A Embrapa participa da segunda edição da Anofood Brazil, uma feira de negócios exclusiva para o setor de alimentos e bebidas, de 9 a 11 de março, das 10h às 19h, no São Paulo Expo, em São Paulo. No estande da Embrapa, serão expostas tecnologias desenvolvidas pela Empresa, inclusive através de parcerias com os setores público e privado, e degustação de receitas com produtos desenvolvidos pela Empresa. No dia 9, às 17 horas, o analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro), André Dutra, faz uma palestra sobre o tema “Desenvolvimento de produtos plant-based para bares e restaurantes”. Já no dia 10, das 14h30 às 15h30, o pesquisador Amauri Rosenthal, da mesma Unidade da Embrapa, participa de um debate sobre inovação tecnológica no “Congresso ABIR 70 anos na Anufood”, que vai abordar o setor de bebidas não alcoólicas brasileiras. O chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Fernando Teixeira, afirma que a participação na feira favorece a prospecção de parcerias para projetos conjuntos entre a Embrapa e o setor privado e destaca que a Embrapa conta com uma linha de projetos de inovação aberta denominada Projetos Tipo III. “Neste tipo de projeto, tanto a Embrapa quanto o parceiro privado alocam recursos financeiros e econômicos para o desenvolvimento de ativos que serão lançados no mercado”, explica. As Unidades que participam do evento são: Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro, RJ), Embrapa Instrumentação (São Carlos, SP), Embrapa Acre (Rio Branco, AC), Embrapa Algodão (Campina Grande, PB), Embrapa Hortaliças (Brasília, DF), Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) e Embrapa Meio-Norte (Terezina, PI). As tecnologias, práticas e outras novidades que estarão no estande da Embrapa incluem: – Hambúrguer plant-based desenvolvido pela Embrapa e Sottile Alimentos: Por meio de um projeto de inovação aberta, a Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e a Sottile Alimentos, empresa de Niterói (RJ), desenvolveram o hambúrguer plant-based (à base de plantas) “New Burger” com textura, cor e sabor similares ao hambúrguer de carne bovina. O produto já está à venda em hamburguerias, supermercados e outros estabelecimentos de produtos alimentícios no Rio de Janeiro. Também foram desenvolvidos outros produtos vegetais, entre eles o Siriju, que se assemelha ao bolinho de siri. O trabalho envolveu o tratamento da fibra de caju e os ingredientes que poderiam melhorar as características sensoriais de sabor, aparência e textura dos produtos. – Embalagens articuladas para frutas: Embalagens para manga, morango, mamão e caqui visando facilitar transporte, manuseio e exposição das frutas, além da manutenção da qualidade e extensão da vida útil. As embalagens foram desenvolvidas pela Embrapa Agroindústria de Alimentos, o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e Instituto de Macromoléculas (IMA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) levando-se em consideração o padrão internacional de paletes (suporte usado para organizar grande quantidade de caixas) para transporte e movimentação de cargas nacionais e internacionais. A matéria-prima para produção das embalagens pode contar, ainda, com uma composição de plástico e fibra vegetal, o que torna as embalagens sustentáveis em relação ao meio ambiente. – Nanossensor para rastreabilidade e monitoramento da qualidade de frutas: Um sensor de baixo custo com nanotecnologia e inteligência artificial capaz de rastrear e monitorar o grau de maturação das frutas que amadurecem depois da colheita – chamadas climatéricas – é a novidade desenvolvida por pesquisadores da Embrapa Instrumentação, no âmbito de um projeto de inovação aberta com a Siena Company. Os testes foram feitos com manga, mamão e banana, mas pode der aplicado em várias outras frutas. O sensor colorimétrico Yva (fruta, em tupi-guarani) é similar a uma etiqueta QR Code, o que permite ser analisado por qualquer câmera de celular; é descartável e deverá chegar ao mercado entre 8 e 10 centavos de real por quilo de fruta. A mudança de cor ocorre ao detectar o hormônio ligado à maturação, e é interpretada por meio de um aplicativo de celular que, entre suas funcionalidades, indica quando o fruto deverá estar maduro e adequado para o consumo. Entre as suas aplicações está o rastreamento e o controle de qualidade dos frutos ao longo da cadeia para reduzir perdas. – Ressonância magnética para análise de alimentos: A análise do teor de gordura sólida (SFC), matéria-prima essencial na fabricação de chocolate, margarinas e outros alimentos, por meio da técnica de ressonância magnética nuclear (RMN), será demonstrada pela Embrapa Instrumentação e empresa parceira Fine Instrument Technology (FIT), com tecnologia totalmente nacional, de forma precisa, em segundos e com custo inferior ao equipamento importado. A curva de SFC caracteriza o comportamento da cristalização da gordura e óleo em diferentes temperaturas, o que permite à indústria de alimentos o conhecimento de importantes propriedades físicas e sensoriais, como textura, estrutura, consistência, plasticidade e aparência visual. Com a análise, o fabricante do alimento consegue prever a estabilidade física do produto durante armazenamento e transporte. Além do Brasil, os aparelhos de RMN, com nome comercial de Specfit, já estão em países de três continentes, com diversos tipos de análises de frutas, oleaginosas, entre outros produtos. – Revestimento à base de cera de carnaúba: A nanoemulsão de cera de carnaúba desenvolvida pela Embrapa Instrumentação é uma ferramenta promissora no revestimento de frutos por formar uma barreira contra a perda de umidade, gases e ação antimicrobiana. O composto com nanopartículas preserva a qualidade e prolonga o tempo de vida dos frutos. Desenvolvida com sucesso dentro do conceito de inovação aberta, a nanoemulsão é uma alternativa para reduzir perdas pós-colheita, usando uma matriz de baixo custo, que é a cera de carnaúba. A empresa Tanquímica QGP está licenciada desde o ano passado para fabricar e comercializar a nanoemulsão à base de cera de carnaúba, que já está sendo utilizada por beneficiadoras de laranja no interior paulista. – Farinha de Cruzeiro do Sul: A farinha mais famosa do Acre, conhecida pela denominação Farinha de Cruzeiro do Sul, é produzida nos municípios de Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul, região do Vale do Juruá. Foi o primeiro produto derivado da mandioca com Indicação Geográfica (IG) no mundo. Concedida há dois anos pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi), na modalidade Indicação de Procedência (IP), a IG é uma estratégia para agregar valor à produção regional e para a geração de trabalho e renda no campo. A Embrapa Acre realiza pesquisas sobre a farinha de Cruzeiro do Sul há aproximadamente vinte anos, com publicações referentes à qualidade e às características do alimento. Os resultados desses estudos contribuíram para comprovar o potencial do produto para a Indicação Geográfica e para embasar a produção do dossiê, pelos produtores rurais e Central Juruá, para requerimento do registro junto ao INPI. – Castanha-do-Brasil: A Embrapa Acre desenvolveu e validou boas práticas com o objetivo de melhorar a qualidade da castanha-do-Brasil e garantir a segurança do alimento, o que garante valor agregado ao produto e gera renda ao produtor. Muitos fatores interferem na qualidade da castanha e procedimentos adotados nas etapas de secagem e armazenamento das amêndoas podem determinar como o produto chega ao mercado. – Gergelim: Nova cultivar de gergelim BRS Morena, desenvolvida pela Embrapa Algodão, de película marrom avermelhada. A semente de coloração mais escura é apreciada em diversos mercados mundiais e pode ser direcionada ao mercado gourmet. Também serão apresentadas as cultivares de gergelim BRS Anahí, de película clara, sementes bem maiores que as disponíveis do mercado e adaptação à colheita mecanizada, e a BRS Seda com sementes de coloração branca e sabor mais adocicado. As cultivares possuem teor de óleo de 50 a 52%. – Amendoim: As cultivares de amendoim BRS 421 e BRS 425, também desenvolvidas recentemente pela Embrapa Algodão, se destacam pelo alto teor de ácido oleico, superior a 80%, o que garante maior vida de prateleira e pelas altas produtividades. Ambas possuem sementes de coloração bege. A primeira possui grãos maiores e teor de óleo de 47%. A segunda possui grãos médios e teor de óleo de 48%. Ainda estarão presentes as cultivares BR-1 de coloração vermelha e grãos de tamanho médio, com teor de óleo de 45%, e a BRS Havana de coloração bege, grãos de tamanho médio e teor de óleo de 43%. – Pimentas e tomate: A Embrapa Hortaliças apresenta cultivares com potencial para o consumo fresco ou processado em forma de pastas, geleias, chips ou farinha. Os visitantes do estande poderão conhecer as pimentas BRS Tui, BRS Moema, BRS Juruti, BRS Nandaia e a BRS Mari, assim como os tomates BRS Nagai e BRS Zamir, esse último do tipo grape que se destaca pelo alto teor de licopeno, substância antioxidante que combate os radicais livres no organismo. – Grão-de-bico, mandioquinha-salsa e batata-doce: Para atender a crescente demanda do mercado consumidor por fontes de proteína vegetal, a Embrapa Hortaliças desenvolveu a cultivar de grão-de-bico BRS Aleppo, que tem elevado valor proteico e pode ser consumida em saladas, pastas e farinha em diversos pratos culinários. Entre os tubérculos, as tecnologias expostas são a BRS Acarijó 56, que é a primeira cultivar de mandioquinha-salsa da Embrapa com finalidade industrial e a batata-doce Beauregard que possui polpa de cor alaranjada devido à elevada quantidade de betacaroteno. – Meliponicultura: A Embrapa Meio Ambiente mostra os avanços da meliponicultura e a relevância de se preparar para atender esse mercado que possui várias vertentes. O mel das abelhas nativas brasileiras da tribo Meliponini – sem ferrão – vem ganhando espaço no mundo gastronômico. No Brasil, há cerca de 250 espécies de abelhas-indígenas sociais da tribo Meliponini, que agrupa mais de 40 gêneros diferentes. A jataí (Tetragonisca angustula) é a mais presente no estado de São Paulo e a que produz um mel muito apreciado. Mas o estado possui ainda cerca de 60 espécies diferentes, pouquíssimo conhecidas pela população, muitas delas com grande potencial econômico. – Produção integrada do morango: A Embrapa Meio Ambiente apresenta a Produção Integrada do Morango que tem tido uma maior demanda do mercado. O produto possui maior qualidade e é seguro e livre de contaminação química. A ideia é fazer com que chegue com mais facilidade aos supermercados e pontos de venda, e isso passa necessariamente por uma maior oferta do produto na prateleira. A proposta é promover o equilíbrio da planta, por meio de estrita atenção aos preceitos agronômicos de boas práticas produtivas, considerando o homem e o ambiente, o que se traduz em frutos saudáveis, saborosos e livres de contaminação química. – Produtos à base de feijão-caupi: A mistura para bolo (premix) e os biscoitos que têm como base a farinha de feijão-caupi (feijão-de-corda, feijão fradinho, feijão macassar) serão apresentados pela Embrapa Meio-Norte. Usando a farinha como único ingrediente farináceo foram desenvolvidos bolos, biscoitos e salgadinhos crocantes. Na elaboração desses produtos, a farinha recebe um aquecimento que inativa compostos antinutricionais contidos nos grãos de feijão. Como vantagem, ela contém em torno de 25% de proteínas, que representa um valor 2,5 a 3,5 vezes maior que farinhas tradicionais. É naturalmente isenta de glúten e derivados de leite. Os biscoitos são elaborados à base de farinha armazenada por longo período o que propicia o baixo teor de umidade e favorece a distribuição para locais distantes. Para melhorar a qualidade nutricional dos biscoitos, em parceria com o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), foram desenvolvidos uma formulação e um processo a partir de grãos da cultivar BRS Tumucumaque, biofortificada em ferro e zinco. Comparado a formulações tradicionais à base de farinha de trigo, o biscoito apresenta melhor valor nutricional, principalmente, pelo teor proteico 2,5 vezes maior. Evento Segundo a organização da Feira, são 11 pavilhões internacionais com expositores de países europeus, asiáticos, árabes e latino-americanos, além de expositores independentes de 24 países. O evento segue o modelo da Anuga, a maior feira de alimentos do mundo que acontece em Colônia, na Alemanha. “Estamos honrados com a participação da Embrapa que muito tem contribuído com o avanço tecnológico em produtos e serviços para atender o setor agropecuário do país. Nossa expectativa é que o evento abra novas oportunidades para prospecção de parcerias entre a Embrapa e o setor privado”, afirma o diretor-geral da Koelnmesse Brasil, organizadora da feira, Cassiano Facchinetti. Serviço ANUFOOD Brazil Data: 9 a 11 de março de 2020 Feira: 10h às 19h Local: São Paulo Expo Endereço: Rodovia dos Imigrantes Km 1,5 – Vila Água Funda, São Paulo – SP Site do evento: https://www.anufoodbrazil.com.br/
A Embrapa participa da segunda edição da Anofood Brazil, uma feira de negócios exclusiva para o setor de alimentos e bebidas, de 9 a 11 de março, das 10h às 19h, no São Paulo Expo, em São Paulo. No estande da Embrapa, serão expostas tecnologias desenvolvidas pela Empresa, inclusive através de parcerias com os setores público e privado, e degustação de receitas com produtos desenvolvidos pela Empresa.
No dia 9, às 17 horas, o analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro), André Dutra, faz uma palestra sobre o tema “Desenvolvimento de produtos plant-based para bares e restaurantes”. Já no dia 10, das 14h30 às 15h30, o pesquisador Amauri Rosenthal, da mesma Unidade da Embrapa, participa de um debate sobre inovação tecnológica no “Congresso ABIR 70 anos na Anufood”, que vai abordar o setor de bebidas não alcoólicas brasileiras.
O chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Fernando Teixeira, afirma que a participação na feira favorece a prospecção de parcerias para projetos conjuntos entre a Embrapa e o setor privado e destaca que a Embrapa conta com uma linha de projetos de inovação aberta denominada Projetos Tipo III. “Neste tipo de projeto, tanto a Embrapa quanto o parceiro privado alocam recursos financeiros e econômicos para o desenvolvimento de ativos que serão lançados no mercado”, explica.
As Unidades que participam do evento são: Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro, RJ), Embrapa Instrumentação (São Carlos, SP), Embrapa Acre (Rio Branco, AC), Embrapa Algodão (Campina Grande, PB), Embrapa Hortaliças (Brasília, DF), Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) e Embrapa Meio-Norte (Terezina, PI). As tecnologias, práticas e outras novidades que estarão no estande da Embrapa incluem:
– Hambúrguer plant-based desenvolvido pela Embrapa e Sottile Alimentos: Por meio de um projeto de inovação aberta, a Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e a Sottile Alimentos, empresa de Niterói (RJ), desenvolveram o hambúrguer plant-based (à base de plantas) “New Burger” com textura, cor e sabor similares ao hambúrguer de carne bovina. O produto já está à venda em hamburguerias, supermercados e outros estabelecimentos de produtos alimentícios no Rio de Janeiro. Também foram desenvolvidos outros produtos vegetais, entre eles o Siriju, que se assemelha ao bolinho de siri. O trabalho envolveu o tratamento da fibra de caju e os ingredientes que poderiam melhorar as características sensoriais de sabor, aparência e textura dos produtos.
– Embalagens articuladas para frutas: Embalagens para manga, morango, mamão e caqui visando facilitar transporte, manuseio e exposição das frutas, além da manutenção da qualidade e extensão da vida útil. As embalagens foram desenvolvidas pela Embrapa Agroindústria de Alimentos, o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e Instituto de Macromoléculas (IMA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) levando-se em consideração o padrão internacional de paletes (suporte usado para organizar grande quantidade de caixas) para transporte e movimentação de cargas nacionais e internacionais. A matéria-prima para produção das embalagens pode contar, ainda, com uma composição de plástico e fibra vegetal, o que torna as embalagens sustentáveis em relação ao meio ambiente.
– Nanossensor para rastreabilidade e monitoramento da qualidade de frutas: Um sensor de baixo custo com nanotecnologia e inteligência artificial capaz de rastrear e monitorar o grau de maturação das frutas que amadurecem depois da colheita – chamadas climatéricas – é a novidade desenvolvida por pesquisadores da Embrapa Instrumentação, no âmbito de um projeto de inovação aberta com a Siena Company. Os testes foram feitos com manga, mamão e banana, mas pode der aplicado em várias outras frutas. O sensor colorimétrico Yva (fruta, em tupi-guarani) é similar a uma etiqueta QR Code, o que permite ser analisado por qualquer câmera de celular; é descartável e deverá chegar ao mercado entre 8 e 10 centavos de real por quilo de fruta. A mudança de cor ocorre ao detectar o hormônio ligado à maturação, e é interpretada por meio de um aplicativo de celular que, entre suas funcionalidades, indica quando o fruto deverá estar maduro e adequado para o consumo. Entre as suas aplicações está o rastreamento e o controle de qualidade dos frutos ao longo da cadeia para reduzir perdas.
– Ressonância magnética para análise de alimentos: A análise do teor de gordura sólida (SFC), matéria-prima essencial na fabricação de chocolate, margarinas e outros alimentos, por meio da técnica de ressonância magnética nuclear (RMN), será demonstrada pela Embrapa Instrumentação e empresa parceira Fine Instrument Technology (FIT), com tecnologia totalmente nacional, de forma precisa, em segundos e com custo inferior ao equipamento importado. A curva de SFC caracteriza o comportamento da cristalização da gordura e óleo em diferentes temperaturas, o que permite à indústria de alimentos o conhecimento de importantes propriedades físicas e sensoriais, como textura, estrutura, consistência, plasticidade e aparência visual. Com a análise, o fabricante do alimento consegue prever a estabilidade física do produto durante armazenamento e transporte. Além do Brasil, os aparelhos de RMN, com nome comercial de Specfit, já estão em países de três continentes, com diversos tipos de análises de frutas, oleaginosas, entre outros produtos.
– Revestimento à base de cera de carnaúba: A nanoemulsão de cera de carnaúba desenvolvida pela Embrapa Instrumentação é uma ferramenta promissora no revestimento de frutos por formar uma barreira contra a perda de umidade, gases e ação antimicrobiana. O composto com nanopartículas preserva a qualidade e prolonga o tempo de vida dos frutos. Desenvolvida com sucesso dentro do conceito de inovação aberta, a nanoemulsão é uma alternativa para reduzir perdas pós-colheita, usando uma matriz de baixo custo, que é a cera de carnaúba. A empresa Tanquímica QGP está licenciada desde o ano passado para fabricar e comercializar a nanoemulsão à base de cera de carnaúba, que já está sendo utilizada por beneficiadoras de laranja no interior paulista.
– Farinha de Cruzeiro do Sul: A farinha mais famosa do Acre, conhecida pela denominação Farinha de Cruzeiro do Sul, é produzida nos municípios de Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul, região do Vale do Juruá. Foi o primeiro produto derivado da mandioca com Indicação Geográfica (IG) no mundo. Concedida há dois anos pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi), na modalidade Indicação de Procedência (IP), a IG é uma estratégia para agregar valor à produção regional e para a geração de trabalho e renda no campo. A Embrapa Acre realiza pesquisas sobre a farinha de Cruzeiro do Sul há aproximadamente vinte anos, com publicações referentes à qualidade e às características do alimento. Os resultados desses estudos contribuíram para comprovar o potencial do produto para a Indicação Geográfica e para embasar a produção do dossiê, pelos produtores rurais e Central Juruá, para requerimento do registro junto ao INPI.
– Castanha-do-Brasil: A Embrapa Acre desenvolveu e validou boas práticas com o objetivo de melhorar a qualidade da castanha-do-Brasil e garantir a segurança do alimento, o que garante valor agregado ao produto e gera renda ao produtor. Muitos fatores interferem na qualidade da castanha e procedimentos adotados nas etapas de secagem e armazenamento das amêndoas podem determinar como o produto chega ao mercado.
– Gergelim: Nova cultivar de gergelim BRS Morena, desenvolvida pela Embrapa Algodão, de película marrom avermelhada. A semente de coloração mais escura é apreciada em diversos mercados mundiais e pode ser direcionada ao mercado gourmet. Também serão apresentadas as cultivares de gergelim BRS Anahí, de película clara, sementes bem maiores que as disponíveis do mercado e adaptação à colheita mecanizada, e a BRS Seda com sementes de coloração branca e sabor mais adocicado. As cultivares possuem teor de óleo de 50 a 52%.
– Amendoim: As cultivares de amendoim BRS 421 e BRS 425, também desenvolvidas recentemente pela Embrapa Algodão, se destacam pelo alto teor de ácido oleico, superior a 80%, o que garante maior vida de prateleira e pelas altas produtividades. Ambas possuem sementes de coloração bege. A primeira possui grãos maiores e teor de óleo de 47%. A segunda possui grãos médios e teor de óleo de 48%. Ainda estarão presentes as cultivares BR-1 de coloração vermelha e grãos de tamanho médio, com teor de óleo de 45%, e a BRS Havana de coloração bege, grãos de tamanho médio e teor de óleo de 43%.
– Pimentas e tomate: A Embrapa Hortaliças apresenta cultivares com potencial para o consumo fresco ou processado em forma de pastas, geleias, chips ou farinha. Os visitantes do estande poderão conhecer as pimentas BRS Tui, BRS Moema, BRS Juruti, BRS Nandaia e a BRS Mari, assim como os tomates BRS Nagai e BRS Zamir, esse último do tipo grape que se destaca pelo alto teor de licopeno, substância antioxidante que combate os radicais livres no organismo.
– Grão-de-bico, mandioquinha-salsa e batata-doce: Para atender a crescente demanda do mercado consumidor por fontes de proteína vegetal, a Embrapa Hortaliças desenvolveu a cultivar de grão-de-bico BRS Aleppo, que tem elevado valor proteico e pode ser consumida em saladas, pastas e farinha em diversos pratos culinários. Entre os tubérculos, as tecnologias expostas são a BRS Acarijó 56, que é a primeira cultivar de mandioquinha-salsa da Embrapa com finalidade industrial e a batata-doce Beauregard que possui polpa de cor alaranjada devido à elevada quantidade de betacaroteno.
– Meliponicultura: A Embrapa Meio Ambiente mostra os avanços da meliponicultura e a relevância de se preparar para atender esse mercado que possui várias vertentes. O mel das abelhas nativas brasileiras da tribo Meliponini – sem ferrão – vem ganhando espaço no mundo gastronômico. No Brasil, há cerca de 250 espécies de abelhas-indígenas sociais da tribo Meliponini, que agrupa mais de 40 gêneros diferentes. A jataí (Tetragonisca angustula) é a mais presente no estado de São Paulo e a que produz um mel muito apreciado. Mas o estado possui ainda cerca de 60 espécies diferentes, pouquíssimo conhecidas pela população, muitas delas com grande potencial econômico.
– Produção integrada do morango: A Embrapa Meio Ambiente apresenta a Produção Integrada do Morango que tem tido uma maior demanda do mercado. O produto possui maior qualidade e é seguro e livre de contaminação química. A ideia é fazer com que chegue com mais facilidade aos supermercados e pontos de venda, e isso passa necessariamente por uma maior oferta do produto na prateleira. A proposta é promover o equilíbrio da planta, por meio de estrita atenção aos preceitos agronômicos de boas práticas produtivas, considerando o homem e o ambiente, o que se traduz em frutos saudáveis, saborosos e livres de contaminação química.
– Produtos à base de feijão-caupi: A mistura para bolo (premix) e os biscoitos que têm como base a farinha de feijão-caupi (feijão-de-corda, feijão fradinho, feijão macassar) serão apresentados pela Embrapa Meio-Norte. Usando a farinha como único ingrediente farináceo foram desenvolvidos bolos, biscoitos e salgadinhos crocantes. Na elaboração desses produtos, a farinha recebe um aquecimento que inativa compostos antinutricionais contidos nos grãos de feijão. Como vantagem, ela contém em torno de 25% de proteínas, que representa um valor 2,5 a 3,5 vezes maior que farinhas tradicionais. É naturalmente isenta de glúten e derivados de leite. Os biscoitos são elaborados à base de farinha armazenada por longo período o que propicia o baixo teor de umidade e favorece a distribuição para locais distantes. Para melhorar a qualidade nutricional dos biscoitos, em parceria com o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), foram desenvolvidos uma formulação e um processo a partir de grãos da cultivar BRS Tumucumaque, biofortificada em ferro e zinco. Comparado a formulações tradicionais à base de farinha de trigo, o biscoito apresenta melhor valor nutricional, principalmente, pelo teor proteico 2,5 vezes maior.
Evento
Segundo a organização da Feira, são 11 pavilhões internacionais com expositores de países europeus, asiáticos, árabes e latino-americanos, além de expositores independentes de 24 países. O evento segue o modelo da Anuga, a maior feira de alimentos do mundo que acontece em Colônia, na Alemanha.
“Estamos honrados com a participação da Embrapa que muito tem contribuído com o avanço tecnológico em produtos e serviços para atender o setor agropecuário do país. Nossa expectativa é que o evento abra novas oportunidades para prospecção de parcerias entre a Embrapa e o setor privado”, afirma o diretor-geral da Koelnmesse Brasil, organizadora da feira, Cassiano Facchinetti.
Serviço
ANUFOOD Brazil
Data: 9 a 11 de março de 2020
Feira: 10h às 19h
Local: São Paulo Expo
Endereço: Rodovia dos Imigrantes Km 1,5 – Vila Água Funda, São Paulo – SP
Site do evento: https://www.anufoodbrazil.com.br/
Kadijah Suleiman (MTb 22.729/RJ)
Embrapa Agroindústria de Alimentos
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Telefone: 21 3622-9673
Colaboração: Edilson Fragalle e Joana Silva Embrapa Instrumentação
Embrapa Agroindústria de Alimentos
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