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40 anos da Embrapa Hortaliças: contribuições ao agronegócio brasileiro

A Embrapa Hortaliças iniciou suas atividades em 1975, com a criação da Unidade de Pesquisa de Âmbito Estadual de Brasília (UEPAE de Brasília), especializada em pesquisa de hortaliças. Contudo, foi apenas no dia 27 de maio de 1981 que a Unidade foi elevada a Centro Nacional de Pesquisa de Hortaliças, com o propósito de executar atividades de pesquisa sobre os fatores que limitavam o desenvolvimento das hortaliças em condições tropicais. Em 1997, estabeleceu-se a denominação Embrapa Hortaliças. Nesse período, destacam-se os trabalhos de melhoramento genético, que resultaram em cultivares adaptadas às condições edafoclimáticas brasileiras, bem como o desenvolvimento de sistemas de produção adequados ao território nacional e às modernas exigências da produção agrícola. Seguindo o modelo da Embrapa, a missão da Embrapa Hortaliças tem sido, desde o início, “viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação em hortaliças que contribuam para a sustentabilidade da agricultura em benefício da sociedade brasileira”. Para atingir o que se delineia em sua visão, os recursos humanos da Embrapa Hortaliças evoluíram e mudaram ao longo dessas quatro décadas, sendo constituídos, atualmente, por um quadro técnico composto por 165 empregados efetivos, sendo 59 assistentes, 29 técnicos, 37 analistas e 40 pesquisadores. A equipe de pesquisadores atua em diversas áreas das Ciências Agrárias, cujos trabalhos agregam ações conjuntas visando soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação no atendimento de demandas identificadas junto a produtores, empresas parceiras e programas institucionais, do Brasil e de outros países. Já a equipe de transferência de tecnologia e comunicação mobiliza esforços para estabelecer uma ponte entre a pesquisa científica e a cadeia produtiva, fazendo com que os processos e produtos gerados alcancem os extensionistas rurais e os agentes multiplicadores e, assim, sejam replicados pelos horticultores em benefício da sociedade brasileira. A partir da prospecção de demandas e do incentivo à adoção de tecnologias, a Embrapa Hortaliças busca a gestão integrada do conhecimento e, para isso, conta com uma rede de parceiros dos setores público e privado. Na área socioambiental, desenvolve uma série de ações em benefício da sociedade e do meio ambiente, que permitem fomentar a qualidade de vida das pessoas, bem como o melhor uso dos recursos naturais. Assim, com foco em pesquisa e desenvolvimento para a produção eficiente e competitiva da olericultura, a Unidade é reconhecida como um centro de referência no Brasil e no exterior pela sua contribuição técnico-científica e pela capacidade de articulação em prol da sustentabilidade do espaço rural e do agronegócio de hortaliças, em que suas tecnologias têm promovido o desenvolvimento econômico, ambiental e social, dando retorno aos investimentos dos brasileiros. A produção e o consumo de alimentos saudáveis são demandas crescentes de nossa população. É sabido que as hortaliças têm um elevado potencial nutricional, apresentando nutrientes importantes como sais minerais, vitaminas, fibras, antioxidantes e outros compostos bioativos. Logo, a melhoria da composição nutricional das hortaliças, com maior presença de compostos funcionais nos alimentos produzidos, seja por meio do uso de cultivares desenvolvidas para esse fim, de alterações no sistema de produção ou mesmo por melhoria das condições pós-colheita, tem sido buscada incansavelmente em nossas pesquisas científicas como forma de atendimento aos anseios dos consumidores. Estratégias para redução de perdas e desperdício pós-colheita também devem ser endereçadas, nos próximos anos, para melhorar a qualidade e o acesso às hortaliças. Nessa mesma linha, outras ações que promovam o combate à fome, seja ela visível (por falta de acesso às hortaliças) ou invisível (por manutenção de uma dieta inadequada em termos nutricionais), têm sido priorizadas pela Unidade com o intuito de elevar o consumo médio de hortaliças por parte da população, acarretando maior ganho financeiro para os diferentes atores da cadeia. Contribui, assim, com os objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), ajudando a enfrentar problemas globais urgentes, como a fome e a pobreza. Atualmente, uma grande demanda por produtos oriundos de sistemas de produção sustentáveis, passíveis de certificação e rastreamento, além de denominação de origem, tem sido foco das atividades da Embrapa Hortaliças. Nesse sentido, sistemas poupadores de recursos e redutores do uso de agrotóxicos devem ter sua importância aumentada, e é o caso, por exemplo, da agricultura orgânica, do sistema de plantio direto de hortaliças e de sistemas agroflorestais e hidropônicos – todos esses temas deverão prevalecer em nossas atividades de pesquisa. Temas prioritários como agricultura digital, rastreabilidade e logística associadas aos sistemas produtivos, agregação de valor aos produtos e serviços agropecuários e agroindustriais, adaptação e mitigação frente aos efeitos da mudança do clima, aproveitamento e transformação de biomassa para energia renovável, bioprodutos e bioinsumos, desenvolvimento territorial sustentável, uso e conservação de recursos naturais e sanidade agropecuária estão no radar da Embrapa Hortaliças e também estão sendo contemplados nos esforços de pesquisa e desenvolvimento. Por isso, ao consumir um tomate ou uma cenoura rica em carotenoides em sua salada, um alho produzido nacionalmente para temperar a sua comida, uma mandioquinha-salsa na sua sopa, um molho de pimenta para harmonizar o seu prato, uma pasta de grão-de-bico no seu aperitivo ou uma ervilha em seu sanduíche, você está consumindo muito mais que cores, sabores, texturas e aromas, além dos nutrientes desses importantes alimentos, pois tem ciência por trás dessas hortaliças. Todos esses e vários outros exemplos das tecnologias geradas são frutos de um compromisso coletivo de todos os empregados e parceiros da Embrapa Hortaliças, para uma agricultura que tem como base a pesquisa, o desenvolvimento, a inovação e a competência do nosso agricultor. Desafios como a redução do orçamento para as atividades de apoio a pesquisa, desenvolvimento e inovação, bem como a diminuição do quadro de colaboradores estarão no dia a dia da Unidade, fazendo-se necessária uma maior criatividade e eficiência, uma maior dedicação das equipes, um fortalecimento de parcerias e a busca de alternativas em diversas frentes no decorrer dos próximos anos. Finalmente, este relato só prova que existem, sim, motivos para comemorar, juntamente com todos os parceiros e produtores, os 40 anos da pesquisa desenvolvida na Embrapa Hortaliças.

A Embrapa Hortaliças iniciou suas atividades em 1975, com a criação da Unidade de Pesquisa de Âmbito Estadual de Brasília (UEPAE de Brasília), especializada em pesquisa de hortaliças. Contudo, foi apenas no dia 27 de maio de 1981 que a Unidade foi elevada a Centro Nacional de Pesquisa de Hortaliças, com o propósito de executar atividades de pesquisa sobre os fatores que limitavam o desenvolvimento das hortaliças em condições tropicais. Em 1997, estabeleceu-se a denominação Embrapa Hortaliças.

Nesse período, destacam-se os trabalhos de melhoramento genético, que resultaram em cultivares adaptadas às condições edafoclimáticas brasileiras, bem como o desenvolvimento de sistemas de produção adequados ao território nacional e às modernas exigências da produção agrícola. Seguindo o modelo da Embrapa, a missão da Embrapa Hortaliças tem sido, desde o início, “viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação em hortaliças que contribuam para a sustentabilidade da agricultura em benefício da sociedade brasileira”.

Para atingir o que se delineia em sua visão, os recursos humanos da Embrapa Hortaliças evoluíram e mudaram ao longo dessas quatro décadas, sendo constituídos, atualmente, por um quadro técnico composto por 165 empregados efetivos, sendo 59 assistentes, 29 técnicos, 37 analistas e 40 pesquisadores. A equipe de pesquisadores atua em diversas áreas das Ciências Agrárias, cujos trabalhos agregam ações conjuntas visando soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação no atendimento de demandas identificadas junto a produtores, empresas parceiras e programas institucionais, do Brasil e de outros países.

Já a equipe de transferência de tecnologia e comunicação mobiliza esforços para estabelecer uma ponte entre a pesquisa científica e a cadeia produtiva, fazendo com que os processos e produtos gerados alcancem os extensionistas rurais e os agentes multiplicadores e, assim, sejam replicados pelos horticultores em benefício da sociedade brasileira.

A partir da prospecção de demandas e do incentivo à adoção de tecnologias, a Embrapa Hortaliças busca a gestão integrada do conhecimento e, para isso, conta com uma rede de parceiros dos setores público e privado. Na área socioambiental, desenvolve uma série de ações em benefício da sociedade e do meio ambiente, que permitem fomentar a qualidade de vida das pessoas, bem como o melhor uso dos recursos naturais.

Assim, com foco em pesquisa e desenvolvimento para a produção eficiente e competitiva da olericultura, a Unidade é reconhecida como um centro de referência no Brasil e no exterior pela sua contribuição técnico-científica e pela capacidade de articulação em prol da sustentabilidade do espaço rural e do agronegócio de hortaliças, em que suas tecnologias têm promovido o desenvolvimento econômico, ambiental e social, dando retorno aos investimentos dos brasileiros.

A produção e o consumo de alimentos saudáveis são demandas crescentes de nossa população. É sabido que as hortaliças têm um elevado potencial nutricional, apresentando nutrientes importantes como sais minerais, vitaminas, fibras, antioxidantes e outros compostos bioativos. Logo, a melhoria da composição nutricional das hortaliças, com maior presença de compostos funcionais nos alimentos produzidos, seja por meio do uso de cultivares desenvolvidas para esse fim, de alterações no sistema de produção ou mesmo por melhoria das condições pós-colheita, tem sido buscada incansavelmente em nossas pesquisas científicas como forma de atendimento aos anseios dos consumidores. Estratégias para redução de perdas e desperdício pós-colheita também devem ser endereçadas, nos próximos anos, para melhorar a qualidade e o acesso às hortaliças.

Nessa mesma linha, outras ações que promovam o combate à fome, seja ela visível (por falta de acesso às hortaliças) ou invisível (por manutenção de uma dieta inadequada em termos nutricionais), têm sido priorizadas pela Unidade com o intuito de elevar o consumo médio de hortaliças por parte da população, acarretando maior ganho financeiro para os diferentes atores da cadeia. Contribui, assim, com os objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), ajudando a enfrentar problemas globais urgentes, como a fome e a pobreza.

Atualmente, uma grande demanda por produtos oriundos de sistemas de produção sustentáveis, passíveis de certificação e rastreamento, além de denominação de origem, tem sido foco das atividades da Embrapa Hortaliças. Nesse sentido, sistemas poupadores de recursos e redutores do uso de agrotóxicos devem ter sua importância aumentada, e é o caso, por exemplo, da agricultura orgânica, do sistema de plantio direto de hortaliças e de sistemas agroflorestais e hidropônicos – todos esses temas deverão prevalecer em nossas atividades de pesquisa.

Temas prioritários como agricultura digital, rastreabilidade e logística associadas aos sistemas produtivos, agregação de valor aos produtos e serviços agropecuários e agroindustriais, adaptação e mitigação frente aos efeitos da mudança do clima, aproveitamento e transformação de biomassa para energia renovável, bioprodutos e bioinsumos, desenvolvimento territorial sustentável, uso e conservação de recursos naturais e sanidade agropecuária estão no radar da Embrapa Hortaliças e também estão sendo contemplados nos esforços de pesquisa e desenvolvimento.

Por isso, ao consumir um tomate ou uma cenoura rica em carotenoides em sua salada, um alho produzido nacionalmente para temperar a sua comida, uma mandioquinha-salsa na sua sopa, um molho de pimenta para harmonizar o seu prato, uma pasta de grão-de-bico no seu aperitivo ou uma ervilha em seu sanduíche, você está consumindo muito mais que cores, sabores, texturas e aromas, além dos nutrientes desses importantes alimentos, pois tem ciência por trás dessas hortaliças. Todos esses e vários outros exemplos das tecnologias geradas são frutos de um compromisso coletivo de todos os empregados e parceiros da Embrapa Hortaliças, para uma agricultura que tem como base a pesquisa, o desenvolvimento, a inovação e a competência do nosso agricultor.

Desafios como a redução do orçamento para as atividades de apoio a pesquisa, desenvolvimento e inovação, bem como a diminuição do quadro de colaboradores estarão no dia a dia da Unidade, fazendo-se necessária uma maior criatividade e eficiência, uma maior dedicação das equipes, um fortalecimento de parcerias e a busca de alternativas em diversas frentes no decorrer dos próximos anos. Finalmente, este relato só prova que existem, sim, motivos para comemorar, juntamente com todos os parceiros e produtores, os 40 anos da pesquisa desenvolvida na Embrapa Hortaliças.

Warley Marcos Nascimento
Chefe-Geral da Embrapa Hortaliças

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Telefone: (61) 3385-9000

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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