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Palestra aborda uso de plantas de cobertura em Sistema Plantio Direto

“Plantas de cobertura em Sistema Plantio Direto no Cerrado” foi tema de palestra ministrada pela pesquisadora da Embrapa Cerrados (DF) Arminda Carvalho, em 16 de maio, no estande do Senar, durante programação da AgroBrasília 2018 – Feira Internacional dos Cerrados, encerrada no dia 19 de maio, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, localizado no PAD-DF.

A pesquisadora iniciou sua palestra mostrando fotos de áreas agricultáveis em acentuado processo de degradação devido ao manejo inadequado do solo. As fotos retratam uma realidade de 30 anos atrás, quando havia preparo convencional do solo e era comum se observar erosão e compactação do solo. “Esperamos que não aconteça nunca mais o que vemos nessas fotos. Hoje em dia o sistema plantio direto predomina na agricultura brasileira e temos condições de fazer o manejo com uso de plantas de cobertura sem provocar degradação do solo”, enfatizou.

O uso de plantas de cobertura proporciona, entre outros benefícios, a manutenção da umidade e da cobertura do solo na época seca e o aumento da riqueza de espécies vegetais nos agroecossistemas. No momento de escolher a planta de cobertura, o produtor deve verificar se a espécie tem as características desejáveis: elevada produção de biomassa, sistema radicular profundo, associação com bactérias, como por exemplo dos gêneros Rhizobium e Azospirillum, associação com fungos micorrízicos, elevada tolerância à seca, alta produção de sementes de fácil colheita, possibilidade de mecanização, compatibilidade com o sistema de produção e sincronia com a cultura principal.

A pesquisadora mostra que o monocultivo provoca danos e que a perda de matéria orgânica é um dos impactos mais negativos dessa prática agrícola. De acordo com Arminda Carvalho, o “mix” de leguminosas e gramíneas é uma alternativa com potencial de promover benefícios aos agroecossistemas. Isso porque cada espécie tem suas características favoráveis. Por exemplo, a crotalária spectabilis promove elevada fixação biológica de nitrogênio e o milheto possui sistema radicular profundo, com alta eficiência na ciclagem de nutrientes e uso da água de camadas mais profundas do solo.

As alternativas de espécies vegetais na sucessão de cultivos são crotalárias, guandu, girassol, feijão-bravo-do-ceará, milheto, além de mucunas e nabo-forrageiro. No caso dos sistemas ILP (Integração Lavoura-Pecuária) e ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), Brachiaria spp e sorgo são de uso comum e com sucesso.

Arminda Carvalho também apresentou alguns resultados de pesquisa, desde os estudos realizados em 1989 sobre produção de matéria seca, fixação e absorção de nitrogênio pelos adubos verdes até os mais recentes, como os feitos sobre o rendimento de milho com e sem aplicação de nitrogênio em cobertura nas safras 2016/2017.

Os resultados das últimas pesquisas apontam que algumas plantas de cobertura como feijão-bravo-do-ceará e crotalária-juncea substituem parcialmente nitrogênio em cobertura no milho e que o uso de braquiária ruziziensis, antes do cultivo de milho, não dispensa a dose recomendada de N para a cultura. Nesse caso houve incremento significativo de produtividade (3.682,16 kg/ha) quando comparado com não suprimento de nitrogênio em cobertura no milho. Enquanto na sucessão do milho com feijão-bravo-do-ceará e crotalária-juncea, esse incremento foi de 670 e 1493 kg/ha, respectivamente.

“Plantas de cobertura em Sistema Plantio Direto no Cerrado” foi tema de palestra ministrada pela pesquisadora da Embrapa Cerrados (DF) Arminda Carvalho, em 16 de maio, no estande do Senar, durante programação da AgroBrasília 2018 – Feira Internacional dos Cerrados, encerrada no dia 19 de maio, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, localizado no PAD-DF.

A pesquisadora iniciou sua palestra mostrando fotos de áreas agricultáveis em acentuado processo de degradação devido ao manejo inadequado do solo. As fotos retratam uma realidade de 30 anos atrás, quando havia preparo convencional do solo e era comum se observar erosão e compactação do solo. “Esperamos que não aconteça nunca mais o que vemos nessas fotos. Hoje em dia o sistema plantio direto predomina na agricultura brasileira e temos condições de fazer o manejo com uso de plantas de cobertura sem provocar degradação do solo”, enfatizou.

O uso de plantas de cobertura proporciona, entre outros benefícios, a manutenção da umidade e da cobertura do solo na época seca e o aumento da riqueza de espécies vegetais nos agroecossistemas. No momento de escolher a planta de cobertura, o produtor deve verificar se a espécie tem as características desejáveis: elevada produção de biomassa, sistema radicular profundo, associação com bactérias, como por exemplo dos gêneros Rhizobium e Azospirillum, associação com fungos micorrízicos, elevada tolerância à seca, alta produção de sementes de fácil colheita, possibilidade de mecanização, compatibilidade com o sistema de produção e sincronia com a cultura principal.

A pesquisadora mostra que o monocultivo provoca danos e que a perda de matéria orgânica é um dos impactos mais negativos dessa prática agrícola. De acordo com Arminda Carvalho, o “mix” de leguminosas e gramíneas é uma alternativa com potencial de promover benefícios aos agroecossistemas. Isso porque cada espécie tem suas características favoráveis. Por exemplo, a crotalária spectabilis promove elevada fixação biológica de nitrogênio e o milheto possui sistema radicular profundo, com alta eficiência na ciclagem de nutrientes e uso da água de camadas mais profundas do solo.

As alternativas de espécies vegetais na sucessão de cultivos são crotalárias, guandu, girassol, feijão-bravo-do-ceará, milheto, além de mucunas e nabo-forrageiro. No caso dos sistemas ILP (Integração Lavoura-Pecuária) e ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), Brachiaria spp e sorgo são de uso comum e com sucesso.

Arminda Carvalho também apresentou alguns resultados de pesquisa, desde os estudos realizados em 1989 sobre produção de matéria seca, fixação e absorção de nitrogênio pelos adubos verdes até os mais recentes, como os feitos sobre o rendimento de milho com e sem aplicação de nitrogênio em cobertura nas safras 2016/2017.

Os resultados das últimas pesquisas apontam que algumas plantas de cobertura como feijão-bravo-do-ceará e crotalária-juncea substituem parcialmente nitrogênio em cobertura no milho e que o uso de braquiária ruziziensis, antes do cultivo de milho, não dispensa a dose recomendada de N para a cultura. Nesse caso houve incremento significativo de produtividade (3.682,16 kg/ha) quando comparado com não suprimento de nitrogênio em cobertura no milho. Enquanto na sucessão do milho com feijão-bravo-do-ceará e crotalária-juncea, esse incremento foi de 670 e 1493 kg/ha, respectivamente.

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