“Os caminhos para a produção de trigo no Cerrado” foi tema da live promovida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) no dia 30/06. Os debatedores analisaram a situação do cultivo de trigo na região, os desafios para o crescimento e iniciativas para a promoção do cereal no Cerrado. O analista da Embrapa Trigo, Osvaldo Vieira, falou sobre o projeto para ampliar a área com trigo tropical no Brasil. O encontro foi moderado pelo presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Arioli. Segundo Arioli, a produção de trigo ainda é concentrada na Região Sul e, atualmente, apenas 10% da área plantada com a cultura está no Cerrado. Em 2020, a oferta brasileira foi de 6,2 milhões de toneladas, enquanto o consumo totalizou 12,1 milhões de toneladas (Conab), gerando uma balança comercial deficitária de US$ 1,4 bilhão. “O Brasil tem muito a ganhar com o crescimento do trigo e a redução da dependência internacional. Há um grande espaço para a expansão da produção nacional, gerando emprego e renda aqui”, afirmou. Apesar de ainda ser pequena, a produção do cereal teve um aumento de 150% nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e no oeste da Bahia nos últimos 10 anos, passando de 100 mil para 250 mil hectares. Outro destaque é a qualidade e a produtividade obtidas no Cerrado. “A pesquisa avançou muito nos últimos anos e o trigo começou a crescer na região. Hoje, temos uma plataforma completa de genética e manejo alinhada com a indústria moageira, que está animada com essa perspectiva”, disse Osvaldo Vieira. Para o presidente da Atriemg, Eduardo Abrahim, o futuro da triticultura e da autossuficiência em relação ao cereal passa pelo Brasil central. Conforme Abrahim, testes com as novas variedades desenvolvidas para o clima da região vêm apresentando índices elevados de produtividade em ciclos curtos. Na opinião de Pedro Mattana Jr., sócio-diretor da Mattana Consultoria Agronômica, entre os desafios para aumentar a área ainda estão a competição com o milho – que tem apresentado melhor rentabilidade nos últimos anos, a maior presença de moinhos operando na região e a disponibilidade de cultivares que tenham resistência à brusone, principal doença da cultura. Projeto Trigo Tropical O plano de trabalho para a expansão de área e aumento da competitividade do trigo na região tropical do Brasil Central foi construído pela Embrapa Trigo ouvindo as demandas do setor produtivo. De acordo com Osvaldo Vieira, o objetivo é alcançar a marca de 323 mil hectares cultivados na região até 2023, o que diminuiria em R$ 450 milhões o déficit da balança comercial. A iniciativa está focada em sete atividades – organizar a produção de sementes, transferir tecnologia para os sistemas de sequeiro e irrigado, apoiar a governança na cadeia produtiva, comunicação e divulgação do trigo tropical, aperfeiçoar o zoneamento climático, fortalecer núcleos de pesquisa e desenvolver materiais com tolerância à Brusone. A expectativa é que o projeto seja aprovado ainda este ano. Assista a live no canal do Sistema CNA no Youtube. Colaboração Assessoria de Comunicação CNA
“Os caminhos para a produção de trigo no Cerrado” foi tema da live promovida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) no dia 30/06. Os debatedores analisaram a situação do cultivo de trigo na região, os desafios para o crescimento e iniciativas para a promoção do cereal no Cerrado. O analista da Embrapa Trigo, Osvaldo Vieira, falou sobre o projeto para ampliar a área com trigo tropical no Brasil.
O encontro foi moderado pelo presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Arioli. Segundo Arioli, a produção de trigo ainda é concentrada na Região Sul e, atualmente, apenas 10% da área plantada com a cultura está no Cerrado. Em 2020, a oferta brasileira foi de 6,2 milhões de toneladas, enquanto o consumo totalizou 12,1 milhões de toneladas (Conab), gerando uma balança comercial deficitária de US$ 1,4 bilhão. “O Brasil tem muito a ganhar com o crescimento do trigo e a redução da dependência internacional. Há um grande espaço para a expansão da produção nacional, gerando emprego e renda aqui”, afirmou.
Apesar de ainda ser pequena, a produção do cereal teve um aumento de 150% nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e no oeste da Bahia nos últimos 10 anos, passando de 100 mil para 250 mil hectares. Outro destaque é a qualidade e a produtividade obtidas no Cerrado. “A pesquisa avançou muito nos últimos anos e o trigo começou a crescer na região. Hoje, temos uma plataforma completa de genética e manejo alinhada com a indústria moageira, que está animada com essa perspectiva”, disse Osvaldo Vieira.
Para o presidente da Atriemg, Eduardo Abrahim, o futuro da triticultura e da autossuficiência em relação ao cereal passa pelo Brasil central. Conforme Abrahim, testes com as novas variedades desenvolvidas para o clima da região vêm apresentando índices elevados de produtividade em ciclos curtos.
Na opinião de Pedro Mattana Jr., sócio-diretor da Mattana Consultoria Agronômica, entre os desafios para aumentar a área ainda estão a competição com o milho – que tem apresentado melhor rentabilidade nos últimos anos, a maior presença de moinhos operando na região e a disponibilidade de cultivares que tenham resistência à brusone, principal doença da cultura.
Projeto Trigo Tropical
O plano de trabalho para a expansão de área e aumento da competitividade do trigo na região tropical do Brasil Central foi construído pela Embrapa Trigo ouvindo as demandas do setor produtivo. De acordo com Osvaldo Vieira, o objetivo é alcançar a marca de 323 mil hectares cultivados na região até 2023, o que diminuiria em R$ 450 milhões o déficit da balança comercial.
A iniciativa está focada em sete atividades – organizar a produção de sementes, transferir tecnologia para os sistemas de sequeiro e irrigado, apoiar a governança na cadeia produtiva, comunicação e divulgação do trigo tropical, aperfeiçoar o zoneamento climático, fortalecer núcleos de pesquisa e desenvolver materiais com tolerância à Brusone. A expectativa é que o projeto seja aprovado ainda este ano.
Assista a live no canal do Sistema CNA no Youtube.
Colaboração Assessoria de Comunicação CNA