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Nesta terça (5) e quarta-feira (6) será realizado o “I Workshop Online – Florestas de Tachigali vulgaris”. Trata-se de um evento multi-institucional que reúne especialistas da pesquisa, do ensino e do governo. O objetivo é fazer um resgate histórico das pesquisas e experimentos realizados nos últimos 50 anos com o tachi-branco e propor ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) para o futuro.

Clique aqui para assistir ao evento no youtube. 

Segundo o coordenador do evento, professor Thiago Protásio, da Universidade Federal Rural da Amazônia (campus de Parauapebas, Pará), a partir das palestras e debates será possível elencar as principais demandas em termos de PD&I para que a espécie tachi branco se torne efetivamente plantada em larga escala em suas regiões de adaptação.  As necessidades em torno da consolidação do sistema de produção dessa espécie, segundo os especialistas, envolvem o estabelecimento de protocolos silviculturais, modelos produtivos integrados, o uso em recuperação de áreas degradadas e a produção de bioenergia.

Que árvore é essa?

Tachigali vulgaris L. G. Silva & H. C. Lima é conhecida popularmente como tachi-branco, carvoeiro ou cachamorra e é uma leguminosa arbórea, nativa dos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia, que devido às suas características tecnológicas, ecológicas e silviculturais, possui significativo potencial para expansão em plantios energéticos no Brasil e recuperação de áreas degradadas. O T. vulgaris pode contribuir diretamente para o fornecimento de biomassa para produção de carvão vegetal ou para geração de calor em sistemas industriais e domésticos presentes na Amazônia.

O evento está estruturado com quatro blocos temáticos, quatorze palestras, quatro mesas redondas e a sessão de plenária geral e encerramento do evento. Os temas para os debates em torno do tachi branco são: recuperação de áreas degradadas e produção bioenergética; protocolos silviculturais e modelos integrados com espécies nativas; pesquisas com qualidade da madeira; e seleção genética para plantios.

Da Embrapa, participam Milton Kanashiro (Amazônia Oriental), Noemi Vianna Leão (Amazônia Oriental), Lucieta Martorano (Amazônia Oriental), Elizabeth Shimizu (Amazônia Oriental), Silvio Brienza (Amazônia Oriental/Florestas), Roberval Monteiro de Lima (Amazônia Ocidental), Alexandre Uhlmann (Pesca e Aquicultura), Cristiane Reis (Embrapa Florestas) e Cassia Pedrozo (Roraima).

O evento conta com apoio das seguintes instituições: Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Instituto Florestal de São Paulo (IFSP) e Serviço Florestal Brasileiro (SFB).

Como tudo começou

O pesquisador Silvio Brienza, da Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA) e atualmente lotado na Embrapa Florestas (Colombo, PR), conta que o primeiro plantio experimental de tachi-branco foi realizado na Floresta Nacional do Tapajós (Belterra, PA), em 1975. Na época esse plantio foi instalado no âmbito do Programa de Desenvolvimento e Pesquisa Florestal (convênio FAO-PNUD), e posteriormente, em 1978, foi repassado à Embrapa. A primeiras publicações técnicas revelaram que a espécie se mostrava promissora para atividades de reflorestamento.

Os avanços da pesquisa com o tachi-branco se estenderam a outros estados, como Amapá, Amazonas, Roraima e Rondônia. E os temas também avançaram: ciclo de crescimento da espécie, reprodução, produção de mudas, enriquecimento de clareiras, espaçamento em plantios e em sistemas diversificados, entre outros.

“A Embrapa Amazônia Oriental foi pioneira em mostrar o uso dessa espécie para produção de biomassa na agricultura familiar no âmbito do projeto Tipitamba”, relembra o pesquisador. Ele cita ainda alguns nomes que foram relevantes na pesquisa com o tachi-branco: José Natalino Silva, Olegário Reis, Jorge Yared, Gilberto Taketa, Permínio Filho, Milton Kanashiro, José do Carmo, Noemi Viana e Osmar Aguiar.

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