A aproximação da equipe de pesquisas com coco da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE) com produtores de diversas regiões tem contribuído para fortalecer a cocoicultura no Brasil e trazer o reconhecimento do setor produtivo ao trabalho dos pesquisadores. O centro de pesquisa sediado na capital sergipana detém, desde 1985, o mandato nacional das pesquisas agronômicas públicas com o coqueiro, e ao longo dessas quatro décadas, quase duas dezenas de pesquisadores tem se dedicado a desenvolver e validar soluções tecnológicas com foco na sustentabilidade do sistema de produção da planta no país, que ocupa lugar de grade destaque no cenário mundial. Eventos recentes, como visitas técnicas a experimentos e áreas comerciais e lançamento de tecnologias, demonstram que atuar em parceria com os produtores é fundamental para identificar as demandas e trabalhar de forma integrada e efetiva na busca das soluções. Melhoramento genético De 23 a 27 de setembro, a dupla responsável pelo programa de melhoramento genético de coqueiro na Unidade da Embrapa – a pesquisadora Adriane Amaral e o pesquisador Cleso Pacheco – visitou o experimento mantido no Perímetro Irrigado Senador Nilo Coelho, em Petrolina (PE), em parceria com a gigante do setor de bebidas e alimentos Pepsico. Implantado em 2020 com cruzamentos feitos em 2018 e com duração programada até 2030, o local é o berço do desenvolvimento de híbridos de coqueiro anão com maior potencial produtivo. O foco é a obtenção de cultivares híbridas anão x anão com maior produtividade de água de coco e maior eficiência, garantido a sustentabilidade e competitividade da cultura no país. Juntamente com Cleverson Matos, supervisor do Campo Experimental de Itaporanga (SE), onde a Embrapa mantém o banco internacional de conservação genética de coqueiro no Brasil, a equipe foi recebida por membros da Diretoria da Pepsico – o diretor nacional de coco e batata Felipe Carvalho, o gerente de coco Alexandro Castro Souza e o analista agrícola sênior José Vitor Souza e a gerente das fazendas da Pepsico em Petrolina Kerly Xavier. Em abril deste ano, a equipe da Embrapa havia visitado experimento semelhante mantido no Pará em área da parceira Sococo, gigante agroindustrial brasileira na produção de coco e derivados. Aproveitamento Uma outra linha de trabalho que tem tido destaque nos últimos anos é o aproveitamento das cascas de coco verde e seco, resíduos sólidos de grande volume que têm demandado soluções eficazes para seu processamento e aplicação. Na terça, 24 de setembro, a pesquisadora Maria Urbana Nunes, que lidera os trabalhos com aproveitamento de cascas de coco na Unidade, recebeu em Aracaju professores e alunos do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Sergipe (UFS), para conhecer de perto as pesquisas e experimentos. A pesquisadora fez uma apresentação dos trabalhos desenvolvidos, destacando o uso de resíduos de cascas secas e verdes em diversas frentes, como a produção do susbtrato Coquita, um rico adubo de alta eficiência na produção de mudas em geral, e a biomanta de coco, que serve como cobertura na horta e lavoura para reter umidade, impedir crescimento de plantas daninhas e outros benefícios. Urbana guiou a visita da UFS ao galpão experimental, onde são mantidas a leiras (pilhas) de compostagem, as máquinas trituradoras e os experimentos com aceleração biológica para obter uma decomposição mais rápida das cascas. Reconhecimento Um importante reconhecimento do setor produtivo foi registrado em 4 de setembro, durante o lançamento da água de coco microfiltrada Soul Coco pela Fazenda Grangeiro, de Paracuru (CE), em parceria com a Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza, CE). No evento de lançamento, que contou com a presidente da Embrapa Sílvia Massruhá, Rita Grangeiro, sócia da Soul Coco, fez questão de reconhecer a longa e relevante contribuição da equipe de pesquisas com coco da Embrapa Tabuleiros Costeiros, que reforçou a parceria inicialmente firmada com o centro de Fortaleza. Confira a seguir trechos do discurso da produtora no lançamento: “A história da Fazenda Grangeiro tem início em 1996 com o plantio de coqueiro. Os primeiros anos foram marcados por uma baixa adoção de tecnologia, o que levou a erros na irrigação, no espaçamento, na escolha das mudas, dentre outros. Sempre que foi procurada, a Embrapa se mostrou disponível para nos auxiliar. Essa primeira parceria resultou no desenvolvimento de um sistema de produção do coqueiro, que envolveu recomendações de material genético, irrigação e adubação. Sob a liderança da Embrapa Tabuleiros Costeiros, foi realizado um estudo para determinar a curva de adubação do coqueiro. Em cada um dos estados integrantes do projeto, foi escolhida uma fazenda para implantar experimentos. No Ceará, a escolhida foi a Fazenda Grangeiro. Durante este projeto, muitos pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiro atuaram junto a Fazenda Grangeiro, como Joana Ferreira, Lafayette Sobral, Maria Urbana, Humberto Rolemberg, Edson Passos, entre outros. Em determinado momento, pode-se afirmar que a Fazenda Grangeiro se tornou uma extensão de um campo experimental da Embrapa, pois havia a segurança de que os experimentos seriam executados com todo o rigor necessário. A água de coco Soul Coco possui um sabor único, resultado da união da tecnologia da microfiltração com um rigoroso monitoramento da produção, no campo, que faz com que o fruto seja colhido com o brix ideal. Esse produto é um exemplo de uma parceria entre a Embrapa e o setor produtivo, pois é resultado da aplicação do conhecimento acumulado de ambos. Nós, da Fazenda Grangeiro sempre acreditamos no potencial do nosso relacionamento com a Embrapa, e, por isso estamos aqui hoje, entregando este produto inovador, a Soul Coco. Que essa parceria continue próspera por muitos anos mais.”
A aproximação da equipe de pesquisas com coco da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE) com produtores de diversas regiões tem contribuído para fortalecer a cocoicultura no Brasil e trazer o reconhecimento do setor produtivo ao trabalho dos pesquisadores.
O centro de pesquisa sediado na capital sergipana detém, desde 1985, o mandato nacional das pesquisas agronômicas públicas com o coqueiro, e ao longo dessas quatro décadas, quase duas dezenas de pesquisadores tem se dedicado a desenvolver e validar soluções tecnológicas com foco na sustentabilidade do sistema de produção da planta no país, que ocupa lugar de grade destaque no cenário mundial.
Eventos recentes, como visitas técnicas a experimentos e áreas comerciais e lançamento de tecnologias, demonstram que atuar em parceria com os produtores é fundamental para identificar as demandas e trabalhar de forma integrada e efetiva na busca das soluções.
Melhoramento genético
De 23 a 27 de setembro, a dupla responsável pelo programa de melhoramento genético de coqueiro na Unidade da Embrapa – a pesquisadora Adriane Amaral e o pesquisador Cleso Pacheco – visitou o experimento mantido no Perímetro Irrigado Senador Nilo Coelho, em Petrolina (PE), em parceria com a gigante do setor de bebidas e alimentos Pepsico.
Implantado em 2020 com cruzamentos feitos em 2018 e com duração programada até 2030, o local é o berço do desenvolvimento de híbridos de coqueiro anão com maior potencial produtivo. O foco é a obtenção de cultivares híbridas anão x anão com maior produtividade de água de coco e maior eficiência, garantido a sustentabilidade e competitividade da cultura no país.
Juntamente com Cleverson Matos, supervisor do Campo Experimental de Itaporanga (SE), onde a Embrapa mantém o banco internacional de conservação genética de coqueiro no Brasil, a equipe foi recebida por membros da Diretoria da Pepsico – o diretor nacional de coco e batata Felipe Carvalho, o gerente de coco Alexandro Castro Souza e o analista agrícola sênior José Vitor Souza e a gerente das fazendas da Pepsico em Petrolina Kerly Xavier.
Em abril deste ano, a equipe da Embrapa havia visitado experimento semelhante mantido no Pará em área da parceira Sococo, gigante agroindustrial brasileira na produção de coco e derivados.
Aproveitamento
Uma outra linha de trabalho que tem tido destaque nos últimos anos é o aproveitamento das cascas de coco verde e seco, resíduos sólidos de grande volume que têm demandado soluções eficazes para seu processamento e aplicação.
Na terça, 24 de setembro, a pesquisadora Maria Urbana Nunes, que lidera os trabalhos com aproveitamento de cascas de coco na Unidade, recebeu em Aracaju professores e alunos do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Sergipe (UFS), para conhecer de perto as pesquisas e experimentos.
A pesquisadora fez uma apresentação dos trabalhos desenvolvidos, destacando o uso de resíduos de cascas secas e verdes em diversas frentes, como a produção do susbtrato Coquita, um rico adubo de alta eficiência na produção de mudas em geral, e a biomanta de coco, que serve como cobertura na horta e lavoura para reter umidade, impedir crescimento de plantas daninhas e outros benefícios.
Urbana guiou a visita da UFS ao galpão experimental, onde são mantidas a leiras (pilhas) de compostagem, as máquinas trituradoras e os experimentos com aceleração biológica para obter uma decomposição mais rápida das cascas.
Reconhecimento
Um importante reconhecimento do setor produtivo foi registrado em 4 de setembro, durante o lançamento da água de coco microfiltrada Soul Coco pela Fazenda Grangeiro, de Paracuru (CE), em parceria com a Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza, CE).
No evento de lançamento, que contou com a presidente da Embrapa Sílvia Massruhá, Rita Grangeiro, sócia da Soul Coco, fez questão de reconhecer a longa e relevante contribuição da equipe de pesquisas com coco da Embrapa Tabuleiros Costeiros, que reforçou a parceria inicialmente firmada com o centro de Fortaleza.
Confira a seguir trechos do discurso da produtora no lançamento:
“A história da Fazenda Grangeiro tem início em 1996 com o plantio de coqueiro. Os primeiros anos foram marcados por uma baixa adoção de tecnologia, o que levou a erros na irrigação, no espaçamento, na escolha das mudas, dentre outros.
Sempre que foi procurada, a Embrapa se mostrou disponível para nos auxiliar. Essa primeira parceria resultou no desenvolvimento de um sistema de produção do coqueiro, que envolveu recomendações de material genético, irrigação e adubação.
Sob a liderança da Embrapa Tabuleiros Costeiros, foi realizado um estudo para determinar a curva de adubação do coqueiro. Em cada um dos estados integrantes do projeto, foi escolhida uma fazenda para implantar experimentos. No Ceará, a escolhida foi a Fazenda Grangeiro.
Durante este projeto, muitos pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiro atuaram junto a Fazenda Grangeiro, como Joana Ferreira, Lafayette Sobral, Maria Urbana, Humberto Rolemberg, Edson Passos, entre outros. Em determinado momento, pode-se afirmar que a Fazenda Grangeiro se tornou uma extensão de um campo experimental da Embrapa, pois havia a segurança de que os experimentos seriam executados com todo o rigor necessário.
A água de coco Soul Coco possui um sabor único, resultado da união da tecnologia da microfiltração com um rigoroso monitoramento da produção, no campo, que faz com que o fruto seja colhido com o brix ideal. Esse produto é um exemplo de uma parceria entre a Embrapa e o setor produtivo, pois é resultado da aplicação do conhecimento acumulado de ambos.
Nós, da Fazenda Grangeiro sempre acreditamos no potencial do nosso relacionamento com a Embrapa, e, por isso estamos aqui hoje, entregando este produto inovador, a Soul Coco. Que essa parceria continue próspera por muitos anos mais.”