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Consumidores participam de análise sensorial de farinha de mandioca com açafrão

Mais de 100 consumidores de Rio Branco experimentaram diferentes tipos de farinha de mandioca produzidas no Vale do Juruá, nos dias 24 e 25 de setembro, no Mercado Elias Mansour. A atividade de análise sensorial, realizada pela Embrapa Acre, teve como objetivo testar farinhas com distintas concentrações de açafrão-da-terra, corante natural também conhecido como cúrcuma. O resultado das avaliações servirá de base para definição da concentração da especiaria que mais agrada a preferência dos consumidores e poderá contribuir com políticas públicas para oficializar o seu uso por produtores de farinha no Brasil. De acordo com a pesquisadora Joana Maria Leite de Souza, o uso do açafrão em quantidades adequadas não atribui características indesejáveis à farinha de mandioca, nem representa perigo para a saúde do consumidor. “Essa prática é comum entre produtores acreanos e de outros estados e as avaliações sensoriais têm mostrado que agrada ao consumidor. A média das notas atribuídas às farinhas com açafrão estão acima de seis, em uma escala de zero a nove. Isso demonstra que o produto tem boa aceitabilidade pelo consumidor de Rio Branco”, ressalta. Etapas da pesquisa A análise sensorial das farinhas em Rio Branco é a segunda etapa da pesquisa que faz parte do projeto “Consolidação da Indicação Geográfica Cruzeiro do Sul”, desenvolvido pela Embrapa, em parceria com o Sebrae e Superintendência Federal de Agricultura (SFA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A primeira consulta sobre a impressão do consumidor acreano a respeito das farinhas com adição de açafrão foi realizada no início de setembro, no mercado do Produtor, em Cruzeiro do Sul. A pesquisadora Virgínia Álvares, coordenadora do projeto, destaca que as pesquisas para definição das concentrações de açafrão para uso na elaboração da farinha de mandioca produzida no Juruá iniciaram em 2015. “Esse trabalho é executado em várias etapas. Inicialmente, ouvimos produtores do Vale do Juruá e identificamos as quantidades de açafrão mais utilizadas no processo de elaboração da farinha. Agora queremos saber a opinião dos consumidores em relação ao produto, envolvendo aspectos como sabor, cor e crocância”, explica. Ainda segundo a pesquisadora, atualmente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite o uso do açafrão-da-terra desidratado e moído, como especiaria, na elaboração de alimentos, incluindo a farinha de mandioca, desde que o padrão de identidade e qualidade do produto final atenda a critérios para consumo, entretanto, a legislação vigente não estabelece limite de uso. Entre os objetivos do projeto está a definição de um protocolo de fabricação da farinha de mandioca amarela, com uso desse corante natural, a fim de garantir maior uniformidade às farinhas de Cruzeiro do Sul. “A intenção é determinar a quantidade máxima para uso, que resulte em um produto final adequado para o consumo e possibilite a sua classificado pela legislação. O ideal é que o próprio agricultor produza o açafrão-da-terra utilizado no processo de fabricação de farinha”, afirma Virgínia Álvares, acrescentando que esta prática possibilita conhecer a origem e qualidade da especiaria e evita problemas com adulterações. O próximo passo da pesquisa será a avaliação das farinhas produzidas no Juruá, quanto com relação aos aspectos de segurança e saúde do consumidor como presença de corpos estranhos e parâmetros de teores de acidez, pH, coloração e amido, entre outros aspectos que influenciam a qualidade do produto, trabalho que será realizado no Laboratório de Tecnologias de Alimento da Embrapa Acre. Palavra do consumidor A horticultora Eliana de Matos Silva, moradora do Ramal do Gama, no Polo Benfica, em Rio Branco, tem preferência pela farinha amarela. “A cor é bonita e o produto é sequinho e crocante. Gosto de açafrão na farinha e até no arroz. Participar da pesquisa é importante porque podemos expressar a nossa satisfação”, acrescenta. A consumidora Deusanira da Costa afirma que gostou de todas as farinhas que experimentou, mas também elegeu como preferida a de cor mais amarela. Ela considera a adição do açafrão na farinha uma ideia muito boa, porque além de conferir mais sabor ao produto, a raíz também é medicinal. “Compro, consumo e ainda indico para outras pessoas”, ressalta. Outra participante da pesquisa, Rosa Maria Alves, também horticultora, moradora do bairro Apolônio Sales, prefere a farinha branca porque é mais natural. “Além disso, a farinha com açafrão é mais cara. Compro somente para ocasiões especiais”, diz. Mandiotec Esse trabalho de pesquisa também recebe apoio do Projeto Mandiotec, que compõe o Projeto Integrado da Amazônia, financiado pelo Fundo Amazônia e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em cooperação com o Ministério do Meio Ambiente, iniciativa que tem como desafio promover o fortalecimento da cadeia produtiva da mandioca na região do Juruá, para aumento da renda e promoção da qualidade de vida das famílias rurais.

Mais de 100 consumidores de Rio Branco experimentaram diferentes tipos de farinha de mandioca produzidas no Vale do Juruá, nos dias 24 e 25 de setembro, no Mercado Elias Mansour. A atividade de análise sensorial, realizada pela Embrapa Acre, teve como objetivo testar farinhas com distintas concentrações de açafrão-da-terra, corante natural também conhecido como cúrcuma.

O resultado das avaliações servirá de base para definição da concentração da especiaria que mais agrada a preferência dos consumidores e poderá contribuir com políticas públicas para oficializar o seu uso por produtores de farinha no Brasil.

De acordo com a pesquisadora Joana Maria Leite de Souza, o uso do açafrão em quantidades adequadas não atribui características indesejáveis à farinha de mandioca, nem representa perigo para a saúde do consumidor. “Essa prática é comum entre produtores acreanos e de outros estados e as avaliações sensoriais têm mostrado que agrada ao consumidor. A média das notas atribuídas às farinhas com açafrão estão acima de seis, em uma escala de zero a nove. Isso demonstra que o produto tem boa aceitabilidade pelo consumidor de Rio Branco”, ressalta.

Etapas da pesquisa

A análise sensorial das farinhas em Rio Branco é a segunda etapa da pesquisa que faz parte do projeto “Consolidação da Indicação Geográfica Cruzeiro do Sul”, desenvolvido pela Embrapa, em parceria com o Sebrae e Superintendência Federal de Agricultura (SFA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A primeira consulta sobre a impressão do consumidor acreano a respeito das farinhas com adição de açafrão foi realizada no início de setembro, no mercado do Produtor, em Cruzeiro do Sul. A pesquisadora Virgínia Álvares, coordenadora do projeto, destaca  que as pesquisas para definição das concentrações de açafrão para uso na elaboração da farinha de mandioca produzida no Juruá iniciaram em 2015.

“Esse trabalho é executado em várias etapas. Inicialmente, ouvimos produtores do Vale do Juruá e identificamos as quantidades de açafrão mais utilizadas no processo de elaboração da farinha. Agora queremos saber a opinião dos consumidores em relação ao produto, envolvendo aspectos como sabor, cor e crocância”, explica.

Ainda segundo a pesquisadora, atualmente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite o uso do açafrão-da-terra desidratado e moído, como especiaria, na elaboração de alimentos, incluindo a farinha de mandioca, desde que o padrão de identidade e qualidade do produto final atenda a critérios para consumo, entretanto, a legislação vigente não estabelece limite de uso. Entre os objetivos do projeto está a definição de um protocolo de fabricação da farinha de mandioca amarela, com uso desse corante natural, a fim de garantir maior uniformidade às farinhas de Cruzeiro do Sul.

“A intenção é determinar a quantidade máxima para uso, que resulte em um produto final adequado para o consumo e possibilite a sua classificado pela legislação. O ideal é que o próprio agricultor produza o açafrão-da-terra utilizado no processo de fabricação de farinha”, afirma Virgínia Álvares, acrescentando que esta prática possibilita conhecer a origem e qualidade da especiaria e evita problemas com adulterações.

O próximo passo da pesquisa será a avaliação das farinhas produzidas no Juruá, quanto com relação aos aspectos de segurança e saúde do consumidor como  presença de corpos estranhos e parâmetros de teores de acidez, pH, coloração e amido, entre outros aspectos que influenciam a qualidade do produto, trabalho que será realizado no Laboratório de Tecnologias de Alimento da Embrapa Acre.

Palavra do consumidor

A horticultora Eliana de Matos Silva, moradora do Ramal do Gama, no Polo Benfica, em Rio Branco, tem preferência pela farinha amarela. “A cor é bonita e o produto é sequinho e crocante. Gosto de açafrão na farinha e até no arroz. Participar da pesquisa é importante porque podemos expressar a nossa satisfação”, acrescenta.

A consumidora Deusanira da Costa afirma que gostou de todas as farinhas que experimentou, mas também elegeu como preferida a de cor mais amarela. Ela considera a adição do açafrão na farinha uma ideia muito boa, porque além de conferir mais sabor ao produto, a raíz também é medicinal. “Compro, consumo e ainda indico para outras pessoas”, ressalta.

Outra participante da pesquisa, Rosa Maria Alves, também horticultora, moradora do bairro Apolônio Sales, prefere a farinha branca porque é mais natural. “Além disso, a farinha com açafrão é mais cara. Compro somente para ocasiões especiais”, diz.

Mandiotec

Esse trabalho de pesquisa também recebe apoio do Projeto Mandiotec, que compõe o Projeto Integrado da Amazônia, financiado pelo Fundo Amazônia e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em cooperação com o Ministério do Meio Ambiente, iniciativa que tem como desafio promover o fortalecimento da cadeia produtiva da mandioca na região do Juruá, para aumento da renda e promoção da qualidade de vida das famílias rurais.

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