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Balde Cheio completa um ano de atividades com a COOPAR

Os técnicos da COOPAR, de São Lourenço do Sul, receberam a segunda capacitação técnica de 2022, via online, do Projeto Balde Cheio Sul , que completa um ano de execução de atividades junto às quatro propriedades parceiras. O treinamento realizado durante todo o dia 20 de maio, realçou os avanços na conscientização e na adoção de tecnologias para alcance de produtividade em sistemas de produção de pecuária leiteira. Participaram também os produtores de leite parceiros desta ideia, o consultor técnico do Projeto, Juliano Alarcom Fabrício, e o analista de Transferência de Tecnologias (TT) da UD, Sergio Bender.

A programação foi realizada em quatro sessões, com cada propriedade rural, com a presença dos técnicos da COOPAR e seus respectivos produtores parceiros dos municípios de Chuvisca, São Lourenço do Sul, Turuçu e Canguçu. Os técnicos que acompanham o Projeto são Lucas Lemke, Richard Timm, Suzana Specht e Marcos Pieper Mota.

O consultor técnico, Juliano Alarcom Fabrício, diz que o primeiro ano de realização do projeto é um trabalho forte na conscientização de novas práticas necessárias para o sistema de produção de leite de cada propriedade, respeitando as suas características e as metas propostas pelo proprietário rural. “É uma fase de quebra de paradigmas e de se ter a clareza do que precisa ser feito naquela propriedade. Além disso, é um período de estabelecimento de confiança por parte do produtor, que após obter os primeiros resultados de produção da sua propriedade, entende que é fácil fazer as mudanças, adotar as práticas recomendadas”, fala. Conforme Fabrício, este primeiro ano de Projeto é de praxe a realização de ajustes nas propriedades para que na segunda fase o foco seja o crescimento da produtividade leiteira, e consequentemente, de avanços financeiros.

O diretor técnico da COOPAR, Estêvão Kunde, fala que o Projeto veio atender a Cooperativa no momento certo, quando era incorporado um novo quadro de técnicos numa faixa etária jovem, que precisava de uma metodologia de trabalho, conhecendo e adotando a metodologia Balde Cheio. “É uma tecnologia clara, simples, objetiva, e que não existe milagre para produzir leite. Para se fazer dinheiro é preciso ter dados, ter indicadores e ter um norte a ser seguido”, destacou.

Segundo ele, na segunda fase é que será possível avaliar melhor o envolvimento das propriedades leiteiras parceiras na proposta do Projeto. “Este primeiro ano foi de organizar as áreas destinadas a pastagens, buscando as perenes, não necessitando de grandes áreas, mas de espaços bem planejados, onde realizam a análise dos solos, preparando-o bem para ter nutrientes suficientes e corrigir suas deficiências e aumentando o nível de produção de forragem para atendimento aos animais. Além disso, lembrou que o acesso a noções de gestão da propriedade, como por exemplo, o produtor que preenche as planilhas de anotações  e cumpre com esta tarefa de anotar os dados com frequência, estará gerenciando melhor seu negócio. “O que não se mede não se gerencia”, diz.

Estevão Kunde vê a diferença entre as propriedades e o rumo que cada uma quer seguir. “Vimos que é um começo para que o produtor saiba a sua realidade e tenha conhecimento dos seus indicadores produtivos para direcioná-lo ao aumento de produção leiteira”, considerou.

O analista de TT Sérgio Bender comentou que ao aplicar a metodologia Balde Cheio cada propriedade  envolvida terá resultados diferentes, pois cada Unidade de Produção traz a sua realidade inicial,  apresentando a sua velocidade na adoção, ou não, das práticas agropecuárias indicadas e essas serão realizadas conforme as possibilidades daquele produtor. Segundo ele, os técnicos da Cooperativa precisarão absorver esta ideia para se alcançar sucesso na aplicação da metodologia do Projeto. “Todos os técnicos participam de todas as capacitações, mesmo que ele tenha responsabilidade de acompanhar uma propriedade, que é a sua sala de aula, ele acompanhará a evolução das demais Unidades de Produção”, explicou. “O técnico perceberá que na atividade leiteira é necessário respeitar as peculiaridades, as individualidades e com isso ele terá uma maneira diferente de conduzir o trabalho de assistência com cada propriedade”, comentou.  Bender diz que o primeiro ano de aplicação da metodologia Balde Cheio é de conhecimento e reconhecimento das potencialidades das propriedades pelos técnicos e produtores e também de conscientização de todos os envolvidos neste processo.

Avaliação do manejo nas propriedades

O Projeto que conta com a parceria de quatro propriedades leiteiras vinculadas à COOPAR está na primeira fase. A propriedade de Tiago Dummer trouxe a experiência contrária ao preconceito que não conseguiriam implantar pastagens perenes. “Foi possível disponibilizar 3 ha de pastagens perenes, organizar a aplicação da adubação na área, e introduzir e produzir 4 ha de milho. A cada encontro é reforçada a ideia de se sentir amparado”, disse Dummer. Segundo o consultor técnico, no momento, a propriedade possui 20 vacas em lactação, com uma expectativa entre 19 e 25 mil litros de leite /mês. “Eles começaram com 90l/dia, e agora, estão produzindo 125l/dia”, pontuou Juliano.

A propriedade de Adriel Bartz já tinha bom manejo de pastagens, permanecendo uma boa e constante oferta. As orientações se concentraram em organizar melhor a dieta das vacas para que ao sofrerem ajustes nutricionais os animais tenham maior produtividade.   

A propriedade de Ildo e Iani Boelke foi identificada com problemas reprodutivos no rebanho, o qual foi feita uma tomada de decisão em conjunto envolvendo a gestão da propriedade: venda de alguns animais e a comercialização da produção de grãos para investimento em novos exemplares de gado de leite. “A propriedade tem um boa oferta forrageira, mas precisa investir em pastagens perenes. Estão em andamento os ajustes veterinários para resolução das questões reprodutivas das vacas”, disse Juliano.

A propriedade da Jamile e do Diego Casarin  foi considerada como interessante pelas mudanças que foram realizadas através da consultoria feita pelo Balde Cheio. “Eles fizeram uma adubação na lavoura de milho que aumentou a sua produção, sendo capaz de oferecer aos animais e ter disponibilidade do grão para comercialização. Os produtores ajustaram a dieta dos animais e se capacitaram ao participarem do curso de inseminação artificial.

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