A Embrapa Territorial marcou presença no IX Fórum Estudantil de Pesquisa (FEP), realizado no Ginásio Multidisciplinar da Universidade de Campinas, nos dias 27 e 29 de novembro. Os 139 trabalhos apresentados no evento são resultados das investigações feitas ao longo do ano por mais de cinco mil alunos da Rede Municipal de Ensino, a partir de consultas ao Atlas Escolar de Campinas e Região Metropolitana (GeoAtlas) em sala de aula. A iniciativa integra o programa Pesquisa e Conhecimento na Escola (Pesco), oferecido pela Prefeitura de Campinas para capacitar os professores municipais e proporcionar aos alunos as primeiras experiências na pesquisa científica. Os objetos das investigações foram diversos, indo desde o levantamento da fauna e flora do bairro até reflexões sobre racismo. Os temas foram escolhidos pelas próprias turmas, que utilizaram o GeoAtlas como inspiração. Numa linguagem de fácil compreensão e apoiando-se em recursos gráficos atrativos, a publicação apresenta os dados demográficos, econômicos e históricos dos municípios, e demonstra também alguns dos principais produtos agropecuários cultivados na região, revelando o impacto deles na construção histórica das cidades. “O Atlas permite com que as crianças se situem, ligando o conhecimento com o seu dia a dia. Isso é fundamental nesta etapa da educação”, afirmou o secretário de Educação de Campinas, José Tadeu Jorge. Ele ressaltou que a contextualização da aprendizagem, unindo teoria e realidade vivida pelos alunos, potencializa a formação cidadã. “Elas passam a compreender melhor o mundo ao seu redor e, gradualmente, se veem como agentes, buscando uma vida melhor para si, suas famílias, e o mundo em que vivem”, ressaltou. O Fórum Estudantil de Pesquisa consiste na etapa final do Pesco, quando são apresentados os trabalhos científicos desenvolvidos ao longo do ano pelos alunos, sob a orientação dos professores inscritos no programa. Neste ano, 250 professores, sendo 130 do Ensino Fundamental e 120 da Educação Infantil, adotaram a metodologia do Pesco em sala de aula, envolvendo 3.500 alunos do Ensino Fundamental e 1.500 da Educação Infantil. E o interesse dos professores pelo curso só aumenta. “Esse ano tivemos lista de espera”, comentou Ana Lúcia Picoli, coordenadora do Pesco para o Ensino Fundamental. Ela acredita que a metodologia adotada no programa coloca o aluno como protagonista, e, com isso, aumenta o interesse e a participação dos estudantes nas aulas. “O professor ganha o envolvimento dos alunos, algo que é muito valioso para nós”, acrescentou. Experiência transformadora Camila Santamaria, professora do 5º ano da escola José Narciso Vieira Ehrenberg, no bairro Jardim São Marcos, leciona na Rede Municipal de Campinas há três anos. Foi no ano passado que ela se interessou pelo curso do Pesco, após uma conversa com uma colega de trabalho. Este ano, ela participou pela primeira vez. “O que me encantou nessa metodologia foi a possibilidade de envolver as crianças no processo de aprendizagem. Elas podem realmente participar da construção do conhecimento”, destacou. O tema do projeto desenvolvido pela turma foi o bullying, uma questão presente no cotidiano escolar. “Percebemos que havia um ambiente marcado por agressões verbais e violência. Então, começamos a discutir como podemos promover uma convivência mais saudável, respeitando as diferenças e combatendo o bullying”, contou Camila. A pesquisa foi enriquecedora, pois os alunos descobriram, por exemplo, que existem leis contra essas agressões, inclusive na internet. Como resultado, a turma produziu uma revista, que incluiu artigos de opinião, passatempos relacionados aos conceitos aprendidos, além de apresentações do projeto, releituras e auto retratos dos alunos, que ajudaram a valorizar suas características individuais. Parceria com Embrapa A parceria entre a Secretaria de Educação de Campinas e a Embrapa Territorial começou há mais de 15 anos, com a elaboração do primeiro volume do GeoAtlas, desenvolvido em conjunto. Durante esse período, a colaboração evoluiu, resultando no volume dois do atlas e na realização da Pescoteca, um repositório digital dos trabalhos desenvolvidos dentro do Pesco. A pesquisadora da Embrapa Territorial Cristina Criscuolo acompanha a parceria desde o início. Ela acredita que o GeoAtlas contribui para despertar o interesse dos alunos pela pesquisa, por meio de seus temas, dados, gráficos e imagens presentes no material, possibilitando que os estudantes escolham um tema de pesquisa a ser explorado ao longo do ano, formulem perguntas e interajam entre si. “É fascinante acompanhar o desenvolvimento do raciocínio dos alunos durante o Fórum Estudantil de Pesquisa e observar as diversas possibilidades de trabalho que o atlas oferece. Além disso, é gratificante saber que toda a produção criada por eles não se perderá com o tempo e ficará armazenada na Pescoteca, tornando-se disponível para futuras consultas”, afirmou. Gilberto Jardine, chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia, comentou que, apesar da Embrapa Territorial ser uma instituição de pesquisa, e não de ensino, ela possui uma aproximação com a educação por meio de seu programa de comunicação e transferência de tecnologia. “Não trabalhamos educação, mas fazemos questão de divulgar estes trabalhos que são realizados nas escolas”, afirmou. Brincadeiras e conhecimento Participando do evento desde o seu início, a Embrapa Territorial levou ao seu stand, neste ano, o tema do café. Banners descreviam informações agronômicas e faziam associação da planta com a história e a construção do espaço geográfico de Campinas. No ambiente, a equipe da Embrapa também disponibilizou às crianças atividades lúdicas, como oficina de arranjo floral e jogos educativos. Neste ano, o time da Embrapa Territorial no FEP foi formado pelos analistas Alexandre Conceição, Edlene Garçon, Vera Viana e Bibiana Almeida, e pelas pesquisadoras Celina Takemura, Cristina Rodrigues e Cristiaini Kano. Também apoiaram o pesquisador as ações o pesquisador André Furtado, o analista Guilherme Caetano e o técnico Antônio Carlos de Marchi. A iniciativa conecta-se com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 4, que preconiza diretrizes que resultem numa educação de qualidade.
A Embrapa Territorial marcou presença no IX Fórum Estudantil de Pesquisa (FEP), realizado no Ginásio Multidisciplinar da Universidade de Campinas, nos dias 27 e 29 de novembro. Os 139 trabalhos apresentados no evento são resultados das investigações feitas ao longo do ano por mais de cinco mil alunos da Rede Municipal de Ensino, a partir de consultas ao Atlas Escolar de Campinas e Região Metropolitana (GeoAtlas) em sala de aula. A iniciativa integra o programa Pesquisa e Conhecimento na Escola (Pesco), oferecido pela Prefeitura de Campinas para capacitar os professores municipais e proporcionar aos alunos as primeiras experiências na pesquisa científica.
Os objetos das investigações foram diversos, indo desde o levantamento da fauna e flora do bairro até reflexões sobre racismo. Os temas foram escolhidos pelas próprias turmas, que utilizaram o GeoAtlas como inspiração. Numa linguagem de fácil compreensão e apoiando-se em recursos gráficos atrativos, a publicação apresenta os dados demográficos, econômicos e históricos dos municípios, e demonstra também alguns dos principais produtos agropecuários cultivados na região, revelando o impacto deles na construção histórica das cidades.
“O Atlas permite com que as crianças se situem, ligando o conhecimento com o seu dia a dia. Isso é fundamental nesta etapa da educação”, afirmou o secretário de Educação de Campinas, José Tadeu Jorge. Ele ressaltou que a contextualização da aprendizagem, unindo teoria e realidade vivida pelos alunos, potencializa a formação cidadã. “Elas passam a compreender melhor o mundo ao seu redor e, gradualmente, se veem como agentes, buscando uma vida melhor para si, suas famílias, e o mundo em que vivem”, ressaltou.
O Fórum Estudantil de Pesquisa consiste na etapa final do Pesco, quando são apresentados os trabalhos científicos desenvolvidos ao longo do ano pelos alunos, sob a orientação dos professores inscritos no programa. Neste ano, 250 professores, sendo 130 do Ensino Fundamental e 120 da Educação Infantil, adotaram a metodologia do Pesco em sala de aula, envolvendo 3.500 alunos do Ensino Fundamental e 1.500 da Educação Infantil.
E o interesse dos professores pelo curso só aumenta. “Esse ano tivemos lista de espera”, comentou Ana Lúcia Picoli, coordenadora do Pesco para o Ensino Fundamental. Ela acredita que a metodologia adotada no programa coloca o aluno como protagonista, e, com isso, aumenta o interesse e a participação dos estudantes nas aulas. “O professor ganha o envolvimento dos alunos, algo que é muito valioso para nós”, acrescentou.
Experiência transformadora
Camila Santamaria, professora do 5º ano da escola José Narciso Vieira Ehrenberg, no bairro Jardim São Marcos, leciona na Rede Municipal de Campinas há três anos. Foi no ano passado que ela se interessou pelo curso do Pesco, após uma conversa com uma colega de trabalho. Este ano, ela participou pela primeira vez. “O que me encantou nessa metodologia foi a possibilidade de envolver as crianças no processo de aprendizagem. Elas podem realmente participar da construção do conhecimento”, destacou.
O tema do projeto desenvolvido pela turma foi o bullying, uma questão presente no cotidiano escolar. “Percebemos que havia um ambiente marcado por agressões verbais e violência. Então, começamos a discutir como podemos promover uma convivência mais saudável, respeitando as diferenças e combatendo o bullying”, contou Camila. A pesquisa foi enriquecedora, pois os alunos descobriram, por exemplo, que existem leis contra essas agressões, inclusive na internet. Como resultado, a turma produziu uma revista, que incluiu artigos de opinião, passatempos relacionados aos conceitos aprendidos, além de apresentações do projeto, releituras e auto retratos dos alunos, que ajudaram a valorizar suas características individuais.
Parceria com Embrapa
A parceria entre a Secretaria de Educação de Campinas e a Embrapa Territorial começou há mais de 15 anos, com a elaboração do primeiro volume do GeoAtlas, desenvolvido em conjunto. Durante esse período, a colaboração evoluiu, resultando no volume dois do atlas e na realização da Pescoteca, um repositório digital dos trabalhos desenvolvidos dentro do Pesco.
A pesquisadora da Embrapa Territorial Cristina Criscuolo acompanha a parceria desde o início. Ela acredita que o GeoAtlas contribui para despertar o interesse dos alunos pela pesquisa, por meio de seus temas, dados, gráficos e imagens presentes no material, possibilitando que os estudantes escolham um tema de pesquisa a ser explorado ao longo do ano, formulem perguntas e interajam entre si. “É fascinante acompanhar o desenvolvimento do raciocínio dos alunos durante o Fórum Estudantil de Pesquisa e observar as diversas possibilidades de trabalho que o atlas oferece. Além disso, é gratificante saber que toda a produção criada por eles não se perderá com o tempo e ficará armazenada na Pescoteca, tornando-se disponível para futuras consultas”, afirmou.
Gilberto Jardine, chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia, comentou que, apesar da Embrapa Territorial ser uma instituição de pesquisa, e não de ensino, ela possui uma aproximação com a educação por meio de seu programa de comunicação e transferência de tecnologia. “Não trabalhamos educação, mas fazemos questão de divulgar estes trabalhos que são realizados nas escolas”, afirmou.
Brincadeiras e conhecimento
Participando do evento desde o seu início, a Embrapa Territorial levou ao seu stand, neste ano, o tema do café. Banners descreviam informações agronômicas e faziam associação da planta com a história e a construção do espaço geográfico de Campinas. No ambiente, a equipe da Embrapa também disponibilizou às crianças atividades lúdicas, como oficina de arranjo floral e jogos educativos.
Neste ano, o time da Embrapa Territorial no FEP foi formado pelos analistas Alexandre Conceição, Edlene Garçon, Vera Viana e Bibiana Almeida, e pelas pesquisadoras Celina Takemura, Cristina Rodrigues e Cristiaini Kano. Também apoiaram o pesquisador as ações o pesquisador André Furtado, o analista Guilherme Caetano e o técnico Antônio Carlos de Marchi.
A iniciativa conecta-se com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 4, que preconiza diretrizes que resultem numa educação de qualidade.