A estratégia de produzir e armazenar forragem, na época de chuva, para alimentar os rebanhos, no período seco, é das mais eficientes e baratas que os agricultores do Semiárido têm às mãos para elevar a produção das suas propriedades. Os cultivos de espécies que podem ser combinadas para compor a dieta dos animais e as técnicas de armazenamento por vários meses compõem iniciativas capazes de efetivar inovações tecnológicas nos sistemas agrícolas. Um exemplo foi apresentado no dia de campo realizado no dia 16 de maio, no Sítio Terra Seca, município de Casa Nova-BA, pela Embrapa Semiárido e a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – CHESF, por meio do Projeto Lago de Sobradinho
O Sítio, especializado na criação de caprinos de leite e processamento de queijo de cabra, registrou nos últimos três anos uma transformação técnica importante. Sustentada pela implantação de uma infraestrutura hídrica e forrageira, além da assistência de profissionais vinculados àquele projeto, a propriedade tem alcançado uma evolução produtiva e na renda da família a ponto de se firmar como uma espécie de referência para a agricultura local. Daí a escolha para sede do dia de campo sobre “Produção, conservação e armazenamento de forragem”.
Evolução – O evento reuniu 154 agricultores/as, técnicos/as, estudantes do curso de Agronomia da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e do Colégio Sete de Setembro (Sento Sé-BA). E, de acordo com o pesquisador José Nilton Moreira, da Embrapa Semiárido, sua realização no dia 16 coroa uma sequência de capacitações e treinamentos voltados para questões relacionadas ao manejo do rebanho, orientação a respeito de raças leiteiras adaptadas ao Semiárido, produção de sementes e mudas e cultivos de espécies forrageiras como a palma, gliricídia, além de milho e sorgo.
O produtor Aldeí da Silva, proprietário do Sítio Terra Seca, relata a evolução da apropriação de novos conhecimentos e tecnologias e os impactos que foi contabilizando na produção. De início, diz, conseguia tirar 15 litros de leite por dia de 60 cabras “pé duras”, numa quantidade bastante para elaborar “1-2 kg de queijo por dia”. Depois, “a gente começou com o plantio de leucena, palma e gliricídia e o volume de leite de 30-40 litros que fez saltar a produção de queijo”.
O passo seguinte, explica, foi substituir parte do seu rebanho por cabras da raça Saanen. Assim, com animais melhorados reduziu de 60 para 40 a quantidade de animais na propriedade e registrou como resultado o total médio de 50-80 litros de leite/dia tirados em duas ordenhas, o que lhes assegura a produção de 10-12 kg de queijos diariamente. “As coisas melhoraram bastante”, afirma Aldei.
Aldeí, 35 anos, e Regiane Reis, 32, são filhos de agricultores. Ela, por um tempo, ainda exerceu a profissão de professora do município, atuando em escola distante 30km de sua residência. Ele, que tem o ensino médio completo, atua como prestador de serviço na prefeitura. Da união de 15 anos nasceram dois filhos gêmeos, hoje com 12 anos, que ajudam em algumas atividades na propriedade.
Estações – O dia de campo foi organizado de modo a expor algumas das responsáveis pelos bons resultados com a criação pecuária na propriedade. Para permitir uma apresentação didática para os participantes, foram divididas em quatro estações: 1, preparo de solo e uso de barragem subterrânea; 2, cultivos das forrageiras mais tolerantes à seca; 3, conservação dessas forragens priorizando a ensilagem; e 4, manejo do rebanho. Em cada uma delas, além das explicações dos pesquisadores e técnicos da Embrapa, Aldei e Regiane se fizeram presentes, relatando sua experiência.
O Projeto Lago de Sobradinho é resultado de cooperação técnica entre a Embrapa Semiárido e a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – CHESF. A sua execução é apoiada por outro conjunto de instituições de âmbitos federal, estadual e municipal, e entidades da sociedade civil, a exemplo das prefeituras municipais dos cinco municípios localizados no entorno do lago formado pela barragem de Sobradinho.
Ações futuras – O evento realizado no Sítio Terra Seca, além de pesquisadores e técnicos da Embrapa Semiárido, teve a presença do gestor do Termo de Cooperação pela CHESF, Rodolfo de Sá Cavalcanti. Com elogios à “ação educacional que melhora a produtividade dos sistemas agrícolas e assegura independência ao agricultor” destacou que é “a partir de experiências como essas que a CHESF está viabilizando a prorrogação desse projeto por mais dois anos”.
Também esteve presente o representante do Departamento de Meio Ambiente da CHESF, Nevio Cichelero Spadoa, que monitora o Termo de Cooperação também com a Embrapa Semiárido: Eólicas de Casa Nova. A CHESF também está envidando todos os esforços para, ainda esse ano, dar início ao Projeto Lagos do São Francisco, em conjunto com a Embrapa Semiárido, e que irá expandir a ação de desenvolvimento das instituições a mais 12 municípios de Pernambuco, Bahia, Alagoas e Sergipe.
A estratégia de produzir e armazenar forragem, na época de chuva, para alimentar os rebanhos, no período seco, é das mais eficientes e baratas que os agricultores do Semiárido têm às mãos para elevar a produção das suas propriedades. Os cultivos de espécies que podem ser combinadas para compor a dieta dos animais e as técnicas de armazenamento por vários meses compõem iniciativas capazes de efetivar inovações tecnológicas nos sistemas agrícolas. Um exemplo foi apresentado no dia de campo realizado no dia 16 de maio, no Sítio Terra Seca, município de Casa Nova-BA, pela Embrapa Semiárido e a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – CHESF, por meio do Projeto Lago de Sobradinho
O Sítio, especializado na criação de caprinos de leite e processamento de queijo de cabra, registrou nos últimos três anos uma transformação técnica importante. Sustentada pela implantação de uma infraestrutura hídrica e forrageira, além da assistência de profissionais vinculados àquele projeto, a propriedade tem alcançado uma evolução produtiva e na renda da família a ponto de se firmar como uma espécie de referência para a agricultura local. Daí a escolha para sede do dia de campo sobre “Produção, conservação e armazenamento de forragem”.
Evolução – O evento reuniu 154 agricultores/as, técnicos/as, estudantes do curso de Agronomia da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e do Colégio Sete de Setembro (Sento Sé-BA). E, de acordo com o pesquisador José Nilton Moreira, da Embrapa Semiárido, sua realização no dia 16 coroa uma sequência de capacitações e treinamentos voltados para questões relacionadas ao manejo do rebanho, orientação a respeito de raças leiteiras adaptadas ao Semiárido, produção de sementes e mudas e cultivos de espécies forrageiras como a palma, gliricídia, além de milho e sorgo.
O produtor Aldeí da Silva, proprietário do Sítio Terra Seca, relata a evolução da apropriação de novos conhecimentos e tecnologias e os impactos que foi contabilizando na produção. De início, diz, conseguia tirar 15 litros de leite por dia de 60 cabras “pé duras”, numa quantidade bastante para elaborar “1-2 kg de queijo por dia”. Depois, “a gente começou com o plantio de leucena, palma e gliricídia e o volume de leite de 30-40 litros que fez saltar a produção de queijo”.
O passo seguinte, explica, foi substituir parte do seu rebanho por cabras da raça Saanen. Assim, com animais melhorados reduziu de 60 para 40 a quantidade de animais na propriedade e registrou como resultado o total médio de 50-80 litros de leite/dia tirados em duas ordenhas, o que lhes assegura a produção de 10-12 kg de queijos diariamente. “As coisas melhoraram bastante”, afirma Aldei.
Aldeí, 35 anos, e Regiane Reis, 32, são filhos de agricultores. Ela, por um tempo, ainda exerceu a profissão de professora do município, atuando em escola distante 30km de sua residência. Ele, que tem o ensino médio completo, atua como prestador de serviço na prefeitura. Da união de 15 anos nasceram dois filhos gêmeos, hoje com 12 anos, que ajudam em algumas atividades na propriedade.
Estações – O dia de campo foi organizado de modo a expor algumas das responsáveis pelos bons resultados com a criação pecuária na propriedade. Para permitir uma apresentação didática para os participantes, foram divididas em quatro estações: 1, preparo de solo e uso de barragem subterrânea; 2, cultivos das forrageiras mais tolerantes à seca; 3, conservação dessas forragens priorizando a ensilagem; e 4, manejo do rebanho. Em cada uma delas, além das explicações dos pesquisadores e técnicos da Embrapa, Aldei e Regiane se fizeram presentes, relatando sua experiência.
O Projeto Lago de Sobradinho é resultado de cooperação técnica entre a Embrapa Semiárido e a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – CHESF. A sua execução é apoiada por outro conjunto de instituições de âmbitos federal, estadual e municipal, e entidades da sociedade civil, a exemplo das prefeituras municipais dos cinco municípios localizados no entorno do lago formado pela barragem de Sobradinho.
Ações futuras – O evento realizado no Sítio Terra Seca, além de pesquisadores e técnicos da Embrapa Semiárido, teve a presença do gestor do Termo de Cooperação pela CHESF, Rodolfo de Sá Cavalcanti. Com elogios à “ação educacional que melhora a produtividade dos sistemas agrícolas e assegura independência ao agricultor” destacou que é “a partir de experiências como essas que a CHESF está viabilizando a prorrogação desse projeto por mais dois anos”.
Também esteve presente o representante do Departamento de Meio Ambiente da CHESF, Nevio Cichelero Spadoa, que monitora o Termo de Cooperação também com a Embrapa Semiárido: Eólicas de Casa Nova. A CHESF também está envidando todos os esforços para, ainda esse ano, dar início ao Projeto Lagos do São Francisco, em conjunto com a Embrapa Semiárido, e que irá expandir a ação de desenvolvimento das instituições a mais 12 municípios de Pernambuco, Bahia, Alagoas e Sergipe.