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Seminário discute uso do bacurizeiro como componente do sistema de ILPF

O uso de bacurizeiro como componente florestal no sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) foi apresentado com uma opção a produtores e técnicos da região do Matopiba, durante seminário realizado pela Embrapa e Aprosoja em Balsas (MA), no último dia 13. De acordo com o pesquisador da Embrapa Meio-Norte Eugênio Emérito, “a integração já é usada no Matopiba, mas o componente florestal usado é o eucalipto, no entanto, a nossa pesquisa apresenta como opção a fruteira bacuri como componente florestal”. Emérito explica que é uma mudança de paradigma em relação aos sistemas tradicionais de ILPF, para os quais no início da implantação é necessário fazer o desmatamento radical da área, derrubando todas as árvores arbustos e deixando a área limpa. A partir daí, são implantadas as culturas de grão, soja, milho, arroz ou outras, ou no caso de pecuária, as pastagens. “Com a introdução do sistema de integração da floresta, no caso de onde se faz o parto para a criação de animais, se introduz a lavoura e no caso de lavouras, se introduz o uso pastoril. Nos dois casos, se introduz a floresta visando a produção de madeiras”, afirma. Via de regra, são utilizadas espécies exóticas, como madeireiras. O diferencial do sistema de uso do bacuri e outras frutíferas nativas é que no início do sistema não se faz a derrubada completa. Não se faz o desmatamento radical, mas seletivo, preservando aquelas fruteiras úteis que já fazem parte do ecossistema local. No caso do bacuri, é feito o desmatamento de outras espécies, mas se preserva as espécies de bacurizeiros. Podem ser utilizadas outras fruteiras nativas, como o pequi, o murici e outras espécies existentes na área. Esse sistema pode agregar novos valores à produção agropecuária, porque utiliza fruteiras nativas locais com resgate da cultura, dos produtos locais e agregando valor à produção como um todo. A Embrapa Maranhão ampliou a discussão, incluindo ILPF com babaçu como componente florestal. Segundo o chefe-geral da UD, Marco Bomfm, “esse é um dos temas mais importantes hoje dentro da Embrapa e vai ao encontro da demanda por aumentar a produção de alimentos, não por meio do aumento de área, mas da verticalização, ou seja, da intensificação, pelo qual há condição de ter vários produtos ou várias cadeias dentro de uma mesma área. Pode-se ter tanto o agricultor familiar, o bacuri, associado à pastagem que pode ter, por exemplo, bovino ou mesmo caprinos e ovinos, como também trabalhar a integração na perspectiva do produtor de commodities, de escala, na medida em que ele coloca o boi dentro do esquema de produção de soja, milho-safrinha e esse boi-safrinha também. Então isso aumenta a produtividade da área, imprescindível, tendo em vista que, até 2050, teremos mais 2 bilhões de pessoas no mundo e o Brasil é um grande player na produção de alimentos para o mundo”. O diretor da Aprosoja, parceira na realização do evento, Joel Carlos Hendges, afirma que o sistema ILPF e suas variações são temas que atendem às demandas da economia da região. “Já temos uma agricultura tradicional e temos também uma pecuária tradicional, além de alguns polos com uma economia de base florestal também. E o que a Embrapa vem nos mostrando é que temos soluções para todos os cenários, do pequeno, médio ao grande”.

Foto: Valdemício Ferreira

Valdemício Ferreira - Pesquisador Eugênio Emérito, da Embrapa Meio-Norte

Pesquisador Eugênio Emérito, da Embrapa Meio-Norte

O uso de bacurizeiro como componente florestal no sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) foi apresentado com uma opção a produtores e técnicos da região do Matopiba, durante seminário realizado pela Embrapa e Aprosoja em Balsas (MA), no último dia 13. De acordo com o pesquisador da Embrapa Meio-Norte Eugênio Emérito, “a integração já é usada no Matopiba, mas o componente florestal usado é o eucalipto, no entanto, a nossa pesquisa apresenta como opção a fruteira bacuri como componente florestal”. 

Emérito explica que é uma mudança de paradigma em relação aos sistemas tradicionais de ILPF, para os quais no início da implantação é necessário fazer o desmatamento radical da área, derrubando todas as árvores arbustos e deixando a área limpa. A partir daí, são implantadas as culturas de grão, soja, milho, arroz ou outras, ou no caso de pecuária, as pastagens. “Com a introdução do sistema de integração da floresta, no caso de onde se faz o parto para a criação de animais, se introduz a lavoura e no caso de lavouras, se introduz o uso pastoril. Nos dois casos, se introduz a floresta visando a produção de madeiras”, afirma. Via de regra, são utilizadas espécies exóticas, como madeireiras.

O diferencial do sistema de uso do bacuri e outras frutíferas nativas é que no início do sistema não se faz a derrubada completa. Não se faz o desmatamento radical, mas seletivo, preservando aquelas fruteiras úteis que já fazem parte do ecossistema local. No caso do bacuri, é feito o desmatamento de outras espécies, mas se preserva as espécies de bacurizeiros. Podem ser utilizadas outras fruteiras nativas, como o pequi, o murici e outras espécies existentes na área. Esse sistema pode agregar novos valores à produção agropecuária, porque utiliza fruteiras nativas locais com resgate da cultura, dos produtos locais e agregando valor à produção como um todo.

A Embrapa Maranhão ampliou a discussão, incluindo ILPF com babaçu como componente florestal. Segundo o chefe-geral da UD, Marco Bomfm, “esse é um dos temas mais importantes hoje dentro da Embrapa e vai ao encontro da demanda por aumentar a produção de alimentos, não por meio do aumento de área, mas da verticalização, ou seja, da intensificação, pelo qual há condição de ter vários produtos ou várias cadeias dentro de uma mesma área. Pode-se ter tanto o agricultor familiar, o bacuri, associado à pastagem que pode ter, por exemplo, bovino ou mesmo caprinos e ovinos, como também trabalhar a integração na perspectiva do produtor de commodities, de escala, na medida em que ele coloca o boi dentro do esquema de produção de soja, milho-safrinha e esse boi-safrinha também. Então isso aumenta a produtividade da área, imprescindível, tendo em vista que, até 2050, teremos mais 2 bilhões de pessoas no mundo e o Brasil é um grande player na produção de alimentos para o mundo”. 

O diretor da Aprosoja, parceira na realização do evento, Joel Carlos Hendges, afirma que o sistema ILPF e suas variações são temas que atendem às demandas da economia da região. “Já temos uma agricultura tradicional e temos também uma pecuária tradicional, além de alguns polos com uma economia de base florestal também. E o que a Embrapa vem nos mostrando é que temos soluções para todos os cenários, do pequeno, médio ao grande”.

Adriana Brandão (MTb 01067/CE)
Embrapa Meio-Norte

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Telefone: Colaboração de Flávia Bessa (MTb 4469/DF) Embrapa Maranhão

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