A supremacia do agronegócio na sustentação da economia brasileira, a expectativa mundial de que o Brasil produza cada vez mais alimentos e de forma sustentável e a necessidade de se ampliar a comunicação entre o campo e os cidadãos urbanos foram temas que perpassaram o debate na terceira edição do Fórum do Agronegócio, realizado no dia 9 de abril, durante a Expo Londrina, numa realização da Sociedade Rural do Paraná (SRP) e da M.Marchiori.
O diretor de Inovação e Tecnologia da Embrapa, Cleber Oliveira Soares participou do debate junto à senadora Ana Amélia Lemos (PP); ao presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken; ao presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), Luiz Carlos Correa Carvalho; ao diretor da Esalq-USP, professor Luiz Gustavo Nussio, Suemi Sato, representante da ApexBrasil e ao ex-ministro da Agricultura e coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, Roberto Rodrigues.
Cleber Oliveira Soares apontou cinco grandes tendências para a agricultura brasileira nos próximos anos, colocando a gestão da confiança como um desafio transversal, que deve estar alinhado aos objetivos de desenvolvimento sustentável. O Brasil é protagonista na produção de alimentos, em nível mundial, principalmente porque reúne um conjunto de fatores que inclui desde o desenvolvimento de tecnologia aplicada, cadeias organizadas, até a capacidade de produção dos agricultores. “A vocação para produzir alimentos fortalece a expectativa de consolidação da liderança brasileira no cenário mundial, mas é preciso estar atento aos aspectos da sustentabilidade dos sistemas produtivos e estar preparado para contribuir com a segurança alimentar, com a erradicação da fome, com a democratização dos recursos”, destacou.
O diretor de Inovação e Tecnologia da Embrapa destacou ainda que é preciso buscar oportunidades em nível global, a partir das tendências dos mercados compradores. Nesta perspectiva, Soares destacou a necessidade de se buscar uma agricultura sistêmica, a intensificação sustentável dos sistemas produtivos, a exemplo da Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), assim como aspectos relacionados à geração de carbono neutro. “Também vejo como tendência a necessidade de diversificação das propriedades e, principalmente de agregação de valor aos produtos agrícolas brasileiros”, ressaltou. Soares citou a Bélgica, por exemplo, que comercializa um dos melhores chocolates do mundo sem produzir cacau. O Brasil, no entanto, ainda precisa avançar nas questões relacionadas à agregação de valor às commodities.
Soares também ressaltou o Brasil como exemplo de inteligência territorial: Nosso produtor, produz e conversa”, destacou. De acordo com o diretor, essa é uma característica forte, presente entre os produtores brasileiros, que são competentes em produzir alimentos, mas também são capazes de preservar os recursos naturais. “É preciso consolidar a imagem do Brasil como grande produtor de alimentos dentro do conceito de sustentabilidade. Esse é o nosso diferencial”, disse.
Outro ponto destacado por Soares, durante o Painel, foi o empoderamento do consumidor e todas as consequências desse seu novo papel na sociedade. “Neste sentido, é preciso estar atento às suas necessidades e apresentar experiências transformadoras”, disse. “É preciso trabalhar melhor questões ligadas à denominação de origem, como já é feito com os vinhos no Rio Grande do Sul. Podemos ter outros produtos de origem territorial, como fazem os europeus. Temos a carne de sol, o arroz vermelho, a pecuária do pantanal. Há muito a se avançar”.
Outra grande tendência apontada foi a relevância que a economia digital passa a ter na agricultura, seja para otimizar a produtividade, aprimorar a gestão ou reduzir os custos de produção. “Não haverá uma nova evolução ou incremento de produção se não incorporarmos os diversos aspectos da transformação digital ao campo”, afirmou.
De acordo com Soares, as cinco grandes tendências precisam ser trabalhadas, de uma forma a gerar mais confiança no produto brasileiro. “Produzimos volume, mas precisamos agregar valor aos nossos produtos”, disse. O diretor reforçou a conexão entre a agricultura, os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável e a gestão da reputação do agronegócio. “É preciso construir confiança, a partir de uma interação sólida com o restante do mundo”.
A supremacia do agronegócio na sustentação da economia brasileira, a expectativa mundial de que o Brasil produza cada vez mais alimentos e de forma sustentável e a necessidade de se ampliar a comunicação entre o campo e os cidadãos urbanos foram temas que perpassaram o debate na terceira edição do Fórum do Agronegócio, realizado no dia 9 de abril, durante a Expo Londrina, numa realização da Sociedade Rural do Paraná (SRP) e da M.Marchiori.
O diretor de Inovação e Tecnologia da Embrapa, Cleber Oliveira Soares participou do debate junto à senadora Ana Amélia Lemos (PP); ao presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken; ao presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), Luiz Carlos Correa Carvalho; ao diretor da Esalq-USP, professor Luiz Gustavo Nussio, Suemi Sato, representante da ApexBrasil e ao ex-ministro da Agricultura e coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, Roberto Rodrigues.
Cleber Oliveira Soares apontou cinco grandes tendências para a agricultura brasileira nos próximos anos, colocando a gestão da confiança como um desafio transversal, que deve estar alinhado aos objetivos de desenvolvimento sustentável. O Brasil é protagonista na produção de alimentos, em nível mundial, principalmente porque reúne um conjunto de fatores que inclui desde o desenvolvimento de tecnologia aplicada, cadeias organizadas, até a capacidade de produção dos agricultores. “A vocação para produzir alimentos fortalece a expectativa de consolidação da liderança brasileira no cenário mundial, mas é preciso estar atento aos aspectos da sustentabilidade dos sistemas produtivos e estar preparado para contribuir com a segurança alimentar, com a erradicação da fome, com a democratização dos recursos”, destacou.
O diretor de Inovação e Tecnologia da Embrapa destacou ainda que é preciso buscar oportunidades em nível global, a partir das tendências dos mercados compradores. Nesta perspectiva, Soares destacou a necessidade de se buscar uma agricultura sistêmica, a intensificação sustentável dos sistemas produtivos, a exemplo da Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), assim como aspectos relacionados à geração de carbono neutro. “Também vejo como tendência a necessidade de diversificação das propriedades e, principalmente de agregação de valor aos produtos agrícolas brasileiros”, ressaltou. Soares citou a Bélgica, por exemplo, que comercializa um dos melhores chocolates do mundo sem produzir cacau. O Brasil, no entanto, ainda precisa avançar nas questões relacionadas à agregação de valor às commodities.
Soares também ressaltou o Brasil como exemplo de inteligência territorial: Nosso produtor, produz e conversa”, destacou. De acordo com o diretor, essa é uma característica forte, presente entre os produtores brasileiros, que são competentes em produzir alimentos, mas também são capazes de preservar os recursos naturais. “É preciso consolidar a imagem do Brasil como grande produtor de alimentos dentro do conceito de sustentabilidade. Esse é o nosso diferencial”, disse.
Outro ponto destacado por Soares, durante o Painel, foi o empoderamento do consumidor e todas as consequências desse seu novo papel na sociedade. “Neste sentido, é preciso estar atento às suas necessidades e apresentar experiências transformadoras”, disse. “É preciso trabalhar melhor questões ligadas à denominação de origem, como já é feito com os vinhos no Rio Grande do Sul. Podemos ter outros produtos de origem territorial, como fazem os europeus. Temos a carne de sol, o arroz vermelho, a pecuária do pantanal. Há muito a se avançar”.
Outra grande tendência apontada foi a relevância que a economia digital passa a ter na agricultura, seja para otimizar a produtividade, aprimorar a gestão ou reduzir os custos de produção. “Não haverá uma nova evolução ou incremento de produção se não incorporarmos os diversos aspectos da transformação digital ao campo”, afirmou.
De acordo com Soares, as cinco grandes tendências precisam ser trabalhadas, de uma forma a gerar mais confiança no produto brasileiro. “Produzimos volume, mas precisamos agregar valor aos nossos produtos”, disse. O diretor reforçou a conexão entre a agricultura, os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável e a gestão da reputação do agronegócio. “É preciso construir confiança, a partir de uma interação sólida com o restante do mundo”.