O segundo webinar da etapa de sensibilização do projeto SoilsPlay – o agro entrou no jogo abordou, no dia 15/4, ideias, critérios e pontos relevantes para o desenvolvimento de um game. Os especialistas convidados foram Priscilla Vasconcelos, pesquisadora do Instituto SENAI de inovação, e Igor Arnaldo de Alencar, game designer, professor e consultor na área. O SoilsPlay é um desafio de inovação organizado por Embrapa Solos (RJ), Firjan SENAI e Sistema CNA/Senar, com apoio da Associação Brasileira das Empresas Desenvolvedoras de Jogos Digitais (Abragames) e da Escola Zion, que agrega o agronegócio e a indústria de jogos digitais, duas das maiores cadeias de valor do mundo dos negócios. >> Assista aqui a live completa Um dos primeiros conceitos abordados na live foi o da gamificação, e o que a diferencia dos jogos. “Para resumir de forma técnica, a gamificação é você pegar a mecânica de um determinado jogo e aplicar em algo que não é jogo, como em uma palestra ou uma aula. Um exemplo bem prático é o Duolingo, que é um aplicativo educativo com gamificação”, explicou Igor Arnaldo, que tem vasta experiência como mentor em hackathons nacionais e internacionais na área de games. Ele salientou que a gamificação está sendo muito explorada atualmente, com excelente aceitação do público, e que isso tem uma explicação. “É a cultura do jogar. Quando bebês, até os cinco anos, nós aprendemos tudo com brincadeiras. Nosso início de aprendizagem é sempre cercado por algum tipo de jogo, de ludo, de interação. Temos esse ato de jogar remanescente. E, se isso funcionou quando a gente era criança, não pode funcionar quando somos adolescentes ou adultos? Nós aceitamos isso de uma forma perfeita, em todas as idades.” Os especialistas também abordaram aspectos técnicos necessários para o desenvolvimento de um jogo digital, com dicas para as equipes interessadas em se inscrever no desafio de inovação do SoilsPlay. Priscilla, que é mestre em desenvolvimento de jogos digitais e desenvolvedora há mais de seis anos, resumiu o caminho necessário para a criação de um game e as competências que devem ser exploradas. “O primeiro passo é o desejo de criar um jogo. E, antes de começar, é preciso formar uma equipe com as competências necessárias. O jogo digital, apesar de ser considerado um software, exige muito mais competências para ser realizado do que um software de prateleira, como o Word, por exemplo. É preciso ter um game designer, que é o profissional que vai cuidar da história, das ideias e das mecânicas do jogo. Depois tem o programador, que é quem vai pegar a ideia do jogo e fazer funcionar na tela, quem vai escrever os códigos. Temos também os artistas, de 2D, 3D, de interface de usuário. Os músicos e os responsáveis pelos efeitos sonoros do jogo. E também os testers, que irão testar minuciosamente cada fase do jogo”. A pesquisadora reforçou, ainda, que para cada uma dessas funções existem uma série de ramificações, que podem ter diferentes profissionais especializados. E que não necessariamente a equipe de desenvolvimento precisa ter um profissional específico para cada um desses papeis. Outro aspecto abordado foi o chamado círculo mágico, conceito fundamental para a atratividade de um jogo. “Círculo mágico é tudo aquilo que envolve o jogador a se engajar e permanecer naquele jogo. Alguns podem jogar pelos efeitos sonoros, pela magia dos movimentos, das telas em movimento. São vários argumentos que fazem com que o jogador, ao invés de jogar um minuto, passe várias horas seguidas jogando. O círculo mágico envolve o jogador e faz com que seu rendimento suba continuamente no jogo”, explicou Igor Arnaldo. Em relação à organização das equipes para o desenvolvimento, Priscilla explicou que, após a definição do escopo do jogo, é preciso montar o chamado GDD (Game Design Document), que irá documentar e descrever tudo sobre o game, desde os personagens e as fases, até a escolha das plataformas onde irão rodar (mobile, computador, celular). Na sequência, é preciso escolher uma ferramenta de gerenciamento das tarefas – como Trello, Kanban, Miro ou mesmo colar post it na parede. “Uma dica é dividir essas tarefas em ‘precisa ter’, ‘seria importante ter’ e ‘seria legal ter’, tendo em mente o prazo do projeto e que é preciso calcular os riscos. [A equipe tem que saber] o que é essencial para o jogo, e o que seria uma melhoria, um plus”, complementou. Os participantes da live puderam tirar algumas dúvidas técnicas pelo chat, como questões sobre as mecânicas básicas mais utilizadas nos jogos – score, ranking, level up, barras de progresso, ciclo; ferramentas mais usadas para o desenvolvimento de games, como Unit, Unreal e Construct; importância de conhecer a psicologia das cores para as escolhas mais adequadas etc. Os cinco temas do SoilsPlay Startups e empresas que participarão da chamada pública do SoilsPlay, que será publicada após a etapa de sensibilização, serão desafiadas a apresentar propostas de games que contemplem aspectos técnicos, capacitação e possíveis simulações de cenários para os cinco temas definidos – mercado de carbono, sistemas integrados de produção, serviços ecossistêmicos, recuperação e conservação de solos e experiência do consumidor. >> Baixe documento com descrição completa dos cinco desafios O primeiro webinar foi realizado no último dia 26/3 e ajudou a entender melhor o tema mercado de carbono, com os convidados Daniel Pérez, chefe de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Solos, e Paulo Costa, assessor do diretor do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). O próximo será sobre serviços ecossistêmicos e acontecerá na quinta-feira (22/4), às 18h30, no canal da Embrapa no YouTube. Participam as especialistas Rachel Bardy Prado, pesquisadora da Embrapa Solos, e Natalia Lutti, pesquisadora do Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV. Arte Durante a live de lançamento, moderada por Fabricio De Martino, a artista Milena Pagliacci ilustrou o encontro em tempo real. Confira o resultado: Perfis oficiais Além da página oficial, o SoilsPlay tem perfis no Facebook, Instagram e Twitter. Navegue, interaja e compartilhe as informações sobre o desafio de ideias que une o agronegócio e o mundo dos games. >> http://www.soilsplay.com.br/ >> https://www.facebook.com/soilsplay >> https://www.instagram.com/soilsplay >> https://twitter.com/PlaySoils
O segundo webinar da etapa de sensibilização do projeto SoilsPlay – o agro entrou no jogo abordou, no dia 15/4, ideias, critérios e pontos relevantes para o desenvolvimento de um game. Os especialistas convidados foram Priscilla Vasconcelos, pesquisadora do Instituto SENAI de inovação, e Igor Arnaldo de Alencar, game designer, professor e consultor na área.
O SoilsPlay é um desafio de inovação organizado por Embrapa Solos (RJ), Firjan SENAI e Sistema CNA/Senar, com apoio da Associação Brasileira das Empresas Desenvolvedoras de Jogos Digitais (Abragames) e da Escola Zion, que agrega o agronegócio e a indústria de jogos digitais, duas das maiores cadeias de valor do mundo dos negócios.
>> Assista aqui a live completa
Um dos primeiros conceitos abordados na live foi o da gamificação, e o que a diferencia dos jogos. “Para resumir de forma técnica, a gamificação é você pegar a mecânica de um determinado jogo e aplicar em algo que não é jogo, como em uma palestra ou uma aula. Um exemplo bem prático é o Duolingo, que é um aplicativo educativo com gamificação”, explicou Igor Arnaldo, que tem vasta experiência como mentor em hackathons nacionais e internacionais na área de games.
Ele salientou que a gamificação está sendo muito explorada atualmente, com excelente aceitação do público, e que isso tem uma explicação. “É a cultura do jogar. Quando bebês, até os cinco anos, nós aprendemos tudo com brincadeiras. Nosso início de aprendizagem é sempre cercado por algum tipo de jogo, de ludo, de interação. Temos esse ato de jogar remanescente. E, se isso funcionou quando a gente era criança, não pode funcionar quando somos adolescentes ou adultos? Nós aceitamos isso de uma forma perfeita, em todas as idades.”
Os especialistas também abordaram aspectos técnicos necessários para o desenvolvimento de um jogo digital, com dicas para as equipes interessadas em se inscrever no desafio de inovação do SoilsPlay.
Priscilla, que é mestre em desenvolvimento de jogos digitais e desenvolvedora há mais de seis anos, resumiu o caminho necessário para a criação de um game e as competências que devem ser exploradas. “O primeiro passo é o desejo de criar um jogo. E, antes de começar, é preciso formar uma equipe com as competências necessárias. O jogo digital, apesar de ser considerado um software, exige muito mais competências para ser realizado do que um software de prateleira, como o Word, por exemplo. É preciso ter um game designer, que é o profissional que vai cuidar da história, das ideias e das mecânicas do jogo. Depois tem o programador, que é quem vai pegar a ideia do jogo e fazer funcionar na tela, quem vai escrever os códigos. Temos também os artistas, de 2D, 3D, de interface de usuário. Os músicos e os responsáveis pelos efeitos sonoros do jogo. E também os testers, que irão testar minuciosamente cada fase do jogo”.
A pesquisadora reforçou, ainda, que para cada uma dessas funções existem uma série de ramificações, que podem ter diferentes profissionais especializados. E que não necessariamente a equipe de desenvolvimento precisa ter um profissional específico para cada um desses papeis.
Outro aspecto abordado foi o chamado círculo mágico, conceito fundamental para a atratividade de um jogo. “Círculo mágico é tudo aquilo que envolve o jogador a se engajar e permanecer naquele jogo. Alguns podem jogar pelos efeitos sonoros, pela magia dos movimentos, das telas em movimento. São vários argumentos que fazem com que o jogador, ao invés de jogar um minuto, passe várias horas seguidas jogando. O círculo mágico envolve o jogador e faz com que seu rendimento suba continuamente no jogo”, explicou Igor Arnaldo.
Em relação à organização das equipes para o desenvolvimento, Priscilla explicou que, após a definição do escopo do jogo, é preciso montar o chamado GDD (Game Design Document), que irá documentar e descrever tudo sobre o game, desde os personagens e as fases, até a escolha das plataformas onde irão rodar (mobile, computador, celular). Na sequência, é preciso escolher uma ferramenta de gerenciamento das tarefas – como Trello, Kanban, Miro ou mesmo colar post it na parede. “Uma dica é dividir essas tarefas em ‘precisa ter’, ‘seria importante ter’ e ‘seria legal ter’, tendo em mente o prazo do projeto e que é preciso calcular os riscos. [A equipe tem que saber] o que é essencial para o jogo, e o que seria uma melhoria, um plus”, complementou.
Os participantes da live puderam tirar algumas dúvidas técnicas pelo chat, como questões sobre as mecânicas básicas mais utilizadas nos jogos – score, ranking, level up, barras de progresso, ciclo; ferramentas mais usadas para o desenvolvimento de games, como Unit, Unreal e Construct; importância de conhecer a psicologia das cores para as escolhas mais adequadas etc.
Os cinco temas do SoilsPlay
Startups e empresas que participarão da chamada pública do SoilsPlay, que será publicada após a etapa de sensibilização, serão desafiadas a apresentar propostas de games que contemplem aspectos técnicos, capacitação e possíveis simulações de cenários para os cinco temas definidos – mercado de carbono, sistemas integrados de produção, serviços ecossistêmicos, recuperação e conservação de solos e experiência do consumidor.
>> Baixe documento com descrição completa dos cinco desafios
O primeiro webinar foi realizado no último dia 26/3 e ajudou a entender melhor o tema mercado de carbono, com os convidados Daniel Pérez, chefe de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Solos, e Paulo Costa, assessor do diretor do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
O próximo será sobre serviços ecossistêmicos e acontecerá na quinta-feira (22/4), às 18h30, no canal da Embrapa no YouTube. Participam as especialistas Rachel Bardy Prado, pesquisadora da Embrapa Solos, e Natalia Lutti, pesquisadora do Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV.
Arte
Durante a live de lançamento, moderada por Fabricio De Martino, a artista Milena Pagliacci ilustrou o encontro em tempo real. Confira o resultado:
Perfis oficiais
Além da página oficial, o SoilsPlay tem perfis no Facebook, Instagram e Twitter. Navegue, interaja e compartilhe as informações sobre o desafio de ideias que une o agronegócio e o mundo dos games.
>> http://www.soilsplay.com.br/
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