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Cientistas brasileiros e europeus debatem o uso sustentável e a conservação da biodiversidade

Avanços como o intercâmbio de conhecimento entre cientistas brasileiros e agricultores familiares no âmbito do Projeto Bem Diverso, executado pela Embrapa em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em prol do desenvolvimento sustentável e da redução da pobreza no campo, contribuindo para a melhoria da vida das populações rural e urbana, foram alguns dos pontos destacados na abertura do Seminário Internacional – A experiência europeia e brasileira na promoção do uso e conservação da Biodiversidade, aberto da manhã desta segunda-feira, dia 2/3 pelo diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Empresa, Guy de Capdeville, no Auditório Biomas, no bloco D da Sede. “ A ciência quer ir até as populações extrativistas, populações que vivem em extrema miséria e possibilitar que essas, por meio de tecnologias, possam se reunir e formar cooperativas e associações que promovam o desenvolvimento sustentável em suas regiões”, disse Capdeville. Ele comentou a importância de parceiros como o PNUD, a UE e instituições estrangeiras representadas no evento para fomentar a redução do uso da biodiversidade com base em tecnologias que permitam renda aos pequenos agricultores sem diminuir os recursos naturais, valorizando o homem. Sobre isso o diretor deu exemplo das quebradeiras do coco de babaçu – palmeira nativa do Brasil e com maior concentração no Estado do Maranhão, que vivem em extrema pobreza, sendo que esse fruto é a única fonte de renda de muitas famílias. É importante que essas populações que sobrevivem do extrativismo se reúnam, formem cooperativas, melhorem de vida e nós temos condições de fortalecer os agricultores familiares”, disse Guy de Capdeville. Para o diretor é imprescindível que uma instituição de pesquisa como a Embrapa atue com as comunidades pobres dos diferentes biomas do Brasil. O embaixador da União Europeia (UE) no Brasil, Ignacio Ibañez, reforçou o comprometimento desse organismo com iniciativas estratégicas que, a exemplo do Bem Diverso, primem pela sustentabilidade do planeta. Segundo Ibañez são práticas como as realizadas no Bem Diverso – entre elas a restauração do Cerrado, o trabalho de extrativistas que em cooperativas superam dificuldades, que animam a tomada de medidas para fortalecer a parceria entre instituições europeias e brasileiras, em especial com a Embrapa. O embaixador disse que, considerando a preocupação daquela comunidade com relação às perdas na biodiversidade em nível mundial, é preciso ir adiante com essa parceria considerando a importância do cumprimento de metas no Pacto Verde (ou Pacto Ecológico Europeu) para o qual o maior desafio é ser o primeiro continente com impacto neutro no clima até 2050. Os europeus estão cientes de que o Pacto Verde é uma nova estratégia de crescimento da UE e a participação e o empenhamento de todos são fundamentais para o seu sucesso por um mundo melhor. Dialogando com os setores O seminário iniciado nesse dia 2/3, na prática, é a porta de entrada da segunda etapa do projeto Diálogos Setoriais, promovido pela União Europeia, Ministério de Economia, Ministério de Relações Exteriores, Embrapa, PNUD e GEF (equipe do projeto Bem Diverso). A ideia enriquecer os diálogos ocorridos com diferentes setores em uma primeira etapa,promovendo uma dinâmica de cooperação e discussão de temas relacionados ao uso sustentável e conservação da biodiversidade. A base disso são as experiências europeias e brasileiras. A primeira etapa ocorreu a partir do encontro de pesquisadores da Embrapa com seus pares de universidades europeias em cidades da Alemanha, Finlândia e Holanda, em outubro e novembro de 2019, lembrou o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Aldicir Scariot, atualmente na Universidade de Wageningen (Holanda) e uma das lideranças do Bem Diverso. Agora, cientistas da Alemanha, Finlandia e Holanda participam do Seminário contando as novidades dos seus projetos, buscando traçar pontos de interesses com os da Embrapa. Eles vão visitar o território da cidadania do Alto Rio Pardo (Minas Gerais) e ver de perto como foram desenvolvidas as ações naquela região. O coordenador do projeto Bem Diverso, Anderson Sevilha, comentou que o evento é uma oportunidade para troca de experiências e melhores práticas entre as atividades realizadas pelos centros de pesquisa europeus e pelo equipe do Bem Diverso, nos biomas da Amazônia, Caatinga e Cerrado. A expectativa da Chefe-geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Cléria Inglis é de que parcerias como as estabelecidas por meio desse programa cada vez mais se fortaleçam, valorizando as iniciativas científicas bem como aquelas dos agricultores familiares. Ela citou como exemplo o projeto Rota dos Butiazais, que por meio do trabalho cooperativo, tem alcançado excelentes resultados na comercialização de produtos oriundos do butiá (palmeira existente no Sul do Brasil e também no uruguai, Argentina e Paraguai). “A fibra extraída dessa planta atualmente vem sendo utilizada para fazer sacolas reutilizáveis de uma grande rede do varejo da moda”, comemorou Cléria. Sobre o Projeto Bem Diverso Foi iniciado em 2016 e visa contribuir para a conservação da biodiversidade brasileira em paisagens de múltiplos usos, por meio do manejo sustentável da biodiversidade e de sistemas agroflorestais (SAFs), de maneira a assegurar os modos de vida das comunidades tradicionais e agricultores familiares, gerando renda e melhorando a qualidade de vida. São parceiros a Embrapa e o PNUD, com recursos do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF), com execução realizada em parceria com organizações do governo e da sociedade civil. Territórios onde são desenvolvidas as ações Nos biomas Amazônia, Cerrado e caatinga, os territórios são seis: Alto Acre e Capixaba (AC); Alto Rio Pardo (MG);Marajó (PA);Médio Mearim (MA); Sertão de São Francisco (BA); Sobral (CE). Saiba mais sobre a programação do seminário, que continua na tarde desta segunda-feira, clicando aqui

   Avanços como o intercâmbio de conhecimento entre cientistas brasileiros e agricultores familiares no âmbito do Projeto Bem Diverso, executado pela Embrapa em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em prol do desenvolvimento sustentável e da redução da pobreza no campo, contribuindo para a melhoria da vida das populações rural e urbana, foram alguns dos pontos destacados na abertura do Seminário Internacional – A experiência europeia e brasileira na promoção do uso e conservação da Biodiversidade, aberto da manhã desta segunda-feira, dia 2/3 pelo diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Empresa, Guy de Capdeville, no Auditório Biomas, no bloco D da Sede.

   “ A ciência quer ir até as populações extrativistas, populações que vivem em extrema miséria e possibilitar que essas, por meio de tecnologias, possam se reunir e formar cooperativas e associações que promovam o desenvolvimento sustentável em suas regiões”, disse Capdeville. Ele comentou a importância de parceiros como o PNUD, a UE e instituições estrangeiras representadas no evento para fomentar a redução do uso da biodiversidade com base em tecnologias que permitam renda aos pequenos agricultores sem diminuir os recursos naturais, valorizando o homem. Sobre isso o diretor deu exemplo das quebradeiras do coco de babaçu – palmeira nativa do Brasil e com maior concentração no Estado do Maranhão,  que vivem em extrema pobreza, sendo que esse fruto é a única fonte de renda de muitas famílias. É importante que essas populações que sobrevivem do extrativismo se reúnam, formem cooperativas, melhorem de vida e nós temos condições de fortalecer os agricultores familiares”, disse Guy de Capdeville.

      Para o diretor é imprescindível que uma instituição de pesquisa como a Embrapa atue com as comunidades pobres dos diferentes biomas do Brasil. O embaixador da União Europeia (UE) no Brasil, Ignacio Ibañez, reforçou o comprometimento desse organismo com iniciativas estratégicas que, a exemplo do Bem Diverso, primem pela sustentabilidade do planeta. Segundo Ibañez são práticas como as realizadas no Bem Diverso – entre elas a restauração do Cerrado, o trabalho de extrativistas que em cooperativas superam dificuldades, que animam a tomada de medidas para fortalecer a parceria entre instituições europeias e brasileiras, em especial com a Embrapa. 

   O embaixador disse que, considerando a preocupação daquela comunidade com relação às perdas na biodiversidade em nível mundial, é preciso ir adiante com essa parceria considerando a importância do cumprimento de metas no Pacto Verde (ou Pacto Ecológico Europeu) para o qual o maior desafio é ser o primeiro continente com impacto neutro no clima até 2050. Os europeus estão cientes de que o Pacto Verde é uma nova estratégia de crescimento da UE e a participação e o empenhamento de todos são fundamentais para o seu sucesso por um mundo melhor.

   Dialogando com os setores

    O seminário iniciado nesse dia 2/3, na prática, é a porta de entrada da segunda etapa do projeto Diálogos Setoriais, promovido pela União Europeia, Ministério de Economia, Ministério de Relações Exteriores, Embrapa, PNUD e GEF (equipe do projeto Bem Diverso). A ideia enriquecer os diálogos ocorridos com diferentes setores em uma primeira etapa,promovendo uma dinâmica de cooperação e discussão de temas relacionados ao uso sustentável e conservação da biodiversidade. A base disso são as experiências europeias e brasileiras.

   A primeira etapa ocorreu a partir do encontro de pesquisadores da Embrapa com seus pares de universidades europeias em cidades da Alemanha, Finlândia e Holanda, em outubro e novembro de 2019, lembrou o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Aldicir Scariot, atualmente na Universidade de Wageningen (Holanda) e uma das lideranças do Bem Diverso. 

   Agora, cientistas da Alemanha, Finlandia e Holanda participam do Seminário  contando as novidades dos seus projetos, buscando traçar pontos de interesses com os da Embrapa. Eles vão visitar o território da cidadania do Alto Rio Pardo (Minas Gerais) e ver de perto como foram desenvolvidas as ações naquela região. 

   O coordenador do projeto Bem Diverso, Anderson Sevilha,  comentou que o evento é uma oportunidade para troca de experiências e melhores práticas entre as atividades realizadas pelos centros de pesquisa europeus e pelo equipe do Bem Diverso, nos biomas da Amazônia, Caatinga e Cerrado. A expectativa da Chefe-geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Cléria Inglis é de que parcerias como as estabelecidas por meio desse programa cada vez mais se fortaleçam, valorizando as iniciativas científicas bem como aquelas dos agricultores familiares. Ela citou como exemplo o projeto Rota dos Butiazais, que por meio do trabalho cooperativo, tem alcançado excelentes resultados na comercialização de produtos oriundos do butiá (palmeira existente no Sul do Brasil e também no uruguai, Argentina e Paraguai). “A fibra extraída dessa planta atualmente vem sendo utilizada para fazer sacolas reutilizáveis de uma grande rede do varejo da moda”, comemorou Cléria. 

   Sobre o Projeto Bem Diverso

   Foi iniciado em 2016 e visa contribuir para a conservação da biodiversidade brasileira em paisagens de múltiplos usos, por meio do manejo sustentável da biodiversidade e de sistemas agroflorestais (SAFs), de maneira a assegurar os modos de vida das comunidades tradicionais e agricultores familiares, gerando renda e melhorando a qualidade de vida. São parceiros a Embrapa e o PNUD, com recursos do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF), com execução realizada em parceria com organizações do governo e da sociedade civil.

   Territórios onde são desenvolvidas as ações

   Nos biomas Amazônia, Cerrado e caatinga, os territórios são seis:
   Alto Acre e Capixaba (AC); Alto Rio Pardo (MG);Marajó (PA);Médio Mearim (MA); Sertão de São Francisco (BA); Sobral (CE).
   Saiba mais sobre a programação do seminário, que continua na tarde desta segunda-feira, clicando aqui

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