Na quinta apresentação do painel “Além da Madeira”, realizada no dia 11/8, no Workshop da Embrapa Florestas/Apre, o tema Biomassa de madeira para energia foi apresentado aos participantes. Nesta palestra apresentada pelo pesquisador da Embrapa Florestas João Bosco Vasconcellos Gomes e pelo bolsista Giordano Corradi foram abordados assuntos relacionados à cadeia produtiva de biomassa de madeira para produção de energia na região Oeste do Paraná, envolvendo os temas silvicultura de eucalipto, aptidão das terras para o cultivo do eucalipto e oferta e demanda de biomassa de madeira para energia. A apresentação usou como base os resultados do projeto Bioeste Florestas, uma parceria entre CIBiogás, Embrapa e Itaipu Binacional, que começou em 2016 e finalizou em setembro de 2021. O estudo de oferta e demanda de biomassa de madeira na região oeste do Paraná foi, inclusive, recém-publicado em duas versões: digital e impressa. Os estudos espaciais do projeto Bioeste Florestas envolveram 29 municípios (os 28 formadores da Bacia do Paraná 3 mais o município de Palotina), trazendo temáticas afeitas à oferta ambiental regional (clima, solos e aptidão das terras para o cultivo do eucalipto) e ao balanço entre oferta e demanda de biomassa de madeira para energia térmica. A região oeste do Paraná como um todo apresenta ótimo potencial para o cultivo de grãos e cadeias produtivas associadas (proteína animal e agroindústrias). Tais setores utilizam a energia advinda da biomassa florestal em diferentes processos, como secagem de grãos e aquecimento de caldeiras e granjas. “O desejado crescimento da agricultura industrial da região (grãos, proteína animal, agroindústrias) vai aumentar a demanda por biomassa de madeira, o que exigirá a formação de novos e maiores maciços florestais de eucalipto”, aponta o pesquisador João B V Gomes. Segundo o pesquisador o projeto trabalhou em uma região que não tem tradição florestal, existindo então ainda espaço para trabalhar a questão da produtividade florestal. “Esse foi um dos focos do projeto Bioeste Florestas, que buscou, por exemplo, realizar diferentes ensaios de campo com testes de adubação, espaçamento e materiais genéticos de eucalipto”. Gomes relatou também sobre a surpresa diante os resultados de produtividade do clone 2070 a partir do teste clonal realizado em parceria com a C.Vale. Após a divulgação dos resultados do teste clonal em dia de campo, no ano de 2019, várias áreas de plantio do clone em questão foram introduzidas, principalmente por cooperativas regionais. Aptidão das terras para o cultivo do eucalipto O estudo em questão visa contribuir com o planejamento da cadeia produtiva de eucalipto na região. Os 29 municípios ocupam uma área de 14.696,85 km quadrados. No estudo buscou-se interpretar informações espaciais de solos e clima para o plantio específico do eucalipto, especificando-se um nível de manejo voltado principalmente para plantios empresariais (cooperativas e agroindústrias). Na metodologia, cada polígono do mapa de solos é qualificado por fatores de limitação de uso das terras, definidos por atributos espaciais pedológicos e climáticos – deficiência de nutrientes, deficiência de oxigênio, excesso de água, suscetibilidade de erosão, impedimentos ao manejo, deficiência de água e risco de geadas. O estudo gerou classes e subclasses de aptidão das terras e, segundo o pesquisador, do total da região, mais de um milhão de hectares são terras mais nobres, de maior potencial de produção de eucalipto. Porém, além de serem boas para os plantios de eucalipto, são também para o cultivo de grãos, basicamente soja e milho, sofrendo, assim, a concorrência dos commodities. Por outro lado, João B V Gomes citou outros 1,5 mil quilômetros quadrados de terras marginais que, apesar de possuírem solos mais rasos e pedregosos, podem ser uma alternativa de uso voltado para os plantios florestais, já que não sofrem a concorrência do cultivo de grãos. Outra opção no tocante à importação, seria a produção de biomassa em solos de transição, com influência do arenito, que estão localizados ao norte desta região do estudo. Apesar de não serem tão produtivos como os solos de basalto (principalmente Latossolos Vermelhos), são solos com boa aptidão para o cultivo florestal. “Lá na pontinha da região, Guaíra, Terra Roxa, Palotina, começa a entrar uma influência maior do arenito. E ela sobe para o resto da região oeste e entra no noroeste, é para onde é mais fácil imaginar que a produção de eucalipto migre, sempre que essa distância permita e não inviabilize essa fonte de energia”, aponta Gomes. Oferta e demanda de biomassa de madeira para energia térmica Em seguida, Giordano Corradi discutiu a questão de oferta e demanda de madeira para biomassa, mostrando dados de produção do setor de grãos, avicultura, suinocultura, peixes e leite no Oeste paranaense. A alta produção destes setores demanda muita biomassa de madeira. Por exemplo, para o aquecimento de aves é requerido o funcionamento de caldeiras das indústrias, em três turnos, ininterruptos, seis dias por semana. Na suinocultura, também a biomassa é utilizada para aquecimento e principalmente na industrialização da carne de porco. O peixe e o leite também precisam de biomassa de madeira como energia no seu processamento. O estudo estimou a quantidade de madeira demandada em metros cúbicos/ano levando em conta os usos energéticos relacionados à secagem de grãos, aquecimento de aves nas granjas e processamento industrial de aves. “Temos a produção de grão por município, temos também o número de cabeças de aves e os volumes consumidos de madeira para aquecimento dos aviários e para geração de vapor. Com isso, conseguimos estimar por município qual é a demanda de madeira anual para aquecer aves, para uso em caldeira e para secagem de grão, e tivemos como resultado que a demanda anual de madeira é de aproximadamente 980 mil metros cubicos por ano”, afirmou Giordano Corradi. Segundo Corradi, os municípios de Cascavel, Toledo e Palotina despontam com a maior demanda de biomassa de madeira na região estudada, que envolve os mesmos 29 municípios do estudo da aptidão das terras. Já com relação à estimativa da oferta de biomassa de madeira, o ponto de partida foi a área plantada na área de estudo. Os plantios florestais foram identificados em estudos já existentes por imagem de satélites. Cascavel se destaca com quase três mil hectares plantados, seguido por Toledo e Palotina. “Um dado importante a ser destacado é que cerca de 97% dos polígonos de área plantada de eucalipto na região tem menos de que 20 hectares. Quando se pensa na logística florestal dessas áreas (pequenos polígonos do mapa), principalmente na colheita, vemos as dificuldades e o alto custo de colheita que se tem aqui na região”, aponta Corradi. Segundo o mapeamento, a oferta de madeira em pé é de aproximadamente 530 mil metros cúbicos por ano, sendo Cascavel o principal produtor, com aproximadamente 147 mil metros cúbicos anuais disponíveis, seguida por Toledo, com 42 mil e Palotina com 37 mil. O balanço entre a oferta e a demanda demonstrou um déficit aproximado de 450 mil metros cúbicos, denotando a importação deste recurso. “Ou seja, a madeira está vindo de outros lugares ou estão consumindo o estoque que seriam madeiras mais jovens. Toledo se destaca com maior déficit, de 76 mil metros cúbicos. Se a gente fizer uma conta simples, são necessários mais de 10 mil hectares de novas áreas de eucalipto para cobrir o déficit de biomassa de madeira atual da região. Se formos comparar com outras regiões, e colocar a questão estratégica do custo e do valor da produção agrícola e sua dependência a esse produto, temos uma equação complicada a ser resolvida”, explica. “A região enfrenta o dilema entre ceder ou não terras aptas a produção de grãos para o plantio florestal. É necessário ponderar as alternativas: deslocar cada vez mais a produção florestal para a região do arenito, aumentando os custos de transporte; usar terras próximas aos pontos de consumo da biomassa, porém de alto valor (aptas à produção de grãos) que faciltam a logística do plantio à colheita e apresentam altas produtividades; usar terras marginais, de produtividadedes mais baixas e maiores dificuldades de logística? Daí a gente precisa pensar nessas estratégias”, pondera. Parte do negócio Segundo Corradi, um ponto fundamental é que as cadeias produtivas do agronegócio regional enxerguem o plantio de eucalipto como parte do processo produtivo. “Hoje produtores são produtores agrícolas e não veem ainda o eucalipto como um produto rotineiro da produção deles. Eles olham o eucalipto como a poupança. Eles não são silvicultores. As cooperativas e agroindústrias têm que ajudar a transformar parte dos produtores agrícolas em silvicultores”, diz. Riscos e investimentos Trazer madeira de outras regiões traz consigo um risco atrelado às dinâmicas econômicas. “Se aparecer um cliente que consuma esse tipo de produto lá perto, a tendência é essa madeira ficar lá. Então esse é um grande risco existente”, aponta. Corradi comenta também sobre a necessidade de melhorar o incremento do setor florestal local, e um maior acompanhamento técnico. Segundo ele, os plantios de eucalipto na região apresentam bons níveis tecnológicos e uso intensivos de insumos, mas carecem de profissionalização, investimento e planejamento. “Há plantios muito bons, com uso de insumos, mas carecendo de maior planejamento e acompanhamento técnico. E o alto custo da terra da região justifica esse investimento na profissionalização do processo produtivo do eucalipto”. Outro ponto abordado foi a necessidade de modernização de equipamentos, como os queimadores para secagem de grãos, que são, em boa parte, muito antigos. “Recentemente fizemos uma reunião com o pessoal das cooperativas, e lá foi divulgado que não há outro combustível para substituir a madeira a curto prazo. Eles comentaram que para produzir 10 toneladas de vapor, o gás natural, fonte de energia disponível na região, apresenta um custo de R$ 150, enquanto que a biomassa de madeira tem um custo aproximado de R$ 50. Assim, a curto e médio prazo é estratégico avançar no planejamento da cadeia produtiva de biomassa de madeira para uso energético em diferentes processos do agro, seja para o oeste ou para o estado do Paraná como um todo”, conclui Giordano Corradi.
Na quinta apresentação do painel “Além da Madeira”, realizada no dia 11/8, no Workshop da Embrapa Florestas/Apre, o tema Biomassa de madeira para energia foi apresentado aos participantes. Nesta palestra apresentada pelo pesquisador da Embrapa Florestas João Bosco Vasconcellos Gomes e pelo bolsista Giordano Corradi foram abordados assuntos relacionados à cadeia produtiva de biomassa de madeira para produção de energia na região Oeste do Paraná, envolvendo os temas silvicultura de eucalipto, aptidão das terras para o cultivo do eucalipto e oferta e demanda de biomassa de madeira para energia.
A apresentação usou como base os resultados do projeto Bioeste Florestas, uma parceria entre CIBiogás, Embrapa e Itaipu Binacional, que começou em 2016 e finalizou em setembro de 2021. O estudo de oferta e demanda de biomassa de madeira na região oeste do Paraná foi, inclusive, recém-publicado em duas versões: digital e impressa.
Os estudos espaciais do projeto Bioeste Florestas envolveram 29 municípios (os 28 formadores da Bacia do Paraná 3 mais o município de Palotina), trazendo temáticas afeitas à oferta ambiental regional (clima, solos e aptidão das terras para o cultivo do eucalipto) e ao balanço entre oferta e demanda de biomassa de madeira para energia térmica. A região oeste do Paraná como um todo apresenta ótimo potencial para o cultivo de grãos e cadeias produtivas associadas (proteína animal e agroindústrias). Tais setores utilizam a energia advinda da biomassa florestal em diferentes processos, como secagem de grãos e aquecimento de caldeiras e granjas.
“O desejado crescimento da agricultura industrial da região (grãos, proteína animal, agroindústrias) vai aumentar a demanda por biomassa de madeira, o que exigirá a formação de novos e maiores maciços florestais de eucalipto”, aponta o pesquisador João B V Gomes.
Segundo o pesquisador o projeto trabalhou em uma região que não tem tradição florestal, existindo então ainda espaço para trabalhar a questão da produtividade florestal. “Esse foi um dos focos do projeto Bioeste Florestas, que buscou, por exemplo, realizar diferentes ensaios de campo com testes de adubação, espaçamento e materiais genéticos de eucalipto”. Gomes relatou também sobre a surpresa diante os resultados de produtividade do clone 2070 a partir do teste clonal realizado em parceria com a C.Vale. Após a divulgação dos resultados do teste clonal em dia de campo, no ano de 2019, várias áreas de plantio do clone em questão foram introduzidas, principalmente por cooperativas regionais.
Aptidão das terras para o cultivo do eucalipto
O estudo em questão visa contribuir com o planejamento da cadeia produtiva de eucalipto na região. Os 29 municípios ocupam uma área de 14.696,85 km quadrados. No estudo buscou-se interpretar informações espaciais de solos e clima para o plantio específico do eucalipto, especificando-se um nível de manejo voltado principalmente para plantios empresariais (cooperativas e agroindústrias). Na metodologia, cada polígono do mapa de solos é qualificado por fatores de limitação de uso das terras, definidos por atributos espaciais pedológicos e climáticos – deficiência de nutrientes, deficiência de oxigênio, excesso de água, suscetibilidade de erosão, impedimentos ao manejo, deficiência de água e risco de geadas.
O estudo gerou classes e subclasses de aptidão das terras e, segundo o pesquisador, do total da região, mais de um milhão de hectares são terras mais nobres, de maior potencial de produção de eucalipto. Porém, além de serem boas para os plantios de eucalipto, são também para o cultivo de grãos, basicamente soja e milho, sofrendo, assim, a concorrência dos commodities. Por outro lado, João B V Gomes citou outros 1,5 mil quilômetros quadrados de terras marginais que, apesar de possuírem solos mais rasos e pedregosos, podem ser uma alternativa de uso voltado para os plantios florestais, já que não sofrem a concorrência do cultivo de grãos.
Outra opção no tocante à importação, seria a produção de biomassa em solos de transição, com influência do arenito, que estão localizados ao norte desta região do estudo. Apesar de não serem tão produtivos como os solos de basalto (principalmente Latossolos Vermelhos), são solos com boa aptidão para o cultivo florestal. “Lá na pontinha da região, Guaíra, Terra Roxa, Palotina, começa a entrar uma influência maior do arenito. E ela sobe para o resto da região oeste e entra no noroeste, é para onde é mais fácil imaginar que a produção de eucalipto migre, sempre que essa distância permita e não inviabilize essa fonte de energia”, aponta Gomes.
Oferta e demanda de biomassa de madeira para energia térmica
Em seguida, Giordano Corradi discutiu a questão de oferta e demanda de madeira para biomassa, mostrando dados de produção do setor de grãos, avicultura, suinocultura, peixes e leite no Oeste paranaense. A alta produção destes setores demanda muita biomassa de madeira. Por exemplo, para o aquecimento de aves é requerido o funcionamento de caldeiras das indústrias, em três turnos, ininterruptos, seis dias por semana. Na suinocultura, também a biomassa é utilizada para aquecimento e principalmente na industrialização da carne de porco. O peixe e o leite também precisam de biomassa de madeira como energia no seu processamento.
O estudo estimou a quantidade de madeira demandada em metros cúbicos/ano levando em conta os usos energéticos relacionados à secagem de grãos, aquecimento de aves nas granjas e processamento industrial de aves. “Temos a produção de grão por município, temos também o número de cabeças de aves e os volumes consumidos de madeira para aquecimento dos aviários e para geração de vapor. Com isso, conseguimos estimar por município qual é a demanda de madeira anual para aquecer aves, para uso em caldeira e para secagem de grão, e tivemos como resultado que a demanda anual de madeira é de aproximadamente 980 mil metros cubicos por ano”, afirmou Giordano Corradi.
Segundo Corradi, os municípios de Cascavel, Toledo e Palotina despontam com a maior demanda de biomassa de madeira na região estudada, que envolve os mesmos 29 municípios do estudo da aptidão das terras.
Já com relação à estimativa da oferta de biomassa de madeira, o ponto de partida foi a área plantada na área de estudo. Os plantios florestais foram identificados em estudos já existentes por imagem de satélites. Cascavel se destaca com quase três mil hectares plantados, seguido por Toledo e Palotina. “Um dado importante a ser destacado é que cerca de 97% dos polígonos de área plantada de eucalipto na região tem menos de que 20 hectares. Quando se pensa na logística florestal dessas áreas (pequenos polígonos do mapa), principalmente na colheita, vemos as dificuldades e o alto custo de colheita que se tem aqui na região”, aponta Corradi.
Segundo o mapeamento, a oferta de madeira em pé é de aproximadamente 530 mil metros cúbicos por ano, sendo Cascavel o principal produtor, com aproximadamente 147 mil metros cúbicos anuais disponíveis, seguida por Toledo, com 42 mil e Palotina com 37 mil.
O balanço entre a oferta e a demanda demonstrou um déficit aproximado de 450 mil metros cúbicos, denotando a importação deste recurso. “Ou seja, a madeira está vindo de outros lugares ou estão consumindo o estoque que seriam madeiras mais jovens. Toledo se destaca com maior déficit, de 76 mil metros cúbicos. Se a gente fizer uma conta simples, são necessários mais de 10 mil hectares de novas áreas de eucalipto para cobrir o déficit de biomassa de madeira atual da região. Se formos comparar com outras regiões, e colocar a questão estratégica do custo e do valor da produção agrícola e sua dependência a esse produto, temos uma equação complicada a ser resolvida”, explica.
“A região enfrenta o dilema entre ceder ou não terras aptas a produção de grãos para o plantio florestal. É necessário ponderar as alternativas: deslocar cada vez mais a produção florestal para a região do arenito, aumentando os custos de transporte; usar terras próximas aos pontos de consumo da biomassa, porém de alto valor (aptas à produção de grãos) que faciltam a logística do plantio à colheita e apresentam altas produtividades; usar terras marginais, de produtividadedes mais baixas e maiores dificuldades de logística? Daí a gente precisa pensar nessas estratégias”, pondera.
Parte do negócio
Segundo Corradi, um ponto fundamental é que as cadeias produtivas do agronegócio regional enxerguem o plantio de eucalipto como parte do processo produtivo. “Hoje produtores são produtores agrícolas e não veem ainda o eucalipto como um produto rotineiro da produção deles. Eles olham o eucalipto como a poupança. Eles não são silvicultores. As cooperativas e agroindústrias têm que ajudar a transformar parte dos produtores agrícolas em silvicultores”, diz.
Riscos e investimentos
Trazer madeira de outras regiões traz consigo um risco atrelado às dinâmicas econômicas. “Se aparecer um cliente que consuma esse tipo de produto lá perto, a tendência é essa madeira ficar lá. Então esse é um grande risco existente”, aponta.
Corradi comenta também sobre a necessidade de melhorar o incremento do setor florestal local, e um maior acompanhamento técnico. Segundo ele, os plantios de eucalipto na região apresentam bons níveis tecnológicos e uso intensivos de insumos, mas carecem de profissionalização, investimento e planejamento. “Há plantios muito bons, com uso de insumos, mas carecendo de maior planejamento e acompanhamento técnico. E o alto custo da terra da região justifica esse investimento na profissionalização do processo produtivo do eucalipto”. Outro ponto abordado foi a necessidade de modernização de equipamentos, como os queimadores para secagem de grãos, que são, em boa parte, muito antigos.
“Recentemente fizemos uma reunião com o pessoal das cooperativas, e lá foi divulgado que não há outro combustível para substituir a madeira a curto prazo. Eles comentaram que para produzir 10 toneladas de vapor, o gás natural, fonte de energia disponível na região, apresenta um custo de R$ 150, enquanto que a biomassa de madeira tem um custo aproximado de R$ 50. Assim, a curto e médio prazo é estratégico avançar no planejamento da cadeia produtiva de biomassa de madeira para uso energético em diferentes processos do agro, seja para o oeste ou para o estado do Paraná como um todo”, conclui Giordano Corradi.
Manuela Bergamim (MTb 1951-ES)
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