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Embrapa alerta para previsão de geada em junho de 2020

A Embrapa Agropecuária Oeste, através do seu sistema de previsão de geada, alerta que existe alta probabilidade de ocorrer geada no mês de junho de 2020, em municípios da região sul de Mato Grosso do Sul. Segundo a Embrapa Agropecuária Oeste, a probabilidade de ocorrer ao menos uma geada é de 96%. Além disso, existe 74% de probabilidade de que essa geada seja classificada como forte, ou seja, ocorra em condições de temperatura abaixo de 1ºC (veja imagem abaixo). Showtec 2020 – Durante o Showtec 2020, a previsão de ocorrência de geada na safrinha 2020 no Sul do MS, será tema de uma das palestras que serão apresentadas no stand da Embrapa, no espaço ‘Agricultura Movida à Ciência’. A palestra será proferida pelo pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Danilton Luiz Flumignan, na quinta-feira, 23 de janeiro, das 9hs às 10hs, quando ele vai apresentar detalhes sobre o assunto. Além disso, o pesquisador também estará disponível para esclarecer dúvidas e conversar sobre o tema, ao longo dos três dias do evento, no espaço “Clínica Tecnológica” também presente no stand da Embrapa no Showtec 2020. Como é o método O sistema usa dados de chuva medidos na estação agrometeorológica Guia Clima da Embrapa Agropecuária Oeste, localizada em Dourados (MS), e da temperatura da superfície do mar fornecidos pela agência americana National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA). Com índice de confiança de 95%, o sistema é capaz de prever em dezembro, e com uma margem de erro conhecida de ±2,3ºC, qual a temperatura mínima deverá ocorrer em junho, no sul do Mato Grosso do Sul. Baseando-se nessa temperatura prevista e na escala da Tabela 1 (acima), é possível prever se ocorrerá a geada e com qual intensidade. Como as geadas representam um fator de risco à produtividade no campo, a Embrapa Agropecuária Oeste vem analisando alguns métodos de previsão. Dados históricos O Guia Clima da Embrapa Agropecuária Oeste mantém informações organizadas dos últimos 40 anos do município de Dourados. A série histórica mostra que 25,4% das geadas na região ocorreram em junho. “Dessas, a maioria, 77,8%, foram de intensidade média ou forte, provocando danos às lavouras e prejuízos aos produtores”, conta Flumignan. Desde 1979, em junho, ocorreram geadas em 21 anos, totalizando 38 episódios. Em outros meses, os riscos de geadas não chegam a preocupar os produtores de milho safrinha. É o caso de julho que, apesar apresentar geadas mais frequentes (51% dos registros), é uma época em que as lavouras estão em fase final de ciclo ou já foram colhidas, o que reduz potencial de dano. Em maio, por sua vez, as geadas são raras (4% dos registros) e, quando ocorrem, costumam apresentar intensidade fraca. Protegendo o milho safrinha O milho de segunda safra é a principal cultura de inverno de Mato Grosso do Sul. Em 2018, foram cultivados no estado cerca de 1,7 milhão de hectares de milho safrinha. Aproximadamente 70% dessas lavouras estavam na região sul de Mato Grosso do Sul. O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) estabelece que, nessa região, o milho safrinha deve ser semeado até 10 de março a fim de minimizar os riscos de perdas nas lavouras. O engenheiro agrônomo da Embrapa Gessi Ceccon, especialista em cultivo de milho safrinha, explica que existem três tipos de ciclos de híbridos de milho: superprecoce, precoce e normal. No caso de lavouras com híbridos de milho superprecoce, a geada em junho não causa prejuízos porque o milho já terá formado grãos, prontos para colheita. “Entretanto, para os de ciclo precoce e normal, a geada em junho acarreta menor enchimento dos grãos e, consequentemente, menor produtividade”, destaca Ceccon. De uma maneira geral, o analista salienta que é muito difícil prever os potenciais danos que a geada pode causar ao milho, caso ela ocorra em junho. “Muitas variáveis estão envolvidas, como relevo da propriedade, época de plantio e ciclo do híbrido. Porém, de maneira geral, é possível afirmar que ainda que a geada ocorra em junho e que venha a ser forte, não haverá uma perda completa da lavoura, pois o milho safrinha é semeado de forma escalonada nas propriedades rurais de Mato Grosso do Sul, ou seja, ocorre gradativamente conforme vai sendo realizada a colheita da soja”, acrescenta. Ele chama atenção para a amplitude do prejuízo em situações específicas. “No caso de ocorrer uma geada forte, em uma lavoura localizada em uma baixada, com um hibrido de ciclo normal, a perda certamente será grande.” Ele frisa que mesmo ocorrendo perdas severas na plantação, o cereal pode ser colhido e fornecido como alimento para os animais, pois é uma rica fonte de energia. Dessa forma, é possível minimizar os prejuízos.

A Embrapa Agropecuária Oeste, através do seu sistema de previsão de geada, alerta que existe alta probabilidade de ocorrer geada no mês de junho de 2020, em municípios da região sul de Mato Grosso do Sul. Segundo a Embrapa Agropecuária Oeste, a probabilidade de ocorrer ao menos uma geada é de 96%. Além disso, existe 74% de probabilidade de que essa geada seja classificada como forte, ou seja, ocorra em condições de temperatura abaixo de 1ºC (veja imagem abaixo).

Showtec 2020 – Durante o Showtec 2020, a previsão de ocorrência de geada na safrinha 2020 no Sul do MS, será tema de uma das palestras que serão apresentadas no stand da Embrapa, no espaço ‘Agricultura Movida à Ciência’. A palestra será proferida pelo pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Danilton Luiz Flumignan, na quinta-feira, 23 de janeiro, das 9hs às 10hs, quando ele vai apresentar detalhes sobre o assunto. Além disso, o pesquisador também estará disponível para esclarecer dúvidas e conversar sobre o tema, ao longo dos três dias do evento, no espaço “Clínica Tecnológica” também presente no stand da Embrapa no Showtec 2020.  

Como é o método

O sistema usa dados de chuva medidos na estação agrometeorológica Guia Clima da Embrapa Agropecuária Oeste, localizada em Dourados (MS), e da temperatura da superfície do mar fornecidos pela agência americana National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA).

Com índice de confiança de 95%, o sistema é capaz de prever em dezembro, e com uma margem de erro conhecida de ±2,3ºC, qual a temperatura mínima deverá ocorrer em junho, no sul do Mato Grosso do Sul. Baseando-se nessa temperatura prevista e na escala da Tabela 1 (acima), é possível prever se ocorrerá a geada e com qual intensidade.

 

Como as geadas representam um fator de risco à produtividade no campo, a Embrapa Agropecuária Oeste vem analisando alguns métodos de previsão.

Dados históricos

O Guia Clima da Embrapa Agropecuária Oeste mantém informações organizadas dos últimos 40 anos do município de Dourados. A série histórica mostra que 25,4% das geadas na região ocorreram em junho. “Dessas, a maioria, 77,8%, foram de intensidade média ou forte, provocando danos às lavouras e prejuízos aos produtores”, conta Flumignan. Desde 1979, em junho, ocorreram geadas em 21 anos, totalizando 38 episódios.

Em outros meses, os riscos de geadas não chegam a preocupar os produtores de milho safrinha. É o caso de julho que, apesar apresentar geadas mais frequentes (51% dos registros), é uma época em que as lavouras estão em fase final de ciclo ou já foram colhidas, o que reduz potencial de dano. Em maio, por sua vez, as geadas são raras (4% dos registros) e, quando ocorrem, costumam apresentar intensidade fraca.

Protegendo o milho safrinha

O milho de segunda safra é a principal cultura de inverno de Mato Grosso do Sul. Em 2018, foram cultivados no estado cerca de 1,7 milhão de hectares de milho safrinha. Aproximadamente 70% dessas lavouras estavam na região sul de Mato Grosso do Sul.

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) estabelece que, nessa região, o milho safrinha deve ser semeado até 10 de março a fim de minimizar os riscos de perdas nas lavouras.

O engenheiro agrônomo da Embrapa Gessi Ceccon, especialista em cultivo de milho safrinha, explica que existem três tipos de ciclos de híbridos de milho: superprecoce, precoce e normal. No caso de lavouras com híbridos de milho superprecoce, a geada em junho não causa prejuízos porque o milho já terá formado grãos, prontos para colheita. “Entretanto, para os de ciclo precoce e normal, a geada em junho acarreta menor enchimento dos grãos e, consequentemente, menor produtividade”, destaca Ceccon.

De uma maneira geral, o analista salienta que é muito difícil prever os potenciais danos que a geada pode causar ao milho, caso ela ocorra em junho. “Muitas variáveis estão envolvidas, como relevo da propriedade, época de plantio e ciclo do híbrido. Porém, de maneira geral, é possível afirmar que ainda que a geada ocorra em junho e que venha a ser forte, não haverá uma perda completa da lavoura, pois o milho safrinha é semeado de forma escalonada nas propriedades rurais de Mato Grosso do Sul, ou seja, ocorre gradativamente conforme vai sendo realizada a colheita da soja”, acrescenta.

Ele chama atenção para a amplitude do prejuízo em situações específicas. “No caso de ocorrer uma geada forte, em uma lavoura localizada em uma baixada, com um hibrido de ciclo normal, a perda certamente será grande.” Ele frisa que mesmo ocorrendo perdas severas na plantação, o cereal pode ser colhido e fornecido como alimento para os animais, pois é uma rica fonte de energia. Dessa forma, é possível minimizar os prejuízos.

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