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Sistema ILPF é exemplo de pecuária sustentável na COP26

A programação do Pavilhão Brasil, na COP26, contou com a participação do pesquisador da Embrapa Florestas e produtor rural Abílio Pacheco, durante o Painel “Pecuária Sustentável: Quebrando paradigma para uma pecuária de baixa emissão de carbono”, na segunda-feira, 08/11. O pesquisador falou sobre sua experiência na implementação do Sistema Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF), na Fazenda Boa Vereda, de sua propriedade, localizada no município de Cachoeira Dourada, em Goiás. De área caracterizada pela degradação das pastagens, a fazenda tornou-se modelo de sustentabilidade e rentabilidade. Pacheco destacou: “A ILPF traz de maneira muito consistente o viés de sistema de produção sustentável que a humanidade busca. Acredito que a ILPF ou será o sistema do futuro, ou estará entre eles”. A área de 200 hectares foi sendo trabalhada aos poucos. Na safra 2008/2009, foi realizada a primeira etapa de implantação do sistema em 17 hectares, com o plantio de soja de ciclo curto. Após a colheita da soja, a área foi preparada para receber as mudas de eucalipto. “Uma grande vantagem desse sistema de plantio após a soja é que a muda nova não enfrenta mato competição, nem formigas, seus principais inimigos nessa etapa, o que reduziu os custos de produção”, destacou. Após a introdução do componente arbóreo, seguiu-se, entre as linhas de árvores, o plantio da segunda safra de grãos. Os ganhos dessas duas safras cobriram os custos de implementação do sistema. Com 16 meses, foi introduzida a pastagem. Pacheco explicou que, como pesquisador e produtor, teve a possibilidade de, a cada ano, realizar adequações e melhorias nas práticas desenvolvidas, como a redução do tempo de implantação de 18 para 15 meses: “Uma das alterações é o plantio do milho para a segunda safra de grãos. Quando ele está sendo colhido, já tenho minha pastagem formada e muito bem enraizada. O processo é muito dinâmico, o que é bom para o pecuarista que está começando a mexer com agricultura e pode ter dificuldades.” Pacheco lembrou que a ILPF é uma tecnologia cara para implantação, mas que, o incremento de produtividade obtido acarretou a diminuição dos custos de produção. Como resultado, além das safras de grãos, obteve-se 18@ de boi e 45 m³ de madeira na mesma área: “É um sistema de produção intensivo. Ou seja, esses 18@ de boi e 45 m³ de madeira são produzidos por hectare/ano no mesmo hectare”, reforça Pacheco. O painel também contou com a participação do Dr. Muni Lourenço – Presidente da Comissão Nacional do Meio Ambiente da CNA e Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas; de Rafael Oliveira Silva – Professor na Universidade de Edimburgo; e moderação de Mariane Crespolini – Diretora do Departamento de Produção Sustentável do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A íntegra do painel pode ser vista aqui.

A programação do Pavilhão Brasil, na COP26, contou com a participação do pesquisador da Embrapa Florestas e produtor rural Abílio Pacheco, durante o Painel “Pecuária Sustentável: Quebrando paradigma para uma pecuária de baixa emissão de carbono”, na segunda-feira, 08/11.

O pesquisador falou sobre sua experiência na implementação do Sistema Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF), na Fazenda Boa Vereda, de sua propriedade, localizada no município de Cachoeira Dourada, em Goiás.  De área caracterizada pela degradação das pastagens, a fazenda tornou-se modelo de sustentabilidade e rentabilidade. Pacheco destacou: “A ILPF traz de maneira muito consistente o viés de sistema de produção sustentável que a humanidade busca. Acredito que a ILPF ou será o sistema do futuro, ou estará entre eles”.    

A área de 200 hectares foi sendo trabalhada aos poucos. Na safra 2008/2009, foi realizada a primeira etapa de implantação do sistema em 17 hectares, com o plantio de soja de ciclo curto. Após a colheita da soja, a área foi preparada para receber as mudas de eucalipto. “Uma grande vantagem desse sistema de plantio após a soja é que a muda nova não enfrenta mato competição, nem formigas, seus principais inimigos nessa etapa, o que reduziu os custos de produção”, destacou. Após a introdução do componente arbóreo, seguiu-se, entre as linhas de árvores, o plantio da segunda safra de grãos. Os ganhos dessas duas safras cobriram os custos de implementação do sistema. Com 16 meses, foi introduzida a pastagem. 

Pacheco explicou que, como pesquisador e produtor, teve a possibilidade de, a cada ano,  realizar adequações e melhorias nas práticas desenvolvidas, como a redução do tempo de implantação de 18 para 15 meses: “Uma das alterações é o plantio do milho para a segunda safra de grãos. Quando ele está sendo colhido, já tenho minha pastagem formada e muito bem enraizada. O processo é muito dinâmico, o que é bom para o pecuarista que está começando a mexer com agricultura e pode ter dificuldades.” 

Pacheco lembrou que a ILPF é uma tecnologia cara para implantação, mas que, o incremento de produtividade obtido acarretou a diminuição dos custos de produção. Como resultado, além das safras de grãos, obteve-se 18@ de boi e 45 m³ de madeira na mesma área: “É um sistema de produção intensivo. Ou seja, esses 18@ de boi e 45 m³ de madeira são produzidos por hectare/ano no mesmo hectare”, reforça Pacheco.

O painel também contou com a participação do Dr. Muni Lourenço – Presidente da Comissão Nacional do Meio Ambiente da CNA e Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas; de Rafael Oliveira Silva – Professor na Universidade de Edimburgo; e moderação de Mariane Crespolini – Diretora do Departamento de Produção Sustentável do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A íntegra do painel pode ser vista aqui

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