Da observação da natureza, nasceu uma solução tecnológica que tem possibilitado o aumento de renda para o produtor, além de estar contribuindo também para diminuir os impactos no meio ambiente. É o jardim aquícola, uma miniestação ecológica para tratamento de efluentes de viveiros escavados, que ainda possibilita a produção de flores. Foi o que explicou o pesquisador da Embrapa Instrumentação (São Carlos/SP) Wilson Tadeu Lopes em entrevista ao programa Conexão Ciência. “Na ciência é possível partir de ciência básica, mas também, observando o trabalho da natureza. O jardim aquícola é um exemplo. Nos baseamos nas áreas alagadas que ocorrem na natureza durante milhões de anos para construir um sistema, o que chamamos de áreas alagadas construídas. Partindo desse conceito desenvolvemos um sistema que realiza o tratamento e o reúso da água em sistemas produtivos aquícolas”, explicou o pesquisador, detalhando que o sistema funciona como um pequeno lago. “Impermeabilizamos embaixo com uma geomembrana, enchemos de argila expandida e colocamos plantas que são adaptadas a meios aquáticos. Essas plantas, mais os microrganismos, mais esse meio filtrante produzido pela argila expandida, filtram e tratam naturalmente a água. Ou seja, estamos transformando aquela informação que a natureza nos provém em solução tecnológica.” Segundo Lopes, a tecnologia é de fácil manutenção e apresenta baixos custos de construção e de operação. Além disso ela reduz a matéria orgânica da água sem adicionar produtos químicos. Sem contar que a água tratada pode ser utilizada em outras atividades. “O jardim aquícola é um exemplo de boas práticas na piscicultura, como é preconizado pela ONU, nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS, já que uma das vantagens dele é o uso racional da água”, ressaltou. Passada a fase de experimento, a Embrapa procura agora parceiros para que a tecnologia seja comercializada e possa ser adotada por um grande número de produtores em todo o Brasil. “A ideia é transformar, de fato, essa tecnologia em um produto. O que queremos é desenvolver um sistema produtivo com respeito ambiental. O jardim aquícola é um excelente exemplo de que é possível conciliar desenvolvimento econômico com desenvolvimento social e ambiental”, concluiu. Interessados em firmar parceria entrar em contato pelos e-mails cnpdia.chtt@embrapa.br ou wilson.lopes-silva@embrapa.br. Confira aqui a entrevista na íntegra. Acesse o canal da Embrapa no Youtube e assista outras entrevistas.
Da observação da natureza, nasceu uma solução tecnológica que tem possibilitado o aumento de renda para o produtor, além de estar contribuindo também para diminuir os impactos no meio ambiente. É o jardim aquícola, uma miniestação ecológica para tratamento de efluentes de viveiros escavados, que ainda possibilita a produção de flores. Foi o que explicou o pesquisador da Embrapa Instrumentação (São Carlos/SP) Wilson Tadeu Lopes em entrevista ao programa Conexão Ciência.
“Na ciência é possível partir de ciência básica, mas também, observando o trabalho da natureza. O jardim aquícola é um exemplo. Nos baseamos nas áreas alagadas que ocorrem na natureza durante milhões de anos para construir um sistema, o que chamamos de áreas alagadas construídas. Partindo desse conceito desenvolvemos um sistema que realiza o tratamento e o reúso da água em sistemas produtivos aquícolas”, explicou o pesquisador, detalhando que o sistema funciona como um pequeno lago. “Impermeabilizamos embaixo com uma geomembrana, enchemos de argila expandida e colocamos plantas que são adaptadas a meios aquáticos. Essas plantas, mais os microrganismos, mais esse meio filtrante produzido pela argila expandida, filtram e tratam naturalmente a água. Ou seja, estamos transformando aquela informação que a natureza nos provém em solução tecnológica.”
Segundo Lopes, a tecnologia é de fácil manutenção e apresenta baixos custos de construção e de operação. Além disso ela reduz a matéria orgânica da água sem adicionar produtos químicos. Sem contar que a água tratada pode ser utilizada em outras atividades. “O jardim aquícola é um exemplo de boas práticas na piscicultura, como é preconizado pela ONU, nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS, já que uma das vantagens dele é o uso racional da água”, ressaltou.
Passada a fase de experimento, a Embrapa procura agora parceiros para que a tecnologia seja comercializada e possa ser adotada por um grande número de produtores em todo o Brasil. “A ideia é transformar, de fato, essa tecnologia em um produto. O que queremos é desenvolver um sistema produtivo com respeito ambiental. O jardim aquícola é um excelente exemplo de que é possível conciliar desenvolvimento econômico com desenvolvimento social e ambiental”, concluiu.
Interessados em firmar parceria entrar em contato pelos e-mails cnpdia.chtt@embrapa.br ou wilson.lopes-silva@embrapa.br.
Confira aqui a entrevista na íntegra.
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