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Dia de campo apresenta a BRS Pai d’Égua aos produtores paraenses

Os agricultores paraenses vão conhecer a BRS Pai d’Égua, a nova cultivar de açaizeiro (Euterpe oleracea) irrigado para terra firme da Embrapa, nesta terça-feira (03), em um dia de campo no município de Tomé-Açu, na região Nordeste Paraense. O evento, que é aberto ao público, vai reunir técnicos e produtores no campo experimental da instituição a partir das 9h30. Um dos maiores diferenciais da nova cultivar é a distribuição bem equilibrada da produção anual. A BRS Pai d’Égua produz 46% no período da entressafra (de janeiro a junho) e 54% na safra (de julho a dezembro). De acordo com o engenheiro agrônomo, João Tomé de Farias Neto, pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, trata-se de uma mudança drástica na produção anual desse fruto. “A safra do açaí concentra 80% da produção anual. Na entressafra há redução da oferta de açaí o que faz o seu preço aumentar”, destaca o especialista. Outro ponto forte desse açaizeiro é a maior produtividade, chegando a 12 toneladas ao ano por hectare, enquanto o açaí manejado de várzea e o cultivado em terra-firme sem irrigação produzem cerca de cinco toneladas anuais por hectare. Além de tudo isso, seus frutos menores rendem 30% mais polpa que os materiais tradicionais. Destaca-se também a produção precoce. A primeira colheita se dá aos três anos e meio, enquanto os materiais tradicionais iniciam no quinto ano. Portanto, ele traz retorno financeiro mais rápido ao agricultor. Açaí em terra firme O açaizeiro é uma espécie nativa das áreas de várzea, mas o seu plantio em terra firme vem conquistando o mercado. “Para ampliar a produção e aumentar a oferta de frutos tanto no mercado interno quanto externo é preciso que o açaí migre para a terra firme”, afirma João Tomé. O estado do Pará produziu em 2018, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1,4 milhão de toneladas do fruto, em uma área de quase 200 mil hectares. Esse total envolve o manejo de áreas de várzea e os plantios de terra-firme. Somente na economia paraense, o produto movimentou cerca de três bilhões de reais em 2018. O cientista explica que a suplementação hídrica (irrigação) e a adubação são fundamentais para que a BRS Pai d’Égua produza o ano inteiro, mas alguns passos importantes devem ser observados. “O primeiro passo é a análise do solo. É essa análise que vai indicar as quantidades de adubo e água que o plantio requer”, explica Farias Neto. Nas áreas estudadas na região nordeste paraense, a irrigação diária por microaspersão deve ser concentrada em quatro meses no ano durante o período de estiagem, agosto a novembro ou setembro a dezembro, a depender da ocorrência de fenômenos climáticos. Para essa região, a pesquisa indica pelo menos 40 litros de água por touceira por dia no primeiro ano. A recomendação no segundo ano é 60 litros diários de água por touceira. E a partir do terceiro ano, quando a palmeira começa a florescer e produzir frutos, é necessário aumentar substancialmente a oferta de água, para 120 litros por touceira a cada dia. Acesse nesta reportagem as publicações técnicas sobre a nova cultivar de açaizeiro: Publicações da Embrapa destacam as vantagens do açaí BRS Pai d’Égua Custo de produção O custo total de implantação de um hectare de açaizeiro irrigado em terra-firme, considerando a estrutura de viveiros, maquinário, encargos sociais, sistema de irrigação, operações mecanizadas e manuais, sementes, entre outros itens, está em torno de 11 mil reais. Esse cálculo, segundo o pesquisador da Embrapa Alfredo Homma, se baseia em um plantio de 16 hectares localizado no município de Igarapé-Açu. O espaçamento adotado foi de 5m x 5m, totalizando 400 touceiras, com três a quatro estipes por touceira. Nos materiais tradicionalmente utilizados no campo, a colheita comercial se inicia a partir do quinto ano, mas é somente a partir do nono ano de cultivo que o produtor começa a obter lucro com a atividade. “Nesse ponto, ele pagou os custos iniciais de implantação e manutenção do cultivo e o custo do capital até aquele período”, explica o pesquisador. Como a BRS Pai d’Égua inicia a frutificação aos três anos e meio, a estimativa é que esse retorno financeiro seja antecipado ao produtor. Onde encontrar a BRS Pai d’Égua O agrônomo João Tomé de Farias Neto chama a atenção para a necessidade de o produtor adquirir sementes registradas. “Somente as sementes de qualidade e a adoção das recomendações técnicas garantem que o plantio atingirá toda a sua potencialidade”, afirma. As sementes da BRS Pai d’Égua já estão sendo comercializadas pela empresa Amazonflora, que foi licenciada pela Embrapa. O campo de produção dessas sementes está localizado no município de Tomé-Açu.

Os agricultores paraenses vão conhecer a BRS Pai d’Égua, a nova cultivar de açaizeiro (Euterpe oleracea) irrigado para terra firme da Embrapa, nesta terça-feira (03), em um dia de campo no município de Tomé-Açu, na região Nordeste Paraense. O evento, que é aberto ao público, vai reunir técnicos e produtores no campo experimental da instituição a partir das 9h30.

Um dos maiores diferenciais da nova cultivar é a distribuição bem equilibrada da produção anual. A BRS Pai d’Égua produz 46% no período da entressafra (de janeiro a junho) e 54% na safra (de julho a dezembro). De acordo com o engenheiro agrônomo, João Tomé de Farias Neto, pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, trata-se de uma mudança drástica na produção anual desse fruto. “A safra do açaí concentra 80% da produção anual. Na entressafra há redução da oferta de açaí o que faz o seu preço aumentar”, destaca o especialista.

Outro ponto forte desse açaizeiro é a maior produtividade, chegando a 12 toneladas ao ano por hectare, enquanto o açaí manejado de várzea e o cultivado em terra-firme sem irrigação produzem cerca de cinco toneladas anuais por hectare. Além de tudo isso, seus frutos menores rendem 30% mais polpa que os materiais tradicionais. Destaca-se também a produção precoce. A primeira colheita se dá aos três anos e meio, enquanto os materiais tradicionais iniciam no quinto ano. Portanto, ele traz retorno financeiro mais rápido ao agricultor.

Açaí em terra firme

O açaizeiro é uma espécie nativa das áreas de várzea, mas o seu plantio em terra firme vem conquistando o mercado. “Para ampliar a produção e aumentar a oferta de frutos tanto no mercado interno quanto externo é preciso que o açaí migre para a terra firme”, afirma João Tomé.

O estado do Pará produziu em 2018, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1,4 milhão de toneladas do fruto, em uma área de quase 200 mil hectares. Esse total envolve o manejo de áreas de várzea e os plantios de terra-firme. Somente na economia paraense, o produto movimentou cerca de três bilhões de reais em 2018.

O cientista explica que a suplementação hídrica (irrigação) e a adubação são fundamentais para que a BRS Pai d’Égua produza o ano inteiro, mas alguns passos importantes devem ser observados. “O primeiro passo é a análise do solo. É essa análise que vai indicar as quantidades de adubo e água que o plantio requer”, explica Farias Neto.

Nas áreas estudadas na região nordeste paraense, a irrigação diária por microaspersão deve ser concentrada em quatro meses no ano durante o período de estiagem, agosto a novembro ou setembro a dezembro, a depender da ocorrência de fenômenos climáticos. Para essa região, a pesquisa indica pelo menos 40 litros de água por touceira por dia no primeiro ano. A recomendação no segundo ano é 60 litros diários de água por touceira. E a partir do terceiro ano, quando a palmeira começa a florescer e produzir frutos, é necessário aumentar substancialmente a oferta de água, para 120 litros por touceira a cada dia.

Acesse nesta reportagem as publicações técnicas sobre a nova cultivar de açaizeiro:

Publicações da Embrapa destacam as vantagens do açaí BRS Pai d’Égua

Custo de produção

O custo total de implantação de um hectare de açaizeiro irrigado em terra-firme, considerando a estrutura de viveiros, maquinário, encargos sociais, sistema de irrigação, operações mecanizadas e manuais, sementes, entre outros itens, está em torno de 11 mil reais. Esse cálculo, segundo o pesquisador da Embrapa Alfredo Homma, se baseia em um plantio de 16 hectares localizado no município de Igarapé-Açu. O espaçamento adotado foi de 5m x 5m, totalizando 400 touceiras, com três a quatro estipes por touceira.

Nos materiais tradicionalmente utilizados no campo, a colheita comercial se inicia a partir do quinto ano, mas é somente a partir do nono ano de cultivo que o produtor começa a obter lucro com a atividade. “Nesse ponto, ele pagou os custos iniciais de implantação e manutenção do cultivo e o custo do capital até aquele período”, explica o pesquisador. Como a BRS Pai d’Égua inicia a frutificação aos três anos e meio, a estimativa é que esse retorno financeiro seja antecipado ao produtor.

Onde encontrar a BRS Pai d’Égua

O agrônomo João Tomé de Farias Neto chama a atenção para a necessidade de o produtor adquirir sementes registradas. “Somente as sementes de qualidade e a adoção das recomendações técnicas garantem que o plantio atingirá toda a sua potencialidade”, afirma.

As sementes da BRS Pai d’Égua já estão sendo comercializadas pela empresa Amazonflora, que foi licenciada pela Embrapa. O campo de produção dessas sementes está localizado no município de Tomé-Açu.

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