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Índice da sustentabilidade da seringueira pode identificar etapas de degradação do solo

Uma área de mais de 174 mil ha, localizada na região noroeste do Estado de São Paulo, abrangendo 13 municípios, foi analisada por pesquisadores da Embrapa e da Unicamp, pelo método MACBETH, que considera a determinação analítica de diversos nutrientes do solo, para verificar a sua contribuição para a sustentabilidade ambiental da cultura da seringueira na região de Planalto, SP. Os pesquisadores concluíram que o Índice de Sustentabilidade Ambiental por meio do processo MACBETH, pode oferecer inúmeras contribuições e vantagens, como ampliar o entendimento de cenários em estudo dentro de um contexto específico, pois agrega diferentes atributos na análise, antecipar a identificação de etapas de degradação do solo, fornecendo dados para a tomada de decisão e possibilitar a implantação de políticas adequadas para promover a sustentabilidade de uso do solo. A seringueira Hevea brasiliensis é a maior fonte de borracha natural, utilizada no transporte e em diferentes indústrias, sendo o estado de São Paulo o maior produtor do Brasil, arcando com cerca de 60% da produção nacional. Foi constatado que o seu Índice de Sustentabilidade Ambiental (ISA) na região está baixo e pode ser melhorado, provavelmente com manejo adequado. Esse índice tem o objetivo de antecipar a identificação de etapas de degradação do solo originadas pela atividade agrícola. Os municípios analisados foram Zacarias, José Bonifácio, Buritama, Planalto, Turiúba, Monções, Macaubal, União Paulista, Nipoã, Neves Paulista, Monte Aprazível, Poloni e Nhandeara. Conforme o pesquisador da Embrapa Territorial Sergio Tôsto, “o principal problema ambiental gerado por agricultura intensiva é a degradação do solo e esta condição preocupa, pois ela altera estruturas e funções ecossistêmicas, gerando sérios riscos à conservação do solo, impondo limites à sustentabilidade e reduzindo a sua produtividade”. A obtenção de dados ambientais confiáveis para estabelecer prioridades, construir política e avaliar resultados, tornou-se então, ainda mais relevante após a Conferência Rio-92, sendo a elaboração de indicadores e índices que mensuram e avaliam os sistemas, nas mais diferentes dimensões, uma necessidade para integrar meio ambiente e desenvolvimento. Como existem diferentes índices, cada um com seus objetivos e particularidades, a estratégia utilizada foi criar um Índice de sustentabilidade ambiental por meio de uma abordagem de análise multicritério de apoio à decisão (método MACBETH) que fosse reconhecida devido ao seu rigor e consistência científica e que pudesse ser replicada para qualquer área ou região, desde que respeitadas as suas especificidades (problema, stakeholders, fatos e valores, além de condições edáficas da cultura). Conforme Lauro Pereira, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, “os índices têm como objetivo simplificar, quantificar, analisar e comunicar fenômenos complexos que são quantificáveis e torná-los compreensíveis aos vários segmentos da sociedade, representando uma maneira de avaliar a sustentabilidade de culturas agrícolas”. Nesta pesquisa e seguindo a tendência de muitos países, a matéria orgânica foi o atributo considerado mais importante pelo método e isto se deve por ser um parâmetro relevante para analisar a qualidade ambiental do solo. Uma grande diversidade de indicadores associados à matéria orgânica do solo pode gerar resultados diferentes, dependendo do enfoque e do procedimento usado para a sua caracterização. Isto acontece porque existem muitas possibilidades de isolamento e fracionamento da matéria orgânica do solo, provocando várias interpretações. Em áreas degradadas ocorre ruptura do equilíbrio do solo, havendo alterações na estabilização, distribuição e na preservação da matéria orgânica. Por isto, a matéria orgânica é um atributo importante na composição do Índice de Sustentabilidade Ambiental, pois fornece subsídios para o fomento de políticas públicas para a recuperação de solo degradado seja via fertilizantes, integração lavoura-pecuária-floresta, adubação verde (prática agroecológica que pode reduzir ou até eliminar o uso de fertilizantes minerais nitrogenados, baixando os custos de produção) e outras estratégias de uso e manejo agrícola. Os autores do trabalho apresentado na Conferência da Terra são Sérgio Tôsto, Embrapa Territorial, Elaine Garcia, Unicamp, Lauro Pereira, Embrapa Meio Ambiente e Oscar Sarcinelli, Unicamp.

Uma área de mais de 174 mil ha, localizada na região noroeste do Estado de São Paulo, abrangendo 13 municípios, foi analisada por pesquisadores da Embrapa e da Unicamp, pelo método MACBETH, que considera a determinação analítica de diversos nutrientes do solo, para verificar a sua contribuição para a sustentabilidade ambiental da cultura da seringueira na região de Planalto, SP. 

Os pesquisadores concluíram que o Índice de Sustentabilidade Ambiental por meio do processo MACBETH, pode oferecer inúmeras contribuições e vantagens, como ampliar o entendimento de cenários em estudo dentro de um contexto específico, pois agrega diferentes atributos na análise, antecipar a identificação de etapas de degradação do solo, fornecendo dados para a tomada de decisão e possibilitar a implantação de políticas adequadas para promover a sustentabilidade de uso do solo.

A seringueira Hevea brasiliensis é a maior fonte de borracha natural, utilizada no transporte e em diferentes indústrias, sendo o estado de São Paulo o maior produtor do Brasil, arcando com cerca de 60% da produção nacional. Foi constatado que o seu Índice de Sustentabilidade Ambiental (ISA) na região está baixo e pode ser melhorado, provavelmente com manejo adequado. Esse índice tem o objetivo de antecipar a identificação de etapas de degradação do solo originadas pela atividade agrícola. Os municípios analisados foram Zacarias, José Bonifácio, Buritama, Planalto, Turiúba, Monções, Macaubal, União Paulista, Nipoã, Neves Paulista, Monte Aprazível, Poloni e Nhandeara.

Conforme o pesquisador da Embrapa Territorial Sergio Tôsto, “o principal problema ambiental gerado por agricultura intensiva é a degradação do solo e esta condição preocupa, pois ela altera estruturas e funções ecossistêmicas, gerando sérios riscos à conservação do solo, impondo limites à sustentabilidade e reduzindo a sua produtividade”. 

A obtenção de dados ambientais confiáveis para estabelecer prioridades, construir política e avaliar resultados, tornou-se então, ainda mais relevante após a Conferência Rio-92, sendo a elaboração de indicadores e índices que mensuram e avaliam os sistemas, nas mais diferentes dimensões, uma necessidade para integrar meio ambiente e desenvolvimento. 

Como existem diferentes índices, cada um com seus objetivos e particularidades, a estratégia utilizada foi criar um Índice de sustentabilidade ambiental por meio de uma abordagem de análise multicritério de apoio à decisão (método MACBETH) que fosse reconhecida devido ao seu rigor e consistência científica e que pudesse ser replicada para qualquer área ou região, desde que respeitadas as suas especificidades (problema, stakeholders, fatos e valores, além de condições edáficas da cultura). 

Conforme Lauro Pereira, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, “os índices têm como objetivo simplificar, quantificar, analisar e comunicar fenômenos complexos que são quantificáveis e torná-los compreensíveis aos vários segmentos da sociedade, representando uma maneira de avaliar a sustentabilidade de culturas agrícolas”. 

Nesta pesquisa e seguindo a tendência de muitos países, a matéria orgânica foi o atributo considerado mais importante pelo método e isto se deve por ser um parâmetro relevante para analisar a qualidade ambiental do solo. 

Uma grande diversidade de indicadores associados à matéria orgânica do solo pode gerar resultados diferentes, dependendo do enfoque e do procedimento usado para a sua caracterização. Isto acontece porque existem muitas possibilidades de isolamento e fracionamento da matéria orgânica do solo, provocando várias interpretações. 

Em áreas degradadas ocorre ruptura do equilíbrio do solo, havendo alterações na estabilização, distribuição e na preservação da matéria orgânica. Por isto, a matéria orgânica é um atributo importante na composição do Índice de Sustentabilidade Ambiental, pois fornece subsídios para o fomento de políticas públicas para a recuperação de solo degradado seja via fertilizantes, integração lavoura-pecuária-floresta, adubação verde (prática agroecológica que pode reduzir ou até eliminar o uso de fertilizantes minerais nitrogenados, baixando os custos de produção) e outras estratégias de uso e manejo agrícola.

Os autores do trabalho apresentado na Conferência da Terra são Sérgio Tôsto, Embrapa Territorial, Elaine Garcia, Unicamp, Lauro Pereira, Embrapa Meio Ambiente e Oscar Sarcinelli, Unicamp.

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