Notícias

Publicação recomenda práticas para o controle de pragas da mandioca

Agricultores acreanos vão ficar ainda mais informações sobre as principais pragas que atacam a mandiocultura no estado com a publicação “Pragas Associadas à Cultura da Mandioca no Estado do Acre”, lançada recentemente pela Embrapa Acre. O material traz informações sobre o mandarová-da-mandioca, mosca-das-galhas, moscas-brancas, percevejos-de-renda e broca-da-pressa-da-mandioca. Por meio de fotos dos insetos e informações sobre os danos que ocasionam à cultura da mandioca, o agricultor pode reconhecer-se facilmente caso ocorra em sua propriedade. A publicação também apresenta alternativas de monitoramento e de combate simples e práticas como o controle biológico com o baculovirus , controle mecânico e o cultural . O pesquisador da Embrapa Acre, Murilo Fazolin, destaca a importância de seguir as recomendações técnicas em caso de um ataque de pragas e enfatiza a importância das medidas de monitoramento como forma de precaução para evitar grandes infestações nos roçados de mandioca. “Optamos por apresentar alternativas de controle de pragas que garantam a segurança alimentar dos consumidores do produto final da mandioca, como também a saúde dos agricultores. Por isso, incentiva o uso de inseticidas biológicos. Porém, é importante que as medidas de manejo durante um surto sejam adotadas de forma coletiva para que a ação sobre o inseto seja mais eficiente na região ”, acrescenta. Caso o produtor opte por utilizar inseticida químico, os autores alertam aos agricultores que procurem um técnico e sigam como orientações prescritas na bula no momento da aplicação do produto a fim de evitar problemas de uso obsoleto do produto. Monitoramento regular No Juruá, a maior região produtora de farinha do estado do Acre, a Embrapa Acre em parceria com a Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (Sepa) realiza, desde 2010, a difusão de métodos de controle de pragas junto aos produtores de mandioca, a fim de mitigar principalmente os danos causados por surtos do mandarová-da-mandioca. Considerada pelos agricultores uma das pragas mais agressivas nos roçados de mandioca, a sua ocorrência no estado é imprevisível, podendo acontecer a qualquer época do ano, a depender da região de cultivo. Por isso a importância do produtor monitorar regularmente os roçados e possuir informações sobre como deve proceder em caso de um ataque. Um surto severo do mandarová-da-mandioca, sem o controle adequado, pode dizimar um mandiocal em poucos dias. “As lagartas se alimentam de folhas da mandioca de qualquer idade. O desfolhamento, além de enfraquecer todo o sistema da planta, provoca uma maior exposição do solo ao sol e torna o ambiente propício para o aparecimento de plantas invasoras. A praga pode não matar, mas fragiliza e interfere em todo o ciclo produtivo da planta. Ou seja, a lavoura sofre com a praga e com a infestação de plantas daninhas. E quem perde é produtor”, explica o técnico da Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio de Cruzeiro do Sul (AC), Antônio Clebson Cameli Santiago. Nesse sentido, o técnico ressalta a importância do produtor monitorar regularmente as lavouras para que não sejam pegos de surpresa e assim minimizar o desenvolvimento de infestações e gastos desnecessários para o controle. “Com visitas regulares aos roçados, o produtor pode agir no momento certo. Em muitos casos as pragas se desenvolvem em grande velocidade e causam perdas severas. Quando identificada no início de seu ciclo, aumenta a chance de controle e evita o comprometimento da produtividade dos cultivos e possíveis prejuízos econômicos para o produtor. Isso serve para todo o tipo de praga”, explica. De acordo com Fazolin, outra praga descrita na publicação que merece a atenção dos agricultores acreanos são as infestações ocasionadas pelas moscas-brancas. Elas sugam a seiva das folhas da mandioca, mas costumam atacar diversos tipos de cultura. Infelizmente, não há ainda um produto comercial para o controle biológico e, caso ocorra um ataque severo na mandioca, o tratamento recomendado é o uso de inseticida químico”, acrescenta o pesquisador. Inimigos naturais das pragas Outro ponto de destaque da publicação é a importância de conhecer e manter os inimigos naturais dessas pragas próximas aos roçados. Por isso, os autores preconizam o uso de bioinseticidas, como por exemplo, o Baculovirus. A aplicação de inseticidas químicos deve ser feita apenas quando houver uma real necessidade a fim de evitar que os inimigos naturais das pragas também desapareçam com a ação do produto, causando um desequilíbrio ao meio ambiente. “Isso pode ser um dano bem significativo. Você pode resolver o problema da praga mas empobrece a diversidade biológica da região”, alerta Fazolin. O pesquisador também aponta para a necessidade de preservar as áreas de preservação permanente (mata ciliar, reserva legal), como forma de garantir o habitat dos inimigos naturais dessas pragas e a biodiversidade local. “No caso do mandarová, um dos principais inimigos naturais são as vespas que utilizam as lagartas do mandarová para alimentar seus filhotes. Isso pode ajudar a reduzir o equilíbrio da população da mariposa, mas em caso de um surto a ação desses inimigos naturais não é suficiente para o controle da praga. Quem controla de forma mais benéfica e eficaz é o Baculovirus, por se tratar de uma virose que é letal só para a lagarta”, complementa. Confira a publicação A publicação “Pragas Associadas à Cultura da Mandioca no Estado do Acre” , de autoria dos pesquisadores da Embrapa Acre Murilo Fazolin e Rodrigo Souza, e do Técnico Agrícola da Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio, Cruzeiro do Sul, AC, Antonio Clebson Cameli Santiago, está disponível no portal da Embrapa Acre , para acessá-la clique aqui. Para saber mais sobre o acesso do mandarová-da-mandioca: Sete passos para controlar a praga do mandoravá .

Agricultores acreanos vão ficar ainda mais informações sobre as principais pragas que atacam a mandiocultura no estado com a publicação “Pragas Associadas à Cultura da Mandioca no Estado do Acre”, lançada recentemente pela Embrapa Acre. O material traz informações sobre o  mandarová-da-mandioca, mosca-das-galhas, moscas-brancas, percevejos-de-renda e broca-da-pressa-da-mandioca.

Por meio de fotos dos insetos e informações sobre os danos que ocasionam à cultura  da mandioca, o agricultor pode reconhecer-se facilmente caso ocorra em sua propriedade. A publicação  também apresenta alternativas de monitoramento e de combate simples e práticas como o controle biológico com o baculovirus , controle mecânico e o cultural

O pesquisador da Embrapa Acre, Murilo Fazolin, destaca a importância de seguir as recomendações técnicas em caso de um ataque de pragas e enfatiza a importância das medidas de monitoramento como forma de precaução para evitar grandes infestações nos roçados de mandioca.

“Optamos por apresentar alternativas de controle de pragas que garantam a segurança alimentar dos consumidores do produto final da mandioca, como também a saúde dos agricultores. Por isso, incentiva o uso de inseticidas biológicos. Porém, é importante que as medidas de manejo durante um surto sejam adotadas de forma coletiva para que a ação sobre o inseto seja mais eficiente na região ”, acrescenta. 

Caso o produtor opte por utilizar inseticida químico, os autores alertam aos agricultores que procurem um técnico e sigam como orientações prescritas na bula no momento da aplicação do produto a fim de evitar problemas de uso obsoleto do produto.

Monitoramento regular

No Juruá, a maior região produtora de farinha do estado do Acre, a Embrapa Acre em parceria com a  Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (Sepa) realiza, desde 2010, a difusão de métodos de  controle de pragas junto aos produtores de mandioca, a fim de mitigar principalmente os danos causados por surtos do mandarová-da-mandioca. 

Considerada pelos agricultores uma das pragas mais agressivas nos roçados de mandioca, a sua ocorrência no estado é imprevisível, podendo acontecer a qualquer  época do ano, a depender da região de cultivo. Por isso a importância do produtor monitorar regularmente os roçados e possuir informações sobre como deve proceder em caso de um ataque. Um surto severo do mandarová-da-mandioca, sem o controle adequado, pode  dizimar um mandiocal em poucos dias. 

“As lagartas se alimentam de folhas da mandioca de qualquer idade. O desfolhamento, além de enfraquecer todo o sistema da planta,  provoca  uma maior exposição do solo ao sol e torna o ambiente propício para o aparecimento de plantas invasoras. A praga pode não matar, mas fragiliza  e interfere em todo o ciclo produtivo da planta. Ou seja, a lavoura sofre com a praga e com a infestação de plantas daninhas. E quem perde é produtor”, explica o técnico da Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio de Cruzeiro do Sul (AC), Antônio Clebson Cameli Santiago. 

Nesse sentido, o técnico ressalta a importância do produtor monitorar regularmente as lavouras  para que  não sejam pegos de surpresa e assim minimizar o desenvolvimento de infestações e gastos desnecessários para o controle. “Com visitas regulares aos roçados, o produtor pode agir  no momento certo. Em muitos casos as pragas se desenvolvem em grande velocidade e causam perdas severas. Quando identificada no início de seu ciclo, aumenta a chance de controle e evita o comprometimento da produtividade dos cultivos e  possíveis prejuízos econômicos para o produtor. Isso serve para todo o tipo de praga”, explica. 

De acordo com Fazolin, outra praga descrita na publicação que merece a atenção  dos agricultores acreanos são as infestações ocasionadas pelas moscas-brancas. Elas sugam a seiva das folhas da mandioca, mas costumam atacar diversos tipos de cultura. Infelizmente, não há ainda um produto comercial para o controle biológico e, caso ocorra um ataque severo na mandioca, o tratamento recomendado é o uso de inseticida químico”, acrescenta o pesquisador. 

Inimigos naturais das pragas 

Outro ponto de destaque da publicação é a importância de conhecer e manter os inimigos naturais dessas pragas próximas aos roçados. Por isso, os autores preconizam o uso de bioinseticidas, como por exemplo, o Baculovirus. A aplicação de inseticidas químicos deve ser  feita apenas quando houver uma real necessidade a fim de evitar que os inimigos naturais das pragas também desapareçam com a ação do produto, causando  um desequilíbrio ao meio ambiente. “Isso pode ser um dano bem significativo. Você pode resolver o problema da praga mas empobrece a diversidade biológica da região”, alerta Fazolin. 

O pesquisador também aponta para a necessidade de preservar as áreas de preservação permanente (mata ciliar, reserva legal),  como forma de garantir o habitat dos inimigos naturais dessas pragas e a biodiversidade local. “No caso do mandarová, um dos principais inimigos naturais são as vespas que utilizam as lagartas do mandarová para alimentar seus filhotes. Isso pode ajudar a reduzir o equilíbrio da população da mariposa, mas em caso de um surto a ação desses inimigos naturais não é suficiente para o controle da praga. Quem controla de forma mais benéfica  e eficaz é o Baculovirus, por se tratar de uma virose que é letal só para a lagarta”, complementa.

Confira a publicação

A publicação “Pragas Associadas à Cultura da Mandioca no Estado do Acre” , de autoria dos pesquisadores da Embrapa Acre Murilo Fazolin e Rodrigo Souza, e do Técnico Agrícola da Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio, Cruzeiro do Sul, AC, Antonio Clebson Cameli Santiago, está disponível no portal da Embrapa Acre , para acessá-la clique aqui.

Para saber mais sobre o acesso do mandarová-da-mandioca: Sete passos para controlar a praga do mandoravá .  

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *