A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) estará na praça Beira Rio, em Sousas em 6 de novembro, das 9 às 14h, para o Reviva o Rio Atibaia, movimento ambiental de maior longevidade no interior de São Paulo. Nesta edição de 2022 o evento completa 25 anos de atuação em defesa do meio ambiente, com foco no rio Atibaia e na Área de Proteção Ambiental (APA) de Campinas. O evento contribui para ampliar o debate e o diálogo com os diversos atores sociais diante dos desafios ainda existentes para garantir um desenvolvimento sustentável da região. Realizado pela Associação de Proteção Ambiental Jaguatibaia e Organon, que desde 1958 tem sua fábrica no distrito de Sousas, conta também com o apoio da Associação de Remo de Sousas e da Subprefeitura de Sousas. A Embrapa, A.B.E.L.H.A. e Kombee vão levar para o evento o universo das abelhas, com um uma exposição temática sobre elas e sua importância para a conservação ambiental e a produção de alimentos. A ideia é que os visitantes , de todas as idades, possam fazer um mergulho no conhecimento científico sobre as abelhas e sua relação com a sociedade. “Queremos proporcionar uma experiência que encante e conscientize crianças e adultos sobre a importância da conservação das abelhas”, afirma Ana Assad, diretora executiva da A.B.E.L.H.A. Além do tema das abelhas, o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Ladislau Skorupa irá apresentar dois painéis com informações reunidas pela Embrapa e parceiros no âmbito do Projeto Especial Código Florestal (já finalizado) e o Sistema WebAmbiente, sobre estratégias de recomposição da vegetação nativa nos biomas Mata Atlântica e Cerrado. Serão dois painéis, incluindo listas de espécies sugeridas para cada um dos biomas. Para Cristiano Menezes, chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Meio Ambiente, a iniciativa conjunta é mais um importante passo para ampliar o conhecimento sobre as abelhas, em especial as nativas. “Somos o País com a maior diversidade de espécies de abelhas sem ferrão e referência mundial nas tecnologias de criação e manejo desses insetos. O público vai ter a oportunidade de conhecer de perto a grande contribuição dessas abelhas para a nossa vida e para toda a biodiversidade”, ressalta. “Estamos interessados em investir cada vez mais nessa questão de restauração florestal e mostrar que ela pode trazer benefícios econômicos. A restauração tem um custo para o proprietário da terra, por isso ao longo da história sempre foi vista como um ônus”, diz Menezes. “Queremos transformar a conservação ambiental em um ativo da propriedade, ou seja, fazer a conservação ser lucrativa. Temos vários caminhos para isso. Um deles são os créditos de carbono, que ao recuperar uma área degradada, plantar uma floresta, há o sequestro de carbono do ar e isso pode gerar créditos de carbono. A segunda são os pagamentos por serviços ambientais, que estão sendo regulamentados agora. Isso deve crescer e gerar renda para o proprietário que conserva a natureza, enfatiza o chefe de P&D. A bioeconomia é a terceira. São produtos que você pode gerar a partir da floresta em pé, com produtos rentáveis da biodiversidade, como óleos essenciais, madeiras, frutos e nesse caso, pensando muito nas questões das abelhas, com produtos como mel, cera, própolis, pólen e outros, além de multiplicar colmeias que podem ser vendidas para criadores ou até alugadas para polinização da agricultura. “Temos também o quarto elemento, que é o quanto de valor conseguimos agregar na propriedade em função do trabalho bem feito na área de conservação, enfatiza Menezes. Quando fazemos todo esse trabalho de conservação bem feito, conseguimos agregar valor àquele produto, como por exemplo, o café produzido em uma área com todos esses benefícios ambientais, terá um valor maior do que aquele produzido de maneira convencional”. Para isso, as abelhas precisam da mata para ter um bom desempenho e por isso estamos nesse evento que trata de reflorestamento, de conservação ambiental, levando essas possibilidades de agregação de valor no tema de reflorestamento e conservação ambiental. A mostra, dividida em estações, vai tratar das espécies de abelhas no Brasil, da polinização, da relação dos polinizadores com a agricultura e da criação racional de abelhas para a produção de mel e outros produtos. Tudo isso com a curadoria da A.B.E.L.H.A. e da Embrapa Meio Ambiente, e com a presença no estande de monitores da equipe da Kombee, especializada em educação ambiental. Além de caixas de abelhas sem ferrão para o público ver de perto a organização e o trabalho das abelhas em uma colônia, haverá uma coleção entomológica, com amostras de diferentes espécies de abelha. A polinização e o serviço que as abelhas e outros polinizadores prestam na produção de cultivos agrícolas será demostrada de forma didática com frutos bem e mal polinizados. Haverá também degustação, com diversos tipos de mel, tanto de abelhas nativas como de Apis mellifera (abelha-africanizada) produzidos pela empresa Baldoni, associada da A.B.E.L.H.A. Neste ano, em que o Reviva o Atibaia completa 25 anos de atuação, a proposta é ampliar o diálogo com os diversos atores sociais diante dos desafios ainda existentes para garantir um desenvolvimento sustentável para APA de Campinas. Também será possível conhecer as conquistas ambientais ao longo desse período de mobilização e engajamento comunitário. Parceria A participação da Embrapa Meio Ambiente no evento é de longa data, já tendo participado como parceira em várias edições. No entanto, a participação desse ano é especial, pois marca um momento que as duas instituições, Embrapa Meio Ambiente e Associação Jaguatibaia iniciam a formalização de um Contrato de Cooperação Técnica. A Associação Jaguatibaia é uma entidade sem fins lucrativos que tem por missão promover a educação ambiental para desenvolver uma maior consciência sobre a importância da proteção do meio ambiente, com destaque para os remanescentes de Mata Atlântica, visando à conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos por meio da restauração ambiental. Atua há mais de 20 anos e possui sua sede localizada em área da Embrapa Meio Ambiente cedida por comodato, onde mantém amplo viveiro de mudas nativas para uso nas ações de restauração ambiental. O objetivo da formalização do Contrato de Cooperação é aproximar ainda mais as instituições para o desenvolvimento conjunto de ações relacionadas à conservação ambiental, bioeconomia, capacitação de multiplicadores e educação ambiental, envolvendo as equipes de pesquisa e de transferência de tecnologia da Embrapa Meio Ambiente e a equipe da Jaguatibaia. Educação ambiental De acordo com José Perdigão, fundador e presidente da Jaguatibaia, depois de anos de pandemia, conseguimos retomar o Reviva o Rio Atibaia. São 25 anos de ação em praça pública com o objetivo de levar para a sociedade a importância das questões ambientais no dia a dia das pessoas, para todas as faixas etárias, de forma simples, objetiva e lúdica, além de informações técnicas sobre a importância da nossa região no contexto hídrico que tanto nos afeta. “Esse ano iremos montar uma eco barreira no rio para captar o lixo visível que é jogado nele, e depois será exposto na Praça com um banner informando os períodos de decomposição na natureza desse lixo. Sabemos que o problema maior é o esgoto urbano e também o industrial, mas essa é uma ação simbólica que tem um poder de mobilização muito grande, explica Perdigão. Alimentos agroecológicos estarão expostos, além da Maquete Dinâmica, que mostra a diferença da absorção do solo em uma área sem cobertura florestal, que foi devastada e degradada e o contrário, explicando como favorece a infiltração da água no solo em uma área que está protegida pela mata ou que houve uma restauração florestal. Serão distribuídas 2 mil mudas de espécies nativas de pequeno e médio portes para serem plantadas em casa. Para as crianças com os pais e familiares serão doados vasinhos de cerâmica com substrato e muda, podendo ser pintados por eles lá mesmo na praça, além de um espaço kids com o jogo amarelinha com estímulos com relação ao meio ambiente. “Haverá uma árvore de desejos para cada visitante poder pendurar um pedido de como gostaria de ver nossa cidade em relação a animais silvestres, polinização pelas abelhas, enfim, todas voltadas para que as pessoas se mobilizem para a importância da questão ambiental na nossa vida”, enfatiza Perdigão. Os mascotes, Peixoto e o Cascudinho, esperam por você e sua família!
A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) estará na praça Beira Rio, em Sousas em 6 de novembro, das 9 às 14h, para o Reviva o Rio Atibaia, movimento ambiental de maior longevidade no interior de São Paulo. Nesta edição de 2022 o evento completa 25 anos de atuação em defesa do meio ambiente, com foco no rio Atibaia e na Área de Proteção Ambiental (APA) de Campinas. O evento contribui para ampliar o debate e o diálogo com os diversos atores sociais diante dos desafios ainda existentes para garantir um desenvolvimento sustentável da região.
Realizado pela Associação de Proteção Ambiental Jaguatibaia e Organon, que desde 1958 tem sua fábrica no distrito de Sousas, conta também com o apoio da Associação de Remo de Sousas e da Subprefeitura de Sousas.
A Embrapa, A.B.E.L.H.A. e Kombee vão levar para o evento o universo das abelhas, com um uma exposição temática sobre elas e sua importância para a conservação ambiental e a produção de alimentos.
A ideia é que os visitantes , de todas as idades, possam fazer um mergulho no conhecimento científico sobre as abelhas e sua relação com a sociedade. “Queremos proporcionar uma experiência que encante e conscientize crianças e adultos sobre a importância da conservação das abelhas”, afirma Ana Assad, diretora executiva da A.B.E.L.H.A.
Além do tema das abelhas, o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Ladislau Skorupa irá apresentar dois painéis com informações reunidas pela Embrapa e parceiros no âmbito do Projeto Especial Código Florestal (já finalizado) e o Sistema WebAmbiente, sobre estratégias de recomposição da vegetação nativa nos biomas Mata Atlântica e Cerrado. Serão dois painéis, incluindo listas de espécies sugeridas para cada um dos biomas.
Para Cristiano Menezes, chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Meio Ambiente, a iniciativa conjunta é mais um importante passo para ampliar o conhecimento sobre as abelhas, em especial as nativas. “Somos o País com a maior diversidade de espécies de abelhas sem ferrão e referência mundial nas tecnologias de criação e manejo desses insetos. O público vai ter a oportunidade de conhecer de perto a grande contribuição dessas abelhas para a nossa vida e para toda a biodiversidade”, ressalta.
“Estamos interessados em investir cada vez mais nessa questão de restauração florestal e mostrar que ela pode trazer benefícios econômicos. A restauração tem um custo para o proprietário da terra, por isso ao longo da história sempre foi vista como um ônus”, diz Menezes.
“Queremos transformar a conservação ambiental em um ativo da propriedade, ou seja, fazer a conservação ser lucrativa. Temos vários caminhos para isso. Um deles são os créditos de carbono, que ao recuperar uma área degradada, plantar uma floresta, há o sequestro de carbono do ar e isso pode gerar créditos de carbono. A segunda são os pagamentos por serviços ambientais, que estão sendo regulamentados agora. Isso deve crescer e gerar renda para o proprietário que conserva a natureza, enfatiza o chefe de P&D.
A bioeconomia é a terceira. São produtos que você pode gerar a partir da floresta em pé, com produtos rentáveis da biodiversidade, como óleos essenciais, madeiras, frutos e nesse caso, pensando muito nas questões das abelhas, com produtos como mel, cera, própolis, pólen e outros, além de multiplicar colmeias que podem ser vendidas para criadores ou até alugadas para polinização da agricultura.
“Temos também o quarto elemento, que é o quanto de valor conseguimos agregar na propriedade em função do trabalho bem feito na área de conservação, enfatiza Menezes. Quando fazemos todo esse trabalho de conservação bem feito, conseguimos agregar valor àquele produto, como por exemplo, o café produzido em uma área com todos esses benefícios ambientais, terá um valor maior do que aquele produzido de maneira convencional”.
Para isso, as abelhas precisam da mata para ter um bom desempenho e por isso estamos nesse evento que trata de reflorestamento, de conservação ambiental, levando essas possibilidades de agregação de valor no tema de reflorestamento e conservação ambiental.
A mostra, dividida em estações, vai tratar das espécies de abelhas no Brasil, da polinização, da relação dos polinizadores com a agricultura e da criação racional de abelhas para a produção de mel e outros produtos. Tudo isso com a curadoria da A.B.E.L.H.A. e da Embrapa Meio Ambiente, e com a presença no estande de monitores da equipe da Kombee, especializada em educação ambiental.
Além de caixas de abelhas sem ferrão para o público ver de perto a organização e o trabalho das abelhas em uma colônia, haverá uma coleção entomológica, com amostras de diferentes espécies de abelha. A polinização e o serviço que as abelhas e outros polinizadores prestam na produção de cultivos agrícolas será demostrada de forma didática com frutos bem e mal polinizados. Haverá também degustação, com diversos tipos de mel, tanto de abelhas nativas como de Apis mellifera (abelha-africanizada) produzidos pela empresa Baldoni, associada da A.B.E.L.H.A.
Neste ano, em que o Reviva o Atibaia completa 25 anos de atuação, a proposta é ampliar o diálogo com os diversos atores sociais diante dos desafios ainda existentes para garantir um desenvolvimento sustentável para APA de Campinas. Também será possível conhecer as conquistas ambientais ao longo desse período de mobilização e engajamento comunitário.
Parceria
A participação da Embrapa Meio Ambiente no evento é de longa data, já tendo participado como parceira em várias edições. No entanto, a participação desse ano é especial, pois marca um momento que as duas instituições, Embrapa Meio Ambiente e Associação Jaguatibaia iniciam a formalização de um Contrato de Cooperação Técnica.
A Associação Jaguatibaia é uma entidade sem fins lucrativos que tem por missão promover a educação ambiental para desenvolver uma maior consciência sobre a importância da proteção do meio ambiente, com destaque para os remanescentes de Mata Atlântica, visando à conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos por meio da restauração ambiental. Atua há mais de 20 anos e possui sua sede localizada em área da Embrapa Meio Ambiente cedida por comodato, onde mantém amplo viveiro de mudas nativas para uso nas ações de restauração ambiental.
O objetivo da formalização do Contrato de Cooperação é aproximar ainda mais as instituições para o desenvolvimento conjunto de ações relacionadas à conservação ambiental, bioeconomia, capacitação de multiplicadores e educação ambiental, envolvendo as equipes de pesquisa e de transferência de tecnologia da Embrapa Meio Ambiente e a equipe da Jaguatibaia.
Educação ambiental
De acordo com José Perdigão, fundador e presidente da Jaguatibaia, depois de anos de pandemia, conseguimos retomar o Reviva o Rio Atibaia. São 25 anos de ação em praça pública com o objetivo de levar para a sociedade a importância das questões ambientais no dia a dia das pessoas, para todas as faixas etárias, de forma simples, objetiva e lúdica, além de informações técnicas sobre a importância da nossa região no contexto hídrico que tanto nos afeta.
“Esse ano iremos montar uma eco barreira no rio para captar o lixo visível que é jogado nele, e depois será exposto na Praça com um banner informando os períodos de decomposição na natureza desse lixo. Sabemos que o problema maior é o esgoto urbano e também o industrial, mas essa é uma ação simbólica que tem um poder de mobilização muito grande, explica Perdigão.
Alimentos agroecológicos estarão expostos, além da Maquete Dinâmica, que mostra a diferença da absorção do solo em uma área sem cobertura florestal, que foi devastada e degradada e o contrário, explicando como favorece a infiltração da água no solo em uma área que está protegida pela mata ou que houve uma restauração florestal.
Serão distribuídas 2 mil mudas de espécies nativas de pequeno e médio portes para serem plantadas em casa. Para as crianças com os pais e familiares serão doados vasinhos de cerâmica com substrato e muda, podendo ser pintados por eles lá mesmo na praça, além de um espaço kids com o jogo amarelinha com estímulos com relação ao meio ambiente.
“Haverá uma árvore de desejos para cada visitante poder pendurar um pedido de como gostaria de ver nossa cidade em relação a animais silvestres, polinização pelas abelhas, enfim, todas voltadas para que as pessoas se mobilizem para a importância da questão ambiental na nossa vida”, enfatiza Perdigão.
Os mascotes, Peixoto e o Cascudinho, esperam por você e sua família!