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Coleta seletiva, legislação e conscientização são pontos-chave para reduzir impactos ambientais e avançar na reciclagem do lixo

A população mundial pode chegar a 10 bilhões até 2075, aumentando a pressão sobre os recursos naturais. O Brasil produz 90 milhões de toneladas de lixo por ano, mas recicla apenas 4% dos resíduos. O país ainda tem 3 mil lixões ativos, com metas adiadas para substituição por aterros sanitários. A bitributação e a falta de infraestrutura são entraves para avançar na economia circular. Especialistas defendem investimentos em reciclagem, educação ambiental e gestão eficiente de resíduos. O crescimento acelerado da população mundial, que pode atingir 10 bilhões de habitantes até 2075, intensifica o desafio da gestão de resíduos sólidos e pressiona os recursos naturais. No Brasil, o problema é ainda mais crítico: o país produz cerca de 90 milhões de toneladas de lixo por ano, mas apenas 4% são reciclados, muito abaixo dos índices de países europeus e asiáticos. Segundo Laerte Scanavacca Júnior, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, 41,6% do lixo produzido no Brasil sequer é coletado, agravando problemas ambientais e de saúde pública. Dos resíduos recolhidos, apenas 13,8% têm destinação correta em aterros sanitários. Além disso, o Brasil ainda possui cerca de 3 mil lixões ativos, apesar das metas repetidamente adiadas para sua substituição. A previsão atual é que todos sejam desativados até 2029. O descarte inadequado gera custos elevados: estima-se que o Brasil perca R$ 120 bilhões anuais devido à reciclagem ineficiente ou inexistente. Especialistas apontam que a infraestrutura precária e a bitributação sobre materiais recicláveis são barreiras para avançar na economia circular, modelo que promove o reaproveitamento de recursos e reduz o impacto ambiental. A reciclagem no país varia conforme o material. O alumínio lidera com uma taxa de reaproveitamento de 98,7%, enquanto vidro (25,8%), plástico (24,5%) e lixo eletrônico (apenas 3%) ainda apresentam desafios. O Brasil é o quinto maior produtor mundial de lixo eletrônico, com 100 mil toneladas geradas anualmente, mas 85% dos brasileiros ainda guardam esse tipo de resíduo em casa, dificultando a destinação adequada. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/10) estabelece diretrizes para a gestão do lixo, mas sua implementação encontra desafios. Para evitar um colapso ambiental e social, especialistas defendem maior investimento em coleta seletiva, incentivo à reciclagem e educação ambiental. A compostagem do lixo orgânico, por exemplo, poderia reduzir em até 50% o volume de resíduos descartados e prolongar a vida útil dos aterros sanitários. Outro ponto crítico é a contaminação ambiental por metais pesados, como mercúrio, cádmio e chumbo, encontrados em pilhas, baterias, lâmpadas e eletrônicos. Esses elementos tóxicos podem causar doenças graves e já afetaram comunidades no Brasil, como ocorreu em 2019 com indígenas impactados pelo garimpo ilegal. O setor de construção civil também é um grande gerador de desperdício, com até 30% dos materiais utilizados sendo descartados. Esse volume poderia ser reaproveitado, reduzindo custos e impactos ambientais. Apesar dos desafios, o Brasil tem potencial para avançar na reciclagem e na economia circular. Medidas como ampliação da coleta seletiva, incentivos fiscais para materiais recicláveis e conscientização da população podem transformar o setor e reduzir os impactos ambientais. Sem essas ações, o problema do lixo continuará crescendo, comprometendo a qualidade de vida e o futuro das próximas gerações.

A população mundial pode chegar a 10 bilhões até 2075, aumentando a pressão sobre os recursos naturais.
O Brasil produz 90 milhões de toneladas de lixo por ano, mas recicla apenas 4% dos resíduos.
O país ainda tem 3 mil lixões ativos, com metas adiadas para substituição por aterros sanitários.
A bitributação e a falta de infraestrutura são entraves para avançar na economia circular.
Especialistas defendem investimentos em reciclagem, educação ambiental e gestão eficiente de resíduos.

O crescimento acelerado da população mundial, que pode atingir 10 bilhões de habitantes até 2075, intensifica o desafio da gestão de resíduos sólidos e pressiona os recursos naturais. No Brasil, o problema é ainda mais crítico: o país produz cerca de 90 milhões de toneladas de lixo por ano, mas apenas 4% são reciclados, muito abaixo dos índices de países europeus e asiáticos.

Segundo Laerte Scanavacca Júnior, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, 41,6% do lixo produzido no Brasil sequer é coletado, agravando problemas ambientais e de saúde pública. Dos resíduos recolhidos, apenas 13,8% têm destinação correta em aterros sanitários. Além disso, o Brasil ainda possui cerca de 3 mil lixões ativos, apesar das metas repetidamente adiadas para sua substituição. A previsão atual é que todos sejam desativados até 2029.

O descarte inadequado gera custos elevados: estima-se que o Brasil perca R$ 120 bilhões anuais devido à reciclagem ineficiente ou inexistente. Especialistas apontam que a infraestrutura precária e a bitributação sobre materiais recicláveis são barreiras para avançar na economia circular, modelo que promove o reaproveitamento de recursos e reduz o impacto ambiental.

A reciclagem no país varia conforme o material. O alumínio lidera com uma taxa de reaproveitamento de 98,7%, enquanto vidro (25,8%), plástico (24,5%) e lixo eletrônico (apenas 3%) ainda apresentam desafios. O Brasil é o quinto maior produtor mundial de lixo eletrônico, com 100 mil toneladas geradas anualmente, mas 85% dos brasileiros ainda guardam esse tipo de resíduo em casa, dificultando a destinação adequada.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/10) estabelece diretrizes para a gestão do lixo, mas sua implementação encontra desafios. Para evitar um colapso ambiental e social, especialistas defendem maior investimento em coleta seletiva, incentivo à reciclagem e educação ambiental. A compostagem do lixo orgânico, por exemplo, poderia reduzir em até 50% o volume de resíduos descartados e prolongar a vida útil dos aterros sanitários.

Outro ponto crítico é a contaminação ambiental por metais pesados, como mercúrio, cádmio e chumbo, encontrados em pilhas, baterias, lâmpadas e eletrônicos. Esses elementos tóxicos podem causar doenças graves e já afetaram comunidades no Brasil, como ocorreu em 2019 com indígenas impactados pelo garimpo ilegal.

O setor de construção civil também é um grande gerador de desperdício, com até 30% dos materiais utilizados sendo descartados. Esse volume poderia ser reaproveitado, reduzindo custos e impactos ambientais.

Apesar dos desafios, o Brasil tem potencial para avançar na reciclagem e na economia circular. Medidas como ampliação da coleta seletiva, incentivos fiscais para materiais recicláveis e conscientização da população podem transformar o setor e reduzir os impactos ambientais. Sem essas ações, o problema do lixo continuará crescendo, comprometendo a qualidade de vida e o futuro das próximas gerações.

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