Ampliar o conhecimento sobre a dinâmica territorial da agropecuária, a complexidade do mundo rural e a sustentabilidade dos sistemas produtivos a partir das geotecnologias foram as metas da área de pesquisa da Embrapa Territorial no decorrer do ano de 2020 e início de 2021. Alguns projetos e entregas à sociedade brasileira são destaques no aniversário de 32 anos, comemorado neste 31 de maio. Para a chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento, Lucíola Magalhães, esses resultados exemplificam o compromisso da equipe do centro de pesquisa com as entregas pactuadas nos diversos contratos celebrados com parceiros, de curto a longo prazo, públicos e privados. “Nosso foco de atuação envolve o desenvolvimento territorial sustentável. O território é o elemento central de planejamento, e nossas equipes também atuam em parceria com outros centros de pesquisa da Embrapa e instituições públicas em busca de conhecimento e soluções para ampliar a competitividade da agropecuária nacional”, ressalta a gestora. Confira os destaques da área de P&D: Sistemas produtivos Em parceria com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) foi desenvolvido o estudo da repartição territorial, por bioma e por estado, da área cultivada, da produção, da produtividade e do valor da produção da cultura do algodão no Brasil na colheita de 2019. Este trabalho mostrou exclusiva concentração do cultivo do algodão no bioma Cerrado (aproximadamente 95% do total plantado e produzido no Brasil), mais especificamente na região sudeste do Mato Grosso e no oeste da Bahia. Neste estudo também foi observado não haver concentração estatística em nenhum outro bioma, inclusive na Amazônia, que responde por apenas 4% de toda produção nacional. Mesmo neste bioma, a produção se concentra em microrregiões no estado do Mato Grosso, situadas na transição com o bioma Cerrado. Em termos comparativos, a área plantada com algodão na Amazônia corresponde a menos de 5% da área cultivada com lavouras temporárias e permanentes nas microrregiões que possuem cotonicultura nesse bioma. Se incluídas as pastagens, a cotonicultura corresponde a menos de 2% da área total utilizada para fins agropecuários na Amazônia, de acordo com o Censo Agropecuário 2017. Além dos trabalhos focados no uso das geotecnologias para o aumento da competitividade e sustentabilidade da produção agropecuária, em bases territoriais, outro importante estudo foi o que avaliou a quantidade de carbono sequestrada na produção de soja, milho e algodão em solo arenoso do Cerrado da Bahia. O trabalho concluiu que o sistema plantio direto, em solo arenoso do extremo oeste baiano, é fundamental para a obtenção de produtividades mais elevadas e o aumento dos estoques de carbono no solo, viabilizando a atividade agrícola na região. O estudo foi publicado em 2020 e realizado em conjunto com pesquisadores da Embrapa Algodão, com apoio da Fundação Bahia e do Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro). Leia mais sobre os resultados da pesquisa em: “Sequestro de carbono em sistemas de produção de soja, milho e algodão em solo arenoso do Cerrado da Bahia” Mundo rural brasileiro Os trabalhos relacionados às análises dos dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) do Serviço Florestal Brasileiro seguem de forma permanente. Em 2020, a equipe da Embrapa Territorial unificou os dados geocodificados de mais de cinco milhões de estabelecimentos agropecuários do Censo Agropecuário 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e os imóveis rurais registrados no CAR. Os resultados foram abordados em capítulo do livro “Uma Jornada pelos Contrastes do Brasil: Cem anos do Censo Agropecuário”. A obra, parceria do Mapa e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com apoio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi lançada pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina. Acesse o livro aqui. Ainda neste último ano, foram realizadas análises para quantificar as áreas destinadas à preservação da vegetação nativa nos imóveis rurais dos estados de Rondônia e Piauí, em nível municipal. Esses estudos apontam o produtor rural operando como principal agente de preservação ambiental em seus estados. Em Rondônia, os imóveis rurais contribuem com 43% das áreas destinadas à preservação no estado. No Piauí, os produtores rurais destinam à preservação, dentro de suas propriedades, 29,1% da área do estado. Saiba mais sobre os estudos em escala estaduais: Dimensão territorial das áreas destinadas à preservação nativa em propriedades rurais do estado de Rondônia Quantificação das áreas destinadas à preservação nas propriedades rurais do Estado do Piauí Serviços ecossistêmicos – Amazônia Com o objetivo de difundir o conhecimento, compartilhar experiências e promover o debate a respeito de serviços ecossistêmicos no bioma Amazônia foi realizado, no início deste ano, o seminário remoto “Experiências em Serviços Ecossistêmicos – Amazônia”. O evento foi uma ação do projeto “ASEAM: Construção do conhecimento e sistematização de experiências sobre valoração e pagamento por serviços ecossistêmicos e ambientais no contexto da agricultura familiar amazônica”, liderado pela Embrapa Territorial. Este projeto é um dos 19 estudos da Embrapa que recebem financiamento do Fundo Amazônia, e componentes do Projeto Integrado da Amazônia (PIAmz). Como resultado desta atividade, que reuniu representantes de instituições públicas, da sociedade civil organizada e de especialistas no tema, está em elaboração um livro eletrônico com as discussões apresentadas nos painéis e nas mesas-redondas. O conteúdo também moldará uma publicação técnica da Embrapa com a sistematização dos assuntos abordados nas palestras e nas mesas-redondas do evento. Assista aos vídeos do seminário: Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) na Amazônia – 1ª parte Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) na Amazônia – 2ª parte Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) na Amazônia – 3ª parte Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) na Amazônia – 4ª parte
Ampliar o conhecimento sobre a dinâmica territorial da agropecuária, a complexidade do mundo rural e a sustentabilidade dos sistemas produtivos a partir das geotecnologias foram as metas da área de pesquisa da Embrapa Territorial no decorrer do ano de 2020 e início de 2021. Alguns projetos e entregas à sociedade brasileira são destaques no aniversário de 32 anos, comemorado neste 31 de maio.
Para a chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento, Lucíola Magalhães, esses resultados exemplificam o compromisso da equipe do centro de pesquisa com as entregas pactuadas nos diversos contratos celebrados com parceiros, de curto a longo prazo, públicos e privados.
“Nosso foco de atuação envolve o desenvolvimento territorial sustentável. O território é o elemento central de planejamento, e nossas equipes também atuam em parceria com outros centros de pesquisa da Embrapa e instituições públicas em busca de conhecimento e soluções para ampliar a competitividade da agropecuária nacional”, ressalta a gestora.
Confira os destaques da área de P&D:
Sistemas produtivos
Em parceria com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) foi desenvolvido o estudo da repartição territorial, por bioma e por estado, da área cultivada, da produção, da produtividade e do valor da produção da cultura do algodão no Brasil na colheita de 2019. Este trabalho mostrou exclusiva concentração do cultivo do algodão no bioma Cerrado (aproximadamente 95% do total plantado e produzido no Brasil), mais especificamente na região sudeste do Mato Grosso e no oeste da Bahia.
Neste estudo também foi observado não haver concentração estatística em nenhum outro bioma, inclusive na Amazônia, que responde por apenas 4% de toda produção nacional. Mesmo neste bioma, a produção se concentra em microrregiões no estado do Mato Grosso, situadas na transição com o bioma Cerrado. Em termos comparativos, a área plantada com algodão na Amazônia corresponde a menos de 5% da área cultivada com lavouras temporárias e permanentes nas microrregiões que possuem cotonicultura nesse bioma. Se incluídas as pastagens, a cotonicultura corresponde a menos de 2% da área total utilizada para fins agropecuários na Amazônia, de acordo com o Censo Agropecuário 2017.
Além dos trabalhos focados no uso das geotecnologias para o aumento da competitividade e sustentabilidade da produção agropecuária, em bases territoriais, outro importante estudo foi o que avaliou a quantidade de carbono sequestrada na produção de soja, milho e algodão em solo arenoso do Cerrado da Bahia.
O trabalho concluiu que o sistema plantio direto, em solo arenoso do extremo oeste baiano, é fundamental para a obtenção de produtividades mais elevadas e o aumento dos estoques de carbono no solo, viabilizando a atividade agrícola na região. O estudo foi publicado em 2020 e realizado em conjunto com pesquisadores da Embrapa Algodão, com apoio da Fundação Bahia e do Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro).
Leia mais sobre os resultados da pesquisa em: “Sequestro de carbono em sistemas de produção de soja, milho e algodão em solo arenoso do Cerrado da Bahia”
Mundo rural brasileiro
Os trabalhos relacionados às análises dos dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) do Serviço Florestal Brasileiro seguem de forma permanente. Em 2020, a equipe da Embrapa Territorial unificou os dados geocodificados de mais de cinco milhões de estabelecimentos agropecuários do Censo Agropecuário 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e os imóveis rurais registrados no CAR. Os resultados foram abordados em capítulo do livro “Uma Jornada pelos Contrastes do Brasil: Cem anos do Censo Agropecuário”. A obra, parceria do Mapa e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com apoio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi lançada pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina.
Acesse o livro aqui.
Ainda neste último ano, foram realizadas análises para quantificar as áreas destinadas à preservação da vegetação nativa nos imóveis rurais dos estados de Rondônia e Piauí, em nível municipal. Esses estudos apontam o produtor rural operando como principal agente de preservação ambiental em seus estados.
Em Rondônia, os imóveis rurais contribuem com 43% das áreas destinadas à preservação no estado. No Piauí, os produtores rurais destinam à preservação, dentro de suas propriedades, 29,1% da área do estado.
Saiba mais sobre os estudos em escala estaduais:
Dimensão territorial das áreas destinadas à preservação nativa em propriedades rurais do estado de Rondônia
Quantificação das áreas destinadas à preservação nas propriedades rurais do Estado do Piauí
Serviços ecossistêmicos – Amazônia
Com o objetivo de difundir o conhecimento, compartilhar experiências e promover o debate a respeito de serviços ecossistêmicos no bioma Amazônia foi realizado, no início deste ano, o seminário remoto “Experiências em Serviços Ecossistêmicos – Amazônia”.
O evento foi uma ação do projeto “ASEAM: Construção do conhecimento e sistematização de experiências sobre valoração e pagamento por serviços ecossistêmicos e ambientais no contexto da agricultura familiar amazônica”, liderado pela Embrapa Territorial. Este projeto é um dos 19 estudos da Embrapa que recebem financiamento do Fundo Amazônia, e componentes do Projeto Integrado da Amazônia (PIAmz).
Como resultado desta atividade, que reuniu representantes de instituições públicas, da sociedade civil organizada e de especialistas no tema, está em elaboração um livro eletrônico com as discussões apresentadas nos painéis e nas mesas-redondas. O conteúdo também moldará uma publicação técnica da Embrapa com a sistematização dos assuntos abordados nas palestras e nas mesas-redondas do evento.
Assista aos vídeos do seminário:
Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) na Amazônia – 1ª parte
Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) na Amazônia – 2ª parte
Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) na Amazônia – 3ª parte
Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) na Amazônia – 4ª parte