Integrando a programação da COP 25, Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada na primeira quinzena de dezembro, em Madri (Espanha), a Embrapa Arroz e Feijão participou das reuniões da “Iniciativa 4 por 1000”, que é um programa internacional de cooperação, voltado a mostrar que a agricultura, especialmente os solos agrícolas, pode desempenhar um papel decisivo na mitigação das mudanças climáticas. A pesquisadora Beáta Madari representou a Embrapa no encontro do comitê científico, na 5ª reunião do Consórcio de Membros e no 4o Fórum de Parceiros da “Iniciativa 4 por 1000”. Todos esses eventos foram feitos no Ministério da Agricultura, Pesca e Alimentação da Espanha, em Madri. Cerca de 150 pessoas estiveram presentes entre cientistas e representantes de governos e da sociedade civil. De acordo com Madari, foram avaliadas linhas prioritárias de pesquisa para ampliar o conhecimento sobre o sequestro de carbono pelo solo, assim como boas práticas de manejo de lavouras que permitam diminuir emissões de carbono pelo solo para a atmosfera. Sabe-se que a perturbação do solo com a agricultura é causa de perda de carbono orgânico. Contudo, sistemas de cultivo como o plantio direto e o sistema de integração lavoura e pecuária, que são utilizados por exemplo no Brasil, têm potencial reduzir a emissão de gases de efeito estufa e fixar carbono atmosférico (CO2). Trabalhos nesse sentido são importantes, principalmente nos solos tropicais, devido ao incremento que trazem em termos de matéria orgânica do solo. Além das temáticas abrangendo o componente agrícola, os encontros da “Iniciativa 4 por 1000” envolveram ainda discussões acerca de boas práticas no campo do ponto de vista social. “Nós definimos indicadores para avaliar projetos que levam em conta a não presença de efeitos negativos para mulheres, crianças, posse da terra, e que possuem caráter orientador para a sustentabilidade de projetos que buscam captar recursos financeiros”, disse Madari. Ela complementou que a “Iniciativa 4 por 1000” possui como um dos principais objetivos apoiar políticas públicas no meio rural. A “Iniciativa 4 por 1000” foi lançada na COP 21 em Paris com a meta de aumentar mundialmente o carbono nos solos agrícolas à taxa de 0,4 por cento do estoque atual, estimado em 860 gigatoneladas de carbono. Em que pesem diferenças regionais da agricultura no planeta, os integrantes da “Iniciativa 4 por 1000” acreditam ser possível atingir o percentual com o nível tecnológico e o potencial de conhecimento existentes. A pesquisadora Madari explicou que a “Iniciativa 4 por 1000” não está orientada para a compensação, por meio da agricultura, da emissão de gases de efeito estufa entre diferentes segmentos econômicos. “O foco do trabalho está na diminuição das emissões pela agricultura, essa é a mensagem da COP e é válida para outros setores produtivos, como as indústrias, que também precisam reduzir fortemente suas emissões”, finalizou.
Integrando a programação da COP 25, Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada na primeira quinzena de dezembro, em Madri (Espanha), a Embrapa Arroz e Feijão participou das reuniões da “Iniciativa 4 por 1000”, que é um programa internacional de cooperação, voltado a mostrar que a agricultura, especialmente os solos agrícolas, pode desempenhar um papel decisivo na mitigação das mudanças climáticas.
A pesquisadora Beáta Madari representou a Embrapa no encontro do comitê científico, na 5ª reunião do Consórcio de Membros e no 4o Fórum de Parceiros da “Iniciativa 4 por 1000”. Todos esses eventos foram feitos no Ministério da Agricultura, Pesca e Alimentação da Espanha, em Madri. Cerca de 150 pessoas estiveram presentes entre cientistas e representantes de governos e da sociedade civil.
De acordo com Madari, foram avaliadas linhas prioritárias de pesquisa para ampliar o conhecimento sobre o sequestro de carbono pelo solo, assim como boas práticas de manejo de lavouras que permitam diminuir emissões de carbono pelo solo para a atmosfera. Sabe-se que a perturbação do solo com a agricultura é causa de perda de carbono orgânico. Contudo, sistemas de cultivo como o plantio direto e o sistema de integração lavoura e pecuária, que são utilizados por exemplo no Brasil, têm potencial reduzir a emissão de gases de efeito estufa e fixar carbono atmosférico (CO2). Trabalhos nesse sentido são importantes, principalmente nos solos tropicais, devido ao incremento que trazem em termos de matéria orgânica do solo.
Além das temáticas abrangendo o componente agrícola, os encontros da “Iniciativa 4 por 1000” envolveram ainda discussões acerca de boas práticas no campo do ponto de vista social. “Nós definimos indicadores para avaliar projetos que levam em conta a não presença de efeitos negativos para mulheres, crianças, posse da terra, e que possuem caráter orientador para a sustentabilidade de projetos que buscam captar recursos financeiros”, disse Madari. Ela complementou que a “Iniciativa 4 por 1000” possui como um dos principais objetivos apoiar políticas públicas no meio rural.
A “Iniciativa 4 por 1000” foi lançada na COP 21 em Paris com a meta de aumentar mundialmente o carbono nos solos agrícolas à taxa de 0,4 por cento do estoque atual, estimado em 860 gigatoneladas de carbono. Em que pesem diferenças regionais da agricultura no planeta, os integrantes da “Iniciativa 4 por 1000” acreditam ser possível atingir o percentual com o nível tecnológico e o potencial de conhecimento existentes.
A pesquisadora Madari explicou que a “Iniciativa 4 por 1000” não está orientada para a compensação, por meio da agricultura, da emissão de gases de efeito estufa entre diferentes segmentos econômicos. “O foco do trabalho está na diminuição das emissões pela agricultura, essa é a mensagem da COP e é válida para outros setores produtivos, como as indústrias, que também precisam reduzir fortemente suas emissões”, finalizou.