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Manejo tradicional da adubação na sucessão soja e milho safrinha pode limitar potencial produtivo no sudoeste goiano

Sistemas agrícolas de alta produtividade com o cultivo de soja na safra de verão e de milho na safrinha se constituem em modelo eficiente de produção nos municípios goianos de Rio Verde, Montividiu, Jataí e Santa Helena. Apesar disso, do ponto de vista da adubação e do manejo da nutrição de plantas, é possível otimiza-los, adotando medidas voltadas à conservação do solo, à estabilidade de produção e ao melhor uso de macronutrientes na lavoura.

Isso envolve a adesão ao plantio direto; o emprego de plantas de cobertura do solo; a utilização de palhadas (gramíneas e leguminosas); o cultivo de plantas com sistema radicular agressivo (braquiária e milheto), com capacidade de ciclagem de nutrientes; o aumento da diversidade microbiana do solo com a associação de microrganismos à matéria orgânica e às raízes das plantas. Ou seja, não se trata apenas da aplicação de insumos, como nitrogênio, fósforo e potássio, mas, sim, partir para uma visão integrada do sistema agrícola.

Essa perspectiva foi defendida, dentro da Tecnoshow Comigo 2018, em mesa redonda que reuniu profissionais da Embrapa e visitantes da feira agropecuária. O pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Álvaro Vilela de Resende, apontou que não se deveria levar em conta apenas a análise de solo e a programação fixa para a aplicação de insumos. “Tabelas de interpretação de análise do solo e tabelas de recomendação de fertilizantes são instrumentos já precários para a agricultura que a gente tem hoje em dia. O balanço de nutrientes do sistema é que é algo que vem complementar o nível de informação que o agricultor pode dispor para a tomada de decisão”, disse Álvaro Vilela de Resende.

O balanço nutricional do sistema diz respeito ao conhecimento da exigência nutricional das culturas; à retirada de nutrientes da lavoura na forma de grãos, e à quantidade de nutrientes que retorna à lavoura na palhada, em plantio direto.

O balanço nutricional traz opções a mais para avaliar como alcançar o equilíbrio na adubação em um sistema agrícola. Por exemplo, quanto maior a produtividade de grãos, maior a exportação de nutrientes. Além disso, cada macronutriente é exportado no grão em diferentes quantidades, conforme a cultura. Pode-se considerar também qual cultivar produz mais matéria seca e retorna nutrientes ao solo para uma boa segunda safra.

Uma outra possibilidade interferente no balanço nutricional é a diferença na exportação de nutrientes, dependendo do cultivo: safra, safrinha ou silagem, como é o caso do milho. Álvaro Vilela de Resende mostrou dados que indicam que a exportação de nutrientes é bem maior para a silagem.

O conhecimento à respeito do solo, suas características, percentual de água, solubilidade de nutrientes, dentre outros, também impactam na adubação. Dada a diversidade de fatores que devem ser levados em conta, Álvaro Vilela de Resende fez a ponderação. “A gente já está começando a achar que o sistema soja e milho safrinha é quase uma ‘monocultura’. Se houver a oportunidade de diversificar mais e ganhar a estabilidade de produção, inserindo novas culturas e diversificando as espécies no sistema, isso agrega uma série de benefícios que em médio e longo prazo fazem toda a diferença”.

Além de Álvaro Vilela de Resende, participaram da mesa redonda sobre o aprimoramento da adubação e do manejo da nutrição de plantas na sucessão soja e milho safrinha, os pesquisadores Adilson de Oliveira (Embrapa Soja) e Ana Luiza Borin (Embrapa Algodão). A iniciativa contou ainda com o produtor rural convidado, Waldelon Gomes, de Indiara (GO).

Sistemas agrícolas de alta produtividade com o cultivo de soja na safra de verão e de milho na safrinha se constituem em modelo eficiente de produção nos municípios goianos de Rio Verde, Montividiu, Jataí e Santa Helena. Apesar disso, do ponto de vista da adubação e do manejo da nutrição de plantas, é possível otimiza-los, adotando medidas voltadas à conservação do solo, à estabilidade de produção e ao melhor uso de macronutrientes na lavoura.

Isso envolve a adesão ao plantio direto; o emprego de plantas de cobertura do solo; a utilização de palhadas (gramíneas e leguminosas); o cultivo de plantas com sistema radicular agressivo (braquiária e milheto), com capacidade de ciclagem de nutrientes; o aumento da diversidade microbiana do solo com a associação de microrganismos à matéria orgânica e às raízes das plantas. Ou seja, não se trata apenas da aplicação de insumos, como nitrogênio, fósforo e potássio, mas, sim, partir para uma visão integrada do sistema agrícola.

Essa perspectiva foi defendida, dentro da Tecnoshow Comigo 2018, em mesa redonda que reuniu profissionais da Embrapa e visitantes da feira agropecuária. O pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Álvaro Vilela de Resende, apontou que não se deveria levar em conta apenas a análise de solo e a programação fixa para a aplicação de insumos. “Tabelas de interpretação de análise do solo e tabelas de recomendação de fertilizantes são instrumentos já precários para a agricultura que a gente tem hoje em dia. O balanço de nutrientes do sistema é que é algo que vem complementar o nível de informação que o agricultor pode dispor para a tomada de decisão”, disse Álvaro Vilela de Resende.

O balanço nutricional do sistema diz respeito ao conhecimento da exigência nutricional das culturas; à retirada de nutrientes da lavoura na forma de grãos, e à quantidade de nutrientes que retorna à lavoura na palhada, em plantio direto.

O balanço nutricional traz opções a mais para avaliar como alcançar o equilíbrio na adubação em um sistema agrícola. Por exemplo, quanto maior a produtividade de grãos, maior a exportação de nutrientes. Além disso, cada macronutriente é exportado no grão em diferentes quantidades, conforme a cultura. Pode-se considerar também qual cultivar produz mais matéria seca e retorna nutrientes ao solo para uma boa segunda safra.

Uma outra possibilidade interferente no balanço nutricional é a diferença na exportação de nutrientes, dependendo do cultivo: safra, safrinha ou silagem, como é o caso do milho. Álvaro Vilela de Resende mostrou dados que indicam que a exportação de nutrientes é bem maior para a silagem.

O conhecimento à respeito do solo, suas características, percentual de água, solubilidade de nutrientes, dentre outros, também impactam na adubação. Dada a diversidade de fatores que devem ser levados em conta, Álvaro Vilela de Resende fez a ponderação. “A gente já está começando a achar que o sistema soja e milho safrinha é quase uma ‘monocultura’. Se houver a oportunidade de diversificar mais e ganhar a estabilidade de produção, inserindo novas culturas e diversificando as espécies no sistema, isso agrega uma série de benefícios que em médio e longo prazo fazem toda a diferença”.

Além de Álvaro Vilela de Resende, participaram da mesa redonda sobre o aprimoramento da adubação e do manejo da nutrição de plantas na sucessão soja e milho safrinha, os pesquisadores Adilson de Oliveira (Embrapa Soja) e Ana Luiza Borin (Embrapa Algodão). A iniciativa contou ainda com o produtor rural convidado, Waldelon Gomes, de Indiara (GO).

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