Alimento rico em nutrientes de qualidade e com potencial para gerar produtos diversificados, a carne ovina é consumida em todas as regiões do país e tem sido alvo da atenção de pesquisas para agregação de valor e beneficiar a cadeia produtiva. É possível obter um aproveitamento integral da carcaça do animal, para pratos e cortes, além de produtos como linguiça, mortadela, salame, hamburguer, bacon, entre outros. Segundo a nutricionista Luciana Fujiwara, professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), um diferencial da carne ovina é seu teor de proteínas. “Em 100 gramas de carne, a gente tem de 25 a 26% de proteína. O teor é bem superior ao da carne bovina”, explica ela. De acordo com Luciana, o fato de ser uma carne com concentração baixa de colesterol também faz do produto uma boa indicação para públicos específicos como cardíacos, diabéticos ou pessoas que têm receio de comer a carne vermelha. “Posso assegurar que, pelo conteúdo de vitaminas, ácidos graxos e sais minerais e disponibilidade de proteína, é uma carne segura para consumo”, destaca Luciana. Esta qualidade, aliada à tradição na criação e no preparo de alimentos faz com que a carne de ovinos gere uma diversidade de pratos, com formas de preparo e consumo típicas que variam de acordo com a região do país. “A forma mais consumida da carne ovina é o nosso churrasco tradicional das datas comemorativas. Outro prato bastante comum aqui na região Nordeste é o cozido, a carne de panela, preparado com cortes da parte dianteira, na forma cozida ou ensopado. Também temos a carne de sol do carneiro, usada para fazer o famoso Maria Isabel, aquele arroz com a carne de sol desfiada”, exemplifica a pesquisadora Lisiane Lima, da Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral-CE). Outro diferencial da carne ovina é a possibilidade de aproveitamento integral da carcaça dos animais, gerando produtos diversificados. Esse potencial tem sido alvo de pesquisas para agregação de valor à carne ovina de forma global. Até mesmo categorias de animais que têm menor aceitação pelos consumidores urbanos, como ovelhas mais velhas, podem ser aproveitadas, pois sua carne tem boa qualidade nutricional para produção de processados embutidos. Mapa do aproveitamento de carcaças ovinas – Fonte: “Oportunidades de agregação de valor à carne ovina -Da carcaça aos derivados cárneos: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/233247/1/carne-ovina-FINAL.pdf “Para a carne de cordeiro, nós promovemos uma diversidade de cortes que favoreçam o consumo diário das famílias no Brasil. Para carne de animais mais velhos, de descarte, nós promovemos uma diversidade de tecnologias para agregação de valor na forma do desenvolvimento de produtos cárneos. Alguns exemplos são os produtos crus, copas, oveicons (bacons de ovino). Também desenvolvemos mortadelas, linguiças light, dentre outros. Essas estratégias podem colaborar na agregação de valor de diversas formas. Uma delas é promovendo um novo olhar para o consumidor urbano, para estimular o consumo da carne ovina”, detalha a pesquisadora Elen Nalério, da Embrapa Pecuária Sul (Bagé-RS). Outra linha de aproveitamento na ovinocultura é a produção de alimentos regionais, caso da buchada, sarapatel e dobradinha. “São pratos típicos da região nordestina preparados com as vísceras. Esses pratos estão na gastronomia de bares, restaurantes e não só na região Nordeste, como Centro-Oeste e Sudeste”, destaca Lisiane Lima. Segundo estudos da Embrapa, a comercialização destes subprodutos pode alcançar uma receita adicional de 57,51% em relação ao valor da carcaça, agregando renda ao produtor, com um melhor retorno financeiro. Confira vídeos sobre carne ovina na Série Carne Brasileira, no canal da Embrapa no YouTube: Benefícios nutricionais da carne ovina: https://www.youtube.com/watch?v=6hmfSKuUD3Y Carne ovina e seus usos na culinária: https://www.youtube.com/watch?v=nTWuDGZ0FWA
Alimento rico em nutrientes de qualidade e com potencial para gerar produtos diversificados, a carne ovina é consumida em todas as regiões do país e tem sido alvo da atenção de pesquisas para agregação de valor e beneficiar a cadeia produtiva. É possível obter um aproveitamento integral da carcaça do animal, para pratos e cortes, além de produtos como linguiça, mortadela, salame, hamburguer, bacon, entre outros.
Segundo a nutricionista Luciana Fujiwara, professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), um diferencial da carne ovina é seu teor de proteínas. “Em 100 gramas de carne, a gente tem de 25 a 26% de proteína. O teor é bem superior ao da carne bovina”, explica ela. De acordo com Luciana, o fato de ser uma carne com concentração baixa de colesterol também faz do produto uma boa indicação para públicos específicos como cardíacos, diabéticos ou pessoas que têm receio de comer a carne vermelha. “Posso assegurar que, pelo conteúdo de vitaminas, ácidos graxos e sais minerais e disponibilidade de proteína, é uma carne segura para consumo”, destaca Luciana.
Esta qualidade, aliada à tradição na criação e no preparo de alimentos faz com que a carne de ovinos gere uma diversidade de pratos, com formas de preparo e consumo típicas que variam de acordo com a região do país. “A forma mais consumida da carne ovina é o nosso churrasco tradicional das datas comemorativas. Outro prato bastante comum aqui na região Nordeste é o cozido, a carne de panela, preparado com cortes da parte dianteira, na forma cozida ou ensopado. Também temos a carne de sol do carneiro, usada para fazer o famoso Maria Isabel, aquele arroz com a carne de sol desfiada”, exemplifica a pesquisadora Lisiane Lima, da Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral-CE).
Outro diferencial da carne ovina é a possibilidade de aproveitamento integral da carcaça dos animais, gerando produtos diversificados. Esse potencial tem sido alvo de pesquisas para agregação de valor à carne ovina de forma global. Até mesmo categorias de animais que têm menor aceitação pelos consumidores urbanos, como ovelhas mais velhas, podem ser aproveitadas, pois sua carne tem boa qualidade nutricional para produção de processados embutidos.
Mapa do aproveitamento de carcaças ovinas – Fonte: “Oportunidades de agregação de valor à carne ovina -Da carcaça aos derivados cárneos: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/233247/1/carne-ovina-FINAL.pdf
“Para a carne de cordeiro, nós promovemos uma diversidade de cortes que favoreçam o consumo diário das famílias no Brasil. Para carne de animais mais velhos, de descarte, nós promovemos uma diversidade de tecnologias para agregação de valor na forma do desenvolvimento de produtos cárneos. Alguns exemplos são os produtos crus, copas, oveicons (bacons de ovino). Também desenvolvemos mortadelas, linguiças light, dentre outros. Essas estratégias podem colaborar na agregação de valor de diversas formas. Uma delas é promovendo um novo olhar para o consumidor urbano, para estimular o consumo da carne ovina”, detalha a pesquisadora Elen Nalério, da Embrapa Pecuária Sul (Bagé-RS).
Outra linha de aproveitamento na ovinocultura é a produção de alimentos regionais, caso da buchada, sarapatel e dobradinha. “São pratos típicos da região nordestina preparados com as vísceras. Esses pratos estão na gastronomia de bares, restaurantes e não só na região Nordeste, como Centro-Oeste e Sudeste”, destaca Lisiane Lima. Segundo estudos da Embrapa, a comercialização destes subprodutos pode alcançar uma receita adicional de 57,51% em relação ao valor da carcaça, agregando renda ao produtor, com um melhor retorno financeiro.
Confira vídeos sobre carne ovina na Série Carne Brasileira, no canal da Embrapa no YouTube:
Benefícios nutricionais da carne ovina: https://www.youtube.com/watch?v=6hmfSKuUD3Y
Carne ovina e seus usos na culinária: https://www.youtube.com/watch?v=nTWuDGZ0FWA