Pesquisadores da Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ), do National Agricultural Research Organization (NARO) e a agricultores familiares de Uganda, na África, acabam de validar um novo sistema de secagem e armazenamento de espigas de milho. O equipamento aumenta o fluxo de ar nos silos, acelerando a secagem do milho ao agregar chapas de zinco dispostas de maneira que possa promover o efeito “Venturi” de pressão de fluídos. Financiado pela plataforma MKT Place, a tecnologia aumenta em 60% a eficiência do sistema de secagem em um período de tempo 50% menor. Isso significa um ganho em segurança alimentar ao diminuir a contaminação dos alimentos por insetos e fungos, aumentar a vida útil e reduzir as perdas pós-colheita.
Esses resultados foram obtidos a partir de testes realizados em mais de um ano em três protótipos de diferentes dimensões (1,5m, 2,5m e 3m) instalados no instituto de pesquisa agrícola de Uganda (NARO) e em seis unidades demonstrativas em propriedades de agricultores familiares da região montanhosa de Karpchowa, utilizando como controle um modelo preconizado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO/ONU). Desenvolvido por cientistas brasileiros e ugandenses, esse novo silo com fluxo de ar melhorado foi demonstrado em Dia de Campo realizado em 27 de abril no distrito de Kapchorwa, em Uganda. O evento contou com a participação de aproximadamente 20 pequenos agricultores, pesquisadores, técnicos e autoridades locais (veja foto ao lado). A principal emissora de televisão do país, a UBC – Uganda Broadcasting Corporation, também esteve presente e produziu uma extensa reportagem local.
Especialistas afirmam que em Uganda, a desnutrição e a insegurança alimentar são associadas ao fato de a maioria da população depender da agricultura de subsistência, baseada na produção de milho, mandioca e banana. Os resultados obtidos pelos pesquisadores indicam que o uso desse sistema de secagem pode reduzir significativamente os danos e aumentar a vida útil das principais culturas agrícolas do país, contribuindo para a segurança alimentar e o incremento de renda dos agricultores familiares. “Este é um projeto de grande aplicação prática, pois disponibiliza um sistema fácil de usar pelos produtores e que gera grande impacto socioeconômico”, relata Murillo Freire, pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos e um dos líderes do projeto.
Após a safra de milho, que ocorre uma vez ao ano, o equipamento também se mostrou adequado para secagem de capim para alimentação animal e outros produtos. “Queremos agora expandir o projeto para outras regiões de Uganda como Mubende e Masindi, e até para países vizinhos como Ruanda e Tanzânia”, completa o pesquisador da Embrapa, que já trabalha em uma nova versão do projeto em conjunto com o engenheiro Cedric Mutyaba, do National Agricultural Research Organization (NARO).
O projeto do sistema de secagem de milho integrou o portfólio de tecnologias direcionadas aos pequenos produtores e à redução da pobreza da plataforma de inovação na agricultura MKT Place. Trata-se de uma iniciativa internacional que visa aproximar especialistas e instituições brasileiras, africanas, latino-americanas e caribenhas para desenvolver, conjuntamente, projetos de pesquisa para o desenvolvimento.
Pesquisadores da Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ), do National Agricultural Research Organization (NARO) e a agricultores familiares de Uganda, na África, acabam de validar um novo sistema de secagem e armazenamento de espigas de milho. O equipamento aumenta o fluxo de ar nos silos, acelerando a secagem do milho ao agregar chapas de zinco dispostas de maneira que possa promover o efeito “Venturi” de pressão de fluídos. Financiado pela plataforma MKT Place, a tecnologia aumenta em 60% a eficiência do sistema de secagem em um período de tempo 50% menor. Isso significa um ganho em segurança alimentar ao diminuir a contaminação dos alimentos por insetos e fungos, aumentar a vida útil e reduzir as perdas pós-colheita.
Esses resultados foram obtidos a partir de testes realizados em mais de um ano em três protótipos de diferentes dimensões (1,5m, 2,5m e 3m) instalados no instituto de pesquisa agrícola de Uganda (NARO) e em seis unidades demonstrativas em propriedades de agricultores familiares da região montanhosa de Karpchowa, utilizando como controle um modelo preconizado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO/ONU). Desenvolvido por cientistas brasileiros e ugandenses, esse novo silo com fluxo de ar melhorado foi demonstrado em Dia de Campo realizado em 27 de abril no distrito de Kapchorwa, em Uganda. O evento contou com a participação de aproximadamente 20 pequenos agricultores, pesquisadores, técnicos e autoridades locais (veja foto ao lado). A principal emissora de televisão do país, a UBC – Uganda Broadcasting Corporation, também esteve presente e produziu uma extensa reportagem local.
Especialistas afirmam que em Uganda, a desnutrição e a insegurança alimentar são associadas ao fato de a maioria da população depender da agricultura de subsistência, baseada na produção de milho, mandioca e banana. Os resultados obtidos pelos pesquisadores indicam que o uso desse sistema de secagem pode reduzir significativamente os danos e aumentar a vida útil das principais culturas agrícolas do país, contribuindo para a segurança alimentar e o incremento de renda dos agricultores familiares. “Este é um projeto de grande aplicação prática, pois disponibiliza um sistema fácil de usar pelos produtores e que gera grande impacto socioeconômico”, relata Murillo Freire, pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos e um dos líderes do projeto.
Após a safra de milho, que ocorre uma vez ao ano, o equipamento também se mostrou adequado para secagem de capim para alimentação animal e outros produtos. “Queremos agora expandir o projeto para outras regiões de Uganda como Mubende e Masindi, e até para países vizinhos como Ruanda e Tanzânia”, completa o pesquisador da Embrapa, que já trabalha em uma nova versão do projeto em conjunto com o engenheiro Cedric Mutyaba, do National Agricultural Research Organization (NARO).
O projeto do sistema de secagem de milho integrou o portfólio de tecnologias direcionadas aos pequenos produtores e à redução da pobreza da plataforma de inovação na agricultura MKT Place. Trata-se de uma iniciativa internacional que visa aproximar especialistas e instituições brasileiras, africanas, latino-americanas e caribenhas para desenvolver, conjuntamente, projetos de pesquisa para o desenvolvimento.