“A colheita manual limita a área que um pequeno produtor consegue cultivar. Ele não pode plantar mais que dois hectares de algodão quando utiliza somente a mão-de-obra da própria família. Para ampliar esta área, é preciso contratar mão-de-obra terceirizada. Por isso, o cultivo de algodão não é atrativo para os pequenos produtores e o principal fator limitante é o custo de colheita”, explica o pesquisador da Embrapa Odilon Reny Ribeiro.
Com o objetivo tornar possível a colheita mecanizada em pequenas áreas tanto no Brasil quanto em países da América Latina e Caribe, a Embrapa Algodão, em parceria com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), está trabalhando no desenvolvimento de uma colheitadeira de algodão de uma linha, acoplada a um trator, de baixo custo e replicável por pequenos produtores. “ A ideia é usar recursos tecnológicos simples, que seja de fácil operação e adaptada ao contexto produtivo regional e à realidade financeira desses agricultores”, afirma Odilon.
No Brasil, não existem colheitadeiras de pequeno porte que possam atender a demanda da agricultura familiar. “Os grandes fabricantes não estão investindo nessa modalidade de equipamentos, pois são menos lucrativos, pelo seu menor valor de mercado”, relata. “Em outros importantes países produtores de algodão como a China, Índia, Paquistão e Uzbequistão, onde se cultiva poucos hectares por agricultor, existem equipamentos adaptados para pequenas áreas. São colheitadeiras de uma a duas linhas”, acrescenta.
O pesquisador acredita que o Brasil também pode ampliar bastante sua produção se viabilizar a colheita mecânica para a agricultura familiar. “Hoje, o Uzbequistão é um dos maiores produtores de algodão do mundo, mesmo sendo cultivado por pequenos agricultores porque conseguiu mecanizar a colheita”, observa.
Colheitadeira adaptada de uma linha
A colheitadeira será uma adaptação de máquinas em desuso no Cerrado (foto abaixo), substituídas recentemente por equipamentos mais inovadores, que produzem fardos redondos na própria máquina. “Cada uma dessas máquinas em desuso possui de quatro a cinco unidades de colheita (fusos) que poderão ser utilizadas para confeccionar de quatro a cinco novas colheitadeiras de uma linha para a agricultura familiar”, conta Odilon.
A máquina será adaptada a um chassi e acoplada na lateral do trator, colhendo uma única fileira de algodão. Cada máquina de uma linha pode colher anualmente uma área de até 120 hectares (0,3 ha/hora). Espera-se que o equipamento proporcione uma redução no custo de colheita de até 70% em relação à colheita manual.
Segundo o pesquisador, a importação de pequenas colheitadeiras que já estão desenvolvidas em outros países custaria três vezes o valor da colheitadeira adaptada de fabricação nacional. “O principal motivo é que a disponibilidade de unidades de colheita a baixo custo (no Cerrado) só está ocorrendo no Brasil e este detalhe possibilita a obtenção de máquinas com valor mais baixo. Além disso, máquinas importadas precisam de manutenção e peças de reposição que podem ser mais difíceis ou caras que os equipamentos tradicionalmente utilizados no país”, justifica.
O protótipo (imagem em destaque) será testado nesta safra e deve estar disponível aos agricultores num prazo de dois anos, com custo estimado de R$ 80 mil a R$ 100 mil. A tecnologia tem potencial para ser adotada por cooperativas e associações de pequenos produtores de algodão de todo o Brasil e de outros países, a exemplo da mini usina móvel de algodão, também desenvolvida pela Embrapa para beneficiar pequenos produtores de algodão colorido, branco e orgânico.
“A colheita manual limita a área que um pequeno produtor consegue cultivar. Ele não pode plantar mais que dois hectares de algodão quando utiliza somente a mão-de-obra da própria família. Para ampliar esta área, é preciso contratar mão-de-obra terceirizada. Por isso, o cultivo de algodão não é atrativo para os pequenos produtores e o principal fator limitante é o custo de colheita”, explica o pesquisador da Embrapa Odilon Reny Ribeiro.
Com o objetivo tornar possível a colheita mecanizada em pequenas áreas tanto no Brasil quanto em países da América Latina e Caribe, a Embrapa Algodão, em parceria com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), está trabalhando no desenvolvimento de uma colheitadeira de algodão de uma linha, acoplada a um trator, de baixo custo e replicável por pequenos produtores. “ A ideia é usar recursos tecnológicos simples, que seja de fácil operação e adaptada ao contexto produtivo regional e à realidade financeira desses agricultores”, afirma Odilon.
No Brasil, não existem colheitadeiras de pequeno porte que possam atender a demanda da agricultura familiar. “Os grandes fabricantes não estão investindo nessa modalidade de equipamentos, pois são menos lucrativos, pelo seu menor valor de mercado”, relata. “Em outros importantes países produtores de algodão como a China, Índia, Paquistão e Uzbequistão, onde se cultiva poucos hectares por agricultor, existem equipamentos adaptados para pequenas áreas. São colheitadeiras de uma a duas linhas”, acrescenta.
O pesquisador acredita que o Brasil também pode ampliar bastante sua produção se viabilizar a colheita mecânica para a agricultura familiar. “Hoje, o Uzbequistão é um dos maiores produtores de algodão do mundo, mesmo sendo cultivado por pequenos agricultores porque conseguiu mecanizar a colheita”, observa.
Colheitadeira adaptada de uma linha
A colheitadeira será uma adaptação de máquinas em desuso no Cerrado (foto abaixo), substituídas recentemente por equipamentos mais inovadores, que produzem fardos redondos na própria máquina. “Cada uma dessas máquinas em desuso possui de quatro a cinco unidades de colheita (fusos) que poderão ser utilizadas para confeccionar de quatro a cinco novas colheitadeiras de uma linha para a agricultura familiar”, conta Odilon.
A máquina será adaptada a um chassi e acoplada na lateral do trator, colhendo uma única fileira de algodão. Cada máquina de uma linha pode colher anualmente uma área de até 120 hectares (0,3 ha/hora). Espera-se que o equipamento proporcione uma redução no custo de colheita de até 70% em relação à colheita manual.
Segundo o pesquisador, a importação de pequenas colheitadeiras que já estão desenvolvidas em outros países custaria três vezes o valor da colheitadeira adaptada de fabricação nacional. “O principal motivo é que a disponibilidade de unidades de colheita a baixo custo (no Cerrado) só está ocorrendo no Brasil e este detalhe possibilita a obtenção de máquinas com valor mais baixo. Além disso, máquinas importadas precisam de manutenção e peças de reposição que podem ser mais difíceis ou caras que os equipamentos tradicionalmente utilizados no país”, justifica.
O protótipo (imagem em destaque) será testado nesta safra e deve estar disponível aos agricultores num prazo de dois anos, com custo estimado de R$ 80 mil a R$ 100 mil. A tecnologia tem potencial para ser adotada por cooperativas e associações de pequenos produtores de algodão de todo o Brasil e de outros países, a exemplo da mini usina móvel de algodão, também desenvolvida pela Embrapa para beneficiar pequenos produtores de algodão colorido, branco e orgânico.