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Parceria entre Embrapa Semiárido, Eletrobras e BNDES beneficia 5 mil agricultores de 4 estados do Nordeste

Ao longo de 5 anos, a Embrapa Semiárido realizou o projeto denominado Lagos do São Francisco, proporcionando melhorias na vida de milhares de famílias de produtores rurais de 12 munícipios dos estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe. O trabalho foi realizado por meio de uma parceria que contou com financiamento da Eletrobras e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O projeto atuou em várias frentes, com o objetivo principal de capacitar agricultores e seus familiares, além de técnicos e estudantes, levando conhecimentos e tecnologias por meio de eventos e de pequenas áreas de demonstração das inovações – chamadas de Campos de Aprendizagem Tecnológicas (CATs) – instalados em propriedades de agricultores ou em espaços comunitários. As atividades englobaram as áreas que refletem a diversidade agrícola, econômica e ambiental da região abrangida, localizada no entorno dos Lagos do Rio São Francisco. Entre elas estão a produção de olerícolas (cebola, tomate e melancia), grãos (como milho e feijão), mandioca e frutas em áreas dependentes de chuva, incluindo o umbu, o maracujá e o caju, e em áreas irrigadas, com manga, goiaba, coco, citros e banana. O projeto também envolveu a produção de animais, como caprinos, ovinos, bovinos e galinhas, e a criação de abelhas para produção de mel e outros produtos. Os agricultores foram, ainda, capacitados para o beneficiamento de produtos da agricultura familiar, como leite e frutas, possibilitando mais uma fonte de renda para as famílias. Além disso, foram realizadas ações ambientais, com a recuperação de mata ciliar e áreas de nascentes. Resultados além do esperado Ao todo, foram implantados 521 Campos de Aprendizagem Tecnológica e realizados 209 eventos, entre dias de campo, visitas técnicas e palestras, beneficiando um total de 5.267 pessoas. O projeto inicialmente previa 282 CATs, 113 eventos e 4.049 beneficiários. O resultados, que superaram os compromissos previstos, foram apresentados durante evento de encerramento do projeto, realizado no dia 5 de dezembro, em Delmiro Gouveia-AL. O agricultor Cícero José da Silva, do município de Pariconha-AL, lembra que antes do projeto “não tinha uma ração pra sustentar os animais, não tinha um ovo pra tomar o café da manhã, não tinha uma galinha pra fazer uma farofa”. Agradecendo pelas ações do projeto, ele se orgulha: “Hoje eu tenho a minha palma forrageira, tenho a gliricídia guardada, tenho as galinhas pra comer os ovos, a criançada que vai para a escola tem o café da manhã.” Ele afirma que quer crescer e produzir mais cada vez mais. José Fernandes dos Santos, da Associação de Pequenos Produtores Rurais da Fazenda Boa Vista, de Delmiro Gouveia-AL, conta que, em sua propriedade, trabalha com agricultura, avicultura e iniciando também a piscicultura. Ele produz culturas como milho, feijão, mamão e maracujá. No projeto, também foi beneficiado com a produção de umbu do tipo denominado gigante, além da recuperação de uma área de mata. Ele avalia que “foi bom demais esse projeto da Embrapa porque nos trouxe conhecimento, nos ajudou também com alguns insumos”. E faz planos para o futuro: “Com esse projeto é onde a gente pretende mudar de vida. Se a gente tocar tudo direitinho de acordo com os conhecimentos que eles repassaram para a gente, eu creio que no máximo daqui a dois anos a gente já começa a mudar de vida, já tem uma vida de mais qualidade.” “O projeto Lagos do São Francisco foi de fundamental importância para transformar, de maneira positiva, a vida de vários produtores e famílias quanto aos aspectos sociais, ambientais e econômicos”, declara o pesquisador da Embrapa Semiárido Rebert Coelho Correia, coordenador do projeto. Ele destaca “a relevância de dar continuidade às ações para consolidar o que já foi realizado até aqui e contemplar outros milhares de produtores”. Trabalho em parceria A Embrapa Semiárido, que coordenou o projeto Lagos do São Francisco, atua há quase cinco décadas no desenvolvimento de pesquisas e promovendo inovação para a agricultura e pecuária sustentáveis das áreas semiáridas, contextualizadas à realidade das comunidades rurais e dos empreendimentos produtivos. “Fortalecer a agricultura e pecuária integradas ao ambiente e às pessoas que vivem destas atividades, desenvolvendo soluções viáveis para a superação dos desafios e o aproveitamento das oportunidades é o foco da atuação institucional. Os benefícios decorrentes deste esforço, articulando parcerias colaborativas, fazem-se presentes em várias localidades do Semiárido”, destaca a chefe-geral da Embrapa Semiárido, Maria Auxiliadora Coêlho de Lima. Para tornar possível a execução do projeto, foi colocada em operação uma rede de instituições púbicas e organizações da sociedade civil. As ações foram executadas por equipes multidisciplinares que incluíram pesquisadores da Embrapa Semiárido, professores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), técnicos de assistência técnica e extensão rural dos estados envolvidos, além das prefeituras dos municípios abrangidos, por meio de suas Secretarias de Agricultura – Petrolândia e Jatobá, em Pernambuco, Glória, Rodelas e Paulo Afonso, na Bahia, Pariconha, Delmiro Gouveia, Olho D’Água do Casado e Piranhas, em Alagoas, e Canindé do São Francisco, Poço Redondo e Nossa Senhora da Glória, em Sergipe. De acordo com Tânia Costa, supervisora regional do Alto Sertão, da Emater de Alagoas, “o projeto foi muito importante para a nossa região porque trouxe conhecimentos e tecnologias, tanto para nossos agricultores como para nossos técnicos. Ela afirma que “aqui a gente tem a nossa realidade, a gente já tem a água, a gente tem a mão de obra, a gente tem o homem no campo, então a importância de trazer os conhecimentos para eles, as tecnologias, para que eles continuem aqui no campo e para que eles melhorem a renda deles”. Segundo Maria Cecília Sotero Siqueira, Gerente de Relacionamento com Comunidades da Diretoria de Sustentabilidade da Eletrobras, o projeto foi destaque nas ações voltadas à transformação social, à melhoria da qualidade de vida das comunidades e à preservação do meio ambiente. “Agradecemos a todos os envolvidos no projeto, que incorporou recursos técnicos e metodológicos e promoveu mudanças importantes na agricultura familiar e na economia regional, contribuindo para um futuro mais sustentável”.

Ao longo de 5 anos, a Embrapa Semiárido realizou o projeto denominado Lagos do São Francisco, proporcionando melhorias na vida de milhares de famílias de produtores rurais de 12 munícipios dos estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe. O trabalho foi realizado por meio de uma parceria que contou com financiamento da Eletrobras e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O projeto atuou em várias frentes, com o objetivo principal de capacitar agricultores e seus familiares, além de técnicos e estudantes, levando conhecimentos e tecnologias por meio de eventos e de pequenas áreas de demonstração das inovações – chamadas de Campos de Aprendizagem Tecnológicas (CATs) – instalados em propriedades de agricultores ou em espaços comunitários.

As atividades englobaram as áreas que refletem a diversidade agrícola, econômica e ambiental da região abrangida, localizada no entorno dos Lagos do Rio São Francisco. Entre elas estão a produção de olerícolas (cebola, tomate e melancia), grãos (como milho e feijão), mandioca e frutas em áreas dependentes de chuva, incluindo o umbu, o maracujá e o caju, e em áreas irrigadas, com manga, goiaba, coco, citros e banana. 

O projeto também envolveu a produção de animais, como caprinos, ovinos, bovinos e galinhas, e a criação de abelhas para produção de mel e outros produtos. Os agricultores foram, ainda, capacitados para o beneficiamento de produtos da agricultura familiar, como leite e frutas, possibilitando mais uma fonte de renda para as famílias. Além disso, foram realizadas ações ambientais, com a recuperação de mata ciliar e áreas de nascentes.

Resultados além do esperado

Ao todo, foram implantados 521 Campos de Aprendizagem Tecnológica e realizados 209 eventos, entre dias de campo, visitas técnicas e palestras, beneficiando um total de 5.267 pessoas. O projeto inicialmente previa 282 CATs, 113 eventos e 4.049 beneficiários. O resultados, que superaram os compromissos previstos, foram apresentados durante evento de encerramento do projeto, realizado no dia 5 de dezembro, em Delmiro Gouveia-AL.

O agricultor Cícero José da Silva, do município de Pariconha-AL, lembra que antes do projeto “não tinha uma ração pra sustentar os animais, não tinha um ovo pra tomar o café da manhã, não tinha uma galinha pra fazer uma farofa”. Agradecendo pelas ações do projeto, ele se orgulha: “Hoje eu tenho a minha palma forrageira, tenho a gliricídia guardada, tenho as galinhas pra comer os ovos, a criançada que vai para a escola tem o café da manhã.” Ele afirma que quer crescer e produzir mais cada vez mais.

José Fernandes dos Santos, da Associação de Pequenos Produtores Rurais da Fazenda Boa Vista, de Delmiro Gouveia-AL, conta que, em sua propriedade, trabalha com agricultura, avicultura e iniciando também a piscicultura. Ele produz culturas como milho, feijão, mamão e maracujá. No projeto, também foi beneficiado com a produção de umbu do tipo denominado gigante, além da recuperação de uma área de mata. Ele avalia que “foi bom demais esse projeto da Embrapa porque nos trouxe conhecimento, nos ajudou também com alguns insumos”. E faz planos para o futuro: “Com esse projeto é onde a gente pretende mudar de vida. Se a gente tocar tudo direitinho de acordo com os conhecimentos que eles repassaram para a gente, eu creio que no máximo daqui a dois anos a gente já começa a mudar de vida, já tem uma vida de mais qualidade.”

“O projeto Lagos do São Francisco foi de fundamental importância para transformar, de maneira positiva, a vida de vários produtores e famílias quanto aos aspectos sociais, ambientais e econômicos”, declara o pesquisador da Embrapa Semiárido Rebert Coelho Correia, coordenador do projeto. Ele destaca “a relevância de dar continuidade às ações para consolidar o que já foi realizado até aqui e contemplar outros milhares de produtores”.

Trabalho em parceria

A Embrapa Semiárido, que coordenou o projeto Lagos do São Francisco, atua há quase cinco décadas no desenvolvimento de pesquisas e promovendo inovação para a agricultura e pecuária sustentáveis das áreas semiáridas, contextualizadas à realidade das comunidades rurais e dos empreendimentos produtivos. “Fortalecer a agricultura e pecuária integradas ao ambiente e às pessoas que vivem destas atividades, desenvolvendo soluções viáveis para a superação dos desafios e o aproveitamento das oportunidades é o foco da atuação institucional. Os benefícios decorrentes deste esforço, articulando parcerias colaborativas, fazem-se presentes em várias localidades do Semiárido”, destaca a chefe-geral da Embrapa Semiárido, Maria Auxiliadora Coêlho de Lima.

Para tornar possível a execução do projeto, foi colocada em operação uma rede de instituições púbicas e organizações da sociedade civil. As ações foram executadas por equipes multidisciplinares que incluíram pesquisadores da Embrapa Semiárido, professores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), técnicos de assistência técnica e extensão rural dos estados envolvidos, além das prefeituras dos municípios abrangidos, por meio de suas Secretarias de Agricultura – Petrolândia e Jatobá, em Pernambuco, Glória, Rodelas e Paulo Afonso, na Bahia, Pariconha, Delmiro Gouveia, Olho D’Água do Casado e Piranhas, em Alagoas, e Canindé do São Francisco, Poço Redondo e Nossa Senhora da Glória, em Sergipe.

De acordo com Tânia Costa, supervisora regional do Alto Sertão, da Emater de Alagoas, “o projeto foi muito importante para a nossa região porque trouxe conhecimentos e tecnologias, tanto para nossos agricultores como para nossos técnicos. Ela afirma que “aqui a gente tem a nossa realidade, a gente já tem a água, a gente tem a mão de obra, a gente tem o homem no campo, então a importância de trazer os conhecimentos para eles, as tecnologias, para que eles continuem aqui no campo e para que eles melhorem a renda deles”. 

Segundo Maria Cecília Sotero Siqueira, Gerente de Relacionamento com Comunidades da Diretoria de Sustentabilidade da Eletrobras, o projeto foi destaque nas ações voltadas à transformação social, à melhoria da qualidade de vida das comunidades e à preservação do meio ambiente. “Agradecemos a todos os envolvidos no projeto, que incorporou recursos técnicos e metodológicos e promoveu mudanças importantes na agricultura familiar e na economia regional, contribuindo para um futuro mais sustentável”.

Fernanda Muniz Bez Birolo (81 MtB/AC)
Embrapa Semiárido

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Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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