Com pesquisa e inovação, o cultivo da pimenteira-do-reino no Pará é referência em qualidade para o mundo. O estado é o segundo maior produtor dessa iguaria no Brasil, com 34 mil toneladas em 2018, segundo o IBGE (Produção Agrícola Municipal – PAM, 2019).
Em tempos de pandemia de coronavírus, a produção de uma das maiores exportadoras de pimenta do Brasil, a empresa Tropoc, sediada no município de Castanhal (PA), também teve que se adequar à nova realidade. Com normas rígidas e individualizadas de segurança diária, a empresa conseguiu manter o abastecimento aos mercados nacional e internacional.
A Tropoc, que é parceira da Embrapa Amazônia Oriental, exporta o produto para a Europa e EUA dentro dos mais rigorosos padrões de qualidade. A empresa tem mais de 500 produtores cadastrados de 17 municípios paraenses, que têm a produção 100% rastreada, desde o monitoramento no campo com o uso de boas práticas de cultivo, até o beneficiamento e embarque da pimenta para o mercado internacional.
Pesquisa e inovação – A sustentabilidade no cultivo da pimenteira-do-reino é um dos focos da pesquisa da Embrapa.O uso do tutor vivo de gliricídia (Gliricidia sepium L.) é uma tecnologia em expansão no estado do Pará, que tem a empresa Tropoc como apoiadora. As vantagens do uso dessa planta, que é uma árvore leguminosa nativa da América Central, são inúmeras, tanto econômicas, quanto sociais e ambientais.
O tutor vivo reduz em quase 30% o custo de implantação do pimental, em comparação ao sistema tradicional com o chamado tutor morto (estacas cortadas de madeira), que além de encarecer a produção, tem um grande impacto ambiental.