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Embrapa Uva e Vinho lamenta o falecimento do pesquisador aposentado João Bernardi

A Embrapa Uva e Vinho comunica com pesar o falecimento do pesquisador aposentado João Bernardi, ocorrido no dia 30 de outubro, aos 78 anos. Com uma trajetória de 20 anos na instituição até sua aposentadoria em 2009, Bernardi deixa um legado marcante no campo da fruticultura temperada, especialmente nos projetos de Produção Integrada de Maçã e Pêssego e na avaliação de cultivares de ameixeira e pessegueiro. Sua carreira na pesquisa começou na Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina (Empasc, hoje Epagri), antes de ingressar na Embrapa em 1989. Nascido em 5 de julho de 1946, em Flores da Cunha (RS), Bernardi formou-se em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1977 e obteve o mestrado em 1980 pela Universidade Federal de Pelotas. Em 8 de novembro de 1989, ingressou na Embrapa, na atual Estação Experimental de Fruticultura Temperada, em Vacaria (RS). Além da sua atuação como pesquisador, atuou como supervisor nos períodos de 09/09/1993 a 29/08/1994 e de 25/08/1999 a 15/03/2000. Durante sua trajetória, Bernardi deixou uma marca importante em projetos de Produção Integrada de Maçã e Pêssego. Na Estação Experimental de Fruticultura de Clima Temperado contribuiu na década de 90 para as pesquisas com frutas de caroço, principalmente ameixeiras, onde conduziu pesquisas com mais de 100 cultivares, visando a definição de aptidão para a região. Atuou também nas pesquisas com pereiras, onde conduziu experimentos com mais de 30 cultivares asiáticas e europeias. Foi pioneiro na recuperação genética de cultivares antigas de macieiras, resgatando mais de 20 cultivares antigas nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O pesquisador Alexandre Hoffmann, que foi seu estagiário e mais tarde colega na Embrapa, destaca a influência do trabalho e da presença de Bernardi: “Tive um período muito produtivo e de grande aprendizado com o colega João. Durante o meu estágio curricular em 1990, tive o “famoso” Dr. João como orientador. Ele era simples, acessível e com vasto conhecimento prático da fruticultura temperada. Pouco ficava no escritório; percorria quilômetros por dia sempre com sua tesoura de poda em mãos, cuidando do manejo das plantas. Ele costumava dizer que a poda era a nossa forma de se comunicar com as plantas”. Hoffmann relata que ambos trabalharam em estreita parceria, já que suas áreas de pesquisa eram próximas. Além dos aspectos técnicos, Hoffmann também ressalta o aprendizado sobre a interação com os produtores, uma habilidade que Bernardi dominava com naturalidade: “Ele tinha um jeito muito direto e claro de se comunicar com os produtores”, comenta Hoffmann. Esse dom de acessar os produtores foi igualmente lembrado pelo pesquisador Régis Sivori: “Ele mantinha uma relação única com os pequenos produtores, de modo que sua figura se confundia com a deles durante os dias de campo. Sempre prestativo e colaborativo, João se destacava nas ações práticas”. Sivori recorda uma ocasião em que, ao receber sozinho uma turma do Sebrae, foi prontamente ajudado por Bernardi, que se ofereceu para auxiliar na atividade. Além de todas as contribuições técnicas, o pesquisador Gilmar Nachtigal relembra os importantes momentos de integração que o também conhecido como Radiche propiciava. “Quantas vezes ele no final do expediente, com um garrafão de vinho na mão, convidava o grupo para uma sapecada de pinhão no mato. Lá, no início da noite e no clarão da fogueira, sentávamos no chão e esqueciamo-nos do tempo. As risadas rasgadas e as conversas simples tornavam todos simples e iguais, apenas AMIGOS. Ao final de algum tempo íamos para casa, sujos e tisnados, mas com o coração mais leve”, conta o pesquisador. Ele lembra ainda do famoso “Porco à Paraguaia”, que Bernardi era especialista em preparar. “Ele levava um dia inteiro no preparo e, segundo ele, o segredo era o tempero, que preparava com mais de 21 ingredientes. Faz aproximadamente dois anos do último churrasco. Esse ano ainda falamos em chamar ele, mas Deus foi mais rápido em requisitar o assador para junto de si”, complementa Gilmar. O pesquisador deixa a esposa Cleide e as filhas Aline e Estela. Colaboraram com esta matéria: Alexandre Hoffmann, Andrea De Rossi, Cristiane Turchet, Gilmar Nachtigal, João Fernando da Silva Protas, Lisiani Ritter, Marcos Botton, Régis Sivori e Rodrigo Monteiro.

A Embrapa Uva e Vinho comunica com pesar o falecimento do pesquisador aposentado João Bernardi, ocorrido no dia 30 de outubro, aos 78 anos. Com uma trajetória de 20 anos na instituição até sua aposentadoria em 2009, Bernardi deixa um legado marcante no campo da fruticultura temperada, especialmente nos projetos de Produção Integrada de Maçã e Pêssego e na avaliação de cultivares de ameixeira e pessegueiro. Sua carreira na pesquisa começou na Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina (Empasc, hoje Epagri), antes de ingressar na Embrapa em 1989.          

Nascido em 5 de julho de 1946, em Flores da Cunha (RS), Bernardi formou-se em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1977 e obteve o mestrado em 1980 pela Universidade Federal de Pelotas.  Em 8 de novembro de 1989, ingressou na Embrapa, na atual Estação Experimental de Fruticultura Temperada, em Vacaria (RS). Além da sua atuação como pesquisador, atuou como supervisor nos períodos de 09/09/1993 a 29/08/1994 e de 25/08/1999 a 15/03/2000. 

Durante sua trajetória, Bernardi deixou uma marca importante em projetos de Produção Integrada de Maçã e Pêssego. Na Estação Experimental de Fruticultura de Clima Temperado contribuiu na década de 90 para as pesquisas com frutas de caroço, principalmente ameixeiras, onde conduziu pesquisas com mais de 100 cultivares, visando a definição de aptidão para a região. Atuou também nas pesquisas com pereiras, onde conduziu experimentos com mais de 30 cultivares asiáticas e europeias. Foi pioneiro na recuperação genética de cultivares antigas de macieiras, resgatando mais de 20 cultivares antigas nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O pesquisador Alexandre Hoffmann, que foi seu estagiário e mais tarde colega na Embrapa, destaca a influência do trabalho e da presença de Bernardi: “Tive um período muito produtivo e de grande aprendizado com o colega João. Durante o meu estágio curricular em 1990, tive o “famoso” Dr. João como orientador. Ele era simples, acessível e com vasto conhecimento prático da fruticultura temperada. Pouco ficava no escritório; percorria quilômetros por dia sempre com sua tesoura de poda em mãos, cuidando do manejo das plantas. Ele costumava dizer que a poda era a nossa forma de se comunicar com as plantas”. Hoffmann relata que ambos trabalharam em estreita parceria, já que suas áreas de pesquisa eram próximas.

Além dos aspectos técnicos, Hoffmann também ressalta o aprendizado sobre a interação com os produtores, uma habilidade que Bernardi dominava com naturalidade: “Ele tinha um jeito muito direto e claro de se comunicar com os produtores”, comenta Hoffmann.

Esse dom de acessar os produtores foi igualmente lembrado pelo pesquisador Régis Sivori: “Ele mantinha uma relação única com os pequenos produtores, de modo que sua figura se confundia com a deles durante os dias de campo. Sempre prestativo e colaborativo, João se destacava nas ações práticas”. Sivori recorda uma ocasião em que, ao receber sozinho uma turma do Sebrae, foi prontamente ajudado por Bernardi, que se ofereceu para auxiliar na atividade.                   

Além de todas as contribuições técnicas, o pesquisador Gilmar Nachtigal relembra os importantes momentos  de integração que o também conhecido como Radiche propiciava. “Quantas vezes ele no final do expediente, com um garrafão de vinho na mão, convidava o grupo para uma sapecada de pinhão no mato. Lá, no início da noite e no clarão da fogueira, sentávamos no chão e esqueciamo-nos do tempo. As risadas rasgadas e as conversas simples tornavam todos simples e iguais, apenas AMIGOS. Ao final de algum tempo íamos para casa, sujos e tisnados, mas com o coração mais leve”, conta o pesquisador. Ele lembra ainda do famoso “Porco à Paraguaia”, que  Bernardi era  especialista em preparar. “Ele levava um dia inteiro no preparo e, segundo ele, o segredo era o tempero, que preparava com mais de 21 ingredientes. Faz aproximadamente dois anos do último churrasco. Esse ano ainda falamos em chamar ele, mas Deus foi mais rápido em requisitar o assador para junto de si”, complementa Gilmar.

 

O pesquisador deixa a esposa Cleide e as filhas Aline e Estela.

 

Colaboraram com esta matéria: Alexandre Hoffmann, Andrea De Rossi, Cristiane Turchet, Gilmar Nachtigal, João Fernando da Silva Protas, Lisiani Ritter, Marcos Botton, Régis Sivori e Rodrigo Monteiro.

 

 

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