Em reunião coordenada pelo Diretor Clenio Pillon, de Pesquisa e Desenvolvimento, no dia 3/10, chefes dos centros de pesquisa da Embrapa no Nordeste, reunidos na Plataforma Colaborativa Nordeste, e lideranças do Consório Nordeste começaram um processo de articulação de parcerias institucionais para o desenvolvimento de tecnologias para a agricultura da região. O Consórcio Nordeste é uma iniciativa jurídica, política e econômica que congrega os governos dos nove estados da região e articula pactos de governança em torno de políticas públicas e projetos de cooperação, inclusive internacionais, para superação de suas desigualdades econômicas e sociais. A pesquisadora Maria Auxiliadora Coelho de Lima, chefe-geral da Embrapa Semiárido e atual coordenadora da Plataforma, disse, em uma apresentação, que a iniciativa tem como foco os desafios da agricultura familiar no bioma Caatinga, associados às mudanças climáticas, à insegurança hídrica, alimentar e nutricional, à vulnerabilidade do bioma à degradação, à alta exposição de seus solos e decorrente baixo desempenho de seus sistemas de produção. São desafios também para a agricultura familiar a oferta regular de alimentos, a insuficiência da assistência técnica e extensão rural e as dificuldades de acesso a mercados. A pesquisadora vê como oportunidades tecnológicas a diversificação e atividades econômicas, com sistemas de produção mais resilientes, para atender à inclusão produtiva, a bioeconomia, a mitigação dos efeitos da reduzida oferta de água e o aproveitamento das vocações e insumos locais. Ela destaca ainda como possibilidades o aproveitamento de espécies nativas, para a criação de novos produtos com agregação de valor e o uso de fungos e leveduras e óleos essenciais para controle de pragas e doenças. Segundo ela, a Plataforma Colaborativa Nordeste já tem como entregas previstas alguns sistemas de produção de baixo carbono, com quantificação de emissões de GEE e de sequestro de carbono, tanto na caatinga preservada quanto na já alterada pelo homem e as medidas de pegada hídrica em áreas com cobertura vegetal e com preparo mínimo de solo. A Plataforma tem também modelos de sistemas integrados (SAFs, ILPF,etc.) para diferentes realidades, a integração de tecnologias visando a segurança hídrica e a segurança alimentar dos rebanhos, manejos de espécies para bioeconomia (uso medicinal, farmacológico, aromático, banco genético, etc.), cultivos de agricultura biossalina e de agricultura dependente de chuva ou de irrigação. A partir da exposição da pesquisadora, o diretor Pillon observou que, além desse conjunto de conhecimentos e tecnologias que já podem ser entregues para disseminação para os agricultores familiares da região, há outros ativos tecnológicos que podem ser desenvolvidos a partir da prospecção de genes ambientados às condições de solo e clima da região. “Queremos deixar todas essas possibilidades e realidades à disposição do Consórcio, para ver o que pode ser de seu interesse e eventualmente apoiado com recursos pelo Consórcio. Precisamos ainda formular um plano de trabalho que potencialize essas possibilidades”, disse ele. Carlos Gabas, secretário executivo do Consórcio, disse que os planos e realizações da Embrapa na região “dialogam com os propósitos do Consórcio” e propôs que representantes d Embrapa participem das reuniões da iniciativa para participarem da construção desse plano de trabalho, sugestão que agradou aos chefes das Uds que participaram da reunião. Gabas observou que o Consórcio não dispõe de fundos para investimento, mas tem capacidade de busca-los junto ao Governo Federal, emendas parlamentares e até mesmo fundos internacionais como os dos países árabes com quem o Consórcio tem parcerias. “As tecnologias desenvolvidas para o semiárido interessam aos países árabes, dada a possibilidade de aproveitamento em sua agricultura”, disse. Como encaminhamento final à reunião, o diretor Pillon indicou Maria Auxiliadora, chefe da Embrapa Semiárido, e o pesquisador Marcelo Bonnet como interlocutores e pontos focais da Embrapa com o Consórcio Nordeste.
Em reunião coordenada pelo Diretor Clenio Pillon, de Pesquisa e Desenvolvimento, no dia 3/10, chefes dos centros de pesquisa da Embrapa no Nordeste, reunidos na Plataforma Colaborativa Nordeste, e lideranças do Consório Nordeste começaram um processo de articulação de parcerias institucionais para o desenvolvimento de tecnologias para a agricultura da região.
O Consórcio Nordeste é uma iniciativa jurídica, política e econômica que congrega os governos dos nove estados da região e articula pactos de governança em torno de políticas públicas e projetos de cooperação, inclusive internacionais, para superação de suas desigualdades econômicas e sociais.
A pesquisadora Maria Auxiliadora Coelho de Lima, chefe-geral da Embrapa Semiárido e atual coordenadora da Plataforma, disse, em uma apresentação, que a iniciativa tem como foco os desafios da agricultura familiar no bioma Caatinga, associados às mudanças climáticas, à insegurança hídrica, alimentar e nutricional, à vulnerabilidade do bioma à degradação, à alta exposição de seus solos e decorrente baixo desempenho de seus sistemas de produção.
São desafios também para a agricultura familiar a oferta regular de alimentos, a insuficiência da assistência técnica e extensão rural e as dificuldades de acesso a mercados.
A pesquisadora vê como oportunidades tecnológicas a diversificação e atividades econômicas, com sistemas de produção mais resilientes, para atender à inclusão produtiva, a bioeconomia, a mitigação dos efeitos da reduzida oferta de água e o aproveitamento das vocações e insumos locais.
Ela destaca ainda como possibilidades o aproveitamento de espécies nativas, para a criação de novos produtos com agregação de valor e o uso de fungos e leveduras e óleos essenciais para controle de pragas e doenças.
Segundo ela, a Plataforma Colaborativa Nordeste já tem como entregas previstas alguns sistemas de produção de baixo carbono, com quantificação de emissões de GEE e de sequestro de carbono, tanto na caatinga preservada quanto na já alterada pelo homem e as medidas de pegada hídrica em áreas com cobertura vegetal e com preparo mínimo de solo.
A Plataforma tem também modelos de sistemas integrados (SAFs, ILPF,etc.) para diferentes realidades, a integração de tecnologias visando a segurança hídrica e a segurança alimentar dos rebanhos, manejos de espécies para bioeconomia (uso medicinal, farmacológico, aromático, banco genético, etc.), cultivos de agricultura biossalina e de agricultura dependente de chuva ou de irrigação.
A partir da exposição da pesquisadora, o diretor Pillon observou que, além desse conjunto de conhecimentos e tecnologias que já podem ser entregues para disseminação para os agricultores familiares da região, há outros ativos tecnológicos que podem ser desenvolvidos a partir da prospecção de genes ambientados às condições de solo e clima da região.
“Queremos deixar todas essas possibilidades e realidades à disposição do Consórcio, para ver o que pode ser de seu interesse e eventualmente apoiado com recursos pelo Consórcio. Precisamos ainda formular um plano de trabalho que potencialize essas possibilidades”, disse ele.
Carlos Gabas, secretário executivo do Consórcio, disse que os planos e realizações da Embrapa na região “dialogam com os propósitos do Consórcio” e propôs que representantes d Embrapa participem das reuniões da iniciativa para participarem da construção desse plano de trabalho, sugestão que agradou aos chefes das Uds que participaram da reunião.
Gabas observou que o Consórcio não dispõe de fundos para investimento, mas tem capacidade de busca-los junto ao Governo Federal, emendas parlamentares e até mesmo fundos internacionais como os dos países árabes com quem o Consórcio tem parcerias. “As tecnologias desenvolvidas para o semiárido interessam aos países árabes, dada a possibilidade de aproveitamento em sua agricultura”, disse.
Como encaminhamento final à reunião, o diretor Pillon indicou Maria Auxiliadora, chefe da Embrapa Semiárido, e o pesquisador Marcelo Bonnet como interlocutores e pontos focais da Embrapa com o Consórcio Nordeste.