A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, e o representante do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) no Brasil, Gabriel Delgado, assinaram hoje, em Brasília (DF), acordo de cooperação geral com foco em pesquisa e inovação agrícola. O objetivo é que as duas instituições trabalhem para promoção de uma agricultura competitiva, sustentável e inclusiva, em âmbito internacional. O acordo materializa a carta de intenções firmada em agosto deste ano por Massruhá e pelo diretor-geral do IICA, Manuel Otero, contemplando esforços conjuntos para apoio aos países africanos no desenvolvimento da agricultura tropical regenerativa e colaboração nos eventos preparatórios para a COP 30, a ser realizada no Brasil no ano que vem. Agricultura regenerativa e resiliente a mudanças climáticas, sistemas de produção sustentáveis e combate à fome no mundo se apresentam entre as prioridades das duas instituições. Zoneamentos agrícolas e sistemas de alertas inteligentes e digitais são ferramentas consideradas para o amparo desses propósitos. Projetos de cooperação técnica específicos estão previstos como desdobramentos dos instrumentos jurídicos já assinados. Dois deles estão definidos e a expectativa é que comecem a ser executados ainda no primeiro semestre de 2025. O primeiro diz respeito ao compartilhamento de conhecimentos e à capacitação de técnicos africanos em centros de pesquisa da Embrapa. O segundo prevê as ações conjuntas voltadas à COP-30. Desafios Durante a assinatura do acordo de cooperação geral, Silvia Massruhá exaltou a parceria histórica entre a Embrapa e o IICA. Reforçou o compromisso das duas instituições com o enfrentamento de desafios que emergem diante da pesquisa agrícola, a exemplo das transições climática e energética e da superação das desigualdades sociais. “A Embrapa, como empresa de pesquisa e inovação, está empenhada em contribuir para que pequenos e médios produtores agreguem valor à sua atividade e reduzam custos de produção. E a parceria com o IICA é fundamental para reforçarmos ações dirigidas à segurança alimentar e à inclusão socioprodutiva”, disse a presidente da Embrapa, lembrando o potencial do Brasil para a bioeconomia dentro da Amazônia e além das suas fronteiras, e a importância da digitalização no campo. O IICA apoia a plataforma Ater+ Digital. “Esse acordo é uma oportunidade para reforçarmos nossa parceria e para o Brasil demonstrar iniciativas e tecnologias sustentáveis na COP 30”, acrescentou Silvia Massruhá. Mencionou eventos que estão sendo organizados pela Embrapa e que deverão ocorrer antes da Conferência, ressaltando a colaboração do IICA também nessas iniciativas. Mencionou, ainda, a ida a Angola nesta semana, juntamente com o ministro Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária, em que demandas e potenciais parceiros poderão ser conhecidos, inclusive visando ações conjuntas das duas instituições em prol do desenvolvimento sustentável da agricultura no continente africano. Gabriel Delgado salientou a importância de o IICA, como instituição internacional, poder fazer o caminho em direção à COP 30, que, segundo ele, é a COP dos sistemas agroalimentares. “As últimas três Conferências ocorreram em países petroleiros e, agora, vamos ter esse evento sendo realizado no Brasil, país que tem as proteínas entre suas principais pautas de exportação.” O representante do IICA no Brasil ponderou que para a África, o conhecimento da Embrapa é fundamental, uma vez que Brasil e países daquele continente possuem condições semelhantes, referindo-se ao cerrado brasileiro e à savana africana. “Para nós, como organismo internacional de cooperação, trabalhando a serviço dos países, é continuar cumprindo nossa missão.”, concluiu. Também participaram da reunião o chefe da Assessoria de Relações Internacionais (ARIN), Marcelo Morandi; os pesquisadores Paulo Melo e Jane Simoni, daquela Assessoria; a Coordenadora Técnica do IICA Brasil, Cristina Costa; e o Coordenador de digitalização agro do Instituto, Federico Bert. Da esquerda para a direita: Paulo Melo, Jane Simoni, Marcelo Morandi, Silvia Massruhá, Gabriel Delgado, Cristina Costa e Federico Bert
A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, e o representante do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) no Brasil, Gabriel Delgado, assinaram hoje, em Brasília (DF), acordo de cooperação geral com foco em pesquisa e inovação agrícola. O objetivo é que as duas instituições trabalhem para promoção de uma agricultura competitiva, sustentável e inclusiva, em âmbito internacional.
O acordo materializa a carta de intenções firmada em agosto deste ano por Massruhá e pelo diretor-geral do IICA, Manuel Otero, contemplando esforços conjuntos para apoio aos países africanos no desenvolvimento da agricultura tropical regenerativa e colaboração nos eventos preparatórios para a COP 30, a ser realizada no Brasil no ano que vem.
Agricultura regenerativa e resiliente a mudanças climáticas, sistemas de produção sustentáveis e combate à fome no mundo se apresentam entre as prioridades das duas instituições. Zoneamentos agrícolas e sistemas de alertas inteligentes e digitais são ferramentas consideradas para o amparo desses propósitos.
Projetos de cooperação técnica específicos estão previstos como desdobramentos dos instrumentos jurídicos já assinados. Dois deles estão definidos e a expectativa é que comecem a ser executados ainda no primeiro semestre de 2025. O primeiro diz respeito ao compartilhamento de conhecimentos e à capacitação de técnicos africanos em centros de pesquisa da Embrapa. O segundo prevê as ações conjuntas voltadas à COP-30.
Desafios
Durante a assinatura do acordo de cooperação geral, Silvia Massruhá exaltou a parceria histórica entre a Embrapa e o IICA. Reforçou o compromisso das duas instituições com o enfrentamento de desafios que emergem diante da pesquisa agrícola, a exemplo das transições climática e energética e da superação das desigualdades sociais.
“A Embrapa, como empresa de pesquisa e inovação, está empenhada em contribuir para que pequenos e médios produtores agreguem valor à sua atividade e reduzam custos de produção. E a parceria com o IICA é fundamental para reforçarmos ações dirigidas à segurança alimentar e à inclusão socioprodutiva”, disse a presidente da Embrapa, lembrando o potencial do Brasil para a bioeconomia dentro da Amazônia e além das suas fronteiras, e a importância da digitalização no campo. O IICA apoia a plataforma Ater+ Digital.
“Esse acordo é uma oportunidade para reforçarmos nossa parceria e para o Brasil demonstrar iniciativas e tecnologias sustentáveis na COP 30”, acrescentou Silvia Massruhá. Mencionou eventos que estão sendo organizados pela Embrapa e que deverão ocorrer antes da Conferência, ressaltando a colaboração do IICA também nessas iniciativas. Mencionou, ainda, a ida a Angola nesta semana, juntamente com o ministro Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária, em que demandas e potenciais parceiros poderão ser conhecidos, inclusive visando ações conjuntas das duas instituições em prol do desenvolvimento sustentável da agricultura no continente africano.
Gabriel Delgado salientou a importância de o IICA, como instituição internacional, poder fazer o caminho em direção à COP 30, que, segundo ele, é a COP dos sistemas agroalimentares. “As últimas três Conferências ocorreram em países petroleiros e, agora, vamos ter esse evento sendo realizado no Brasil, país que tem as proteínas entre suas principais pautas de exportação.”
O representante do IICA no Brasil ponderou que para a África, o conhecimento da Embrapa é fundamental, uma vez que Brasil e países daquele continente possuem condições semelhantes, referindo-se ao cerrado brasileiro e à savana africana. “Para nós, como organismo internacional de cooperação, trabalhando a serviço dos países, é continuar cumprindo nossa missão.”, concluiu.
Também participaram da reunião o chefe da Assessoria de Relações Internacionais (ARIN), Marcelo Morandi; os pesquisadores Paulo Melo e Jane Simoni, daquela Assessoria; a Coordenadora Técnica do IICA Brasil, Cristina Costa; e o Coordenador de digitalização agro do Instituto, Federico Bert.
Da esquerda para a direita: Paulo Melo, Jane Simoni, Marcelo Morandi, Silvia Massruhá, Gabriel Delgado, Cristina Costa e Federico Bert