooperativas para a Embrapa Agroenergia, para entender todas as oportunidades é extremamente relevante para conseguirmos, cada vez mais, gerar valor, viabilizar essa cultura para o produtor ter mais liquidez e extrair todo o ganho ambiental que o trigo traz. Todas as oportunidades apresentadas durante a tarde foram importantes”, disse Faé. A produção de etanol, com ênfase no uso de grãos e cereais como matéria-prima, foi um dos temas abordados, incluindo as oportunidades e desafios relacionados ao controle de micotoxinas em grãos crus durante o processo produtivo. Esses assuntos foram apresentados aos técnicos em palestras conduzidas pelos pesquisadores Maurício Lopes e Félix Siqueira. Luan Pivatto, técnico da Cooperativa Alfa, de Dourados-MS, achou interessantes as informações sobre a produção de bioenergia por meio de biomassa. “Várias informações que eu não tinha conhecimento, como a produção de biomassa através de bambu, foram muito interessantes. Essa agenda de aumento de etanol no combustível fortalece toda a cadeia de produção de cereais. Nossa macrorregião pertence ao Cerrado e a evolução do trigo tropical passa por esse treinamento que a gente está fazendo. Está sendo muito produtivo”, avaliou. Possibilidades de parcerias O evento também foi importante na perspectiva de gerar, por parte das cooperativas, interesse em algumas das linhas de pesquisa da Unidade. Juliana Evangelista, chefe-adjunta de Transferência de Tecnologia, falou sobre os modelos tradicionais de parcerias e cooperação por meio de financiamento. Juliana explicou que a Embrapa Agroenergia tem duas iniciativas importantes. A primeira é o “Portas Abertas”, na qual os laboratórios podem receber empresas e utilizar a infraestrutura da Unidade, e a outra é o credenciamento da Embrapa Agroenergia com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), empresa federal que pode fazer aporte financeiro nos projetos para a inovação industrial. Segundo o modelo de fomento, os recursos Embrapii podem ser utilizados para custear 1/3 do valor de cada projeto em parceria com empresas. A indústria parceira fica responsável por financiar mais 1/3 do montante e a Embrapa completa o terço restante, que corresponde a infraestrutura e pessoal. O encontro finalizou com uma visita guiada aos laboratórios e áreas experimentais da Embrapa Agroenergia, conduzida pelo supervisor do Setor de Gestão de Laboratórios Felipe Carvalho.

A Embrapa Agroenergia recebeu no dia 3/12, terça-feira, um grupo de 25 técnicos de ligados à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), parte do encerramento da capacitação “Embrapa e Sistema OCB em trigo tropical”, promovida pela Embrapa Trigo (Passo Fundo-RS) em 2024.

Em Brasília, a equipe participou de um encontro que discutiu a possibilidade de utilizar o trigo para a produção de etanol, no contexto da transição energética, que incluiu a visita à Unidade. O grupo foi recebido pelo chefe-geral, Alexandre Alonso, que falou sobre o crescimento do movimento de utilização de grãos e cereais como matérias-primas para a produção de biocombustíveis.

“Embora tenha se iniciado há poucos anos, o movimento de produção de etanol a partir de cereais já alcança uma relevância significativa. Esse crescimento abre a oportunidade de conectar a expansão da produção de trigo com as agendas de segurança alimentar e energética, criando novas possibilidades de negócios para produtores e cooperativas”, ressaltou Alonso.

Para o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento, Bruno Laviola, o encontro foi um momento importante para a Unidade debater com os técnicos cooperados sobre as oportunidades e desafios para o trigo tropical no contexto bioenergia.

“O uso do trigo para a produção de etanol tem despertado interesse de usinas no Brasil. Durante nossa apresentação, destacamos o contexto da transição energética e as oportunidades para a agricultura brasileira. Vale ressaltar que a transição energética é um desafio global e urgente, demandando a substituição de fontes fósseis por alternativas renováveis. Esse movimento é fundamental para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar os impactos das mudanças climáticas”, explicou.

Bruno apresentou um panorama geral sobre o assunto, destacando o potencial da agricultura para ser a força motriz na transição energética a partir da produção sustentável de biomassas para a bioenergia e biocombustíveis.

O chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Trigo Giovani Faé contou que o treinamento com as cooperativas é realizado há dez anos e este é o primeiro ano com foco no trigo tropical. Em 2024, foram nove cooperativas participando do curso.

“Estamos encerrando o treinamento na Embrapa Agroenergia porque o trigo tem uma cadeia bem diversa. Recentemente, está surgindo um mercado de etanol amiláceo de trigo e trazer esse grupo das cooperativas para a Embrapa Agroenergia, para entender todas as oportunidades é extremamente relevante para conseguirmos, cada vez mais, gerar valor, viabilizar essa cultura para o produtor ter mais liquidez e extrair todo o ganho ambiental que o trigo traz. Todas as oportunidades apresentadas durante a tarde foram importantes”, disse Faé.

A produção de etanol, com ênfase no uso de grãos e cereais como matéria-prima, foi um dos temas abordados, incluindo as oportunidades e desafios relacionados ao controle de micotoxinas em grãos crus durante o processo produtivo. Esses assuntos foram apresentados aos técnicos em palestras conduzidas pelos pesquisadores Maurício Lopes e Félix Siqueira.

Luan Pivatto, técnico da Cooperativa Alfa, de Dourados-MS, achou interessantes as informações sobre a produção de bioenergia por meio de biomassa.

“Várias informações que eu não tinha conhecimento, como a produção de biomassa através de bambu, foram muito interessantes. Essa agenda de aumento de etanol no combustível fortalece toda a cadeia de produção de cereais. Nossa macrorregião pertence ao Cerrado e a evolução do trigo tropical passa por esse treinamento que a gente está fazendo. Está sendo muito produtivo”, avaliou.

Possibilidades de parcerias

O evento também foi importante na perspectiva de gerar, por parte das cooperativas, interesse em algumas das linhas de pesquisa da Unidade. Juliana Evangelista, chefe-adjunta de Transferência de Tecnologia, falou sobre os modelos tradicionais de parcerias e cooperação por meio de financiamento. Juliana explicou que a Embrapa Agroenergia tem duas iniciativas importantes.

A primeira é o “Portas Abertas”, na qual os laboratórios podem receber empresas e utilizar a infraestrutura da Unidade, e a outra é o credenciamento da Embrapa Agroenergia com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), empresa federal que pode fazer aporte financeiro nos projetos para a inovação industrial.

Segundo o modelo de fomento, os recursos Embrapii podem ser utilizados para custear 1/3 do valor de cada projeto em parceria com empresas. A indústria parceira fica responsável por financiar mais 1/3 do montante e a Embrapa completa o terço restante, que corresponde a infraestrutura e pessoal.

O encontro finalizou com uma visita guiada aos laboratórios e áreas experimentais da Embrapa Agroenergia, conduzida pelo supervisor do Setor de Gestão de Laboratórios Felipe Carvalho.

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