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Evento aproxima a ciência da gestão pública

Integrar resultados de pesquisa e dialogar sobre como fazer essas informações chegarem até os tomadores de decisão foram os objetivos do workshop realizado pelo projeto Synergize nos dias 27, 28 e 29 de outubro, em Belém-PA. Pesquisadores e gestores públicos participaram do evento que teve como principais resultados a apresentação da base de dados ecológicos Taoca e a organização de três policy briefs (resumos executivos) sobre temas relevantes para a pesquisa e gestão ambiental na Amazônia. O Synergize compila várias bases de dados para compreender o estado da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos na Amazônia brasileira. “É a chamada ciência de síntese, ou seja, não se coleta dados novos, mas junta tudo o que existe para responder perguntas em uma área maior”, explica a pesquisadora Joice Ferreira. O projeto faz parte do Centro de Sínteses em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (Sinbiose), do CNPq, e é coordenado pela Embrapa e pela Universidade de Bristol, no Reino Unido. O evento reuniu líderes e pesquisadores de projetos que estão atuando nas diferentes regiões da Amazônia. Isso inclui, segundo a pesquisadora, os Programas Ecológicos de Longa Duração (PELDs), do CNPq, onde a Rede Amazônia Sustentável, coordenada pela Embrapa, está inserida. “Queremos saber o que há de convergente entre os projetos, como usar base de dados comuns, como juntar os diferentes resultados para responder questões de maior escala”, completa Joice. Base de dados Um dos resultados apresentados o workshop foi a base de dados Taoca. A ferramenta, já disponível neste link, foca na biodiversidade terrestre da fauna (formigas, aves e besouros) e traz dados ecológicos padronizados sobre 353 mil indivíduos de 2.400 espécies diferentes, conhecidas e desconhecidas pela ciência. “Taoca é uma palavra que representa uma espécie de peixe, ave e de formiga na região amazônica”, conta Filipe França, pesquisador da Universidade de Bristol, e responsável pelo desenvolvimento da ferramenta. A base de dados apresenta informações ecológicas sobre a distribuição, aumento e diminuição de populações de 443 espécies de besouros, 1.148 espécies de formigas e 855 espécies de aves, coletados em mais de 5 mil pontos na Amazônia brasileira. Os dados vêm da parceria entre centenas de pesquisadores e foram integrados, permitindo assim análises em diferentes escalas de tempo e de espaço. Filipe França explica que a base está em constante atualização à medida que o conhecimento científico avança. Ele ressalta ainda que a Taoca tem uma política de uso e compartilhamento dos dados que permite que pesquisadores e gestores públicos possam utilizá-los em seus trabalhos científicos e decisões. “É possível fazer análises sobre distribuição da biodiversidade na Amazônia e os fatores que afetam essa questão na região”, exemplifica o pesquisador. Para Wendell Andrade, diretor de projetos especiais da Semas, a produção científica pode direcionar decisivamente o modo de fazer gestão ambiental e territorial na Amazônia, especialmente em relação às Unidades de Conservação. “Pesquisa alimenta gestão e, portanto, ajuda a atualizar os Planos de Gestão (Manejo) das UCs e as comunidades locais, especialmente as que compõem os Conselhos Gestores destas áreas”, conclui o gestor. A base de dados foi desenvolvida pelo projeto Synergize com o apoio da startup QuipeTech e a participação de cerca de 20 instituições. Policy briefs Outro resultado gerado pelo workshop do projeto foi a organização de três policy briefs, que são resumos executivos com análises de temas relevantes e propostas de ação. Os documentos terão como temas: lacunas de conhecimento na Amazônia; conservação de peixes; e investimento em pesquisas de biodiversidade na Amazônia. O levantamento das informações para os policy briefs foi realizado pelos pesquisadores e representantes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMbio), Ideflor e de organizações não-governamentais.

Integrar resultados de pesquisa e dialogar sobre como fazer essas informações chegarem até os tomadores de decisão foram os objetivos do workshop realizado pelo projeto Synergize nos dias 27, 28 e 29 de outubro, em Belém-PA. Pesquisadores e gestores públicos participaram do evento que teve como principais resultados a apresentação da base de dados ecológicos Taoca e a organização de três policy briefs (resumos executivos) sobre temas relevantes para a pesquisa e gestão ambiental na Amazônia.

O Synergize compila várias bases de dados para compreender o estado da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos na Amazônia brasileira. “É a chamada ciência de síntese, ou seja, não se coleta dados novos, mas junta tudo o que existe para responder perguntas em uma área maior”, explica a pesquisadora Joice Ferreira. O projeto faz parte do Centro de Sínteses em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (Sinbiose), do CNPq, e é coordenado pela Embrapa e pela Universidade de Bristol, no Reino Unido.

O evento reuniu líderes e pesquisadores de projetos que estão atuando nas diferentes regiões da Amazônia. Isso inclui, segundo a pesquisadora, os Programas Ecológicos de Longa Duração (PELDs), do CNPq, onde a Rede Amazônia Sustentável, coordenada pela Embrapa, está inserida. “Queremos saber o que há de convergente entre os projetos, como usar base de dados comuns, como juntar os diferentes resultados para responder questões de maior escala”, completa Joice.

Base de dados

Um dos resultados apresentados o workshop foi a base de dados Taoca. A ferramenta, já disponível neste link, foca na biodiversidade terrestre da fauna (formigas, aves e besouros) e traz dados ecológicos padronizados sobre 353 mil indivíduos de 2.400 espécies diferentes, conhecidas e desconhecidas pela ciência. “Taoca é uma palavra que representa uma espécie de peixe, ave e de formiga na região amazônica”, conta Filipe França, pesquisador da Universidade de Bristol, e responsável pelo desenvolvimento da ferramenta.

A base de dados apresenta informações ecológicas sobre a distribuição, aumento e diminuição de populações de 443 espécies de besouros, 1.148 espécies de formigas e 855 espécies de aves, coletados em mais de 5 mil pontos na Amazônia brasileira.  Os dados vêm da parceria entre centenas de pesquisadores e foram integrados, permitindo assim análises em diferentes escalas de tempo e de espaço.

Filipe França explica que a base está em constante atualização à medida que o conhecimento científico avança. Ele ressalta ainda que a Taoca tem uma política de uso e compartilhamento dos dados que permite que pesquisadores e gestores públicos possam utilizá-los em seus trabalhos científicos e decisões. “É possível fazer análises sobre distribuição da biodiversidade na Amazônia e os fatores que afetam essa questão na região”, exemplifica o pesquisador.

Para Wendell Andrade, diretor de projetos especiais da Semas, a produção científica pode direcionar decisivamente o modo de fazer gestão ambiental e territorial na Amazônia, especialmente em relação às Unidades de Conservação. “Pesquisa alimenta gestão e, portanto, ajuda a atualizar os Planos de Gestão (Manejo) das UCs e as comunidades locais, especialmente as que compõem os Conselhos Gestores destas áreas”, conclui o gestor.

A base de dados foi desenvolvida pelo projeto Synergize com o apoio da startup QuipeTech e a participação de cerca de 20 instituições.

Policy briefs

Outro resultado gerado pelo workshop do projeto foi a organização de três policy briefs, que são resumos executivos com análises de temas relevantes e propostas de ação. Os documentos terão como temas: lacunas de conhecimento na Amazônia; conservação de peixes; e investimento em pesquisas de biodiversidade na Amazônia. O levantamento das informações para os policy briefs foi realizado pelos pesquisadores e representantes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMbio), Ideflor e de  organizações não-governamentais.

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